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domingo, 18 de março de 2018

Os ativistas de araque sempre acusam a polícia - estão sempre do lado dos direitos dos manos



Ativistas de Acari fogem da favela por medo após execução de vereadora

Moradores da comunidade relatam um clima de medo entre os movimentos sociais

[acusando a polícia os ativistas pró bandidos conseguem:
demonizar a polícia e com isso inibir, ainda que parcialmente, as operações policiais;
agradar aos traficantes, que passam a ter uma 'proteção' contra a polícia e posam de bonzinhos.]
Um grupo de ativistas deixou a favela de Acari, na Zona Norte do Rio, por medo, depois da execução da vereadora Marielle Franco. A informação foi confirmada por membros do coletivo Fala Akari, grupo do qual os ativistas fazem parte.  — A situação está ainda mais perigosa para os integrantes que já estão na mira deles há muito tempo, com isso juntando com a proporção que nossas denúncias contra o batalhão tomaram, o indicativo era de que alguns de nós nos retirássemos de imediato e assim fizemos — afirmou um membro do grupo.
Operação da Polícia Civil em Acari em janeiro - Luiz Ackermann / Agência O Globo



Moradores da comunidade relatam um clima de medo entre os movimentos sociais. O coletivo Fala Akari publicou no último dia 10 uma denúncia contra policiais do 41º BPM (Irajá) que foi compartilhado pela vereadora Marielle. Os ativistas afirmam que a PM matou duas pessoas na véspera e que, no dia seguinte, “entraram atirando” e deixaram moradores na linha de tiro.
“Uma integrante do Coletivo Fala Akari e mais uma moradora ficaram na linha do fogo com policiais atirando em cima delas sem ter nenhum "bandido" atrás delas, ou seja, atirando para tentar matá-las. Vieram com a intenção de matar e não tiveram nenhum escrúpulo em esconder, pois falavam isso. Disseram que não iriam permitir que ocorresse o baile, logo mais a noite. Quebraram portões de moradores. Invadiram muitas casas sem o menor critério e fotografaram identidade de moradores”, escreveu o grupo.

A vereadora endossou as denúncias dos moradores. Ela afirmou que era preciso “gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari nesse momento” e que “o 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari”.

A proximidade das denúncias com a sua execução gerou a suspeita de que este poderia ter sido a motivação do crime.
No entanto, nenhuma autoridade que investiga a morte da vereadora confirma a tese.  Em uma publicação nas redes sociais, o coletivo afirmou que alguns integrantes do grupo, em especial as mulheres negras, já recebem ameaças de policiais. Segundo eles, “já houve episódios de militantes sequestradas e também de um outro quase ser alvejado por um tiro durante operação”.

“Não afirmamos em momento algum que policiais do dito batalhão estejam envolvidos na execução de Marielle Franco, porém como tivemos a ajuda dela para denunciar publicamente o que esses policiais vem fazendo em Acari e com sua execução logo em seguida, nosso risco aumenta.Com isso, alguns integrantes do Coletivo tiveram que sair da favela imediatamente para preservar suas vidas para que sigam na luta pelo povo”, afirmou o grupo.

O Globo

 

sexta-feira, 16 de março de 2018

Mais um cadáver, entre milhares


Assassinato de vereadora afronta a democracia

A execução de Marielle Franco precisa ter uma investigação rápida e eficiente, para que seus autores sejam identificados e punidos exemplarmente

[por respeito aos nossos dois leitores, julgamos necessário esclarecer que não temos, nem nunca tivemos, nada contra a vereadora Marielle Franco;
Ouvimos falar dela pela primeira vez anteontem, dia 14/03/2018, à noite, e lamentamos profundamente a sua morte, o seu assassinato;

da mesma forma que lamentamos a morte de crianças vitimadas por balas perdidas, policiais assassinados, mulheres grávidas vítimas de balas e milhares de inocentes que são dizimados pela violência que assola o Brasil, com destaque para o Rio de Janeiro.

Por isso, colocamos como título deste POST: "Mais um cadáver, entre milhares"  tendo em conta nosso entendimento que qualquer ser humano assassinado, independentemente de sua posição social, política,  merece o nosso pesar, o nosso lamento.

Tão bárbaro quanto o assassinato da vereadora, foi o empresário morto em Cachambi, na frente do filho de cinco anos - a comoção foi a mesma  e a necessidade dos assassinos serem identificados e punidos é a mesma.

O mesmo entendimento vale para qualquer ser humano assassinado.] 

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), na noite de quarta-feira, no Estácio, é um símbolo contundente do descontrole a que chegou a segurança no Rio, situação de anomia que levou à intervenção federal. Fatos sucessivos mostram que o estado virou uma espécie de terra de ninguém. Mata-se a qualquer hora, em qualquer lugar, por qualquer motivo. Marielle e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, foram executados com pelo menos 13 disparos, por volta das 21h30m, quando ela seguia de carro para casa. O crime, que chocou o país e repercutiu internacionalmente, aconteceu numa região central da cidade, próximo à sede da prefeitura e ao Hospital Central da Polícia Militar. Quase naquele mesmo horário, um empresário foi morto na frente do filho de 5 anos, durante uma tentativa de assalto no Cachambi, Zona Norte do Rio.


Mas o assassinato de Marielle é bem mais do que um novo número na estatística de homicídios dolosos — ano passado, foram 5.332 em todo o estado. Porque, além do contexto da violência, representa um atentado contra as instituições e a democracia. Inadmissível num estado democrático de direito. Marielle, de 38 anos, quinta vereadora mais votada da cidade nas eleições de 2016, com o apoio de 46,5 mil eleitores, era uma legítima representante da sociedade na Câmara Municipal, onde estreou em 2017, empunhando bandeiras como os direitos humanos e das mulheres.


Era uma crítica da violência e, numa de suas últimas mensagens postadas numa rede social, perguntava: “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe”? Também chamava atenção para a truculência policial. Na semana passada, denunciou uma ação de PMs do quartel de Irajá na Favela de Acari. Nesse sentido, o que acontece hoje no Rio é fato de extrema gravidade, que obviamente ultrapassa os limites do estado e ganha proporções nacionais. Fica evidente que, nessa insana escalada da violência em território fluminense, criminosos estão agindo como máfia, atacando agora agentes públicos e poderes constituídos. Um caminho perigosíssimo, que requer um basta imediato do Estado e de toda a sociedade. E, uma das questões incômodas, mas que precisam ser enfrentadas, é que alguns desses grupos mafiosos estão infiltrados no Estado. Como as milícias e o tráfico, que ditam suas leis nefastas e tentam se legitimar ocupando cadeiras nas casas legislativas.


Muitas dúvidas ainda pairam sobre as circunstâncias da morte de Marielle Franco e de seu motorista. Segundo as primeiras investigações, os indícios são de execução. Resta saber quem teria motivos para calar a vereadora. Pessoas próximas disseram que ela não recebera qualquer ameaça de morte.Por tudo isso, o assassinato de Marielle Franco precisa ter uma investigação rápida e eficiente, para que seus autores sejam identificados e punidos exemplarmente. Essa é a oportunidade para que se exerça de fato o trabalho de integração entre as diversas forças de segurança proposto pela intervenção federal no Rio. Elucidar esse caso é dar uma resposta à sociedade. [resposta que deve, pelo menos a principio, ser dada à Sociedade por qualquer cidadão assassinado e aos seus familiares.
É um direito de quem perde um ente querido, especialmente assassinado, saber quem foi o autor e ter a certeza de que foi, ou será, punido severamente.] E, ao mesmo tempo, reafirmar o estado democrático de direito num momento em que ele é perigosamente ameaçado pelo banditismo.

O Globo - Editorial