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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Duplo padrão - Para imprensa e autoridades, bandido vale mais que policial – mas só onde o PT não governa - Gazeta do Povo


Vozes - Alexandre Garcia


Rota
O policial da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi morto pelo crime organizado.| Foto: Divulgação/PM

Você sabia que o Brasil é o país em que os bandidos estão mais bem armados e mais matam policiais? Não é incrível? 
Desde criancinha acompanho e gosto de histórias e aventuras policiais; sempre torci pela polícia e pela lei, contra o bandido.  
Mas a mídia dá um tratamento diferente. E é diferente não apenas em relação à polícia, mas também de estado para estado, dependendo da cor política do governador. Vejam só: na Bahia, de sexta-feira até segunda-feira, foram mortos 17 suspeitos – vamos chamar assim – pela polícia, com tiroteios em Salvador, Itatim e Camaçari. 
No mesmo período, no litoral paulista, principalmente no Guarujá, morreram 13 pessoas; mataram um policial na quinta-feira e deram um tiro de fuzil nas costas de uma PM, cabo, que estava na frente de uma padaria às 6 da manhã de terça-feira. 
Estava ao lado da viatura e foi atacada por três bandidos armados de fuzis, mais poderosos que os da polícia, armas que vêm do exterior, contrabandeadas.
 
Mas as autoridades, os ministros da Justiça e dos Direitos Humanos, criticaram a ação da polícia paulista, sem nem sequer mencionar as perdas – o policial Patrick, 30 anos, pai de um menino de 3 anos; e a policial, sobre a qual eu não vi nenhuma feminista se manifestando –, enquanto todos fazem um silêncio absoluto sobre o que aconteceu na Bahia, onde houve 19 mortos, contra 13 em São Paulo. 
Apenas para registrar esse desequilíbrio na cobertura jornalística e na posição das autoridades de um governo que quer desarmar a população.

Acima, apenas uma arminha que, se o Congresso se dobrar à vontade do Dino e do Lula, passará a ser de usado proibido para o cidadão de bem, com uso restrito a policiais e bandidos. O fuzil foi apreendido pela policia paulista no litoral paulista. Já o arsenal abaixo, foi apreendido em poder de bandidos abatidos ontem pela polícia carioca.

Fuzis apreendidos durante operação policial no Complexo da Penha nesta quarta-feira

O governo quer fechar os clubes de tiro, onde a pessoa aprende a exercer o seu direito natural à legítima defesa, à defesa do seu patrimônio. É um direito natural, e por ser natural o Estado não pode alterar; diria até que é um direito divino. 
Os clubes de tiro são o lugar onde a pessoa se familiariza com a arma para poder usá-la bem quando precisar. 
Tanto é assim que no governo anterior, com a possibilidade de o cidadão andar armado, os assaltos diminuíram, porque a suposição de que alguém esteja armado dissuade o assaltante.  
Ao mesmo tempo, os homicídios, que já foram 65 mil, caíram para 42 mil – ou seja, foram 23 mil vidas poupadas por causa disso.  
É bom a gente lembrar disso, porque o artigo 5.º da Constituição é bem claro quando fala do direito à vida.


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O que Dino quer esconder ao não entregar imagens do Ministério da Justiça?
A CPMI do 8 de Janeiro botou contra a parede um senador eleito que é ministro da Justiça e foi governador do Maranhão, Flávio Dino. 
A comissão pediu imagens do Ministério da Justiça, mas Dino disse que, se quiserem, que peçam à Polícia Federal. 
O senador Omar Aziz, que também foi governador e foi presidente da CPI da Covid, disse que eles não estavam pedindo, estavam exigindo. 
E que, se Dino não entregasse as imagens, estaria atrapalhando as investigações e seria enquadrado, haveria busca e apreensão no Ministério da Justiça. Se Dino quiser alguma carta de alforria, que recorra ao Supremo.
 
O senador Eduardo Girão disse que as imagens podem ajudar a responder onde estava a Força Nacional no momento das invasões, porque ela só chegou depois. Além disso, o ex-diretor da Abin disse ter disparado informações preventivas da sexta-feira até domingo, para 48 órgãos do governo federal. Chegou a mandar mensagem de WhatsApp às 8 da manhã do domingo para o general G. Dias, chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Lula, dizendo que 105 ônibus estavam se aproximando. E depois ligou às 13h30, dizendo: “olha, eu tenho a convicção de que vai haver invasão”.  
Ou seja, havia tempo para mobilizar o Exército e fazer uma defesa, uma barreira que impedisse a entrada das pessoas, que foi aparentemente facilitada na Câmara, no Senado e no Supremo.
 
Há muita coisa a ser apurada, e não custa lembrar que o presidente Lula não estava em Brasília; embora sabendo de tudo isso, preferiu ficar ausente em Araraquara enquanto o general ficou aqui em Brasília. Nos 47 anos em que estou em Brasília, nunca o presidente viajou sem esse personagem da segurança presidencial, o chefe do antigo Gabinete Militar ou do atual GSI. Esta foi a primeira vez. Estava lá em Araraquara com um decreto pronto, de intervenção no Distrito Federal
Este não é um decreto que sai de uma hora para outra, porque tem de passar pelo setor jurídico. 
É tudo muito estranho e está nas mãos da CPI apurar. 
O senador Girão questionou: “o que estamos fazendo aqui, gastando o dinheiro do povo, se não apurarmos?”

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 



domingo, 1 de maio de 2022

A crise tem data marcada - Brasil corre risco de viver no 1º turno sua maior crise desde o AI-5 - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

Bolsonaro já deu a entender que pode questionar o resultado das urnas se for derrotado na eleição

O Brasil corre o risco de viver a sua maior crise institucional desde o dia 13 de dezembro de 1968, quando o marechal Costa e Silva baixou o Ato Institucional nº 5. Ela tem data e hora marcadas: a noite de 2 de outubro, quando se conhecerá o resultado da eleição.

O cenário é previsível
: fecham-se as urnas, totalizam-se os votos e, caso Jair Bolsonaro seja derrotado, ele anuncia que não aceita o resultado. Em 1951, essa cartada foi tentada contra a posse de Getúlio Vargas, com o argumento de que ele não conseguira a maioria absoluta dos votos. Não prosperou, mas o desconforto militar reemergiu e em 1954 custou a vida ao presidente.

Em 1951, tratava-se de uma chicana conceitual. Hoje o presidente é um crítico do sistema de coleta e totalização dos votos. Chega a dizer que foi eleito em 2018 no primeiro turno, mas surrupiaram-lhe a vitória. Faltam cinco meses para a eleição e Bolsonaro faz sua campanha hostilizando o Judiciário e propondo que as Forças Armadas participem do processo de totalização.

Orçamento secreto: Veja quanto cada cidade recebeu em verbas

Bolsonaro revelou parte da questão: “Uma das sugestões das Forças Armadas é que, ao final das eleições, os dados vêm pela internet para cá (Brasília) e tem um cabo que alimenta a sala secreta do TSE. Uma das sugestões é que desse mesmo duto seja feita uma ramificação para que tenhamos um computador do lado das Forças Armadas para que possamos contar os votos no Brasil.”

Noves fora a urucubaca trazida pelo uso da palavra “cabo”, é melhor discutir essa questão a partir de hoje. Deixá-la para outubro é um forma de botar veneno na crise. (Em 2018, o deputado Eduardo Bolsonaro disse que “para fechar o STF basta um cabo e um soldado”. O cabo a que seu pai se referiu agora é outro.)

Deixe-se de lado a discussão sobre as motivações de Bolsonaro. Sua proposta é aceitável. O segundo cabo não deveria abastecer só “um computador do lado das Forças Armadas”, mas a máquina de uma comissão complementar na qual poderiam entrar cidadãos das mais diversas atividades.

Eleições: Saída do União Brasil ameaça plano de candidatura única da 3ª via

O processo de coleta e totalização eletrônica já funcionou em diversas eleições e, salvo a teima de Bolsonaro, nunca teve contestação. Contudo, o presidente demonstra estar mais preocupado com o resultado do que com o processo. E aí assim se pode chegar à crise de outubro. Um bom quintanista de Direito é capaz de redigir todos os protocolos necessários para tornar públicos os debates e as propostas da Comissão de Transparência. Alguns detalhes técnicos não podem ser divulgados. Tudo bem, um responsável embarga o item e coloca ao lado sua assinatura, responsabilizando-se por ele.

Em maio essas minúcias podem parecer trabalhosas. Se a questão for empurrada com a barriga, na crise de outubro as restrições de hoje serão lembradas com arrependimento. O que está em jogo, há anos, é o respeito ao resultado eleitoral. Quem está jogando com a sua contestação pouco liga para argumentos constitucionais ou regimentais. [Importante: a matéria aponta a data da crise, considerando uma derrota do presidente Bolsonaro no primeiro turno - em face que o presidente vence no primeiro turno o motivo não existirá; quanto ao AI - 5 sua edição não foi a crise e fim o inicio do fim da crise.]

Na crise de 1968, o jogo estava jogado. O deputado Márcio Moreira Alves havia feito na Câmara um discurso considerado ofensivo por militares. (Conspirava-se no Gabinete Militar da Presidência com o ministro da Justiça, mas essa era outra história.) O senador Daniel Krieger, presidente do partido do governo e seu líder na Casa, mostrou ao presidente Costa e Silva que o pedido de licença para suspender seu mandato seria rejeitado. Deu no que deu.

A noite do Ato Institucional nº 5 durou 20 anos. Passou o tempo e um dos participantes da reunião em que se proclamou a ditadura em nome da preservação da democracia, contaria: “Naquela época do AI-5 havia muita tensão, mas no fundo era tudo teatro. Havia as passeatas, havia descontentamento militar, mas havia sobretudo teatro. Era um teatro para levar ao Ato.”
 
(...)
 
Serviço
Nos próximos quatro domingos, no ócio, o signatário pesquisará os malefícios das urnas eletrônicas e das vacinas. 

Folha de S. Paulo - Jornal O Globo - MATÉRIA COMPLETA - Elio Gaspari

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Caminhão pega fogo e imagem de Nossa Senhora Aparecida fica intacta

Acidente ocorreu na terça-feira na BR-158. A informação foi confirmada ao Correio pelo Corpo de Bombeiros do município de Laranjeiras do Sul: "A única explicação é sobrenatural"

A imagem de um caminhão que pegou fogo na BR-158, próximo ao município de Laranjeiras do Sul (PR), viralizou nesta sexta-feira (7/1). Isso porque o baú do veículo acidentado ficou completamente destruído pelo incêndio, exceto pelas portas traseiras onde está impressa uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Na filmagem, um morador da região narra a situação inusitada.
 

 O acidente começou com uma pane no painel e queimou todo o caminhão, mas o motorista não se feriu - (crédito: Redes Sociais/Reprodução)
 
 "A situação que ficou o caminhão na Ponte do (Rio) Xagu aqui. (...) Só um milagre mesmo que o motorista se salvou, mas vou mostrar outro detalhe importante, o que sobrou do caminhão aqui. Para quem não acredita em milagre, em Nossa Senhora, está aí, o resto do caminhão todo destruído. Depois de mais ou menos vinte horas, ainda está saindo fumaça ali embaixo", detalhou o homem não identificado.
 
O Correio confirmou a ocorrência com o Corpo de Bombeiros Militar do município de Laranjeiras do Sul. De acordo com o cabo Carlos de Souza, o acidente foi atendido por uma equipe da corporação na terça-feira (4/1). Ele não estava entre a equipe que atendeu o chamado naquele dia, mas confirmou nos registros e explicou que fatos assim, aparentemente sem explicação, são comuns no dia a dia de um bombeiro.
"O baú do caminhão é todo do mesmo material altamente inflamável. Nós vemos muito esse tipo de coisa, mas não podemos comentar porque tem muita gente que não acredita. Mas aquilo queima muito rápido, a única explicação é sobrenatural mesmo, um milagre", comentou o cabo. De acordo com Souza, o acidente começou após uma pane no painel do veículo. O caminhão pertence à empresa Transmarias e o motorista realmente não se feriu. 
Brasil - Correio Braziliense

sexta-feira, 11 de junho de 2021

O espírito do bolsonarismo - O Estado de S. Paulo

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, disse que “vai chegar uma hora” em que as decisões judiciais não serão cumpridas pelo Executivo.

“O Judiciário vai ter que se acomodar nesse avançar nas prerrogativas do Executivo e do Legislativo. Vai chegar uma hora em que vamos dizer que simplesmente não vamos cumprir mais. Vocês cuidam dos seus que eu cuido do nosso, não dá mais simplesmente para cumprir as decisões porque elas não têm nenhum fundamento, nenhum sentido, nenhum senso prático”, declarou o parlamentar em evento promovido pelo jornal Correio Braziliense e pela Confederação Nacional da Indústria.

A afirmação de Ricardo Barros não é isolada. O próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, já ameaçou não cumprir decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Bem menos polido que seu líder na Câmara, Bolsonaro, em maio do ano passado, declarou, aos gritos, que “ordens absurdas não se cumprem e nós temos que botar um limite nessas questões”. Era uma referência a uma operação da Polícia Federal contra bolsonaristas no âmbito de um inquérito do Supremo sobre a produção de fake news.

Na mesma ocasião, depois que o então ministro do STF Celso de Mello seguiu a praxe e encaminhou à Procuradoria-Geral da República um requerimento de partidos de oposição para que o celular do presidente fosse apreendido, como parte da investigação sobre sua suposta tentativa de interferir politicamente na Polícia Federal, Bolsonaro foi afrontoso: “Me desculpe, senhor ministro Celso de Mello. Retire seu pedido, que meu telefone não será entregue”. [o ex-decano do STF, empregou seus últimos dias na Suprema Corte em tentativas de provocar o presidente Bolsonaro, tentando - felizmente, fracassou - submeter a autoridade máxima da República a situações constrangedoras. e no caso em questão recebeu uma resposta adequado ao caráter provocador de sua decisão = que República é essa em que o telefone do presidente da República pode ser apreendido?
As tentativas do ex-decano buscavam ofender o presidente  e a Nação Brasileira, o que inclui a República e mais de 57.000.000 de brasileiros que escolheram Bolsonaro, presidente da República. Só nos resta repetir  com alegria: o ex-decano, felizmente, fracassou. 
Oportuno lembrar que o requerimento citado era de partidos da 'oposição', aqueles partidecos sem votos, sem noção, sem programa de governo, que vivem se borrando de pavor da 'cláusula de barreira' e cujo único objetivo é o de tentar governar o Brasil, presidir a República, SEM VOTOS - apenas aporrinhando o Presidente da República Federativa do Brasil, JAIR MESSIAS BOLSONARO;
No seu intento vil quase sempre contam, ou contavam, com o apoio do STF, tendência que começa a mudar. ]

Para completar, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, declarou em nota que o encaminhamento dado pelo ministro Celso de Mello ao caso, cumprindo mera formalidade, constituía “afronta à autoridade máxima do Executivo”, com “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

Ou seja, o deputado Barros está muito à vontade para dizer, em outras palavras, que cabe ao Executivo escolher as decisões judiciais que cumprirá, em nome da “autoridade” do presidente e da “estabilidade nacional”. O caso que Barros comentou dizia respeito à determinação do Supremo para que o governo realize o Censo Demográfico no ano que vem. O Censo deveria ter sido feito em 2020 e foi sendo postergado em razão da pandemia e de cortes orçamentários. Para o líder do governo, trata-se de decisão judicial sem “nenhum fundamento”, que ademais “avança nas prerrogativas do Executivo”, e isso seria suficiente para torná-la sem efeito.

[não temos procuração para defender o deputado Ricardo Barros, nem ele precisa de quem o defenda. 

Em nossa modesta opinião, o parlamentar apenas desabafou diante de sucessivas decisões do Supremo, quase sempre monocráticas, que provocam aquela insatisfação, aquele constrangimento da 'vítima' do  supremo decreto, a qual só resta lançar no vazio a pergunta: A QUEM RECORRER?]

A declaração do deputado Ricardo Barros, como a do próprio Bolsonaro antes dele, constitui ameaça explícita de desobediência civil. É um padrão bolsonarista. Esse desafio à ordem constitucional, de clara natureza golpista, é parte do processo de deterioração da democracia deflagrado por Bolsonaro desde sua posse. Ao avisarem que não pretendem acatar ordens judiciais, a não ser as que considerem “fundamentadas”, os bolsonaristas expõem com clareza sua estratégia de desmoralizar as instituições da República para submetê-las a seus propósitos liberticidas.

Nesse sentido, as infames ameaças feitas pelo deputado Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do presidente, contra o Supremo, ainda durante a campanha eleitoral, não eram mera bravata, mas um aviso. Recorde-se que o parlamentar disse que, se o Supremo resolvesse impugnar a candidatura do pai, teria que “pagar para ver”. Acrescentou que, “se quiser fechar o STF”, bastariam “um soldado e um cabo”.

É diante desse ânimo antidemocrático que as instituições devem se impor. Fez bem o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, que reagiu imediatamente às declarações do deputado Ricardo Barros, dizendo que “o respeito a decisões judiciais é pressuposto do Estado Democrático de Direito”. 

Opinião - O Estado de S. Paulo


domingo, 6 de dezembro de 2020

Vídeo de PM com filho emociona web; cabo morreu após ser baleado em assalto a loja de Mesquita

O Globo

'Um jovem que desde 2013 estava na polícia e muito orgulhava seus colegas de farda e familiares', afirmou o governador em exercício, Cláudio Castro 

[o Brasil precisa levar a sério a necessidade do combate aos bandidos ser para neutralizá-los e acabar com o entendimento criminoso de se houve um confronto, morreu um bandido, os policiais já começam a ser investigados, tratados - até presos -  como se fossem os culpados.
 
O certo, o necessário é que o bandido entenda que foi abordado, se reagir, morre. Para isso é necessário que se aprove o 'excludente de ilicitude' de forma a estabelecer no Brasil o óbvio em qualquer país sério e deixar claro que policial é policial, suspeito é suspeito e se ao ser abordado faz movimento suspeito, tem que ser tratado como bandido. 
 
Suspeito que tenta se furtar a ação policial tem que ser neutralizado. Os defensores dos 'manos', a turma dos direitos humanos, vão dizer que a polícia não pode matar, o que é certo, desde que haja segurança para o policial que está trabalhando em prol da sociedade e é simples resolver isto: entre morrer um suspeito que ao ser abordado se torna mais suspeito, ainda que inocente, ou morrer um policial inocente e que está agindo no estrito cumprimento do DEVER LEGAL que morra, se inevitável,  o suspeito.
Precisamos acabar com essa conduta de 'houve confronto, morreu bandido, as investigações, e versões na mídia, já tratam o policial como se fosse ele o culpado'. Para as investigações e noticiários partirem considerando o policial inocente é necessário que ele esteja morto - especialmente se for policial militar. 
O policial tem o DIREITO, até mesmo o DEVER, de chegar em casa vivo.] 
O policial militar Derinaldo Cardoso dos Santos, de 34 anos, morreu na última sexta-feira, dia 4, após ser baleado na cabeça enquanto atuava contra assaltantes numa loja em Mesquita, na Baixada Fluminense. A morte do PM gerou comoção nas redes sociais, com diversas postagens de luto em sua homenagem. Entre elas, circulam imagens do PM junto ao filho. No vídeo, Derinaldo abre a porta de casa e é recebido com um abraço do pequeno.

O cabo chegou a ser socorrido ao Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) após o assalto. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, ele deu entrada em estado gravíssimo, passou por uma cirurgia de emergência e foi levado ao CTI, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil investiga o crime, registrado por câmeras de segurança do estabelecimento, que conseguiram captar o momento em que um ladrão dispara contra o PM.


 Circulam fotos nas redes de um suspeito pelo crime preso neste domingo, dia 6. Em nota, a Polícia Militar informou que os "dois criminosos envolvidos na morte do Cabo Derinalto Cardoso" foram presos na tarde deste domingo em ação de equipes Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar (SSI), do 14ºBPM (Bangu) e do 2º Comando de Policiamento de Área, apoiadas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). "A partir de dados de inteligência, os policiais localizaram e prenderam os dois criminosos em um imóvel na Vila Kennedy, na Zona Oeste da cidade do Rio. Os dois foram conduzidos para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense", afirma o comunicado.

"Na sexta-feira, a Polícia Militar prendeu um criminoso nas proximidades do estabelecimento na cidade de Mesquita e, após denúncias, um revólver calibre 38 com numeração suprimida e cinco munições usado na ação criminosa foi apreendido em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio".

O governador em exercício, Cláudio Castro, se pronunciou sobre a morte do policial militar em uma postagem numa série sobre segurança pública no Twitter neste domingo, dia 6. Castro começou a sequência abordando as mortes por tiro de duas crianças, que são primas, em Duque de Caxias, e ainda outra morte de policial ocorrida em Nova Iguaçu. "A dor das famílias que perderam seus entes queridos é irreparável. Duas crianças na porta de casa e um policial exercendo sua missão. Desde as primeiras horas, a Polícia Civil realiza as investigações, e nós daremos uma resposta à sociedade. Minha solidariedade e orações", escreveu.

"Seguimos também com a investigação do assassinato do cabo Derinaldo Cardoso, em Mesquita. Um jovem que desde 2013 estava na polícia e muito orgulhava seus colegas de farda e familiares. Estamos de luto por essas perdas, mas determinados a elucidar ambos os casos.

E concluiu: "Sou defensor de uma política de segurança que atue com inteligência e focada em preservar vidas. A Subsecretaria de Vitimados dará todo o apoio às famílias. Vamos combater de frente a criminalidade em nosso estado. Não há lugar onde a polícia não possa entrar!".

Em O Globo - Matéria Completa

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Por que a TV Justiça é a última na audiência? - Jorge Serrão

Os números da audiência da televisão aberta e a cabo revelam algo interessante. A liderança segue com Globo (12,09), SBT (4,14), Record (4,13), Band (1,13) e RedeTV! (0,52). Mas a lanterninha chama atenção. A TV Justiça ocupa o 91º e último lugar. Dá traço: 0,00. Parece sintomático no Brasil da injustiça, no qual ministros do Supremo Tribunal Federal enfrentam um mega desgaste de imagem.

É uma pena, uma injustiça, que a TV Justiça desponte no fim da lista. Zero audiência é sacanagem. O canal produz muita informação relevante, de qualidade, promovendo cidadania e tentando o milagre de traduzir o juridiquês para os reles mortais. Também transmite as espetaculares (ou espetaculosas) sessões plenárias do STF. Por isso, o “traço” é esquisito. Alguém assiste... Eu assisto... Portanto, se o ranking for verdadeiro, confirma que eu não existo... Maritacas me mordam...



Falando em números, o Senado aprovou, por 56 votos a favor, 14 contra e 1 abstenção, o texto-base do projeto do senador Alvaro Dias que limita a 30% ao ano os juros do cartão de crédito e do cheque especial. Durante o pandemônio, o percentual máximo fixado é 20%. A matéria segue para apreciação da Câmara dos Deputados. Mas a grande pergunta é: os bancos vão obedecer?

Na prática, foi aprovada uma intervenção estatal no mercado. Os juros foram fixados na base da canetada oficial. 
Muitos já perguntaram por que não seria mais fácil coibir a cobrança de juros compostos nas operações de crédito? Tabelar juros (ou limitá-los artificialmente) é tabelar o preço do crédito. 
Não seria mais fácil liberar a livre concorrência? 
Não seria mais fácil criar facilidades para mais bancos no mercado?

Por falar em dificuldade de crédito, o sistema cometeu uma covardia com o professor Olavo de Carvalho. A juíza Ludmila Lins Grilo detonou no Twitter: “Contra todo tipo de ódio, em nome do amor, da diversidade e de uma suposta tolerância, o PayPal cancelou a conta de um senhor de 73 anos que usa a plataforma para receber honestamente pelo seu trabalho como professor”.
Olavo de Carvalho espancou: “A esquerda brasileira INTEIRINHA – jornalistas, acadêmicos, politicos, turminha das artes e espetáculos – não conseguiu me vencer, então foi pedir socorro aos seus gurus estrangeiros, os Sleeping Bitches e similares. Gentinha de bosta”. A censura econômica é escrota!
No mais, é comemorar que hoje é Dia da Cerveja, com uma indagadora twittada do empresário Henrique Bredda, do fundo Alaska: “É impressão minha ou quando o presidente para de entrar em polêmicas as coisas andam em Brasília e ele até sobe nas pesquisas?”. [quando o presidente não entra em polêmicas e passa a governar, fazendo exatamente o que seus eleitores esperam e o Brasil precisa.
De bônus, - ao governar e ignorar seus inimigos, faz com que desçam mais rápido para o abismo.]
Até quando vai durar o “Bolsonaro paz e amor”? Só o Acima de Todos [TUDO] sabe...

Alerta Total - Editor-chefe: Jorge Serrão


quinta-feira, 21 de maio de 2020

Cassação da chapa é o labirinto mais curto - Valor Econômico

Maria Cristina Fernandes


Se cabo, soldado e Centrão deixarem, bastam quatro votos no TSE

Das saídas constitucionais para o fim do governo Jair Bolsonaro, a da cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral é aquela que parece mais simples. Não carece de convencer o capitão a renunciar, nem de alargar o funil dos 343 votos necessários à chancela parlamentar para um processo de impeachment. Bastam quatro votos. [uma mudança constitucional via imprensa?] O caminho para esta maioria pró-cassação, porém, é de um sinuoso labirinto.

São seis os processos que correm no TSE. Tem de tudo lá, mas nenhuma das acusações agrega maior apelo hoje do que o disparo de mensagens falsas. Andam com o vagar próprio dos processos da Justiça Eleitoral, mas podem ser pressionados por duas investigações em curso. A primeira é aquela que apura a manipulação da investigação do desvio de verbas no gabinete do senador Flávio Bolsonaro na campanha de 2018. Não tem repercussão processual para o TSE mas joga água no moinho da percepção de que um gol de mão contribuiu para o resultado eleitoral. Foi esta, aliás, a tese que prevaleceu no processo de impeachment de Richard Nixon, abreviado por sua renúncia.

[é general Mourão, estão querendo cassar o senhor de qualquer forma;
os inconformados com a não existência de um terceiro turno e cientes, ainda que traumatizados pelo inconformismo, de que com as bençãos de DEUS  a pandemia vai passar e o presidente Bolsonaro vai recuperar o rumo, intensificaram seus esforços idiotas e estúpidos para cassar o Chefe do Poder Executivo,
Pior ainda, sabem que não possuem, nem possuirão,  os 342 votos para abrir um processo de impeachment e caso conseguissem, caso o processo fosse aprovado e o presidente Jair Bolsonaro fosse impedido, o senhor assumiria. 
Para eles, que vivem em devaneios, é importante que o senhor não assuma e assim querem cassar o presidente e o vice-presidente.
A eles não importa que o senhor não tenha nenhuma culpa, tão pouco o presidente da República - agora tentam, em um gesto se imbecilidade típica do  'apedeuta' ex-presidente petista - associar suposto crime do senador Flávio Bolsonaro ao pai e associar o presidente ao vice.
O pior é  que ainda estão prontos a tentar fazer para tirar o presidente Bolsonaro,agora querem levar o senhor na mesma espanada.
Tudo começou com uns, mais apressados e imbecis,  tentando a solução 'adélio bispo', tentaram outras que sequer merecem uma citação, e agora chegam a solução estender culpabilidade do filho para o pai e do pai  para o vice-presidente.
Não causa surprese que enquanto aguardam um resultado, fiquem em pé sobre milhões de desempregados e milhares de cadáveres.
Abutres se sentem bem em tal ambiente.]

A segunda investigação é aquela conduzida, no Supremo Tribunal Federal, sobre a máquina de notícias falsas. Este inquérito pode vir a compartilhar provas com a Justiça Eleitoral, a exemplo do que aconteceu no processo que julgou a chapa Dilma Rousseff/Michel Temer. O inquérito é conduzido, a sete chaves, pelo ministro Alexandre de Moraes. Apesar de dispor de policiais federais para as investigações, apenas os juízes auxiliares e o delegado da Polícia Civil de São Paulo lotados em seu gabinete têm acesso ao conjunto de provas colhidas. O comando é de um ministro que, de tão obcecado por investigações, fez fama em São Paulo por chegar às 4h da manhã na sede da Secretaria de Segurança Pública, sob seu comando, para participar de operações policiais.

Com a saída da ministra Rosa Weber, na segunda-feira, Moraes assume um assento no TSE. Comporá, junto com Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, que presidirá o tribunal, a trinca de ministros do Supremo que atuarão como juízes eleitorais no restante do mandato presidencial. A nova composição do TSE impulsionou a campanha de 100 entidades que atuam no campo da corrupção eleitoral (reformapolitica.org.br) pela agilização dos processos que hoje correm no TSE. Esta campanha pode dar amplitude ao que hoje está restrito a alguns gabinetes brasilienses. É uma articulação ora favorecida pela reaproximação de antigos adversários, como os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, ora contida por espantalhos como o artigo do vice-presidente Hamilton Mourão atacando as instituições.

Ao contrário do que se passou por ocasião do julgamento da chapa Dilma/Temer, em que a cassação foi derrotada por 4x3, os carpinteiros da tese da separação da chapa, hoje estão de quarentena. Se for para cassar, que seja o presidente e seu vice. Por isso, o artigo de Mourão assustou.  Ao proteger o titular do cargo e bater em todas as demais instituições da República, o vice-presidente, na leitura dos artífices da “saída TSE”, buscou blindagem das Forças Armadas contra qualquer desfecho que o alije. A ocupação do Ministério da Saúde e a negociação com o Centrão hoje são vistos como um sinal de que, seja com Bolsonaro, seja com Mourão, os militares não pretendem arredar pé.

As dúvidas não se limitam à reação da farda em relação à cassação da chapa. Estende-se à composição do TSE. Ao contrário do tribunal que inocentou Dilma e Temer, aquele que estará empossado a partir de segunda-feira, conta com três ministros do Supremo que não são de sentar em cima de provas. Três ex-ministros do TSE, em anonimato, concordam que o quarto voto não viria de nenhum dos dois ministros do Superior Tribunal de Justiça com assento na Corte eleitoral. O mandato do atual relator, Og Fernandes, se encerra em agosto. Como Fernandes também é o corregedor da Casa, o processo ficará com o futuro ocupante do cargo, o também ministro do STJ, Luis Felipe Salomão, que passará a ter, como colega, também no TSE, Mauro Campbell. Nenhum dos dois desfruta, em Brasília, da mesma reputação do independente Herman Benjamin, o ministro relator do processo Dilma/Temer que votou pela cassação. Sobre Salomão pesam ainda as expectativas de que ambiciona uma vaga no Supremo, situação que o deixaria em pé de igualdade com o procurador-geral Augusto Aras na condição de personagens-chave a quem o presidente poderia buscar atrair com as duas vagas que terá a preencher até julho de 2021.

Ainda que ambos venham a jogar no time anti-cassação, o quarto voto poderia ser buscado nos dois advogados do tribunal. A expectativa de recondução ao cargo, prerrogativa do presidente da República, pode vir a inibir um deles (Sergio Banhos), mas é inócua em relação ao segundo (Tarcísio Vieira), que está no último mandato na Corte. Somados os quatro votos, restaria ainda a dúvida sobre o prosseguimento do processo com um relator que venha a se mostrar desinteressado no desfecho. Os percalços não param por aí. A lei diz que se a chapa é cassada no primeiro biênio do mandato presidencial, faz-se nova eleição. Se for no segundo, convoca-se eleição indireta, em até 90 dias. “Na forma da lei”, diz a Constituição. Lei esta que não existe. Teria que ser formatada e votada em pontos sensíveis, como desincompatibilização e filiação partidária, em meio ao caos de uma pandemia que, além de vidas, também vitima o bom combate da política.

E, finalmente, o processo de escolha de um presidente-tampão seria conduzido pelas futuras mesas da Câmara e do Senado, a serem escolhidas num Centrão repaginado pelo bolsonarismo, visto que os mandatos de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre se encerram em fevereiro. A pergunta de um ex-ministro do TSE resume o drama: “Quanto custaria esta eleição”? Se a pedreira é tão grande, por que a “opção TSE” continua sobre a mesa? Porque todas as demais saídas parecem tão ou mais difíceis. A ver, porém, se os percalços permanecerão em pé se o país, no balanço dos milhares de mortos e milhões de desempregados, decidir que não dá para seguir adiante sem afastar o principal culpado.

Maria Cristina Fernandes, colunista - Valor Econômico


quinta-feira, 7 de maio de 2020

Em vez de cabo e soldado, Bolsonaro leva empresários para constranger STF - Estadão

Bolsonaro estava ao lado do seu ministro da Economia, Paulo Guedes, e empresários para reforçar o discurso de reabertura da economia

Presidente quer que responsabilidade pela crise política, econômica e sanitária que abala seu governo recaia sobre outros Poderes

[não se trata de constranger à Corte Suprema - nenhum dos Poderes da República pode ser constrangido - e sim de definir responsáveis.
O presidente Bolsonaro não quer que nenhum dos outros dois Poderes assuma responsabilidades do Poder Executivo e sim que cada um seja responsável pelos seus atos, intervenções e interferências. Para tanto, nada melhor que uma visita esclarecedora. ]


Ao invés de cabo e soldado, o presidente Jair Bolsonaro levou empresários da indústria para constranger o Supremo Tribunal Federal (STF). Quem não se lembra do polêmico vídeo postado nas redes sociais pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, no qual ele fala que bastam um soldado e um cabo para fechar o Supremo?
"Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo”, disse Eduardo no vídeo de 2018. 

Quase dois anos depois, num gesto repleto de simbolismo, o presidente surpreendeu nesta quinta-feira, 7, ao deixar o Palácio do Planalto e caminhar, a pé, em direção ao Supremo para pedir publicamente que as medidas restritivas de isolamento social sejam amenizadas. Tudo com transmissão ao vivo pela TV.

Bolsonaro estava ao lado do seu ministro da Economia, Paulo Guedes, e empresários para reforçar o discurso de reabertura da economia. Entre os empresários, representantes do Instituto Aço Brasil,  Anfavea (automóveis),  Abiquim (química), Interfarma (farmacêutica),  Abit (têxtil e confecções), Cbic (construção), Abiplast (plástico),  Abrinq (brinquedos)  e outros setores. Com a cena desta quinta,  não tem como não lembrar  o movimento “Não Vamos Pagar o Pato” organizado pela Federação da Indústria de São Paulo (Fiesp), que apoiou o processo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.  [cabe lembrar que a visita de hoje ao STF não foi orquestrada pelo Fiesp, foi apenas de cortesia.]
     
Agora, o que muitos se perguntam é se não parece muito um apelo, às avessas, para não ter impeachment de Bolsonaro, depois das acusações do ex-ministro Sergio Moro. [anotem: as acusações do ex-ministro Moro não passam de meras acusações caluniosas e que não serão provadas - informações vazias não constituem provas.
o ex-ministro apenas age da forma que se espera de alguém que revela conversas particulares com terceiros - inclusive de uma amiga e afilhada de casamento do ex-juiz.]


O presidente e o ministro tinham mesmo é que liderar e propor as saídas para a crise e não levar os problemas e preocupações do empresariado para o Judiciário. Não faz muito sentido, a não ser que ele esteja mesmo pressionando o STF. De imediato, Guedes conseguiu o apoio público do presidente ao veto de parte do projeto de auxílio emergencial aos Estados e municípios que excluiu várias categorias do congelamento de salários por 18 meses.

“Eu sigo a cartilha de Paulo Guedes. Se ele acha que deve vetar, assim será feito", disse o presidente.  Foi o presidente quem deu aval para a abrir a porteira que deixou de fora do aperto fiscal as categorias que lhe dão apoio, principalmente as Forças Armadas e de segurança, contrariando a orientação da sua equipe econômica. Pagando para ver se ele vai cumprir o que prometeu a Guedes.

Bastidores - O Estado de S. Paulo


sexta-feira, 1 de maio de 2020

PLANALTO x SUPREMO - Bolsonaro fez ataque preventivo a Moraes - O Globo

Por Bernardo Mello Franco

Como todo aspirante a ditador, Jair Bolsonaro não gosta da ideia de um Judiciário independente. Na campanha de 2018, ele anunciou o plano de ampliar o número de vagas no Supremo de 11 para 21. A manobra, inspirada em ato da ditadura militar, lhe daria a chance de indicar dez ministros de uma só vez.

Para facilitar a vida do pai, o deputado Eduardo Bolsonaro propôs uma solução mais ligeira. “Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Você não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo”, disse. Nos dois episódios, o clã desafiou o Supremo e esperou as reações negativas para fingir arrependimento. O roteiro se repetiu no ano passado, quando o presidente divulgou um vídeo que retratava o tribunal como uma hiena em busca de carniça.

Ontem Bolsonaro testou uma nova forma de intimidação. No cercadinho do Alvorada, ele atacou o ministro Alexandre de Moraes, que o impediu de entregar a Polícia Federal a um delegado amigo. “Como é que o senhor Alexandre de Moraes foi para o Supremo? Amizade com o senhor Michel Temer. Ou não foi?”, provocou. A liminar que barrou a nomeação de Alexandre Ramagem é controversa. Juristas insuspeitos de simpatizar com o bolsonarismo consideram que Moraes usou critérios muito vagos para anular um ato do presidente. Seria mais um caso típico de ativismo judicial.

Contrariado, o presidente tinha a opção de recorrer ao plenário. Ele preferiu o ataque pessoal, e ainda insinuou que se sentiu tentado a atropelar a Corte. “Quase tivemos uma crise institucional. Quase, faltou pouco”, disse. Afrontar um juiz do Supremo não é boa tática para quem tem causas a julgar por lá. O tribunal costuma deixar as rixas de lado quando se sente atacado. Foi o que aconteceu ontem, quando Moraes recebeu elogios de Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso.

Ao que tudo indica, o jogo de Bolsonaro é outro. Moraes comanda dois inquéritos que preocupam o Planalto: sobre a indústria das fake news e sobre os atos golpistas do último dia 19. O presidente já sabe que essas investigações devem complicá-lo. Isso explicaria o ataque preventivo ao ministro. [quanto as fake news talvez rendam alguns aborrecimentos, nada que complique o presidente:
quanto à manifestação do dia 19 passado, primeiro é preciso tipificar que os atos eram golpistas e segundo que o presidente de alguma forma estava envolvido.]

Bernardo Mello Franco, colunista - Jornal O Globo


quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Lula e a Suprema Traquinagem Federal

Edição do Alerta Total
 
Qual é a Suprema Traquinagem Federal? Temos várias... Nosso Estado-Ladrão, modelado no Capimunismo Rentista e baseado na subcultura do “jeitinho” e da “corrupção”, é capaz de subverter a Lei e violentar a legalidade. Bastam interpretações convenientes. As decisões dependem do grau de poder político, econômico e os interesses dos envolvidos. Assim, temos impunidade para cá, rigor seletivo para lá, e o Estado Democrático de Direito todo errado, injusto e pronto para avacalhar com a ordem e a lei. Eis o Triunfo da Canalhice!

Já não bastam as traquinagens institucionais para impedir que membros do Judiciário possam ser investigados? Já não são suficientes as armações para a instauração de um supertribunal de exceçãoque se auto-aciona para abrir inquérito, investigar e condenar, ao mesmo tempo, rasgando a Constituição Vilã de 88? Ainda somos obrigados a ver que, em menos de 12 horas, a defesa do Presodentro Luiz Inácio Lula da Silva consiga o milagre de que o Supremo Tribunal Federal receba um recurso, coloque em pauta e faça o julgamento?

Pergunta fundamental: O que Lula tem de tão especial para ser tratado de forma diferente dos demais condenados e presos? Por que o STF comete a loucura de parar tudo para julgar qualquer peça que venha da defesa dele? Como foi que o STF se rebaixou ao nível de virar uma vara de execução criminal, analisando transferência do privilegiadíssimo preso $talináciO? Antes que alguém com um mínimo bom senso consiga responder, a maioria do STF resolveu que Lula permanece na sala especial da Polícia Federal em Curitiba – não sendo transferido par uma unidade prisional em São Paulo, conforme determinara a juíza Carolina Lebbos, responsável, legitimamente, pela execução da pena do ex-Presidente da República.

Não adiantarão explicações mágicas e discursos vazios de supremos magistrados. Mais uma vez, ficou popularmente abaladíssima a imagem da mais alta Corte Constitucional do Brasil. Na visão da galera, que opera o “tribunal virtual” nas redes sociais da Internet, Lula foi beneficiado por uma suprema traquinagem federal. Agora, só falta um “jeitinho” para soltá-lo, mesmo sabendo que está próxima mais uma condenação em órgão colegiado em segunda instância judicial.

O Soldado, o Cabo e muitos Generais estão gostando nada do que está acontecendo... Depois, não adianta togado reclamar da ira de fardado... Até porque a maioria não agüenta mais um Brasil fadado a continuar dominado pelo Crime Institucionalizado. É por tudo isso que o Presidente Jair Bolsonaro tem obrigação de acertar na escolha de um Procurador-Geral da República que parta com tudo para cima dos agentes do Crime Institucionalizado.
 
 
Edição do Alerta Total
 
Por Jorge Serrão


domingo, 23 de agosto de 2015

Snipers da PMDF e seus desafios diários

Atiradores de elite da PM contam rotina de treinos e desafios da profissão

Equipe de snipers brasiliense treina diariamente para atuar em situações extremas. O importante, para eles, é salvar pessoas.

O trabalho escolhido por amor à sociedade exige prática constante, sacrifício, concentração e controle emocional. 

Oito homens de preto do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Distrito Federal carregam a missão de empunhar fuzis para fazer valer a lei em situações de extrema ameaça à vida de cidadãos inocentes. Atiradores de elite da Polícia Militar do DF dispararam o último tiro fatal em 20 de agosto de 2008. À época, eles impediram que um sequestro em uma farmácia na QNM 18, em Ceilândia, terminasse em tragédia. Ainda assim, não passaram um dia sem se preparar para novas ocorrências. Mesmo quando não apertam o gatilho, os snipers da capital estão presentes em situações de risco.

O rosto coberto protege a identidade dos militares, que preferem contar as vidas salvas em vez dos criminosos mortos. Os olhos atentos fazem a observação e colhem todos os detalhes da cena de perigo. Os snipers posicionam-se em áreas limpas e de visibilidade favorável com o mínimo de interferência. Para garantir o sucesso de uma operação, o trabalho em equipe é o pressuposto básico. O atirador nunca está sozinho. Um segundo profissional está sempre junto na função de observador. Em grandes ações, quatro homens se revezam.
Em 25 anos de Bope, o mais antigo atirador completou uma década e meia na especialidade. A fim de preservar a identidade, ele prefere não ter o nome revelado, mas não deixa de contar os sabores e as agruras da profissão. 



A prática diária, com exercícios de tiro, físicos e de cálculos, é fundamental para garantir o sucesso de uma operação
Na lembrança das ocorrências mais desafiadoras está o da farmácia em Ceilândia. O sargento era um dos quatro que atuavam na ocorrência do sequestro. Roger do Arte Pinto, 23 anos, manteve a vítima Regina Chaves, 26, como refém por cinco horas. A mulher, que trabalhava no caixa do estabelecimento, serviu de escudo. “Uma coisa é praticar tiro em alvo de papel, que não se mexe nem reage. Outra é enfrentar uma ocorrência em que a pessoa se move muito”, lembra o sargento.

Ele conta que o criminoso tinha feito uso de rupinol, estava muito agitado e mantinha o dedo cerrado no gatilho. Um dos atiradores recebeu o comando para agir depois que o criminoso disparou um tiro contra os negociadores. No dia seguinte, o sargento se recorda de a equipe ter ido procurar a vítima para entregar flores. “Ela ficou tão atordoada que sumiu. Até hoje o buquê não foi entregue. O importante é salvar vidas. Nesse caso, conseguimos”, comemora.

Retaliação

As armas são fuzis de munição 762 milímetros de origem norte-americana, belga e alemã. O projétil é capaz de derrubar helicóptero e perfurar motor de carros. Na profissão, a impessoalidade é a marca dos snipers. “Para não sofrer retaliação, nós preservamos a nossa identidade. Em geral, o criminoso sabe que há atiradores de elite na ocorrência e eles comentam isso. Por isso, evitamos nos expor para segurança pessoal e de familiares”, ressaltou.

Bem treinados, os snipers precisam cumprir a escala de atividade física e de tiro diariamente por duas horas e meia. A intensa rotina de prática — que inclui cálculos de desvio de rota da bala e do vento, entre outros faz com que os militares permaneçam em constante reciclagem. Em 14 anos de Bope, oito deles como atirador, um cabo que faz parte do time revela nunca ter ficado um dia sem fazer as atividades exigidas. “Temos que ter controle emocional, disciplina e consciência”, teoriza.

Fonte: Correio Braziliense