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sexta-feira, 16 de março de 2018

O policial tem o DIREITO e o DEVER de chegar vivo em casa

Batalhão alvo de denúncias de Marielle Franco é o que mais mata

O 41.º Batalhão da Polícia Militar (Irajá) havia se tornado um dos principais alvos de denúncias apresentadas por Marielle Franco (PSOL), cujo mandato era focado no combate ao racismo e à violência de gênero e na defesa de minorias, como o público LGBT.

No sábado, divulgando denúncias de lideranças da favela de Acari, da zona norte, ela publicou nas redes sociais: “O que está acontecendo agora em Acari é um absurdo! O 41.° batalhão da PM é conhecido como Batalhão da Morte. CHEGA de matarem nossos jovens”. Pouco mais tarde, ela publicou sobre a suposta morte de dois jovens por PMs do batalhão – que não é confirmada pela corporação.

O batalhão é acusado por moradores de truculência. De 2013 a 2016 (último dado disponível), o total de autos de resistênciaquando o policial mata supostamente em legítima defesa – passou de 51 para 117. Em 2016, o 41.º foi recordista no Estado de ocorrências do tipo. [o suspeito reage à ação policial e com isso obriga o policial ao uso da força necessária para contê-lo e, felizmente, na  maior parte das vezes o policial leva vantagem - o policial tem o DIREITO e o DEVER de chegar são e salvo em sua casa.
No momento em que o suspeito opta pela reação, pelo confronto, o policial é autorizado por lei a usar a força necessária.
É necessário que as ONGs pró direitos humanos de bandidos e certa imprensa mude a mentalidade de começar a reportagem já tentando responsabilizar a polícia.
Denúncias feitas pela vereadora ou qualquer pessoa ou instituição tem que ser provada -  se basear em 'suspeita' e 'supostamente' tornam qualquer denúncia sem valor.]

PMs do 41.º são acusados de envolvimento na chacina de Costa Barros, há dois anos. Na ocasião, cinco jovens de 16 a 25 anos foram mortos dentro de um carro. O veículo foi atingido 111 vezes. Outro episódio violento que envolveu agentes do batalhão foi o homicídio de Maria Eduarda, de 13 anos, morta no ano passado, no pátio da escola onde estudava, em Acari, em operação do 41.º BPM[o caso de Maria Eduarda, lamentável como toda morte, especialmente quando a vítima além de inocente é uma criança, foi uma fatalidade.
Em uma operação policial há grandes possibilidade da ocorrência lamentável de vítimas inocentes.]


Denúncias.  
Marielle divulgava denúncias feitas pelas lideranças comunitárias de Acari que já haviam sido apresentadas ao Observatório da Intervenção. O grupo, criado por iniciativa da Universidade Candido Mendes, é formado por entidades da sociedade civil para acompanhar a ação federal. A vereadora fazia parte do grupo. Na última terça, Marielle voltou às redes para denunciar, desta vez na comunidade do Jacarezinho, também na zona norte: “Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”. [a guerra só acaba quando a sociedade se conscientizar - do favelado ao boa vida do asfalto - que a bandidagem tem que ser vencida.
E um passo importante é o combate ao usuário de drogas - que sustenta o tráfico;  aliás, o ministro Jungmann começou bem, falando em combate cerrado ao usuário, mas desistiu.
Outro aspecto é que denúncias feitas por lideranças comunitárias (nos dias atuais qualquer um lidera a comunidade) precisam, a exemplo de qualquer denúncia, ser provada.
As 'lideranças' podem até mesmo ser coagidas por traficantes a apresentar denúncias contra policiais que estão incomodando o tráfico.]
 
Procurada pelo Estado para comentar as denúncias, a PM não respondeu.Para lembrar: juíza foi morta com 21 tiros. Em 2011, a juíza Patrícia Acioli foi morta a tiros em Niterói, na Grande Rio. Onze policiais foram condenados. Patrícia, de 47 anos, foi atingida por 21 disparos em uma emboscada, quando chegava em casa de carro. Considerada destemida e linha-dura, atuava na 4.ª Vara Criminal de São Gonçalo e foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a grupos de milícia e de extermínio. Estava jurada de morte à época do crime.  Ela recebia ameaças regulares e chegou a ter proteção policial, que foi reduzida aos poucos, sob alegação de não haver risco iminente. Os envolvidos no crime foram condenados a penas de até 36 anos de prisão.

IstoÉ

 


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Lições da operação no Jacarezinho

Ainda é cedo para se fazer qualquer balanço definitivo da presença de tropas militares no Rio, mas fica claro que a integração entre as forças precisa melhorar [bem como precisam ser realizadas mais operações simultâneas abrangendo várias favelas e buscando ASFIXIA dos bandidos.
Elgum efeito colateral deve ser esperado.]

A comunidade do Jacarezinho passa por um momento de grande tensão, com sucessivos tiroteios entre policiais e traficantes, principalmente depois que um agente do Core, Bruno Buhler, foi morto em confronto no local. Como infelizmente já aconteceu no passado com resultados trágicos — vide Vigário Geral —, policiais passaram a entrar na favela em ações de características vingativas. [os bandidos precisam ser 'convencidos' que matar policial é um péssimo negócio e os moradores das favelas entenderem que ajudar bandido não faz bem às saúde.
Matou policial a reação tem que ser rápida, precisa e didática.]
 
Como sempre acontece em operações sem maiores planejamentos, tem havido vítimas das chamadas balas perdidas. É uma trágica volta ao passado do sobe e desce e entra e sai de morros, para, em meio a uma chuva de balas, apreender-se alguma quantidade de drogas e armas, sem que a área seja de fato libertada do jugo do banditismo. A operação militar realizada na região, segunda-feira, com sete mil soldados, e não apenas no Jacarezinho, deve ter se baseado em informações levantadas pelos serviços de inteligência, segundo os enunciados expostos pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, quando as tropas chegaram ao Rio. Não houve apreensão de qualquer fuzil, apenas nove pistolas, um revólver, uma espingarda, duas granadas, munições, drogas e 43 presos.

Explica-se: a ação vazou para bandidos e moradores. Pelo menos um soldado paraquedista terminou preso. Não foi a primeira nem deverá ser, infelizmente, a última vez que isso acontece, principalmente em grandes operações. Mas isso não justifica não aperfeiçoar as precauções, é claro. É certo a quebra do sigilo fez com que apreensões e prisões não fossem proporcionais ao efetivo mobilizado. Nos termos usados por Jungmann, a tropa segue uma “curva de aprendizado”, embora haja o acervo de experiência acumulado no Alemão e na Maré. Sabe-se que ações como a de segunda são importantes, mas seus efeitos têm fôlego curto, caso não sejam acompanhadas pela devida repressão ao tráfico de armas e drogas nas respectivas rotas

Este é um dos aspectos-chave da atuação integrada de organismos de segurança, em toda a Federação, incluindo os federais: PF, Força Armadas e respectivos braços de inteligência. Ainda não se pode dar qualquer balanço conclusivo da presença de tropas federais na região metropolitana do Rio. O preço da conflagração causada pelo tráfico é grande para a sociedade. Na segunda, 64 escolas públicas não abriram devido à operação no Jacarezinho e outras comunidades. Foram prejudicados 27 mil alunos. Ao todo, desde o início do ano, de acordo com a Secretaria de Educação do Rio, 409 escolas já tiveram de ser fechados, afetando aproximadamente 146 mil estudantes.

Nessas circunstâncias, a melhor alternativa é mesmo suspender as aulas. Mas esta situação não pode perdurar, porque, entre outras mazelas, amplia o fosso social na cidade. Melhorar a integração entre as diversas forças, estaduais e federais, nesta “curva de aprendizagem”, é vital.

Fonte: O Globo