Análise Política
O G1 traz interessante reportagem sobre o sucesso do combate
à Covid-19 na Mongólia, onde simplesmente não se registraram até agora
transmissões locais do SARS-CoV-2 (leia).
E nenhuma morte. Sim, zero mortes.
A receita? Medidas precoces, como fechamento radical de
fronteiras, monitoramento estrito de possíveis casos e casos confirmados e,
principalmente, alta disciplina social na implementação de providências de
isolamento e afastamento.
[Um comentário se faz necessário:
o 'excesso de democracia' e a judicialização de qualquer detalhes, só atrapalham o combate ao coronavírus.
Em certas situações o BEM ESTAR da população de um país exige medidas draconianas, que implicam em mínima discussão o que impõe necessidade da centralização, que no interesse maior tem que tornar dispensáveis longas e quase sempre estéreis discussões.]
Mas nem tudo são flores. Lá, como cá, cresce a pressão pelo
afrouxamento das medidas draconianas. Lockdowns são como as guerras:
relativamente fáceis de entrar, bem mais difíceis de sair.
E o efeito de longo prazo na popularidade dos governantes?
Por aqui, num país recordista em números complicados, as pesquisas mostram que Jair Bolsonaro começa a
se recuperar do algum sofrimento que a popularidade dele viveu nos meses
recentes (leia).
O presidente da República parece manter a resiliência.
Aguardam-se os próximos capítulos.
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político