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terça-feira, 10 de maio de 2016

Um travo



A sensação, ao final do dia, foi a de que escapamos de mais uma armadilha montada para tentar, pelo menos, adiar a consumação do impeachment da presidente Dilma. Mas é inevitável, também, ficar um travo diante do que a presidente chamou de “manhas e artimanhas” que se desenrolaram, numa definição estranhamente clara sobre o que acontecia nos bastidores da política, em que ela atuou decisivamente nos últimas horas.

Não há dúvida de que toda essa estratégia foi montada pelo governador maranhense Flávio Dino, do PCdoB, um pólo de poder regional que interessa ao paroquialismo do presidente em exercício da Câmara, deputado Waldyr Maranhão. Uma manobra desesperada de anular as sessões da Câmara, que já havia sido tentada em diversas instâncias nesse processo de impeachment pela aguerrida tropa de choque governista no Senado, que contava com o apoio do presidente Renan Calheiros para adiar o fecho desse ciclo petista que teima em permanecer no poder à custa de qualquer manobra.

O que espanta os mais chegados ao provável futuro presidente Michel Temer é a garra com que o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardoso, se dedica à defesa da presidente Dilma, como se disso dependa seu futuro político.  Na verdade, é isso mesmo o que acontece, pois Cardozo, em sua nova encarnação, destaca-se como um dos principais líderes do que sobrará do PT no pós-Dilma. Sua atuação tem sido tão relevante, não necessariamente para a presidente, mas para o petismo de modo geral, que até mesmo o ex-presidente Lula, que não gostava dele desde o tempo, lá pelos idos dos anos 1980, em que Cardozo participou de uma comissão de inquérito que acusou o advogado José Carlos Teixeira de interferir indevidamente em negócios das prefeituras petistas, agora o considera uma peça fundamental para o próximo ciclo político que o partido espera viver a partir da oposição que fará ao provável governo Temer.

Juntamente com o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, Cardozo está sendo considerado uma alternativa para a candidatura presidencial petista em 2018, e se Haddad não conseguir se reeleger, será o mais cotado para o posto.

Cardozo, cujo sonho sempre foi ser indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), foi barrado por Lula, e agora se transformou na salvação do PT. Tanto para dar ares de verdade à tese do golpe como, mais adiante, na tentativa de ser a imagem de um PT renovado.

O senador Renan Calheiros encontrou um bom pretexto para passar uma imagem de isento ao impedir que o senador Delcídio do Amaral estivesse em condições de votar a favor do impeachment da presidente Dilma, uma manobra claramente tentada e que quase coloca por terra o que deveria ser o objetivo central da oposição.  Colocar Delcídio para fazer um show na quarta-feira seria um requinte de maldade política desnecessário. E transformá-lo em um herói oposicionista seria a mesma coisa que não cassar o mandato do deputado Roberto Jefferson no episódio do mensalão.  Jefferson e Dirceu foram cassados, como se fossem aqueles pistoleiros de filmes de faroeste do Tarantino que se matam mutuamente. 

Agora, Delcídio e a presidente Dilma terão o mesmo destino, faltando definir qual será o do pistoleiro mais rápido do Congresso, o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha.

Ontem, viu-se no Congresso Nacional o nível em que se desenrola nosso presidencialismo de coalizão e, mais preocupante, tivemos exemplos claros dos personagens que, tanto na Câmara quanto no Senado, serão os responsáveis pelas reformas constitucionais que o futuro governo Temer terá que aprovar para que a economia se torne minimamente competitiva.

Como disse num momento espontâneo o ministro do Supremo Luis Roberto Barroso, “meu Deus do Céu essa é a nossa alternativa”.

Fonte: Merval Pereira – O Globo


terça-feira, 7 de julho de 2015

Corja petista quer enquadrar a PF. Em outras palavras, transformar a Policia Federal do Brasil, o DPF, em polícia de governo ou desativar

Para bancada petista, governo precisa reagir e enquadrar a PF

Deputados cobram reação às declarações de diretor sobre Lava-Jato

Diante da baixa popularidade do governo, das acusações de corrupção na Operação Lava-Jato e dos prognósticos da oposição e de partidos da própria base aliada de que a presidente Dilma Rousseff não concluirá seu mandato, a bancada do PT na Câmara tem criticado reservadamente a falta de reação do Planalto. “Nossa bancada é uma voz clamando no deserto às vésperas da crucificação. Não estou preparada para ver esse cortejo”, escreveu ontem a deputada Benedita da Silva (RJ), no grupo de WhatsApp da bancada, segundo deputados petistas. 
  O deputado Afonso Florence (BA) defendeu, no mesmo espaço, segundo relatos, a necessidade de o governo criar um gabinete de crise. Para a deputada Maria do Rosário (RS), a crise é “gravíssima”, ainda segundo os integrantes do grupo.

CARDOZO É COBRADO
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Já o deputado Zé Carlos (MA) escreveu, segundo petistas, que o PT e o governo não podem continuar na defensiva, porque “quem abaixa demais o fundo aparece”.

A gota d’água foi a entrevista do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, publicada anteontem em “O Estado de S.Paulo”. Na entrevista, Daiello afirmou que as investigações da Lava-Jato não vão parar nem se chegarem perto de Dilma, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de suas campanhas. Disse ainda que as investigações continuarão “com o ministro José Eduardo Cardozo na Justiça ou não, com o Daiello na PF ou não”. [a corja petista fica desesperada quando ficam cientes que a Polícia Federal não vai parar diante de nada e que é questão de tempo o estrupício do Lula e o resto da maldita gang petista terem os braços ornados com algemas.]

Lula e seu grupo no PT têm atacado Cardozo em conversas reservadas. Eles reclamam que o ministro “não controla” a Polícia Federal e de supostos excessos na Lava-Jato, além de vazamentos “seletivos”.  A primeira mensagem com esse tom, no grupo de WhatsApp, foi postada pelo deputado Assis Carvalho (PI) anteontem, segundo colegas de bancada. Ele cobrou providências do Ministério da Justiça e do governo porque, segundo ele, o diretor da PF “extrapolou”.

CRÍTICA À AÇÃO DA PF
O deputado Leo de Brito (AC) foi na mesma linha, segundo integrantes do grupo: “Não tenho nada contra o ministro (da Justiça), mas o que está acontecendo com a Polícia Federal é inadmissível. A Polícia Federal virou instrumento político”.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) confirmou que a entrevista de Daiello não repercutiu bem na bancada: — Eu não gostei. Esse diretor da Polícia Federal acha que ali é um quarto poder, que não tem que se submeter a quem foi eleito, a quem tem voto. Até os ministros do Supremo (Tribuna Federal) são indicados pela presidente da República e referendados pelo Senado. [esse tal de Zaratini, um ex-terrorista pensa ser o que? ]

Assis Carvalho recomendou, na troca de mensagens, que o líder do PT, Sibá Machado (AC), e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (CE), procurem Lula para conversar. O deputado Paulo Pimenta (RS) ponderou, segundo petistas, que a bancada perdeu essa oportunidade na semana passada, ao se reunir com o ex-presidente.