A tecnologia vem avançando rapidamente
e nos proporciona uma impressionante gama de comodidades. Não dá para
retroceder deste processo e os países evoluídos em tecnologia vão se tornando
detentores de poder econômico, político e social nunca visto, desde que a
criatura conseguiu ficar de pé, perdeu o rabo, usou as mãos e teve o cérebro
aumentado com relação aos outros animais.
Cito como exemplo a China com sua
espantosa aceleração tecnológica, perto da qual estamos na fase do arco e
flecha. Como decorrência desse fenômeno a expansão tecnológica passa a marcar a
diferença entre países ricos e pobres ou como se dizia antigamente, entre os
desenvolvidos e subdesenvolvidos. E não serão riquezas naturais, força bélica,
dimensão territorial que passarão a determinar o poderio de um país, mas o
progresso de sua tecnologia no espaço real interligado ao ciberespaço.
Nesse admirável mundo novo tudo já
está sendo modificado em termos de trabalho, profissão, meios de transporte, de
comunicação, de duração da vida e muito mais. Inclusive, a Educação de que
tanto se fala no Brasil deveria começar a dar às crianças e aos jovens não
apenas bons conhecimentos das matérias básicas, mas também instruir as novas
gerações nos domínios da Internet, nos programas avançados da computação, na
robótica. Entretanto, tudo que é humano pode ser
usado para o bem ou para o mal. Assim sendo, a intensificação da tecnologia
pode ser empregada também para reduzir ou acabar com nossa liberdade e produzir
um apavorante totalitarismo no qual o livre arbítrio chegará a zero. Algo a
lembrar a obra “1984” de George Orwell.
A sociedade vigiada já está em curso e
outro exemplo disso são hackers que chamo de ciberpiratas. Lembremos que no
passado piratas eram bandidos que cruzavam os mares com o fito de assaltar e
roubar o que havia em outras embarcações. Agora os ciberpiratas são bandidos
que roubam dinheiro de contas bancárias, intimidades, documentos secretos o que
coloca em risco a segurança de países e tudo mais que desejem tais gatunos,
incluindo a honra e a dignidade alheias. Eles são peritos em chantagem,
extorsão, distorção, deturpação e ninguém está imune a seus roubos. Portanto,
são facínoras de pior espécie, criaturas da Darkweb e não existe hacker
bonzinho, pois navegam nas águas da ilegalidade e da imoralidade.
No momento estamos presenciando o
sórdido ataque do jornalista Glenn Greewald, que se abriga no site The
IntercePT Brasil. Ele vem mostrando aos poucos pequenos trechos de supostas
conversas particulares entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan
Dallagnol. Executa sua ação ignóbil a conta-gotas para manter o escândalo e vai
destilando veneno contra o agora ministro da Justiça e da Segurança Pública,
homem raro da lei que levou à cabo a maior ação de nossa história contra
corrupção. [só que o militonto do intercePT, com a capa que identifica os verdadeiros adeptos do 'jornalismo investigativo', deu com a cara no chão - o desinteresse pelas mentiras divulgadas é total;
aqui e acolá alguns jornais ou sites escrevem alguma coisa, sempre mostrando o descrédito do devoto do presidiário petista.
LULA CONTINUA PRESO.]
Glenn alega que obteve tais conversas
de dois anos atrás por intermédio de um hacker. Portanto, de modo ilegal. Seria
o próprio jornalista o hacker ou ciberpirata? Não dá para acreditar em nada que
ele invente e o jornalista devia no mínimo já estar preso e posteriormente ser
deportado para seu país, os Estados Unidos, onde sabem perfeitamente como lidar
com bandidos dessa espécie. Numa inversão de valores o ministro Moro foi ao
Senado onde por quase 10 horas teve que responder a ataques de certos senadores
em cujas costas pensam vários processos.
A pergunta que não quer calar é:
a quem interessa a ação do hacker ou jornalista Glenn? A quem Glenn Greewald
serve? Fácil resposta: a desmoralização de Moro é ao mesmo tempo um ataque à
Lava Jato e consequentemente leva à soltura do presidiário Lula a Silva e de
mais centenas de condenados da Lava Jato.
Dia 25, a Segunda Turma do Supremo se
reuniu depois de muitos volteios sobre a conveniência ou não da data de tal
reunião. Ao final de muito palavrório sobre soltar ou não o presidiário através
de habeas corpus, com base na suspeição do então Juiz Moro no caso tríplex, o
quinteto resolveu adiar seu pronunciamento sobre a matéria para depois do
recesso de julho. Sinal de que não sabem o que fazer.
Dia 30, enquanto iam surgindo
evidências das adulterações das tais conversas pinçadas pelo hacker e erros
cometidos pela equipe jornalística do IntercePT relativos a nomes, lugares e
datas, impressionantes multidões foram às ruas de todo país em defesa do
ministro Sérgio Moro e da Lava Jato. Aguardemos se depois do recesso os
guardiães da Constituição, ou seja, os ministros do Supremo irão a favor ou
contra a Lava Jato, a corrupção, a bandidagem e a violação do artigo 154 do
Código penal brasileiro. O resultado mostrará se somos minimamente civilizados
ou se continuamos a viver na barbárie onde leis inexistem e os íntegros e
cumpridores de seus deveres são punidos.
Por Maria Lucia Victor Barbosa
Artigo no Alerta Total - www.alertatotal.net