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domingo, 12 de novembro de 2017

PM é morto durante troca de tiros com criminosos - 118º PM assassinado no Rio, este ano - no Morro da Providência


Outros dois policiais também foram feridos e um homem, que seria morador, também foi atingido

Mais um policial militar foi morto no Rio. Identificado como sargento Vitor Aleixo de Oliveira, lotado na Unidade da Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência, ele foi baleado durante uma troca de tiros na altura da Rua do Livramento com criminosos na manhã deste domingo. Foi o 118º PM morto no estado desde o início do ano. Na ação, outros dois PMs ficaram feridos e uma pessoa, que seria moradora, também foi atingida. 




Com profundo pesar, informamos o falecimento do 3º sgt Victor Aleixo Oliveira da Costa, lotado na #UPP #Providência, baleado na manhã de hoje, em serviço, no Comunidade da Providência.#Luto #Herói #PMERJ


O clima é tenso na região. O comércio está fechado no local e o VLT parou de circular entre as estações da Central e da Providência. Segundo o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Providência, homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) foram acionados e fazem uma operação na comunidade. 

[as pessoas de BEM do Rio precisam da Polícia e policias só podem cumprir missão quando vivos; a única forma de conter o assassinato de policiais é matando bandidos.
Para cada policial morto, cinco bandidos mortos e em pouco tempo cessa o mortícinio de policiais, especialmente policiais militares que são alvos móveis.
A ação da polícia anteontem em São Gonçalo, com a morte de bandidos e envolvidos com o tráfico (também bandidos) mesmo as mortes não tendo sido propositais, ajuda a manter os policiais vivos.
O exemplo de São Gonçalo deve ser seguido em qualquer favela do Rio em que ocorra a morte de policiais.
Bandido bom é bandido morto.]

De acordo com informações do 5ºBPM (Praça Harmonia), o caso aconteceu por volta das 6h, durante a troca de turno. O sargento dava apoio aos soldados Douglas e Ferreira quando eles foram atacados por criminosos. O sargento foi atingido na cabeça e não resistiu aos ferimentos. Ele chegou a ser levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, junto com o soldado Ferreira, que foi atingido por estilhaços de bala no rosto. 

O soldado Douglas foi ferido no braço. Os dois foram levados para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio.  Um homem que passava pelo local foi atingido na panturrilha. Ele também foi levado para o Hospital Souza Aguiar. Ainda não há informações sobre seu estado de saúde. O caso está sendo investigado pela DH/Capital. Os agentes buscam testemunhas e imagens de câmeras de segurança para identificar os autores do crime.

Pelo twitter, a Polícia Militar fez uma homenagem ao sargento morto durante a operação na Providência. O sargento Victor Aleixo Oliveira da Costa tinha 36 anos de idade e estava há 12 na corporação. Ele era casado e deixa uma filha. Ainda não há informações sobre o sepultamento do policial. 

O Globo



segunda-feira, 18 de julho de 2016

Hospitais não estão preparados para Rio-2016, diz conselho



Conselho de Medicina do Rio concluiu que, se acontecer um acidente com múltiplas vítimas durante os Jogos, a rede de saúde não conseguirá atender todos

A 21 dias da Olimpíada, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) concluiu que, se acontecer um acidente com múltiplas vítimas durante os Jogos, a rede carioca de saúde pública não terá capacidade de atender todos. A constatação foi feita a partir da fiscalização realizada pelos conselheiros entre os últimos dias 5 e 11 nos cinco hospitais designados como de referência para o atendimento de emergência durante as competições, de 5 a 21 de agosto.

Durante as visitas, a equipe do Cremerj verificou que todos os hospitais de referênciaSouza Aguiar (Centro), Salgado Filho (Méier, zona norte), Miguel Couto (Gávea, zona sul), Albert Schweitzer (Realengo, zona oeste) e Lourenço Jorge (Barra da Tijuca, zona oeste) estão superlotados e sem capacidade para receber mais pacientes.

O relatório parcial das vistorias foi divulgado, nesta sexta-feira, 16. O documento será entregue na próxima segunda-feira, 18, à Secretaria Municipal de Saúde. O presidente do Cremerj, Pablo Vazquez, afirmou que o quadro é “preocupante”.  “Há uma superlotação, e as vagas para leitos estão escassas. Há a necessidade, não quero pensar no pior, em aumentar a estrutura de atendimento. Estou preocupado porque hoje há lotação e na Olimpíada teremos mais de 1 milhão de visitantes. Ainda dá tempo”, disse.

Segundo Vazquez, outro fator que preocupa é a redução de verbas para a saúde. “O Rio teria que investir pelo menos 12% de seu orçamento na saúde. Tem investido 4%”, afirmou. De acordo com o vice-presidente do Cremerj, Nelson Nahon, a diferença entre o total do orçamento e o que foi investido até agora representa menos R$ 370 milhões aplicados na saúde. “Teriam que ser investidos R$ 400 milhões. Em junho, só foram investidos cerca de R$ 25 milhões. Os hospitais estão precários, faltam medicamentos e as equipes médicas estão reduzidas”, disse.

Ainda segundo o conselho, há a demanda diária de cem leitos para Centros de Tratamento Intensivo (CTI) de pacientes em fila de espera. Outra medida criticada foi a solução apresentada pela rede pública de, durante a Olimpíada, atender pacientes de média gravidade em uma cantina desativada no Salgado Filho, caso haja acidente com muitas vítimas. “Nos disseram que construirão leitos no local. Mas nos preocupa que é um espaço aberto, ainda com os balcões da antiga cantina”, disse Nahon.

Fonte: Veja - Estadão Conteúdo

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Após resgate em hospital, polícia busca traficante Fat Family em favelas do Rio - Secretaria de Segurança do Rio foi avisada sobre plano de resgate em hospital com 48 horas de antecedência



Segundo a PM, um dos focos da ação é a comunidade Santo Amaro, onde o criminoso foi preso. Outros 25 bandidos também são procurados
A Polícia Militar do Rio de Janeiro realiza nesta segunda-feira uma operação em dezenas de favelas do Rio de Janeiro em busca do traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, de 28 anos, que foi resgatado na madrugada de domingo no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da capital. Os policiais também fazem buscas pelos 25 criminosos que participaram da ação.

Um dos focos é a Favela Santo Amaro, no Catete, na Zona Sul, onde Fat Family foi preso, há uma semana, e ferido no rosto. Pelo menos 37 comunidades serão inspecionadas. Vinte e dois Batalhões de Polícia Militar estão envolvidos na operação, que começou às 6 horas.

Segundo a Polícia Militar, a ação também tem o objetivo de prender criminosos que vêm praticando roubos e latrocínios na região metropolitana do Rio. O policial militar e o funcionário do hospital que foram baleados na ação dos criminosos continuam internados. Maior hospital público do Rio, o Souza Aguiar foi escolhido como referência para emergências na Zona Norte e no Centro durante a Olimpíada.

Resgate - Os invasores chegaram ao hospital às 3h15 e se dividiram: um grupo ficou no pátio na frente da emergência e outro subiu para o Setor de Ortopedia, pelas escadas. Os bandidos quebraram a algema que prendia o criminoso à cama com um alicate. Ronaldo Luiz Marriel de Souza, filho de um oficial da Marinha, estava no hospital para receber atendimento, foi baleado e morreu.

Fat Family é apontado pela polícia como chefe do tráfico na Favela Santo Amaro. Ele é irmão de Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, preso na Penitenciária Federal de Catanduva, no Paraná, e um dos líderes do Comando Vermelho (CV).

Mais de 20 homens armados invadiram o Hospital Souza Aguiar, mataram filho de oficial da Marinha e resgataram bandido. Alerta sobre operação foi dado na quinta, mas não houve reforço no policiamento

Mais de 20 bandidos armados com fuzis, pistolas e granadas invadiram o Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro, e resgataram o traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, na madrugada deste domingo. Irmão de Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, um dos maiores líderes da facção Comando Vermelho (CV), o criminoso havia sido preso na tarde do dia 13, por agentes da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), no Morro Santo Amaro, no Catete, Zona Sul da cidade.  No cerco, acabou baleado na cabeça e levado para o hospital. Na quinta-feira passada, a Polícia Civil avisou ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da secretaria de segurança pública que havia um plano para resgatar o traficante. Nada foi feito. Na noite passada, o preço da omissão foi trágico. Ronaldo Luiz Marriel de Souza, filho de um oficial da Marinha que estava na unidade esperando atendimento morreu, e um PM e um enfermeiro foram baleados.

Dois policiais militares apenas faziam a escolta do bandido. O alerta dado pela Polícia Civil foi emitido pouco depois das 20 horas da última quinta-feira, dia 15, como 'informação A1', que na classificação de órgãos de segurança significa de 'alto nível de credibilidade'. De acordo com mensagens trocadas em grupos de policiais, às quais o site de Veja teve acesso, além do CICC, o aviso de que o plano de resgate estava sendo estudado partiu da Dcod e também foi repassado ao Cecopol (Centro de Comunicações e Operações Policiais) e à Assinpol (Serviço de Inteligência da Polícia Civil). Em seguida, a informação foi para a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da secretaria de Segurança e para a cúpula da Polícia Militar, que é a responsável pela custódia de criminosos hospitalizados.

Segundo testemunhas, os bandidos chegaram em pelo menos quatro carros por volta das 3h e renderam o dono de uma barraca de doces. Ele foi feito de escudo humano. Logo que invadiram o hospital atirando e arremessando granadas, os criminosos foram em direção ao sexto andar, onde Fat Family estava internado. Com uma enfermeira feita de refém, eles chegaram à sala onde o traficante estava internado. Para se ter ideia da falta de controle sobre quem o visitava, várias fotos feitas com telefones celulares de visitantes começaram a pipocar nas redes sociais nos últimos dias.

Os bandidos deixaram um rastro de violência no hospital de referência no atendimento de emergência da cidade que vai ser a sede da Olimpíada daqui a 45 dias. Detalhe: a unidade fica a cerca de um quilômetro do Batalhão de Choque da PM e da sede da Polícia Civil, e a 500 metros do prédio da secretaria de segurança, onde trabalha diariamente o secretário José Mariano Beltrame.

Fonte: Revista VEJA