É patacoada essa história de que estariam tentando apressar o julgamento por receio das fitas de Sérgio Machado
O relator do
processo contra Dilma no Senado, Antônio Anastasia (PSDB-MG), quer
concluir os trabalhos em agosto, segundo o calendário que está no pé
deste post. Mas haverá atraso, é certo. Já se sabe que a defesa prévia
de Dilma não será entregue no dia 1º de junho.
Não se
trata, obviamente, de apressar coisa nenhuma. Três meses desde o
afastamento, dado o que se tem, parece tempo suficiente, não? Os petistas
já estão plantando a mentira de que há gente tentando acelerar o
calendário porque o PMDB estaria com medo de outras gravações feitas por
Sérgio Machado. Medo de quê?
Até agora,
convenham, o que se depreende das falas é um monte de gente dizendo que
faz e acontece na Lava Jato. A única coisa chata pra elas é que seria
preciso combinar antes com os russos: no caso, Sergio Moro, Rodrigo
Janot, os procuradores… Se querem
saber, é tempo até demais. É claro que a interinidade sempre causa
alguma insegurança — e isso é tudo aquilo de que o país não precisa,
certo?
Que agosto seja o limite. Para Dilma sair de vez ou voltar, ora bolas! A propósito: por que o PT quer esticar tanto a corda? Se têm tanta certeza da inocência de Dilma, quanto antes, melhor!!! É claro que
me faço de ingênuo: o partido quer ver se consegue provocar uma onda de
instabilidade política que eventualmente facilite a volta da petista…
Imaginem a
cena, senhores: Dilma voltando, com o país numa situação ainda pior do
que a que temos agora — e só nessas circunstâncias ela voltaria —, e a
mulher pondo todo o seu talento e a sua habilidade a serviço da paz
social…
Tenha paciência!
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O CALENDÁRIO DO IMPEACHMENT
até 1º de junho – recebimento da defesa prévia da denunciada, apresentação dos requerimentos para indicação de testemunhas e de provas pelos membros da comissão
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O CALENDÁRIO DO IMPEACHMENT
até 1º de junho – recebimento da defesa prévia da denunciada, apresentação dos requerimentos para indicação de testemunhas e de provas pelos membros da comissão
2 de junho – parecer sobre provas e diligências – discussão e votação
de 6 de junho a 17 de junho – oitiva de testemunhas, esclarecimento do perito e juntada de documentos
20 de junho – interrogatório da denunciada
de 21 de junho a 5 de julho – alegações escritas dos denunciantes
de 6 de julho a 21 de julho – alegações escritas da denunciada
25 de julho – leitura do relatório da comissão
26 de julho – discussão do relatório na comissão
27 de julho – votação do relatório na comissão
28 de julho – leitura do parecer em plenário
1º e 02 de agosto – discussão e votação do parecer em plenário
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo