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sábado, 3 de agosto de 2019

Eduardo Collier: amigo cristão que sumiu com Fernando Santa Cruz - Veja

Por Ricardo Noblat

Frase do dia - Polícia Militar 

[brados, gritos de guerra, refrões, lemas, são necessários para incentivar à tropa, estimular o brio e até mesmo uma 'disputa sadia' ]


“Arranca a cabeça e deixa pendurada/É a Rotam patrulhando a noite inteira/pena de morte à moda brasileira”.  
(Versos gritados em coro pela unidade de elite da Polícia Militar do Pará diante do governador Helder Barbalho, que se recusou a comentar o que ouviu)

Eduardo Collier: amigo cristão que sumiu com Fernando Santa Cruz - A derrapagem além da curva do presidente Jair Bolsonaro


Mexeu com os nervos de muita gente no país – por paixões pessoais, políticas e ideológicas – a derrapagem além da curva do presidente Jair Bolsonaro, ao dirigir em velocidade máxima o caminhão – baú com a carga pesada de um dos temas mais delicados e explosivos no País rachado ao meio pelo velho conflito “esquerda” x “direita”: a questão dos desaparecidos do regime militar bateu de frente com um oponente de peso e incômodo ao governo, não raro também de pavio curto. O atual presidente da Ordem dos Advogados Brasil, Felipe Santa Cruz, posto diante da afirmação do ocupante do Palácio do Planalto, de que sabe e pode revelar, “se ele quiser”, como o seu pai – Fernando Santa Cruz, militante estudantil da Ação Popular Marxista Leninista (APML) – desapareceu.

Praticamente impossível imaginar um motivo de guerra maior, entre a direitaà qual Bolsonaro agradece sua eleição e em nome de cujo pensamento afirma exercer seu mandato e esquerda, a cujas fileiras o presidente da OAB dá sinais claros de pertencer, ao eleger cerrados ataques ao governo como uma das bandeiras de sua gestão. Chamou até de “chefe de quadrilha”, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, ex-juiz condutor da Lava Jato, maior ação de combate à corrupção na história do país.

Este embate da semana, além disso, me conduziu a memória ao tempo de grandes lutas acadêmicas e no jornalismo para mim. Na vida estudantil e na profissão nas redações que percorri – A Tarde, Jornal do Brasil, VEJAnão conheci Fernando Santa Cruz. Quanto a Felipe Santa Cruz só recentemente ouvi falar dele, em razão de sua controvertida atuação à frente da entidade representativa dos advogados, na qual não parece estabelecer diferença entre o governo democraticamente eleito de Bolsonaro quase 60 milhões de votos com os militares do regime implantado em 1964, no golpe que depôs o governo legítimo de João Goulart. [cujo objetivo principal era implantar o comunismo no Brasil, intento que graças a ação pronta e corajosa dos militares, mais uma vez fracassou e fracassará quantas vezes tentarem.]

Conheci e fui contemporâneo de faculdade do outro pernambucano, Eduardo Collier, citado “en passant” pelo presidente, como integrante de facção de “sanguinários terroristas” que desapareceu com Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e que Bolsonaro diz agora que foi morto em “justiçamento” por seus companheiros de AP. Com o perfil do colega desaparecido, Collier, “Cristão” ou “Burguês” como era chamado em Salvador, nos Anos 60, as palavras do mandatário não batem.

Na faculdade de Direito da UFBA, nas assembléias e passeatas, em Salvador, Collier era chamado de “Cristão”, por ser filiado a Ação Popular, grupo de esquerda, de origem católica. Nascido de tradicional família pernambucana, vestido em folgadas calças e camisas de puro linho , o moço grandalhão, afável, de fina estampa era para mim uma simpática contradição ambulante. Morou um tempo na Residência Universitária-2, colada à Igreja da Vitória, cujas missas freqüentava.

Conseguiu a vaga graças ao apoio do meu amigo (depois saudoso compadre) Pedro Milton de Brito, um dos mais brilhantes e admirados alunos de Direito. Depois presidiu por duas vezes a OAB Bahia e foi conselheiro federal da OAB dos mais destacados.
Um dia, Eduardo Collier sumiu, para nunca mais. Agora, com o caso Fernando Santa Cruz, seu nome volta à baila no meio deste conflito ideológico feroz. E da busca da verdade, enquanto os dois lados parecem mais interessados em obscurecer do que lançar luz sobre os fatos. Infelizmente.

Vitor Hugo Soares é jornalista - E-mail: vitors.h.@uol.com.br 
Editor do site blog Bahia em Pauta.
Transcrito do Blog do Noblat - Veja

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Bolsonaro põe militares e integrantes do PSL na Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos - O Globo

[PARABÉNS !!! PRESIDENTE BOLSONARO, pelos ajustes efetuados na Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério dos Direitos Humanos, incluindo a demissão sumária da presidente Eugênia Gonzaga.

Foi para agir com energia, firmeza e determinação em situações idênticas a presente que o senhor foi eleito. Existem no Brasil diversas situações em que   uma ação ponderada, porém,   enérgica, decidida, sem recuos, do Presidente da República vale mais do que mil palavras.

A demitida ainda tem a ousadia de sair acusando que foi 'represália', temos certeza que se trata de uma MOTIVADA e MERECIDA DEMISSÃO.

Quer exercer cargo público, de livre nomeação e exoneração, e ao mesmo tempo desrespeitar a hierarquia.] 

Além da presidente Eugenia Gonzaga, outros três dos sete membros do órgão foram substituídos por decreto também assinado por ministra Damares 

Ex-integrante da Comissão da Verdade e defensora de perseguidos políticos, Rosa Maria Cardoso da Cunha dará lugar a Weslei Antônio Maretti , coronel reformado do Exército. Já João Batista da Silva Fagundes, coronel da reserva e ex-deputado, deixará o posto para Vital Lima Santos , oficial do Exército. O deputado federal Paulo Roberto Severo Pimenta (PT-RS) foi trocado pelo parlamentar Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro , do PSL.

A mudança na composição da comissão chega dois dias depois de Bolsonaro contrariar dados de documentos oficiais e atribuir a morte do ex-militante Fernando Santa Cruz, desaparecido desde 1974, a guerrilheiros de esquerda. Em nota, a presidente substituída, Eugênia Gonzaga, disse que lamentava pelas famílias de mortos e desaparecidos. Para ela, "ao que tudo indica", a decisão do governo foi "uma represália" . [o que a presidente exonerada pensa que o ocupante de um função de livre nomeação e exoneração merece quando ofuscado por holofotes dá uma entrevista criticando superior.
Titular de função pública, não estável, deve até por uma questão de lealdade, dignidade, antes de dar entrevista falando  do presidente da República, deve pedir exoneração.
Não foi REPRESÁLIA e sim, uma MERECIDA DEMISSÃO.]
Ao deixar o Palácio do Planalto nesta quinta-feira, Bolsonaro disse que a mudança reflete a orientação política de seu governo. "Agora o presidente é de direita" , afirmou.

A Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério dos Direitos Humanos havia emitido, em 24 de julho, um atestado de óbito que contrastava com a versão paralela do presidente para o desaparecimento de Fernando Santa Cruz. [convenhamos que uma situação de morte presumida não pode ser objeto de um atestado de óbito.
a declaração - parte transcrita adiante, com destaques em vermelho - ela declara condições que só podem ser constatadas em face do exame do corpo.
Sem contar que não é função do atestado de óbito fazer um discurso sobre situação política.
Uma pessoa exercendo função pública, integrante de uma 'comissão' subordinada ao Poder Executivo Federal, concede entrevista criticando o presidente da República, declarando que pediu providências e insinuando que o Brasil foi condenado internacionalmente a revelar fatos - o Brasil é uma NAÇÃO SOBERANA e não tem obrigação de se curvar a vontade de qualquer comitê internacional, cuja autoridade só é reconhecida por maus brasileiros.]

O documento afirma que o estudante "faleceu provavelmente no dia 23 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro/RJ, em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985". 

Na mesma semana em que fez ironias sobre a morte do perseguido político durante a ditadura e pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o presidente Jair Bolsonaro decidiu trocar quatro dos sete membros da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos . A presidente da comissão Eugênia Augusta Fávero, que esta semana criticou Bolsonaro pelas declarações , está entre as excluídas. Ela foi substituída por Marco Vinicius Pereira de Carvalho , advogado, filiado ao PSL e assessor da ministra da Mulher e dos Direitos Humanos Damares Alves. O ato que muda a composição da comissão é assinado por Bolsonaro e Damares, a quem o grupo está vinculado. 


Em entrevista ao GLOBO, na segunda-feira, Eugenia Gonzaga classificou como "constrangedora" a declaração de Jair Bolsonaro de que poderia contar ao presidente da OAB como o pai dele morreu na ditadura. Segundo ela, o que o chefe do Planalto dizia saber "é tudo o que as famílias desejam saber".

É constrangedora [a declaração]. Não tem outra palavra. No nosso entendimento, revelação do destino dos corpos é dever de todas as autoridades especialmente da Presidência da República. O Brasil já foi condenado internacionalmente a promover a revelação desses fatos. Nós da comissão, no final do ano passado, enviamos ofício para o presidente eleito, como faríamos com qualquer presidente, reiterando esse direito dos familiares. Pedimos providências. Não houve resposta — contou Eugenia.



Veja quem são os novos membros

  • Marco Vinicius Pereira de Carvalho (advogado filiado ao PSL) substitui Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, atual presidente do colegiado
  • Weslei Antônio Maretti (coronel reformado do Exercito) substitui Rosa Maria Cardoso da Cunha (ex-integrante da Comissão da Verdade)
  • Vital Lima Santos (oficial do Exército) substitui João Batista da Silva Fagundes (coronel da reserva e ex-deputado)
  • Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro ( deputado federal do PSL) substitui Paulo Roberto Severo Pimenta (deputado federal do PT)
Na terça-feira, um dia depois de insistir que não havia documentos sobre a morte de Fernando Santa Cruz, Bolsonaro contestou o trabalho da Comissão Nacional da Verdade , que apura violações dos direitos humanos no período da ditadura militar, e minimizou registros formais da repressão do Estado no regime. 


Comissão reconheceu 479 vítimas

Ao longos das últimas três décadas, o governo criou, por meio de leis aprovadas no Congresso Nacional, três comissões para reconhecer a responsabilidade do Estado frente a desaparecimentos, assassinatos, torturas e perseguição durante a ditadura militar.



Em O Globo, MATÉRIA COMPLETA