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quinta-feira, 2 de junho de 2022

Lula idolatra Lula, e não mostra o seu projeto para o país

Para se afirmar, deslegitima os outros, e reluta em mostrar seu plano para "garantir o fim da fome, o fim da miséria e o pleno emprego" 

[em síntese: o traste não tem plano de Governo, não tem noção do que fazer e tem medo das ruas.]  

Lula é personagem difícil de ser rotulado, enquadrado numa moldura. [era; o rotulem de traste e logo perceberão que cai como uma luva.]

Esquerdista? Talvez. Populista? É possível. Sobrevivente, com certeza — da migração do agreste pernambucano para São Paulo; do sindicalismo metalúrgico, e dos 42 anos de profissional da política, mais da metade do seu tempo de vida.

Seu melhor retrato nasceu da argúcia do humorista e do polimento do escritor Millôr Fernandes. Disse tudo em sete palavras: “O Lula é viciado em si mesmo.”

Reconheceu, tempos atrás: “Tem hora em que estou no avião e, quando alguém começa a falar bem de mim, meu ego vai crescendo, crescendo, crescendo… Tem hora em que ocupo, sozinho, três bancos com o meu ego.”

Lula cada dia mais idolatra Lula, principalmente nesta temporada eleitoral por ele transformada em campo de batalha pela absolvição nas urnas — algo que ainda não conseguiu nos tribunais.

Aos 76 anos, aproveita a que talvez seja sua última campanha para lapidar a imagem da Encarnação do Povo. É do jogo. O problema é que, para se afirmar, ele deslegitima todo mundo. Exemplos recentes:

Políticos no poder? “[Joe] Biden nunca fez um discurso para dar US$ 1 dólar para quem está morrendo de fome na África.”

Partidos? “O PFL acabou, agora quem acabou foi o PSDB e o PT continua forte, crescendo.”

Empresários? “Essa gente deveria vir de joelho conversar com a gente.”

Brasil? “Este é um país de uma elite escravista. O escravismo ainda está, sabe, contido na célula de cada representante da grande elite brasileira.”

Lula contra tudo e contra todos é imagem em sépia das suas quatro décadas sem sair de cima de um palanque.

Em 2003 se queixava da “herança maldita” do governo Fernando Henrique Cardoso.

Em 2022 anuncia que, se eleito, vai pegar um país muito pior do que o recebido vinte anos atrás.

Lula, nesses cultos de adoração de si próprio, pode até ter alguma razão em cada sílaba do que anda dizendo.

É pena que, a quatro meses da eleição, ainda relute em mostrar seu plano para  “garantir o fim da fome, o fim da miséria, o pleno emprego e fazer o Brasil virar protagonista internacional”.  
Esse Brasil Potência nunca antes aconteceu na história deste paísnem mesmo na década e meia de governos lulistas.

José Casado, colunista - VEJA