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domingo, 19 de maio de 2019

Os Bolsonaros a perigo

Flávio mostra-se assustado, Jair sai pela arrogância, e Carlos recolhe-se ao silêncio

[detesto Romário, tanto quando jogador - mesmo quando jogou pelo Mengão (a propósito, a derrota de ontem para o 'galinho' é perdoável, visto que na quarta abateu o 'corinthians') - como político  e o que mais for, mas, a famosa frase cometida pelo jogador quando disse que 'Pelé calado é um poeta ...' (frase que o senador não deveria ter pronunciado, ele deve respeito ao REI do Futebol) - e perfeitamente aplicável ao Carlos Bolsonaro e seus dignos irmãos, perfeita também para o 'aiatolá de Virginia'.

Quanto ao nosso presidente Jair Bolsonaro, ele pode de deve falar - preferencialmente através do porta-voz.

Em 2022 aí sim, ele pode e deve falar no estilo capitão - ainda acredito que seu Governo será excelente (ainda há tempo para ajustes) e ele será reeleito.]

Os ardis que consistem em contratação de funcionários fantasmas, repartição das remunerações desses e de funcionários ativos e ainda o uso de funcionários para serviços privados não se limitam a irregularidades administrativas de gabinetes parlamentares, federais ou estaduais. Configuram desvio e apropriação de dinheiro público, tanto faz se para o próprio parlamentar ou para outros. É isso que, na verdade, caracteriza a numerosa série desses fatos atribuídos a Jair, Flávio e Carlos Bolsonaro pelo Ministério Público do Rio. ['atribuídos' tem  significado bem diferente de praticados e provados.
Se deve ter sempre presente, que JAIR BOLSONARO e seus familiares não são a mesma pessoa.]
Inexiste ainda a caracterização real e pública dessas sucessivas constatações, por serem seus relatos moderados e intermitentes. O oposto dos vazamentos e do carnaval de manchetes e telejornais nos casos envolvendo Lula, o PT e Dilma.
Nestes, jornalismo propriamente dito e política + Ministério Público brigaram o tempo todo. A briga continua, mas a rubrica “política” tem composição diferente, sem partidos enlaçados com poder econômico e imprensa/TV/rádio. E os Ministérios Públicos não denotam o facciosismo e o desregramento da Lava Jato. “Venham pra cima, não vão me pegar!” é uma boa frase de efeito, mas Bolsonaro deve saber que as circunstâncias, se não a negam, também não a confirmam. Basta o primeiro lote de sigilos bancários a serem quebrados, já próximos de uma centena, para sugerir o que é esperado daí sobre o pai e dois dos filhos. Todo o caso, por sinal, foi constatado por causa de Flávio, mas o iniciador das atividades merecedoras de investigação foi Jair. [até mesmo aparentes irregularidades em quebras de sigilo, podem ser esclarecidas e explicadas.
 
Criticam o depósito em espécie de R$24.000,00 feito por Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro - alegam que poderia ter feito um DOC ou uma TED.
Qual a diferença entre quem está em um Banco, tem uma quantia em espécie para pagar a determinada pessoa, que é correntista daquele Banco, e optar por depositar direto na conta ou fazer um DOC ou um TED - que, estão sujeitos à cobrança de tarifa, o que não ocorre com os depósitos?
 
Quanto a Bolsonaro, pelo menos até agora e creio que vai assim permanecer, nada há contra ele (ganhou um recurso impetrado no Ibama, contra uma multa aplicada) - ter uma multa anulada é normal, qualquer cidadão tem o direito a recorrer e ganhar o recurso.
Provem que Bolsonaro teve a multa cancelada por determinação legal de alguma autoridade e que tal fato a autoridade praticou por determinação do presidente da República.
 
Por fim, não esqueçam que Bolsonaro tem um CPF e cada um de seus familiares tem um  CPF diferente, único, individual.]
Também envolvedor daquele filho, quando, eleito deputado federal, transferiu-lhe os beneficiados, práticas e “fantasmas” que mantinha no Rio. De quebra, entre os investigados predominam pessoas ligadas a Bolsonaro, agora ou em suas famílias passadas. E ainda a proximidade com milicianos, motivo de explicações escapistas e não menos indagações em aberto. Os riscos são grandes. Pendentes apenas da maior ou menor disposição do Ministério Público de ir adiante na sua função —o que, triste é dizê-lo, nunca se sabe. [o MP até que exerce seu múnus, as vezes até com exagero; é que acusações precisam ser provadas.]
Não é uma situação em que Bolsonaro possa contar com a proteção que o levou a cercar-se de generais. Embora, por enquanto, essa trincheira seja uma das intimidações que atenuam os relatos do caso em sua gravidade inequívoca. Funcionários fantasmas, ou só fantasiados de ativos, recebem dinheiro público, tomado à população. [provas? provas?: provas? onde estão?] Trata-se, portanto, de desvio caracterizador do ato criminoso de peculato. Flávio Bolsonaro mostra-se assustado com o inquérito. Jair Bolsonaro sai pela arrogância. Carlos recolhe-se ao silêncio sugestivo. Mas a ansiedade não se divide por três. É equânime.


Janio de Freitas - O Estado de S. Paulo