Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Morre Clemente, o último
chefe militar da ALN e sucessor de Marighella
Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz liderou a
organização que pegou em armas contra o regime militar
[falar sobre as atrocidades, frieza e covardia desse verme nos toma muito tempo e não vale a pena.
Abaixo dois vídeos que mostram um pouco do assassino que matava os próprios companheiros - inclusive depoimentos nos quais se vangloria das covardias que praticou.
Mesmo assim, como católicos temos que desejar que DEUS seja clemente com ele - que por seus atos covardes não honrou nem o PAZ do sobrenome e ainda motivou o deboche de o chamarem de comandante Clemente.
A vida de
Clemente – como até hoje ele era conhecido por seus companheiros e adversários
na esquerda – é parte da história de uma geração de jovens que se envolveu na
resistência armada ao regime instaurado em 31 de março de 1964.
Estudante do Colégio Pedro II, no Rio, ele conheceu Marighella quando
tinha 15 anos. Entrou para o Exército, de onde desertou como cabo quando servia
no Forte de Copacabana. Passou para a clandestinidade e para as ações armadas.
Dedicava sua sobrevivência à caçada que lhe movera os órgãos de segurança do
regime à firmeza dos companheiros que – presos e torturados – não o entregaram.
Para os militares que colocaram seu rostos nos cartazes de “Procura-se”, ele
era um "terrorista frio e um assassino cruel". Muitos dos veteranos
do DOI lamentavam que tivesse sobrevivido aos anos de chumbo e sido, depois,
anistiado.
A voz era
rouca, mas a disposição para contar suas histórias nunca esmoreceu. E ele tinha muitas. Carlos
Eugênio Sarmento Coelho da Paz, o Comandante Clemente, foi o homem que o
coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra
e o Destacamento de Operações de
Informações (DOI) de São Paulo nunca conseguiram prender. O
homem que foi o último chefe militar da Ação Libertadora Nacional (ALN), a
organização fundada porCarlos Marighella, morreu aos 69 anos, neste
sábado, dia 29, em Ribeirão Preto, onde vivia com sua mulher, a historiadora
Maria Cláudia Badan Ribeiro.
Entrevista de Carlos Eugênio a Geneton da Globo News
Clemente nunca escondeu o que
fizera:foi o homem que disparou o tiro de fuzil que abateu o empresário Henning
Albert Boilesen. Um dos financiadores do DOI do 2º
Exército, Boilensen foi morto por um comando da ALN e do Movimento Revolucionário
Tiradentes (MRT), nos Jardins, em São Paulo, em 15 de abril de 1971.
Também participou da reunião na qual a ALN condenou à morte Márcio Toledo
Leite. Estudante de Sociologia, Leite era da Coordenação Nacional da
organização. Seus colegas temiam que ele desertasse, levando consigo segredos
da guerrilha. Clemente foi um dos quatro integrantes do grupo que o executou.
Nos anos seguintes, ele viu um
a um seus principais companheiros e companheiras da organização serem presos ou
mortos pelos órgãos de segurança. Participou de dezenas de assaltos a banco
para levantar fundos para a organização e, em 1973, esse alagoano nascido em
Maceió, em 23 de junho de 1950, saiu do Brasil e foi clandestinamente para
Cuba. Era por demais visado no Brasil e sua queda e morte eram iminentes. Ali,
na Ilha, manteve contatos com o Departamento América do Partido Comunista
Cubano e chegou a ser convidado pelo general Arnaldo
Ochoa para chefiar uma coluna guerrilheira que os cubanos
queriam patrocinar no Brasil. Clemente recusou.
Aos poucos, o guerrilheiro foi
deixando a luta armada. Ele só a reencontraria nos dois livros que escreveu
sobre os tempos da guerrilha: Viagem
à Luta Armada e Nas
Trilhas da ALN, ambos publicados nos anos 1990. Clemente fez
neles o acerto de contas pessoal com seus anos de comandante militar. Lamentava
a morte de Toledo, mas não a de Boilesen. Dizia ter profundo orgulho do que fizera
e dizia que faria tudo de novo. “Só vou tentar ser mais competente.” O
único problema da decisão de pegar em armas contra a ditadura havia sido o fato
de a guerrilha ter sido derrotada. O exílio trouxe o caminho que o
levou da ALN à volta à militância no Partido Comunista Brasileiro. Viveu na
França, onde se tornou músico – ao voltar ao Brasil, no começo dos anos 1980,
o ex-guerrilheiro passou a dar aulas de música. Concorreu pelo voto a uma
vaga no Parlamento mais de uma vez, mas não teve sucesso. Ligou-se a Miguel
Arraes e ao seu PSB, no Rio. E nele ficou até a morte de Eduardo Campos, o
sobrinho de Arraes e candidato do partido à Presidência, em 2014.
Casou-se pela última vez com
Maria Claudia, que pesquisava a atuação das mulheres na ALN. Deixou então o Rio
e o trocou pelo interior de São Paulo. Um longa doença que ele enfrentou
nos últimos anos parou sua respiração neste sábado. Maria Claudia escreveu
então aos amigos. “O quadro é irreversível. Ele se vai como viveu a vida: com
coragem. Obrigada a todos que por todo lado nos deram força e nos
reconfortaram. Vou viver a passagem dele assim, segurando a mão dele e
sussurrando bem em seus ouvidos todo amor que tenho por ele.”
Eles eram
400 nas ruas de São Paulo, no primeiro sábado de dezembro, pedindo intervenção
militar. Quatrocentos não é pouco. Um é muito
Quando escuto brasileiros fazendo manifestação pela volta da
ditadura, penso que eles
não podem saber o que estão dizendo. Quem sabe, não diz. Mas esse primeiro
pensamento é uma mistura de arrogância e de ingenuidade. O mais provável é que
uma parte significativa desses homens e mulheres que têm se manifestado nas
ruas desde o final das eleições, orgulhosos de sua falta de pudor, peçam a
volta dos militares ao poder exatamente porque sabem o que dizem.
Mas
talvez seja preciso manter não a arrogância, mas a ingenuidade de acreditar que
não sabem, porque quem sabe não diria, não poderia dizer. Não seria capaz, não
ousaria. É para estes, os que desconhecem o seu dizer, estes, que talvez nem
existam, que amplio aqui a voz das crianças torturadas, de várias maneiras,
pela ditadura.
[defendemos, antes de tudo, o afastamento definitivo da presidente Dilma. Ocorrendo o inevitável, por necessário, afastamento via
‘impeachment’, assume, por disposição constitucional, o vice-presidente Michel Temer e transcorrendo todo o processo da forma estabelecida na
Constituição e legislação complementar, o quadro será idêntico ao ocorrido quando Collor renunciou, assumindo seu vice, Itamar Franco.
Caso no decorrer do processo de
impeachment seja provado o uso de dinheiro público roubado (PETROLÃO-PT e
outros) no financiamento da campanha de Dilma, estará caracterizado CRIME
ELEITORAL e o impedimento alcançará o vice, Michel Temer.
O rito a ser seguido está previsto na
Constituição e, sendo acatado,todo o processo
seguirá sem traumas.
SURGE A PERGUNTA: qual a razão de
solicitar intervenção militar?
São várias, destacamos duas:
1ª – Sabemos que o desgoverno
petralha está diretamente subordinado ao Foro de São Paulo – organização
criminosa esquerdista, fundada por Lula, Fidel Castro e outros, que tinha
pretensões de se fundir com a UNASUL – pretensa sucessora da URSS, só que
ancorada na América Latina;
não contavam com Putin que,
paulatinamente, está reerguendo a extinta URSS, ainda que com outro nome e roupagem;
fracassada a idéia de substituira União Soviética e com a UNASUL em adiantado
processo de desintegração, o Foro voltou
à condição de semiclandestinidade, mas, sem nenhuma dúvida não abrirá mão de se
manter no poder no Brasil, através do PT.
Há grande possibilidade de decretado
o impeachment da presidente Dilma, o FSP decida pela resistência ao cumprimento
da decisão e, se valendo das milícias bolivarianas espalhadas pelo Brasil em
condições de semiclandestinidade, incluindo o ridículo ‘exército de Stédile’,
use da força para manter Dilma e a petralhada.
Caberá então às Forças Armadas fazer
cumprir a legítima decisão de afastamento da doutora Dilma e do restante da
petralhada – se concretizando, no interesse nacional, a intervenção militar.
2ª -permanecendo o presidente da Câmara dos Deputados no absurdo propósito
de arquivar os pedidos de impeachment contra Dilma, continuará o aumento da
insatisfação do POVO BRASILEIRO, das pessoas direitas, com greves, manifestações
e outros atos que provocarão a ruptura da ordem pública e o clamor popular pela
intervenção militar buscando o restabelecimento da ordem.
O clamor das ruas, em quadro de
desordem, é mais que suficiente para provocar a pronta intervenção das Forças
Armadas e certamente a máxima “ a Revolução vitoriosa se legitima por si mesma”
prevalecerá.]
Crianças. Torturadas. De várias maneiras. Ernesto é um dos 44 adultos
torturados na infância – física e psicologicamente, mas também de outras
maneiras – que contam sua história em um livro lançado em novembro pela
Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”. Infância roubada – crianças atingidas
pela Ditadura Militar no Brasil é a memória do inominável que
precisa ser nomeado para que cada um deles possa viver, para que o crime de
Estado não se repita. A maioria dos depoimentos foi
registrada em audiências na Comissão da Verdade de São Paulo. Algumas
pessoas, que não puderam comparecer ou não conseguiam falar sobre o assunto,
foram entrevistadas depois. [A Comissão da Verdade do Estado de
São Paulo merece tanta credibilidade que foi desacreditada pela sua própria
‘mãe’,Comissão Nacional da Verdade – a
comissão paulista tentou atribuir a morte de Juscelino Kubitscheka um atentado supostamente praticado pelo
Governo Militar. Só desistiu da mentira quando a própria CNV emitiu nota
desautorizando publicamente a acusação.]
(...) Durante a investigação
jornalística, descobri uma curiosa coincidência. O médico que assinou o
atestado de óbito de Maria de Lourdes era um dos legistas acusados de ter
forjado laudos para a ditadura. Sérgio Belmiro Acquesta, absolvido pelo
Conselho Regional de Medicina um ano antes de morrer, era então gerente do
departamento médico da Villares, metalúrgica em que Lula trabalhava como
operário, e também funcionário do Instituto Médico Legal de São Paulo. Numa das
páginas da reportagem havia a foto de dois casos em que ele teria atuado para
apagar a responsabilidade do regime militar.
Um dos retratos, em tamanho 3X4, era de um marinheiro, Grenaldo de
Jesus Silva, que em 1972 sequestrou sozinho um avião da
Varig. Depois de ter liberado todos os
passageiros e a maior parte da
tripulação, ele foi detido, imobilizado e morto no Aeroporto de
Congonhas, em São Paulo, aos 31 anos. No dia seguinte, jornais estamparam a
versão do regime: “Encurralado,
terrorista suicidou-se”. [a matéria DECRETA que o
sequestrador – que colocou em risco a vida de dezenas de pessoas inocentes –
foi detido, imobilizado e morto no Aeroporto de Congonhas. Não apresenta um fiapo de prova que a versão que o bandido
suicidou-se é mentirosa. Só que esquece que o terrorista manteve parte da
tripulação como refém e poderia – não tivesse optado pelo suicídio – ter usado
os reféns como garantia do êxito de uma fuga.]
Por: Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista.
Abaixo narramos apenas um “justiçamento” feito pelos
famigerados bandidos da esquerda que, na matéria
linkada, foram vítimas inocentes do Governo
Militar.
Antes
veja o Vídeo:
Confissões de um DEMENTE,
CODINOME: "CLEMENTE".
Nossa modesta colaboração para a FAMIGERADA
Comissão da Verdade. Ai vai mais uma confissão de um ser
repugnante, acobertado por canalhas que insistem em revirar lixo.
Seu nome é Carlos Eugênio Paz "Clemente", mas podem chama-lo de PORCO IMUNDO E VAGABUNDO
ASSASSINATO
DE HENNING ALBERT BOILESEN
O industrial Henning Albert
Boilesen começou a morrer em janeiro de 1971.
Nessa época, Antônio André Camargo Guerra ("Márcio",
"Rafael", "Fernando", "Homero",
"Alexandre"), do comando
do Movimento Revolucionário Tiradentes(MRT),"cobriu um ponto" em
Cascadura, na então Guanabara, com Herbert Eustáquio de Carvalho, o "Daniel", da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR),
para tratar das próximas ações da "Frente",
constituída por essas duas organizações
e mais a Ação Libertadora Nacional (ALN), o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) e o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário
(PCBR).
Na ocasião, Herbert, a mando de Carlos Lamarca, entregou-lhe um bilhete com três
nomes:"Henning
Boilessen", "Peri Igel" e "Sebastião Camargo(Camargo Correia)". Segundo Herbert, Lamarca pedia ao MRT que levantasse os
dados dessas três pessoas a fim de futuros sequestros ou justiçamentos. Boilesen, um dinamarquês
de 55 anos, havia sido, em sua juventude, lutador de box e jogador de
futebol em Copenhague. Formado em Administração de Empresas, veio para São
Paulo em 1942, como contador da Firestone, naturalizando-se brasileiro em 1959.
Ingressando na Ultragás, foi, pela sua grande capacidade de trabalho, galgando
postos, sucessivamente, até tornar-se o presidente do Grupo Ultra, que
englobava várias empresas ligadas à produção do gás liqüefeito do petróleo. Preocupado com os aspectos sociais do
trabalho, auxiliava diversas entidades e havia criado um Centro de Integração
Empresa-Escola, para a formação de mão-de-obra especializada. Entrosado com
o meio empresarial, possuía os títulos de "Cidadão
Paulistano" e de "Homem de
Relações Públicas em 1964", além de quase uma dezena de medalhas e
condecorações, outorgadas por diversas entidades, entre as quais o Instituto
Histórico e Geográfico de São Paulo, a Sociedade Geográfica Brasileira e o
Museu de História do Rio de Janeiro.
Casado, com 3 filhos e 4 netos,
Boilesen disputava peladas de futebol nos fins de semana e era fanático
torcedor do Palmeiras. Gostava de samba e ficava horas a ouvir Chico Buarque, a
quem considerava um gênio. Apaixonado pelas artes plásticas, patrocinava
exposições e privava da amizade de inúmeros artistas que expunham na vizinha
cidade de Embu. Mas, para a VPR,
ele era um "espião da CIA"
e patrocinador da Operação Bandeirante, a OBAN. No bilhete passado por
Herbert para Antônio André, Boilesen
estava em primeiro lugar e assinalado com um sinistro "X".
A partir da 2ª quinzena de janeiro de 1971,
iniciaram-se os levantamentos do industrial, dos quais participaram
Devanir José de Carvalho ("Henrique", "Justino",
"Heitor"), Dimas Antônio Casemiro ("Rei",
"Celso", "Jaime", "Serafim"), Gilberto Faria Lima
("Zorro", "Diego", "Carlos", "Giba",
"Sílvio") e José Dan de Carvalho ("Alcides"), pelo MRT,
Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz ("Clemente",
"Guilherme"), pela ALN, e Gregório Mendonça ("Fumaça",
"Leônidas", "Marcos") e Laerte Dorneles Meliga
("Flávio", "Sebastião"), pela VPR.
Nos levantamentos procedidos, descobriu-se que Boilesen
residia no Morumbi e que diariamente, às 0900 horas, antes de ir para o
trabalho, passava para ver um de
seus filhos (que era cego) do primeiro casamento, na Rua Estados
Unidos, 1030. Nada descobriram,
entretanto, sobre sua suposta ligação com a OBAN. A prisão de Laerte e
Gregório, respectivamente, em 02 e 04 de fevereiro, fez com que suspendessem a
ação, temporariamente, pois ambos haviam participado dos levantamentos.
Passados alguns dias, observando que o industrial não
mudara seus hábitos e continuava a não possuir segurança pessoal,
concluíram que nada havia sido delatado pelos companheiros.
Numa reunião do comando do MRT, realizada
em 17 de fevereiro,Boilesen foi julgado e condenado à morte.Na pauta resumida dessa reunião, apreendida dois
meses depois, aparece um lacônico "Justiçamento-CIA".
Uma semana depois, em 23 de fevereiro, na pauta de uma nova reunião do comando,
aparecia, com a própria letra do Devanir: "Tarefa
prioritária: Sobre a pena de morte - apresentar proposta à frente". O
MRT, para executar a ação, precisava
propô-la à "Frente". Boilesen ganhou mais alguns dias de
vida.
A morte de Devanir José de Carvalho, o
famigerado "Henrique", líder do MRT, baleado ao resistir à prisão em
05 de abril, em vez de suspender, precipitou a ação. Dimas, o
"Rei", e Giberto, o "Zorro", entraram em contato com Carlos
Eugênio, o "Clemente", e José Milton Barbosa ("Castro"), da
ALN, e pediram auxílio para a execução,
como vingança pela morte do "Henrique".
Entre os dias 09 e 13 de abril, o "Comando Revolucionário Devanir José de
Carvalho", criado especificamente para a ação, realizou novos
levantamentos sobre Boilesen. Dimas escreveu o panfleto que seria jogado sobre
a futura vítima, procurando "justificar"
o assassinato.Na manhã de 14 de abril, o Comando Revolucionário montou o seu
dispositivo. No carro da ação, um Volks, três militantes da ALN: Antônio
Sérgio de Matos ("Uns e Outros"), como motorista, Yuri Xavier Pereira
("Joaozão"), com Fuzil Mauser 7 mm,e
José Milton Barbosa, com metralhadora INA. No carro de cobertura, outro
Volks, três militantes do MRT: Dimas Antônio Casemiro, como motorista, Joaquim
Alencar de Seixas ("Roque", "Felipe", "Velho"),
com Winchester
44, e Gilberto Faria Lima, com metralhadora INA.Haviam
decidido que a ação seria executada em
frente da casa dos filhos de Boilesen, na Rua Estados Unidos, a fim de
causar maior impacto na opinião pública. Estacionaram os dois carros na Alameda
Casa Branca e Yuri e José Milton montaram guarda na esquina para esperar a sua
saída. Subiriam nos carros e fechariam o do industrial antes que ele desse a
partida.
Entretanto, nesse dia, Boilesen viajou a negócios para a Guanabara. Ganhou mais 24 horas de vida. No dia
seguinte, 15 de abril de 1971, novamente o Comando
Revolucionário tomou posição. Dessa vez, pontual, Boilesen saiu da casa de seus
filhos, às 0910 horas. O planejamento, no entanto, não fora bem feito.
Ao entrarem na Estados Unidos, os terroristas observaram, surpresos, que o Ford
Gálaxie do industrial já virava à direita, tomando a Rua Peixoto Gomide. Após
alguns segundos de hesitação, decidiram agir assim mesmo e saíram em
perseguição ao carro. Para evitar uma feira livre, Boilesen entrou na Rua
Professor Azevedo Amaral e pegou a Barão de Capanema. Na esquina da Alameda
Casa Branca, parou para entrar à esquerda. Nesse momento, os dois carros emparelharam com o dele. Pela esquerda, Yuri, colocando o fuzil para fora da janela,
disparou um tiro que raspou a cabeça de Boilesen. Este saiu do Gálaxie e
tentou correr em direção contrária aos carros. Foi inútil. José Milton descarregou a metralhadora em suas costas e Yuri desfechou-lhe mais três
tiros de fuzil.
Cambaleando, Boilesen arrastou-se por mais alguns metros, indo cair na sarjeta,
junto de um outro Volkswagen. Aproximando-se, Yuri disparou mais um tiro, que arrancou-lhe a maior parte da face
esquerda. Joaquim e Gilberto jogaram os panfletos por cima do cadáver. Os
terroristas, subindo em seus carros, arrancaram em alta velocidade, fugindo
pela Alameda Casa Branca em direção à Avenida Paulista.
Mais tarde, num relatório escrito por Yuri e apreendido pela polícia, pode-se
ler: "Durante a fuga trocávamos
olhares de contentamento e satisfação.. Mais uma vitória da Revolução
Brasileira". O assassinato durara menos de dois minutos.Os disparos haviam chamado a atenção de dezenas de
populares que estavam na feira livre. Vários carros e casas foram atingidos por
tiros perdidos. Caídas, uma senhora, atingida no ombro, e uma vendedora de
maçãs, ferida na perna, aumentavam o pânico das pessoas, que correram em
direção à Peixoto Gomide. Sobre o corpo de Boilesen, mutilado com 19 tiros, os
panfletos da ALN e do MRT, dirigidos "Ao
Povo Brasileiro",traziam a ameaça:
"Como ele, existem muitos outros e
sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o
que importa é que todos eles sentirão o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA. Olho
por olho, dente por dente".
Os
"senhores da vida e da morte"
superestimaram o próprio tempo.