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quinta-feira, 14 de julho de 2022

["NARRATIVA"]: A decepção das Forças Armadas com o ministro da Defesa - Bela Megale

O Globo

Forças Armadas

Uma parte significativa das Forças Armadas não esconde a decepção que vem tendo com a atuação do general Paulo Sérgio Nogueira como ministro da Defesa. O foco de insatisfação se concentra na atuação do militar, que tem trabalhado como linha acessória do presidente Bolsonaro nas investidas contra as urnas e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). [Quando os fatos não agradam,  nem servem aos interesses da mídia militante, se faz uma reciclagem, produzindo a "NARRATIVA" = versão adaptada ao que convém ser  noticiado.
Como sabiamente diz, Percival Puggina: " Vivemos sitiados pela mentira, muitas vezes apresentada sob o engenhoso nome de “narrativa”." ]

O general Paulo Sérgio Nogueira em solenidade militar no Palácio do Planalto

A avaliação desse segmento, que inclui membros do alto comando e até militares que atuam no governo Bolsonaro ouvidos pela coluna é a de que Nogueira está “exagerando no tom” dos ofícios que passou a enviar quase que semanalmente à corte eleitoral, insistindo na participação ativa dos militares na auditoria das urnas. 

Para esses militares[sic] , o ministro da Defesa “surpreendeu negativamente” ao seguir a mesma linha de subserviência a Bolsonaro adotada pelo seu antecessor, o general Braga Netto, que será o candidato a vice na chapa do presidente. Até se tornar membro do governo, Nogueira era conhecido entre os militares por ter um perfil moderado e técnico, privilegiar o diálogo e apaziguar conflitos. Por isso, a expectativa que existia com sua posse, em março deste ano, era a de que mantivesse uma atuação mais independente de Bolsonaro, especialmente no tema das eleições. A postura defendida por esse grupo é a de que as Forças Armadas não devem ser levadas para o debate político nem por Bolsonaro e nem por Lula. [COMENTÁRIO: Ao que se sabe o ministro da Defesa, no exercício da legítima e também obrigatória defesa  das Forças Armadas, sob seu comando, tem expressado seu inconformismo com o fato do presidente do TSE ter convidado as Forças Armadas para integrar uma 'comissão de transparência' - que nos parece ser excessivamente opaca - e ver que as sugestões apresentadas foram  ignoradas.]

Integrantes das Forças Armadas apontam, no entanto, que esse não é primeiro momento de desgaste interno que Nogueira enfrenta. Quando foi comandante do Exército, no ano passado, o general arquivou um processo administrativo aberto pela Força contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, por ter participado de um ato político com Bolsonaro no Rio de Janeiro, sendo um militar da ativa.  

Na ocasião, Paulo Sérgio Nogueira teve uma reunião tensa com o alto comando, já que parte dos generais considerava que a punição de Pazuello era essencial. O então comandante, no entanto, adotou a postura defendida por Bolsonaro, que cobrava que o aliado não fosse punido. [Ao que pensamos, o que acaba com a credibilidade de qualquer 'NARRATIVA' é os informantes do seu autor quase sempre não são identificados. Uma rápida consulta ao RDE permite identificar que Pazuello não cometeu nenhum ato passível de punição. Clique aqui e saiba mais.]

Bela Megale, jornalista - Blog em O Globo 


sábado, 26 de março de 2016

Brasil sob Ditadura do Crime: Não Intervir é Trair!

O Sábado de Aleluia é o dia justo e perfeito para lembrarmos da simbologia da traição. Judas Iscariotes ganhou fama de traidor por ter vendido Jesus Cristo por trinta dinheiros. Existe uma tese de que ele teria agido assim para cumprir os desígnios divinos. Resumindo: Judas não foi traidor. O saudoso publicitário Samuel Miranda de Jesus apresenta argumentos consistentes para justificar esta versão histórica no livro "Página em Branco - a que não foi escrita em nossa Era". O livro é um misto de história milenar com ficção. É uma obra rara, editada pelo próprio autor, em janeiro de 1993.



Samuel de Jesus pregava que "é árdua toda e qualquer missão de explicar o óbvio". No Brasil, o famoso "óbvio ululante" imortalizado por Nelson Rodrigues nem sempre é enxergado e ouvido, mesmo quando ocorre um amplo clamor popular. A dificuldade que as pessoas têm de analisar a realidade com base em conceitos corretos contribui para a cegueira ou surdez em relação ao óbvio gritante. Neste cenário, Jararaca deita e rola. Traidores da Pátria, usando e abusando da marketagem política, conseguem iludir a maioria. Praticam o vício da mitomania (a criação de mentiras que parecem verdadeiras). Lamentável é quando o ilusionismo contamina quem deveria estar imune.



Os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira (jura que eles existem?) não podem esquecer que a sabedoria é o uso correto do conhecimento. Usou errado, ou mentindo, é pura burrice! Muita gente boa tem embarcado em teses furadas. O foco no combate à corrupção, em um sistema estatal feito exatamente para corromper, é um erro crasso, primário. Corrupção é consequência do Capimunismo rentista brasileiro - e não a causa principal dos males. Assim, pouco adianta atacar a corrupção e pregar punição severa aos corruptos em um Estado Canalha, onde inexiste Segurança do Direito, a verdadeira Democracia.



O brasileiro parece um povo esquizofrênico. Sai às ruas, de forma alegre e carnavalesca, pedindo a queda de uma Presidenta que foi eleita dentro das regras (pseudodemocráticas) em vigor. No entanto, por debilidade cultural ou formação Educacional (decidida pela família e não só pela boa escola), tem imensa dificuldade de promover a mudança (desejada e pregada) a partir de si mesmo). Talvez sejamos muito fracos em meditação, o que nos torna péssimos observadores. Como mal nos conhecemos, acabamos sendo facilmente influenciáveis, sobretudo pelos conceitos errados e pelas armadilhas da marketagem. Assim, a maioria acredita e embarca em ideias falsas, fora do lugar.



Partindo do imenso entretanto acima, para chegarmos aos finalmentes, devemos analisar, cuidadosamente, as recentes declarações do Comandante do Exército, na nona edição de um programa veiculado desde quarta-feira passada (20 de março) no canal oficial da força terrestre no YouTube. Otimista, analisando a gravíssima crise atual, General de Exército Eduardo Villas-Bôas apontou uma linha de solução corretíssima para o Brasil: "Temos certeza de que o Brasil terá condições de reverter essa situação e reencontrar seu caminho de desenvolvimento. Temos que colocar como foco novamente a questão nacional. O Brasil tem que restabelecer a ideologia de desenvolvimento, porque o Brasil não tem outra alternativa que não se transformar num país forte".



 

Sem dizer claramente, o objetivo principal do "Comandante Responde número 9" foi justificar à opinião pública que as Forças Armadas não tem a menor intenção de promover um golpe, uma intervenção ou uma contrarrevolução (nos moldes de 1964). O General Villas-Bôas acertou na constatação sobre a dimensão da crise: "Estamos vivendo e sofrendo as consequências desta crise que tem três componentes: político, econômico e ético e moral, e os três estão interligados. O Exército é uma instituição de Estado, e nos momentos de crise as instituições sólidas acabam se tornando referência para a sociedade como um todo. A ela miram e dela aguardam atitudes que sinalizem como sair da crise".



Villas-Bôas fez uma ressalva aos que cobram das forças armadas o papel de intervenção: "Contudo, nós vamos pautar nossa atuação em três pilares básicos. Contribuir para a manutenção da estabilidade, já que ela é condição essencial para que as instituições, em nome da sociedade, encontrem os caminhos que permitam sairmos desta crise séria que estamos vivendo. Segundo, é a legalidade: toda e qualquer atitude nossa será absolutamente respaldada no que os dispositivos legais estabelecem, desde a Constituição até as leis complementares, e sempre condicionada ao acionamento de um dos Poderes da República. E o terceiro aspecto é a legitimidade que nos é proporcionada pela credibilidade que a sociedade brasileira nos atribui".



O advogado Antônio José Ribas Paiva, um dos defensores da Intervenção Cívica Constitucional, com o apoio das Forças Armadas, faz um apelo à reflexão do Comandante Militar
"General Exército Vilas Boas, Democracia é a Segurança do Direito! Portanto, o nosso BRASIL não é uma democracia. Antes disso, é a Ditadura do Crime Organizado. Por isso,  as Forças Armadas da Nação Brasileira, precisam libertar o povo da tirania, através da, incontornável, Intervenção Cívica Constitucional. Não intervir é delinqüir. Sob Ditadura do crime, não intervir é trair". [o remédio adequado, legal e que as Forças Armadas tem a obrigação de adotar, ou o DIREITO/DEVER é a Intervenção Militar Constitucional - a leitura atenta dos dispositivos constitucionais que normatizam a atuação das Forças Armadas não deixam dúvidas sobre o perfeito cabimento da intervenção apontada.]



Vale repetir por 13 x 13, para dar sorte: A solução é a Intervenção Cívica Constitucional. Mero golpe militar não resolve. Precisamos de uma faxina nos três poderes. Devem entrar no cenário Político novos atores, entre os eleitores comprovadamente honestos e de reputação idônea. A partir do Poder Instituinte do Cidadão, no momento inicial com todo o apoio dos militares, devem ser criados mecanismos de controle da sociedade sobre a máquina estatal.



Transparência total tem de ser a lógica do novo modelo. A mesma tecnologia que permite controle informatizado de pagamento de propinas também viabiliza a livre publicação em rede social das informações sobre os negócios da administração pública. Tudo precisa ser fiscalizável por cidadãos-eleitores-contribuintes eleitos. Assim, a base da solução é Política, e não meramente militar ou formalmente jurídica.



As soluções necessárias mexem com nossa cultura brasileira de passividade e sacanagem. Demandam ativismo e mobilização. Exigem amplo e exaustivo debate. Será necessário um trabalho básico, estruturante, de planejamento estratégico, a fim de facilitar a participação da maioria das pessoas que pagam impostos ou se beneficiam deles. Precisamos chegar a um consenso sobre os conceitos corretos a serem empregados. Só assim as mudanças podem ser benéficas e duradouras.


Resumindo: a Ditadura do Crime já deu muitos golpes e deseja continuar dando mais ainda. Chega de traições! Não intervir é trair! Os militares sabem disto. A maioria da população brasileira também precisa saber. Dilma está quase tirada do poder. Mas os verdadeiros golpistas criminosos em ação desejam deixar tudo como sempre esteve. Não podemos tolerar que isto aconteça.



A Petelândia radicalizará para ficar onde está, do jeito que puder. Seus ex-aliados, agora traidores, querem apenas tirar Dilma e promover algumas reforminhas para que tudo também fique sob o comando do PMDB - que dirige direta ou indiretamente o País desde o "golpe militar de 1985", dado pelo General Leônidas, que entronizou José Sarney de forma ilegítima na Presidência, diante da morte do Presidente eleito (indiretamente) Tancredo Neves. Não podemos tolerar que isto aconteça novamente.



Mais um Golpe do Crime, não! Intervenção é a solução! O resto é pura traição!

Leia também: Democracia e Legalidade -  artigo do General Santa Rosa


Fonte: Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net