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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Gabinete do ódio está a todo vapor – e não é no Planalto - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

O Ministério da Saúde liberou quase R$ 14 bilhões para os municípios usarem no combate ao coronavírus. Eu acompanhei uma reunião entre o ministro Eduardo Pazuello e prefeitos. Quando cheguei na reunião quem falava era a prefeita Tânia Terezinha da Silva, de Dois Irmãos (RS). Ela pedia recursos em caráter imediato para o seu município. Depois houve elogios dos prefeitos Firmino Filho, de Teresina (PI); Marquinhos Trad, de Campo Grande (MS); Edvaldo Nogueira, de Aracaju (SE); e de Jonas Donizete, de Campinas (SP), direcionados ao ministro Pazuello.


Prefeitos de diferentes partidos aprovaram os critérios técnicos dele. Onde é preciso ajudar a população o dinheiro aparece, não interessa o partido do prefeito. Agora eles podem aplicar essa verba onde é necessário.

Coquetel salvador
 presidente Jair Bolsonaro começou a tomar a hidroxicloroquina, logo que teve os primeiros sintomas da doença. O presidente me confirmou que também está tomando a azitromicina, com recomendação do médico que o está assistindo. Eu perguntei se ele tinha tomado a ivermectina, como eu, para se prevenir, Bolsonaro disse que não.

Ele não se preveniu, e acabou infectado com o vírus já que viaja bastante e sempre está em locais com muita aglomeração de pessoas. Mas o presidente disse que está muito bem, sem febre e sem dores.
É mais ou menos esse o quadro que relatam os médicos, com os quais eu conversei, quando a hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina são aplicados logo no início da doença em pessoas saudáveis.

Por que tanto ódio?
O gabinete do ódio estava a toda velocidade na imprensa escrita e na internet, tem gente desejando a morte do presidente. O ódio expressado por essas pessoas é tamanho que chega a ser ridículo e risível. Quando uma informação é risível, ela perde a credibilidade. É bom a gente lembrar aos jornalistas que sem credibilidade a profissão deixa de existir. O Fernão Lara Rezende fez um artigo com o título “Notícia de falecimento”, na segunda-feira (6).

O texto trata sobre a morte do jornalismo. Ele cita Joseph Pulitzer “primeiro morre a imprensa, depois a democracia”. A profissão pode morrer por causa de discurso de ódio. Precisamos ficar atentos nisso.
O interessante é que os ditos discursos de ódio nas redes sociais só saem do ar quando é atribuído a um lado, quando se atribui ao outro lado não. Se as pessoas que pediram a morte do presidente, tivessem pedido a morte do ministro Alexandre de Moraes estavam presas.
As pessoas sensatas entendem que a democracia está no equilíbrio, no contraponto de ideias, na discussão de ideia e no respeito. Todo mundo sabe que o básico é o respeito à vida humana.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo