Deputados de partidos de esquerda protocolam, no Ministério
Público Militar, representação solicitando que o ex-ministro da Saúde
seja punido pela participação na manifestação política em favor do
presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, no último domingo
Deputados de oposição ao Palácio do Planalto protocolaram,[antes
a oposição era ao presidente de República, agora passou a ser ao
Palácio do Planalto, logo usarão o nome correto: oposição ao Brasil.] ontem, uma
representação contra o general Eduardo Pazuello no Ministério Público
Militar por conta da participação dele em um ato político de apoio ao
presidente Jair Bolsonaro, no último domingo, no Rio de Janeiro. Os
parlamentares querem que o ex-ministro da Saúde seja punido por
transgredir regras disciplinares que regem as Forças Armadas. Uma
apuração preliminar está em andamento na Arma e, nos próximos dias, deve
receber um parecer do comandante do Exército, general Paulo Sérgio
Nogueira. A expectativa é de que Pazuello apresente, hoje, sua defesa em
relação ao episódio. [mais uma vez, partidecos sem votos, sem programa de governo sem noção, sem futuro e que serão abatidos pela 'cláusula de barreira' - tentam obter holofotes com denúncias desnecessárias. É sabido que existe um Decreto aprovando o Regulamento Disciplinar do Exército que estabelece punições para eventuais transgressões disciplinares e o rito processual para apuração e julgamento das mesmas. Na prática, o artigo 12 do RDI torna de ofício a comunicação da transgressão - qual a necessidade de partidecos denunciarem. O Exército Brasileiro vai apurar se houve transgressão e dependendo do resultado da apuração proceder conforme o RDE estabelece. Tentar criar uma crise em função da não expedição de um 'mandado de prisão em flagrante - flagrante perenemente possível - sob alegação de que o general atenta contra a democracia e contra a Constituição Federal. VEJAMOS: O 'caput' do artigo 142, da CF, estabelece: " Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e
pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República,
e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem."
Assim, ao cometer um ato de indisciplina o general Pazuello violou um principio constitucional e sendo o general um apoiador do presidente Bolsonaro, seus crimes serão julgados sempre pela legislação mais severa.
Por sorte do general, na sequência do artigo citado consta: "... sob a autoridade suprema do Presidente da República..."; sendo pacífico que o general cometeu a transgressão na presença do presidente da República = situação que caracteriza aprovação tácita pelo presidente da República da conduta do general Pazuello.
Os arautos do pessimismo e adeptos do 'quanto pior, melhor', fracassarão, caso esperem uma crise entre o presidente da República e o comandante do Exército.
Espaço para crise só haveria se o Comandante do Exército tivesse proibido Pazuello de ir ao evento, não fosse obedecido e para evitar punição ao transgressor o presidente Bolsonaro interferisse.
Só que não houve proibição, a crise só existe na cabeça dos inimigos do Brasil. E o RDI será cumprido.]
Inicialmente, o general tem prazo de mais oito dias
para apresentar seus argumentos. No entanto, longe da mídia, das redes
sociais e de articulações políticas, ele está desde o fim de semana se
concentrando nos argumentos que apresentará. Assinaram a representação
ao Ministério Público Militar os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ),
Marcelo Freixo (PSol-RJ), Bohn Gass (PT-RS), Danilo Cabral (PSB-PE),
Wolney Queiroz (PDT-PE), Talíria Petrone (PSol-RJ), Renildo Calheiros
(PCdoB-PE) e Joenia Wapichana (Rede-RR).[os de sempre, o que não surpreende; apresentar programas de governo que atendam seus eleitores, isso não está, nem nunca esteve, nos objetivos deles. Sugerimos que coletem assinatura do relator Calheiros e daquele senador do AP.]
No texto, os congressistas pedem que o general seja
punido com base no Código Penal Militar e no Código Disciplinar do
Exército. Freixo afirma que se não ocorrer sanção, outros militares
podem fazer o mesmo. “A participação de um general da ativa num evento
de caráter político-eleitoral é gravíssima. Além de ser um delito
previsto pelo Código Penal Militar, sinaliza para a tropa que essa
conduta ilegal seria aceitável, colocando em risco o Estado Democrático
de Direito. As Forças Armadas são instituições de Estado, elas servem ao
país, não a um governo. Nesse sentido, é lamentável que, até o momento,
nem o Ministério da Defesa, nem o comando do Exército tenham se
pronunciado para repudiar o que Pazuello fez”, disse.
Mordaça Por determinação do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Defesa e o Exército se m
antêm em silêncio sobre eventual
punição ao general. No entanto, as instituições terão de prestar
esclarecimentos ao Congresso. A Comissão de Fiscalização Financeira e
Controle da Câmara aprovou requerimento do deputado federal Elias Vaz
(PSB-GO), que cobra informações do Ministro da Defesa, Walter Braga
Netto, sobre abertura de procedimento disciplinar contra Pazuello. O documento, que foi enviado à Defesa, questiona se a
apuração disciplinar realmente foi aberta, conforme noticiado, e quais
serão os passos. [se esse deputado do PSB do GO e seus parceiros, dessem uma lida rápida no RDE, verificariam que estão gastando bytes a toa - tudo será feito conforme o RDE. Um dos maiores problemas do Brasil é que parlamentar anda querendo saber demais - especialmente de assuntos que serão adequadamente tratados, ainda que o deputado nada questionasse - e esquecem dos DEVERES para com seus eleitores. Vão lamentar quando os seus eleitores esquecerem deles nas próximas eleições.]
Os parlamentares querem saber quando a punição for
aplicada e, se não for, quais os motivos justificaram a inação.
Bolsonaro promete usar o poder do cargo para sustar qualquer punição ao
general. A interferência do presidente no caso incomoda o Alto Comando
do Exército. Alguns militares do alto escalão chegam a falar no
risco de rompimento institucional das Forças Armadas com o governo, o
que poderia gerar a maior crise entre a caserna e o Executivo desde a
redemocratização do país. A convocação do general á CPI da Covid e a
proximidade dele com o governo desgastam a imagem das corporações
militares. [curioso é que os militares que realmente mandam, não costumam ser boquirrotos e a matéria, pelo número de 'confidências' feitas por oficiais do alto escalão, ignora o silêncio que sempre caracterizou as decisões do GRANDE MUDO.]
General sabia o que estava fazendo
O general
Eduardo Pazuello errou ao
participar da manifestação, domingo passado, no Rio de Janeiro, em favor
do presidente Jair Bolsonaro, como militar da ativa. A avaliação é do
general da reserva e ex-candidato do Governo do Distrito Federal, Paulo
Chagas. Na entrevista concedida, ontem, ao CB.Poder — realização do
Correio Braziliense e da TV Brasília —, ele considerou que o ex-ministro
da Saúde sabia o que estava fazendo ao subir no carro de som.“Pazuello é um general de divisão, tem 40 anos de
serviço sabe disso de cor e salteado. Subiu naquele palanque por conta e
risco e, agora, vai ter que assumir. Quarenta anos de serviço formam um
caráter, então ele não vai fugir disso agora”, avaliouChagas
lembrou que quanto mais alto é o posto, pior é a punição pelos
regulamentos militares. “O regulamento ensina, orienta o julgamento e a
gradação da punição. Então, tem que ver a pessoa transgressora,
circunstâncias, os antecedentes, o posto. Quanto mais alto o posto, é
agravante”, observou, acrescentando que é uma norma das Forças Armadas
não dar divulgação sobre a punição de qualquer militar.
O general enxerga, hoje, um momento do presidente
Jair Bolsonaro bem diferente daquele que o levou ao Palácio do Planalto,
em 2018. “Apoiei Bolsonaro porque representava uma proposta e essa
proposta foi desvirtuada. A proposta liberal-conservadora, de apoiar a
Lava-Jato, de acabar com a corrupção, implementar a meritocracia. Mas,
quando resolveu que o filho dele (deputado Eduardo Bolsonaro, PSL-SP) ia
ser embaixador dos Estados Unidos, a meritocracia saiu da pauta
imediatamente. O projeto do ex-ministro Sérgio Moro de combate à
criminalidade foi totalmente descaracterizado no congresso e o
presidente homologou aquela descaracterização”, lamentou, acrescentando
que, para 2022, gostaria de uma terceira opção “que pense o Brasil, que
pense o futuro, que dê valor aos nossos valores”.
Correio Braziliense - Fabio Grecchi
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