Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Troca do nome da Ponte Costa e Silva por Honestino Guimarães vai a debate[com o devido respeito aos familiares dos mortos pela covid-19 no DF, o tema proposto pelos deputados é realmente importante.
Decidir se a ponte vai se chamar ponto "A" ou "B" é, para os distritais do DF, mais importante do que mesmo a eliminação do coronavírus.
Pena que o resultado do debate dos parlamentares do DF, vai resultar em uma lei inútil ou inconstitucional = mais uma produção legislativa da CLDF a ir para o lixo.]
Câmara Legislativa promove audiência pública em junho para discutir mudança de nome da ponte que liga o Lago Sul à via L2
A Ponte Costa e Silva, também chamada de segunda ponte, pode deixar de
homenagear o militar para lembrar a memória do líder estudantil
Honestino Guimarães, desaparecido durante a ditadura militar. Em 7 de
junho, às 10h, a Câmara Legislativa promove uma audiência pública para discutir a mudança no nome do monumento.O evento será transmitido pelo canal do Youtube da casa
e foi convocado pelo deputado Leandro Grass (Rede). "Primeiro a mudança
de nome é importante para que se cumpra a lei nº4.052 de 2007, que
impede que bens públicos levem nomes de pessoas que cometeram crimes
contra a humanidade, como o presidente Costa e Silva. Era ele o
presidente quando o AI-5 foi editado", ressaltou o parlamentar. [alguém precisa lembrar a esse distrital, em ótima colocação no ranking de produção de leis inúteis, que essa lei de 2007, é uma produção legislativa distrital (na prática poucas leis distritais resistem ao exame da constitucionalidade,utilidade e quesitos do tipo = a maior parte delas é derrubada pelo Poder Judiciário)e que tem como base outra excrescência jurídica (ao nosso entendimento assinada pelo Ibaneis para se livrar da 'enchição de saco' )já que a "comissão nacional da INverdade", ou da MENTIRA, não tem poderes para proferir condenações pela prática de crimes contra a humanidade,além do que lá cita um relatório que tem um amontoado de mentiras e acusações falsas.
Aliás, nos tempos do azarado ex-governador do DF, Rodrigo Rollemberg (o azar é que em sua gestão teve terremoto no DF, um viaduto caiu e começou um tsunami no Lago Paranoá)a mesma Câmara Legislativa, talvez com uma composição um pouco melhor, aprovou um projeto de lei mudando o nome da ponte e a Justiça determinou que o mesmo fosse para o lixo)] Placa Em 2015, a Câmara Legislativa aprovou o projeto de lei que mudava a placa com nome do marechal para Honestino Guimarães. A medida chegou a ser sancionada pelo então governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Em 2018, após uma ação popular movida pela hoje deputada federal Bia Kicis (PSL), a justiça determinou que o nome do presidente militar voltasse a batizar o monumento.
Memória Arthur da Costa e Silva governou o país entre 1967 e 1969 e capitaneou um dos períodos mais duros do regime militar no país.
Durante o governo do militar foi editado o Ato Institucional nº 5
(AI-5), que institucionalizou a repressão e que dava prerrogativas para o
então chefe do Executivo fechar o Congresso Nacional e cassar
políticos. [Não fosse a firmeza do Marechal Arthur da Costa e Silva, na adoção das medidas necessárias para o retorno da Ordem Pública ao Brasil, hoje estaríamos um pouco pior que Cuba e Venezuela.
Foram medidas duras, porém, necessárias na ocasião. Bombas explodiam em guaritas de quartéis, pessoas eram sequestradas, bancos eram assaltados.
Infelizmente, o ser humano tem o péssimo hábito de após a cobra ser morta, sempre reclamar que não precisava ter matado a serpente, bastava assustá-la.]
Kim Kataguiri e o advogado Rubinho Nunes entraram com uma ação
popular na Justiça Federal de Brasília para que o ministro Augusto
Heleno e o diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, sejam afastados de
seus cargos. [esse deputado que por vacilo de eleitores incautos conseguiu se eleger, e ainda não produziu nada de útil, não mostrou a que veio, levando a muitos que votaram nele a esquecer sua aparência, outros o confundem com o Kim Jong-un, alguns grafam seu nome como 'quim', é mais um a usar o recurso burro de criticar o governo Bolsonaro e seus integrantes para obter holofotes. Coitado... mais um parlamentar de mandato único e inútil.]
Os dois integrantes do MBL pedem o afastamento em
razão dos relatórios da Abin para orientar Flávio Bolsonaro em sua
estratégia de anular provas no caso da rachadinha operada por Fabrício
Queiroz em seu antigo gabinete na Alerj. Como a Crusoé mostrou, o próprio Ramagem foi quem encaminhou os relatórios ao filho 01 de Jair Bolsonaro para orientá-lo em sua defesa.
O presidente Jair Bolsonaro resolveu tentar derrubar na Justiça a decisão que o obrigou a usar máscara em ambientes públicos. A Advocacia Geral da União (AGU)
entrou com um recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região
(TRF-1), pedindo a anulação da determinação do juiz Renato Borelli, da
9ª Vara Federal Cível do Distrito Federal (DF), que impôs a Bolsonaro o
uso do equipamento de proteção.
No recurso, a AGU alega que o meio
jurídico escolhido não foi o adequado. Segundo o órgão, como já existe o
Decreto 40.648/2020, que obriga a utilização de máscaras de proteção
facial nos espaços públicos do DF, seja por autoridades ou cidadãos
comuns, a ação popular ingressada pelo advogado V. N. foi
inadequada, tendo em vista que se sobrepôs a uma regra já existente. “Ora, cabe aqui perguntar: haveria
necessidade de se mover uma ação judicial para pedir ao Poder Judiciário
que aplique a uma pessoa o exato mandamento já contido em uma norma
geral e abstrata em pleno vigor?
E mais: haveria necessidade de o Poder
Judiciário impor norma individualizada obrigando uma determinada pessoa a
adotar um comportamento que já é de observância obrigatória por força
de “lei”?”, destacou a AGU.
Na opinião do advogado V. N., o
argumento da AGU não se justifica, tendo em vista que o fato de uma lei
existir não quer dizer que seja cumprida. No caso de Bolsonaro, ele
estaria se utilizando do cargo de presidente para deixar de obedecer à
legislação.“Ora, se a lei estivesse sendo
devidamente cumprida, nenhuma ação judicial nunca seria necessária.
Existe a necessidade de um árbitro porque há o descumprimento da lei. A
aprovação do parecer para que o presidente fosse defendido pela União
sustenta que o ato foi no exercício do cargo, como se a desobediência à
lei distrital fosse da natureza da função. É a própria negação de todo o
nosso sistema político, que se apoia na afirmação de Montesquieu de que
quem detém o poder tende a dele abusar. A ideia de repartição dos
poderes parte da presunção de que o exercício do poder sem controle
implica abuso”, enfatizou N.
Como mostrou a coluna,
o advogado V. N. já é conhecido da gestão Bolsonaro por sua
participação na Comissão de Anistia do governo federal, onde atuou por
quase seis meses como único representante dos anistiados entre os seus
27 integrantes.Com ampla carreira de defensor de
perseguidos políticos da ditadura militar (1964-1985), representou casos
como o do cartunista Ziraldo. Trabalhou ainda para a Associação
Brasileira de Anistiados Políticos, na área de Direitos Humanos, e em
ações relacionadas à saúde ocupacional de trabalhadores, principalmente
os professores da rede pública.
Em 1992, a poucos meses da abertura do processo de impeachment contra o
presidente Fernando Collor,suspeito de corrupção, o deputado Benito
Gama (BA), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que apurava o
caso, foi chamado para uma audiência com o ministro Célio Borja, da
Justiça. Ex-ministro do Supremo
Tribunal Federal, no cargo desde abril, Borja fora deputado federal
eleito pelo Rio e presidente da Câmara por duas vezes. Era respeitado
como político, jurista e professor da Universidade do Estado do Rio.
Apoiara o golpe militar de 64. O que ele queria conversar àquela altura
com Benito?
Desconfiado, o deputado
teve o cuidado de avisar antes aos seus principais pares da Comissão que
iria ao encontro de Borja. E foi preparado para ouvir dele algum pedido
que pudesse favorecer Collor. Borja o recebeu sozinho. A audiência
durou o suficiente para Borja informar ao deputado mal ele se sentou à
sua frente:
– Chamei-o para dizer que sou o ministro da Justiça do Brasil. Não sou advogado do presidente. E mais não disse. Levantou-se, apertou a mão de Benito e acompanhou-o até a porta de saída.
Se restava ainda alguma
dúvida sobre o que faz o ex-juiz Sérgio Moro no governo Bolsonaro, ela
evaporou-se, ontem, quando o ministro escreveu em sua conta no Twitter
que só receberia em audiência o presidente da Ordem dos Advogados do
Brasil, Felipe Santa Cruz, quando ele mudasse de postura. As palavras exatas de
Moro: “Tenho grande respeito pela OAB, por sua história, e pela
advocacia. Reclama o Presidente da OAB que não é recebido no Ministério
da Justiça. Terei prazer em recebê-lo tão logo abandone a postura de
militante político-partidário e as ofensas ao presidente da República e a
seus eleitores”. [algum mérito que o presidente da OAB tenha, é consequência do cargo que atualmente exerce; ao optar pela postura de militante político, e sempre contra o presidente do Brasil - o presidente da OAB, confunde sua militância política = pessoa física = com a instituição que dirige. Ao não separar e bem as duas posições - melhor seria, se antes de posar de militante, renunciasse ao cargo que exerce na INSTITUIÇÃO OAB - perde a condição, automática, de presidente da Ordem dos Advogados. Se quer ser recebido como presidente da instituição, que então formalize por escrito, o que implicará no impedimento de em qualquer momento da conversa, assumir pose de militante, conspurcando a instituição que preside.]
A mensagem de Moro foi
postada quando ele soube que Santa Cruz declarara que os apoiadores de
Bolsonaro sofrem de “desvio de caráter”.Declaração infeliz, injusta e
absurda. Inexistem estudos de qualquer natureza que tenham detectado que
os apoiadores de Bolsonaro sofrem de “desvio de caráter”. O que ele disse não passa
de uma mera opinião, fruto da mágoa que guarda desde que Bolsonaro
afirmou, em junho último, que o pai de Santa Cruz foi assassinado por
integrantes da Ação Popular, grupo de esquerda que se opôs à ditadura de
64. O pai de Santa Cruz foi preso por militares e desapareceu desde
então.
Fosse de fato ministro da
Justiça do Brasil como foram muitos que o antecederam, Moro não teria
atacado o presidente da OAB como o fez. Quando nada em respeito à
justificada mágoa que ele tem de Bolsonaro. Ou porque como ministro da
Justiça do Brasil, ele deveria saber lidar com posições contrárias às
suas. Nos estertores da
ditadura de 64, o ministro Petrônio Portela, da Justiça, saiu à campo
para conversar com políticos de todos os matizes ideológicos interessado
em construir uma ponte para o futuro. Antes de Borja, Jarbas Passarinho
foi um ministro que dialogava com todos para pavimentar o caminho de
Collor.
Moro comporta-se como
advogado de Bolsonaro e do seu governo desde quando tomou posse. Logo de
início, fez questão de “perdoar” seu colega Onyx Lorenzoni por uso de
caixa 2 em campanhas. [incrível; mas, até o presente momento, não existe a tipificação do crime CAIXA 2. Assim, o passível de punição é eventual infração às leis que venha a ser cometida por alguém, que ao praticar atos na execução do chamado CAIXA 2, cometa algum crime, tipificado no ordenamento legal brasileiro.] A Bolsonaro, já forneceu informações sigilosas da
Polícia Federal, o que não é permitido. Bajula-o a não mais poder. A ex-juíza Selma Arruda,
que se elegeu senadora pelo PSL do Mato Grosso, é unha e carne com
Bolsonaro. Conhecida como “Moro de saia” pelo rigor com que tratava os
políticos, acabou cassada esta semana por uso de caixa 2. Não sem que
antes Moro fosse advogar por ela junto a cada ministro do Tribunal
Superior Eleitoral.
Bolsonaro admira Moro cada vez mais. Nem por isso confia nele. Teme estar criando uma cobra que poderá picá-lo adiante. [é um risco inerente aos que exercem atividade política.] Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA
[brados, gritos de guerra, refrões, lemas, são necessários para incentivar à tropa, estimular o brio e até mesmo uma 'disputa sadia' ]
Policial em ação (Pablo Jacob/Agência O Globo/VEJA)
“Arranca a cabeça e deixa pendurada/É a Rotam patrulhando a noite inteira/pena de morte à moda brasileira”.
(Versos
gritados em coro pela unidade de elite da Polícia Militar do Pará
diante do governador Helder Barbalho, que se recusou a comentar o que
ouviu)
Eduardo Collier: amigo cristão que sumiu com Fernando Santa Cruz - A derrapagem além da curva do presidente Jair Bolsonaro
Por Vitor Hugo Soares
Mexeu com os nervos de muita gente no país – por paixões
pessoais, políticas e ideológicas – a derrapagem além da curva do
presidente Jair Bolsonaro, ao dirigir em velocidade máxima o caminhão –
baú com a carga pesada de um dos temas mais delicados e explosivos no
País rachado ao meio pelo velho conflito “esquerda” x “direita”: a
questão dos desaparecidos do regime militar bateu de frente com um
oponente de peso e incômodo ao governo, não raro também de pavio curto. O
atual presidente da Ordem dos Advogados Brasil, Felipe Santa Cruz,
posto diante da afirmação do ocupante do Palácio do Planalto, de que
sabe e pode revelar, “se ele quiser”, como o seu pai – Fernando Santa
Cruz, militante estudantil da Ação Popular Marxista Leninista (APML) –
desapareceu.
Praticamente impossível imaginar um motivo de guerra maior, entre a
direita – à qual Bolsonaro agradece sua eleição e em nome de cujo
pensamento afirma exercer seu mandato – e esquerda, a cujas fileiras o
presidente da OAB dá sinais claros de pertencer, ao eleger cerrados
ataques ao governo como uma das bandeiras de sua gestão. Chamou até de
“chefe de quadrilha”,o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, ex-juiz condutor da Lava Jato, maior ação de combate à
corrupção na história do país.
Este embate da semana, além disso, me conduziu a memória ao tempo de
grandes lutas acadêmicas e no jornalismo para mim. Na vida estudantil e
na profissão nas redações que percorri – A Tarde, Jornal do Brasil, VEJA
– não conheci Fernando Santa Cruz. Quanto a Felipe Santa Cruz só
recentemente ouvi falar dele, em razão de sua controvertida atuação à
frente da entidade representativa dos advogados,na qual não parece
estabelecer diferença entre o governo democraticamente eleito de
Bolsonaro – quase 60 milhões de votos – com os militares do regime
implantado em 1964, no golpe que depôs o governo legítimo de João
Goulart. [cujo objetivo principal era implantar o comunismo no Brasil, intento que graças a ação pronta e corajosa dos militares, mais uma vez fracassou e fracassará quantas vezes tentarem.]
Conheci e fui contemporâneo de faculdade do outro pernambucano,
Eduardo Collier, citado “en passant” pelo presidente, como integrante de
facção de “sanguinários terroristas” que desapareceu com Santa Cruz, no
Rio de Janeiro, e que Bolsonaro diz agora que foi morto em
“justiçamento”por seus companheiros de AP. Com o perfil do colega
desaparecido, Collier, “Cristão” ou “Burguês” como era chamado em
Salvador, nos Anos 60, as palavras do mandatário não batem.
Na faculdade de Direito da UFBA, nas assembléias e passeatas, em
Salvador, Collier era chamado de “Cristão”, por ser filiado a Ação
Popular, grupo de esquerda, de origem católica. Nascido de tradicional
família pernambucana, vestido em folgadas calças e camisas de puro linho
, o moço grandalhão, afável, de fina estampa era para mim uma simpática
contradição ambulante. Morou um tempo na Residência Universitária-2,
colada à Igreja da Vitória, cujas missas freqüentava.
Conseguiu a vaga
graças ao apoio do meu amigo (depois saudoso compadre) Pedro Milton de
Brito, um dos mais brilhantes e admirados alunos de Direito. Depois
presidiu por duas vezes a OAB Bahia e foi conselheiro federal da OAB dos mais destacados.
Um dia, Eduardo Collier sumiu, para nunca mais. Agora, com o caso
Fernando Santa Cruz, seu nome volta à baila no meio deste conflito
ideológico feroz. E da busca da verdade, enquanto os dois lados parecem
mais interessados em obscurecer do que lançar luz sobre os fatos.
Infelizmente.
Vitor Hugo Soares é jornalista - E-mail: vitors.h.@uol.com.br Editor do site blog Bahia em Pauta. Transcrito do Blog do Noblat - Veja
Presidente disse que se Felipe Santa Cruz quisesse saber como o pai tinha morrido, ele poderia contar
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal),
interpelou Jair Bolsonaro para que ele esclareça "eventuais ambiguidades
ou dubiedades dos termos utilizados" nesta semana, ao falar sobre a
morte de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da OAB, Felipe Santa
Cruz. O presidente tem 15 dias para responder à interpelação. [apesar do ministro ter fixado um prazo, Bolsonaro não é obrigado a responder, podendo simplesmente ignorar, conforme permissivo constante do artigo 144 do Código Penal.
Caso seja este a opção do presidente - esperada pelos seus eleitores - o interpelante poderá tentar novas ações que, tudo indica, terão o mesmo destino do material divulgado pelo intercePTação = 'o escândalo que encolheu'.]
A decisão atende a um pedido do advogado, que, de acordo com o despacho
de Barroso, "se sentiu pessoalmente ofendido e entendeu que, das
declarações do senhor Presidente da República, se poderia inferir a
prática dos crimes de calúnia contra a memória de seu pai". Na segunda (29), Bolsonaro disse que poderia explicar a Felipe Santa
Cruz como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985).
"Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um
dos caríssimos advogados? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB? Um
dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele
desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a
verdade. Conto pra ele."
Fernando Santa Cruz desapareceu na época da ditadura militar depois de
ser preso por agentes do Estado. Até hoje, sua morte é um mistério e seu
corpo nunca foi encontrado.Depois de afirmar que sabia qual tinha sido o destino de Santa Cruz,
Bolsonaro voltou ao assunto. Numa live enquanto cortava o cabelo, o
presidente afirmou que ele foi morto por integrantes da AP, a Ação
Popular, de oposição à ditadura, que chamou de "grupo mais sanguinário e
violento da guerrilha lá de Pernambuco".A declaração contraria documentos oficiais que dizem que Fernando Santa
Cruz foi preso por agentes do Estado e desapareceu. A AP, por sua vez,
nunca foi um grupo armado.
Ex-militantes da organização anunciaram que também vão processar o presidente.
Vítimas da Ditadura protocolaram ação popular contra presidente, alegando que a decisão viola o direito à memória e à verdade
A juíza federal Ivani Silva da Luz pediu que o presidenteJair Bolsonaro
e a União se manifestem sobre a ação popular que tenta proibir, em
caráter liminar, que os quartéis comemorem o aniversário de 55 anos do
golpe militar de 1964. A ação popular é movida pelo advogado Carlos Alexandre Klomphas.
“Pede-se liminarmente que a Presidência da República se abstenha de
determinar os efeitos do ato impugnado (comemorar o dia 31 de março no
âmbito das Forças Armadas) por violar o princípio constitucional da
moralidade”, afirma Klomphas. O advogado também pede que seja cobrada
multa diária de 50 mil reais, caso o Poder Executivo comemora o 31 de
março.
Em seu despacho, a magistrada deu cinco dias para que o presidente se
manifestasse, mas o prazo extrapolava a data do aniversário do golpe,
31 de março, próximo domingo. Por isso, a juíza, que também julga uma
ação idêntica movida por defensores públicos federais, emitirá outro
despacho. Nesta quarta-feira, 27, vítimas da ditadura protocolaram um mandado
de segurança e uma ação popular contra a decisão de Bolsonaro. Os
autores da ação são Tatiana Merlino, Angela Mendes de Almeida, Amelinha
Teles, Janaina Teles, Edson Teles, Crimeia Alice de Almeida e familiares
de Herzog, através do Instituto Herzog, vítimas ou familiares de
vítimas do regime militar reconhecidas pela Comissão Nacional da
[in]Verdade, que teve seu relatório final publicado em 2014.
Os autores da ação se baseiam na violação do texto constitucional, o
descumprimento de tratados e jurisprudência internacionais, entre elas a
decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos que condenou o
Brasil no caso Gomes Lund, assassinado na Guerrilha do Araguaia. Na
opinião dos autores da ação, a decisão de Bolsonaro viola o direito das
vítimas e de seus familiares à memória e à verdade. “Nós nos sentimos novamente vítimas do Estado e desrespeitados pelo
Presidente da República, que há apenas 90 dias jurou respeitar a
Constituição Brasileira”, disse Tatiana Merlino. “É indignante que um
presidente da República autorize e estimule a comemoração de torturas e
mortes perpetradas no Brasil. Isso é um ultraje às vítimas e à
democracia no país, além de ser uma vergonha perante a comunidade
internacional sem precedentes”, completou.
[comentário 1: mo tocante a recomendação do MPF feita às unidades militares, cabem duas perguntas: 1) a Constituição Federal foi modificada na calada da noite? 2)desde quando o MPF comanda as FF AA? Pela Constituição vigente o comando das Forças Armadas é do Presidente da República e dos por ele designados.
Em situações excepcionais, previstas no art. 142, 'caput', da CF qualquer um dos Poderes constituídos poderá solicitar as Forças Armadas a garantia da Lei e da Ordem - ao que consta da CONSTITUIÇÃO FEDERAL VIGENTE o MP não é poder constituído, assim, não pode solicitar nada as Forças Armadas ou tomar qualquer iniciativa neste sentido.
Quanto ao pedido de informações solicitada pela magistrada federal Ivani Silva da Luiza é um procedimento inerente a qualquer ação popular e não significa nada em termos de indicação definição sobre a decisão a ser tomada.
quanto as supostas vitimas da ditadura e seus parentes, podem espernear o quanto quiserem mas nunca esqueceremos que foram terroristas, guerrilheiros e que atacaram pessoas inocentes para transformar a nossa Pátria Amada em um satélite da extinta URSS.
Esperneiem, gritem, sejam tomados de histerismo mas nunca esqueceremos o que os guerrilheiros, os terroristas, os maus brasileiros fizeram contra o Brasil e contra as PESSOAS DE BEM.]
MPF recomenda abstenção
Uma ação coordenada do Ministério Público Federal (MPF) em pelo menos 18 estados enviou recomendação a brigadas, grupamentos, comandos especiais, academias militares das Forças Armadas e outras unidades que integram Comandos Militares para que não comemorem o aniversário do golpe. A recomendação é para que “se abstenha de promover ou tomar parte de
qualquer manifestação pública, em ambiente militar ou fardado, em
comemoração ou homenagem ao período de exceção instalado a partir do
golpe militar de 31 de março de 1964”.
Ainda pede que as unidades adotem “as providências para que os
militares subordinados a sua autoridade se abstenham de promover ou
tomar parte em manifestação pública, em ambiente militar ou fardado, em
comemoração ou homenagem ao período de exceção instalado a partir do
golpe militar de 31 de março de 1964, adotando as medidas para
identificação de eventuais atos e seus participantes, para aplicação de
punições disciplinares, bem como para comunicar ao Ministério Público
Federal, para adoção das providências cabíveis”.
O MPF fixa “o prazo de 48 horas, a contar do recebimento, para
informar as medidas adotadas para o cumprimento do disposto nesta
recomendação ou as razões para o seu não acatamento”. No modelo de recomendação que está sendo distribuída aos estados,
lembra que manifestações políticas por agentes da Marinha, Aeronáutica, e
Exército constituem atos de transgressão e contravenção disciplinar.
O BRASIL das PESSOAS DE BEM quer e vai comemorar o 55º aniversário do MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO de 31 de março de 1964, o CONTRAGOLPE, a REDENTORA. [Comentário 1: confiamos e esperamos que a JUSTIÇA do Brasil não interfira no direito de cidadãos comemorarem de forma ordeira, legal e respeitosa uma data de importância para nossa Pátria - assim, temos confiança que a Justiça não impedirá tal comemoração.
Os brasileiros que amam o Brasil, que se orgulham da Pátria Amada, esperam e confiam que a data será comemorada tanto nos quartéis quanto nas ruas e praças do Brasil -= com muita ALEGRIA, FELICIDADE, ORDEM e PAZ.]
O advogado Carlos Alexandre Klomfahs requereu à Justiça, em ação popular, que a Presidência da República se abstenha de comemorar o dia 31 de março de 1964. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo no domingo, 24, o presidente Jair Bolsonaro orientou os quartéis a celebrarem a“data histórica”, quando um golpe militar derrubou o governo João Goulart e iniciou um regime ditatorial que durou 21 anos. [comentário 2: alguém já ouviu ou viu o nome do advogado autor da ação? ou estamos diante de mais um que quer se promover em ações espalhafatosas contra o Brasil?]
Na ação, o advogado afirma que a orientação de Bolsonaro “não é o interesse público e sim o jogo da classe dominante”. “Muda-se o governo prossegue o drama. Há reiterado problema incontornável quanto à violação à moralidade administrativa”, afirmou Carlos Klomfahs. “Pede-se liminarmente que a Presidência da República se abstenha de determinar os efeitos do ato impugnado (comemorar o dia 31 de março no âmbito das Forças Armadas) por violar o princípio constitucional da moralidade e no mérito a procedência dos pedidos da inicial para confirmar a liminar concedida determinando que se abstenha o Poder Executivo de comemorar o 31 de março sob pena de multa diária de R$ 50 mil a ser revertida ao fundo de direitos difusos.”
O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, informou nesta segunda-feira, 25, que a inclusão da data na ordem do dia das Forças Armadas,para comemoração dos 55 anos do golpe de 1964, já foi aprovada por Bolsonaro. A participação do presidente nesses eventos, porém, ainda não está confirmada. “O presidente não considera 31 de março de 1964 um golpe militar”, disse o porta-voz. Segundo Rêgo Barros, na avaliação de Bolsonaro, sociedade civil e militares, “percebendo o perigo” que o País vivenciava naquele momento, se uniram para “recuperar e recolocar o nosso País no rumo”.
“Salvo melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém”, disse o porta-voz.
Questionado sobre como serão as comemorações, Rêgo Barros disse que ficará a cargo de cada comando. “Aquilo que os comandantes acharem, dentro das suas respectivas guarnições e dentro do contexto, que devam ser feitas”, disse. Não há previsão de que haja qualquer evento no Palácio do Planalto.
Considerada o teto do funcionalismo público, a remuneração dos ministros, atualmente em R$ 33,7 mil, pode subir para R$ 39,2 mi
O
advogado Carlos Alexandre Klomfahs requereu, em ação popular, que a
Justiça Federal barre o aumento de salários dos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF). No documento, Klomfahs pede que 'seja sustado o
andamento do ato administrativo' enviado ao Ministério do Planejamento
para compor o Orçamento do Executivo, do Legislativo e do Judiciário que
será analisado pelo Congresso. À
Justiça, o advogado afirmou que "além do reflexo no Poder Judiciário da
União, há o efeito nos Poderes Executivo e Legislativo, que não podem
ter valores diferentes entre si" [a exemplo de milhões de brasileiros, este Blog Prontidão Total é contrário ao aumento incluído em PROPOSTA orçamentária enviada pelo STF ao Congresso Nacional para exame e decisão.
Mas, com o devido respeito ao autor da ação popular, não podemos deixar de registrar ser lamentável a falta de senso de cabimento de alguns operadores do direito.
Apesar da brilhante aula 'ministrada' pela ministra Rosa Weber, quando negou ação do MBL contra candidatura inexistente (por na época da ação ser apenas cogitada) do presidiário Lula da Silva, alguns advogados insistem em combater o que não existe.
O aumento não pode ser barrado pelo simples fato de não existir.
Já pedir a suspensão de um ato administrativo que ainda será examinado pelo Poder competente é incabível, se trata de uma mera proposta a ser examinada pelo Congresso Nacional que pode decidir o destino do proposto.
A ação é desnecessária, sem fundamento, absurda e só ocupa o tempo do Poder Judiciário e não deve ser nem conhecida, visto que:
- pede a suspensão de algo inexistente;
- pede que suspenda o andamento de um ato administrativo que ainda em fase inicial de envio para apreciação.
Infelizmente, o reajuste tem tudo para ser aprovado no Congresso Nacional, por ser o salário objeto da PROPOSTA de reajuste parâmetro para o dos parlamentares, além do que o Congresso Nacional não tem muita disposição para confrontar o Judiciário, mas, ATÉ O MOMENTO, não foi aprovado.
Quando for aprovado no Congresso Nacional e encaminhado ao presidente Temer para sanção é que existe algo a ser combativo pelos ilustres advogados.
Qualquer combate no momento será apenas uma batalha quixotesca.]
"Não se
desconsidera a importância do Poder Judiciário (dos agentes públicos e
dos agentes políticos), e uma consequente boa remuneração, muito menos a
perda inflacionária e a necessidade de recomposição dos subsídios,
desde que não destoem dos índices oficiais e do reajuste do salário
mínimo de que depende mais de 50 milhões de brasileiros", afirmou.
Klomfahs
observou ainda: "causa espécie e furor à sociedade brasileira, que
tomando como parâmetro o percentual do aumento do salário mínimo de 2017
para 2018, que foi de 1,81%, e o índice oficial da inflação (IPCA) de
2,95%, temos que aceitar passivamente o percentual de reajuste do
Judiciário e seus consectários, de 16,38, que notadamente viola os
princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e dos objetivos da
República Federativa do Brasil em construir uma sociedade livre, justa e
solidária e reduzir as desigualdades sociais."
Na
última quarta-feira (08/8), os ministros da Corte máxima aprovaram a
inclusão no orçamento da Corte do próximo ano de um reajuste de 16,38%
no próprio salário. Considerada o teto do funcionalismo público, a
remuneração dos ministros, atualmente em R$ 33,7 mil, pode subir para R$
39,2 mil, um aumento de R$ 5,5 mil. Como o
valor é o teto do funcionalismo, o aumento tem impacto também nos
salários do Executivo e do Legislativo federal e dos Estados. A proposta
foi aprovada por 7 votos a 4.
Na quinta-feira,
9, o ministro Ricardo Lewandowski, um dos que votou pelo aumento,
rebateu críticas à decisão da Corte de incluir o reajuste na proposta
orçamentária. Na avaliação de Lewandowski, o reajuste "recupera
parcialmente" as perdas inflacionárias e provocará um impacto no Poder
Judiciário inferior ao valor de R$ 1 bilhão que a Justiça devolveu aos
cofres da Petrobrás em virtude do esquema de corrupção revelado na
Operação Lava Jato.
Lula
perdeu, ao menos temporariamente, até o julgamento do mérito da ação,
todos os benefícios a que tem direito como ex-presidente, segundo o blog
BR 18, do Estadão
O juiz federal Haroldo Nader, da 6ª Vara Federal da 3ª Região (Campinas,
interior de São Paulo), concedeu liminar em ação popular movida pelo
coordenador nacional e advogado do MBL, Rubens Nunes, para suspender
imediatamente os seus privilégios, outorgados pelo Decreto 6.381/2008.
Com a decisão, obtida pelo blog BR18, Lula perde o cartão
corporativo, assessores, seguranças, motoristas e veículos que ficam à
sua disposição.
IstoÉ [a propósito o Decreto 6381/2018 foi assinado por Lula em seu segundo mandato e por se tratar de um Decreto não passou pelo crivo do Congresso ou mesmo do Poder Judiciário.
Percebam o absurdo da situação: - um individuo condenado a doze anos de cadeia por crimes cometidos durante o exercício do mandato de presidente, cumprindo a pena em regime fechado, para que precisa de:
- serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal;
- dois
veículos oficiais, com os respectivos motoristas; e
- ao
assessoramento de dois servidores ocupantes de cargos em comissão do
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível 5.
Motorista e segurança para que?
Dois veículos oficiais para que? o condenado Lula, ex-presidente da República, presidiário confinado na carceragem da PR em Curitiba, tem direito a transporte gratuito em camburão;
Assessoramento de dois servidores DAS - nível 5 - para que? assessorar o condenado a usar o 'boi' da 'cela'?]
Nunca
falei com a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). Nunca tratei Roberto
Jefferson, seu pai, como professor de Educação Moral & Cívica, nem
mesmo quando ele se tornou a voz a denunciar o mensalão, acusação que
pegava na testa do PT. Tampouco disponho de elementos técnicos para
defender a nomeação da parlamentar para o Ministério do Trabalho.
Entenderam? Não vou tratar de pessoas, mas de competências e
procedimentos. Assim, uma coisa eu sei: as decisões tomadas pela Justiça
Federal do Rio impedido a posse de Cristiane como titular do Trabalho
são uma aberração. Trata-se de um momento vergonhoso, em que se
evidencia a óbvia politização do Judiciário.
Fato do
dia: o juiz federal Vladimir Vitovsky, que está como substituto no
Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), no Rio, negou nesta
segunda questão apresentada pela Advocacia-Geral da União, em embargos
de declaração, para tentar derrubar a liminar que impede a posse de
Cristiane. Fez ainda mais: decidiu que a 4ª Vara Federal de Niterói —
que concedeu a liminar contra a posse — passa a ser a titular de outras
ações do gênero, que correm em outras varas, a saber: 1ª Vara Federal de
Magé, 1ª Vara Federal de Teresópolis, 14ª Vara Federal do Rio de
Janeiro, 1ª Vara Federal de Nova Friburgo, 1ª Vara Federal de Campos e
1ª Vara Federal de Macaé.
A
quantidade de idiotices escritas a respeito da decisão, sobretudo por
cretinos de direita, os nossos falsos liberais, impressiona. Essa gente
evidencia que uma eventual derrota da esquerda em 2018 não tornará o
país carente de asnos. Os dois lados os produzem com proficiência
prolífica, não é mesmo? Vamos
lembrar. A suspensão da posse de Cristiane é um escárnio. O juiz
Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, concedeu
liminar a Ação Popular impetrada pelo valente Movimento dos Advogados
Trabalhistas Independentes — quem são, a propósito, os “dependentes”?
Argumentos da turma, acatados pelo juiz:1) A deputada não teria currículo
compatível com a tarefa. Atenção! Inexiste exigência de “currículo
mínimo” para exercício de cargo ministerial, uma função eminentemente
política. A nomeação, segundo a Constituição, é de competência exclusiva
do presidente. E o doutor Couceiro não parou por aí.2) Ele acatou outra argumentação
estupefaciente, cuja veracidade nem verifiquei, mas dou de barato que
seja como se diz: Cristiane teria sido condenada a pagar uma multa em
processo trabalhista.
Segundo os
tais advogados, com o que concordou o juiz, dados esses dois elementos —
a falta de currículo e a multa —, a nomeação de Cristiane feriria a
moralidade administrativa.
É um escracho.
É um acinte.
É um despropósito.
É uma provocação.
É uma aberração.
É um deboche.
A questão
da falta de currículo é apenas um despropósito que nem merece outras
considerações. Mostrem-me onde está a exigência. Quem deu ao juiz o
direito de estabelecer filtros que não estão na lei para nomeação desta
ou daquela pessoas ?
Quanto à
multa trabalhista, dizer o quê? Recorrer à Justiça é um direito de todo
cidadão. Defender-se também. Ainda que Cristiane venha a ser condenada,
em caráter definitivo, a pagar uma multa, isso não a inabilita para o
exercício de qualquer cargo público. Basta que pague, e nada mais ela
deverá à Justiça.
A AGU
recorreu da decisão, apegando-se à questão técnica.Nada, na lei, da à
4ª Vara Federal de Niterói competência específica para conceder aquela
liminar,impedindo a posse de um ministro de Estado. O primeiro recurso
teve de ser apresentado ao próprio Couceiro, que reafirmou a sua
primazia. O TRF-2, por meio de Vladimir Vitovsky, sem dizer por quê — e
não disse! —não apenas decidiu que a 4ª Vara é a dona da bola como
passou para ela todas as outras ações. Ao governo caberá agora recorrer
ao STJ. Se mantida a decisão, ainda existe o STF. O que pode acontecer? A
esta altura, meus caros, não dá para prever. Estamos nos tornando a
terra da insegurança jurídica e da imprevisibilidade.
Atenção!
Essa constatação que faço aqui já chegou aos agentes econômicos. Grandes
investidores, hoje em dia, afirmam, em conversas reservadas, que a
Justiça já não pode ser considerada uma instância que vai corrigir este
ou aquele abusos. Ao contrário: o que se avalia é que ela própria se
tornou o território privilegiado da transgressão, da idiossincrasia e do
corporativismo.
Por mais
críticos do governo que possam ser analistas não-esquerdistas,
cumpriria, em casos assim, olhar menos para o “quem” e mais para o
“quê”. Importa menos saber a história de Cristiane e seu pai — afinal,
eles passarão, como todos nós — do que a agressão a fundamento legal,
que ordena o Estado de Direito. Mas, para que tal análise se faça, os
nossos direitistas e liberais teriam ao menos de respeitar os
fundamentos de uma democracia. E os idiotas estão ocupados demais
vazando seu moralismo primitivo e azedo.
Todo mundo
sabe que a nomeação de Cristiane é parte de um movimento maior que
busca votos para a reforma da Previdência, sem a qual o país voltará
para o buraco. Se a intenção é esta ou não, pouco me importa, porque não
julgo intenções, mas avalio fatos. Eis um fato: impedir a posse da
deputada no Ministério é só mais uma forma de sabotar a reforma da
Previdência,que, como é sabido, conta com a quase unânime rejeição do
Poder Judiciário, o mais aquinhoado dos Três Poderes com benefícios e
privilégios que esmagam os pobres brasileiros.
Sim, o
mundo que interessa está atento às aberrações em curso por aqui, como
revela a decisão da Standard & Poor’s, que rebaixou a nota do país. O
corporativismo, o moralismo tosco e a burrice estão fazendo um enorme
esforço para inviabilizar o país. E, como corolário desse esforço,
pavimentam o caminho da volta da esquerda ao poder. Sob o aplauso da direita xucra.
A Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer ao Supremo Tribunal
Federal da decisão do desembargador Guilherme Couto de Castro, do
Tribunal Regional da 2ª Região, que manteve suspensa a posse da deputada Cristiane Brasil como ministra do Trabalho.
A cerimônia estava marcada para esta terça-feira (9), às 15h, mas foi cancelada após o magistrado rejeitar um recurso apresentado
pela AGU ao TRF-2. Guilherme Couto de Castro é vice-presidente da Corte e proferiu a decisão no início da tarde de hoje após o presidente, o
desembargador André Fontes, se declarar suspeito por motivos de foro íntimo.
O novo recurso foi confirmado pela assessoria de imprensa da AGU às 17h30, pouco depois de o presidente Michel Temer se reunir com a deputada,
o presidente do PTB e pai de Cristiane, Roberto Jefferson, além do
líder do partido na Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO). A incerteza sobre a
realização da posse fez com que alguns convidados de outras cidades
viessem para o Palácio do Planalto aguardar uma definição sobre a
cerimônia. A expectativa agora é de que a própria presidente da Suprema
Corte, ministra Cármen Lúcia, analise o caso e avalie o pedido de
suspensão da liminar do juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara
Federal de Niterói (RJ), que suspendeu a nomeação da deputada como ministra nessa segunda-feira (8).
Ação popular A liminar foi concedida em resposta a uma ação popular do
Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes. A entidade diz que a
nomeação de Cristiane Brasil “ofende a moralidade administrativa”.
Segundo o movimento dos advogados, a deputada “praticou pessoalmente
graves violações das leis trabalhistas, flagradas e comprovadas em, pelo
menos, duas demandas judiciais”.
Depois que seu nome foi anunciado como ministra do Trabalho,
surgiram informações de que Cristiane tem dívidas trabalhistas com
ex-funcionários. Com base nos argumentos, o juiz decidiu,
preliminarmente, que conceder a liminar sem ouvir os réus se
justificaria “diante da gravidade dos fatos sob análise”. Ele destacou ter verificado “flagrante desrespeito à Constituição
Federal no que se refere à moralidade administrativa”, quando se
pretende nomear para o cargo de ministro do Trabalho “pessoa que já
teria sido condenada em reclamações trabalhistas”. [face ao grande risco de que a ministra-presidente do STF decida contra o direito constitucional do presidente Temer nomear para o seu ministério quem atenda aos requisitos constitucionais, seria mais prudente manter um ministro interino e aguardar o fim do recesso do STF. Não será surpresa se a ministra-presidente simplesmente ignorar os artigos da Constituição específicos para escolha/nomeação de ministros e parta para uma decisão subjetiva. Não defendemos Cristiane Brasil - filha de Roberto Jefferson, um herói nacional - haja vista que a quase ministra não teve em suas relações com seus empregados um comportamento de heroína. Mesmo assim, defendemos o cumprimento da Constituição Federal, que na matéria em questão apresenta redação inequívoca, que não deixa espaço para interpretações subjetivas.] Agência Brasil
Sindicato de
servidores da Justiça da MG pretendia derrubar autorização de pagamentos
a magistrados que já moram na mesma região onde trabalham
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou uma ação popular movida contra decisão que autorizou o pagamento deR$ 4,3 mil em auxílio-moradia a juízes, promotores e conselheiros de Tribunais de Contas. A ação foi movida pelo Sindicato dos Servidores da Justiça
de 2ª Instância de Minas Gerais, para que sejam declarados
inconstitucionais os valores pagos a magistrados que já morem na mesma
comarca onde trabalham.
Segundo a entidade, o pagamento do benefício na forma de
indenização (em que o servidor é ressarcido pelos gastos) vem sendo
utilizado, na prática, como uma forma de aumentar a remuneração dos juízes. Em sua decisão, Fux levou em conta precedentes do Supremo,
segundo os quais não é possível questionar decisões por meio de ações
populares.
Desde setembro de 2014, quando o próprio Fux autorizou o
pagamento do auxílio-moradia em ação movida por um conjunto de
magistrados,benefício já custou R$ 4,5 bilhões aos cofres públicos, de acordo com estimativa da ONG Contas Abertas. Também segundo a entidade, atualmente há 17 mil magistrados e
13 mil procuradores do Ministério Público Federal com potencial para
receber o auxílio-moradia.
O Rio é o
estado onde tudo aconteceu da pior forma. A crise econômica é mais profunda e
prolongada, o assalto aos cofres públicos foi mais violento e disseminado, a
crise da Petrobras o atingiu mais fortemente do que a qualquer outro estado. A
deterioração fiscal tem sido mais aguda, com a aflição interminável do servidor
público e seus salários atrasados.
Ontem foi
mais um dia histórico no Rio, com a prisão do presidente da Assembleia
Legislativa Jorge Picciani, depois da decisão unânime dos desembargadores do
TRF. Eles votaram pela prisão do deputado, do líder do governo Edson Albertassi
e de Paulo Melo, outro parlamentar. Há uma
semana Albertassi estava com um pé no Tribunal de Contas do Estado, apesar de
todas as dúvidas que pesavam sobre ele. Tanto tempo depois de iniciado o mais
sério combate à corrupção no Brasil e no Rio, o governador Luiz Fernando Pezão
se considerou no direito de o indicar para a vaga e demitir o procurador-geral
Leonardo Espíndola, que se recusou a defender a nomeação. As instituições
tiveram que travar uma luta, a começar da ação popular do PSOL, para evitar que
o deputado fosse para o TCE.[Qual a utilidade do PSOL como partido político? não tem uma lei aprovada e que seja digna de ser lembrada; vive unicamente querendo patrulhar os 'errados', quando aquele nanico tem no seu quadro de 'aspones' o terrorista italiano Achiles Lollo.] Ontem, Picciani, Albertassi e Melo foram detidos.
O PMDB é
o maior partido do Estado e há anos governa o Rio. As dúvidas sobre o
enriquecimento rápido de deputados estaduais é assunto antigo. A memorável
reportagem “Os homens de bens da Alerj", que ganhou prêmios no Brasil e no
exterior, foi publicada há 13 anos. Houve um dia em que o Rio
tinha, ao mesmo tempo, dois ex-governadores presos. Garotinho foi solto, mas o
conselheiro que ele indicou para o TCE, Jonas Lopes, que havia virado um dos
líderes do esquema de corrupção, se tornou o grande delator. Confessou seus
crimes e contou o que acontecia no TCE. Cinco conselheiros foram presos.
Tiveram o mesmo destino do ex-governador Sérgio Cabral e alguns ex-secretários,
como Sérgio Côrtes.
Cabral foi condenado em três
dos 16 processos a que responde a penas somadas de 72 anos de prisão. As
descobertas de como ele se apropriava do dinheiro público são de embrulhar o
estômago, com aquelas extravagantes compras de joias, ouro, mansões e viagens
internacionais. Tudo tem sido mais escancarado no Rio. Empresas que lavavam
dinheiro do esquema recebiam — e ainda recebem — benefícios fiscais
milionários. E não há um fim nesse sofrimento estadual. Há uma continuidade
delitiva, tanto que foi a tentativa de nomear o conselheiro do TCE que
precipitou a operação “Cadeia Velha".
A dimensão da crise do Rio
precisa ser entendida pela cúpula do Judiciário. Empresários do setor de
transportes envolvidos em desvios foram soltos por decisão do ministro Gilmar
Mendes. Agora alguns voltam à prisão por novas denúncias. Inclusive, há o temor
de que o precedente do caso do senador Aécio Neves seja invocado em sessão
marcada para hoje na Assembleia, e os deputados sejam liberados pelos seus
pares.
No Rio, os crimes foram
constantes, sérios. Endêmicos. Não foram casos isolados. Por muito tempo ele
foi saqueado. É preciso enfrentar a crise com a certeza de que estamos diante
da necessidade de reconstrução. O estado não pode mais viver situações como a
que acaba de acontecer: numa semana Albertassi estava com um pé no tribunal que
julga as contas dos órgãos públicos, e na outra semana ele está preso. Até a
semana passada Picciani era um dos maiores centros de poder do Rio, ontem
estava na cadeia. No Rio, as investigações não são sobre fatos passados apenas,
mas também sobre o presente. Um presente contínuo.
Não por outra razão, o Rio tem
sofrido mais na crise econômica. É o único estado do Sudeste que continua perdendo
empregos de carteira assinada este ano. Foram fechadas 81 mil vagas até
setembro, enquanto São Paulo criou 111 mil. No desemprego geral, o Brasil está
em 13% e o Rio, 15%. Nos anos anteriores à crise, o estado teve a enorme
vantagem dos royalties do petróleo em tempo de preços em alta. Esses recursos
foram mal geridos e hoje a crise fiscal é maior e mais difícil de tratar do que
a da maioria dos estados brasileiros. A esperança é de que tudo o que tem
acontecido ajude o estado a fazer a travessia para uma outra estrutura de poder
no Executivo e Legislativo. O Rio precisa recomeçar.