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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O Lhama de Franja certamente imagina que todos os brasileiros são tão poltrões quanto os governos paridos pelo lulopetismo



Ainda entrincheiradas nas discurseiras dos integrantes dos comandantes, e portanto invisíveis, as tropas formadas por lavradores que nunca viram uma foice fora dos desfiles do MST e pelegos que suam a camisa apenas no bailão da CUT acabam de ganhar o aliado internacional que merecem guerreiros que só conseguem matar de rir. Na semana passada, o chefe supremo Lula, o marechal de campo João Pedro Stédile e o general Vágner Freitas festejaram a entrada das Forças Armadas da Bolívia na ofensiva retórica contra os inimigos da República do Pixuleco. “Ouvi dizer que no Brasil há um golpe de Estado contra a companheira Dilma, contra Lula e o PT”, diz Evo Morales no vídeo que registra a iminente mobilização dos batalhões cucarachas. “Irmãos comandantes, oficiais das Forças Armadas do Brasil, enviem o meu recado à sua comandante: não vamos permitir golpes de Estado no Brasil nem na América do Sul nem na América Latina. Vamos defender as democracias. E pessoalmente, agiremos para defender Dilma, presidente do Brasil, para defender o Partido dos Trabalhadores”.

  Evo Morales diz que não permitirá Impeachment de Dilma no Brasil

É compreensível que Morales vislumbre conspirações e quarteladas até em eleição na Dinamarca. Desde a independência consumada em 1825, ocorreram na Bolívia nada menos que 189 golpes de estado ─ um recorde que reduziu a dois anos, em média, a permanência de um chefe de governo no Palácio Quemado. Quem nasce naquelas paragens se torna ainda no berço num doutor em golpe de estado e num analfabeto em democracia. Até os bebês de colo sabem que a turma que chegou ao poder à bala é muito mais numerosa que a eleita nas urnas.
Os tiroteios domésticos foram tantos e tão frequentes que não sobrou tempo para que aquela gente permanentemente empenhada em ganhar mais uma guerra civil aprendesse a vencer adversários estrangeiros. Sempre que se meteu numa aventura beligerante, a Bolívia encolheu. Em 1883, com a derrota na Guerra do Pacífico, perdeu para o Chile a faixa litorânea. No começo do século 20, com a derrota na disputa fronteiriça, perdeu o Acre para o Brasil. Em 1955, com o fiasco na guerra contra o Paraguai, perdeu três quartos do Gran Chaco. Hoje mal chega a 1 milhão de quilômetros quadrados o que restou dos 2,5 milhões que tinha quando nasceu. [detalhe: Lula, o Apedeuta, propiciou a única vitória internacional da Bolívia: quando o cocalero Morales mandou o poderoso Exército boliviano ocupar duas refinarias da Petrobras, Lula, imediatamente, ficou de ‘quatro’ e  assinou o termo de doação das refinarias para a Bolívia.
Lastima-se apenas que por ser, o estrupício do Lula, naquela ocasião, presidente do Brasil, seu gesto napoleônico e servil de ficar de ‘quatro’ também humilhou o povo brasileiro.]  
Um destacamento do Exército seria repelido pelo Tiro de Guerra caso tentasse invadir Taquaritinga. Por falta de litoral, a Marinha simula combates navais nas águas do Lago Titicaca. A frota da Força Aérea é menor que a de qualquer traficante de cocaína. Se sabe que Bolívia é um Tabajara da América do Sul, e por isso mesmo vive evitando confrontos com cachorro grande, por que Morales resolveu intrometer-se no quadro político brasileiro? Certamente por achar que todos os habitantes do País do Carnaval são tão poltrões quanto seus amigos do governo lulopetista.
Na cabeça do Lhama de Franja, o país de Lula e Dilma não passa de um grandão abobalhado, que mete o rabo entre as pernas assim que ouve latidos com sotaque bolivariano. Em maio de 2006, por exemplo, Morales confiscou os ativos da Petrobras na Bolívia, ordenou aos funcionários da estatal que dessem o fora e aumentou ilegalmente o preço do gás comprado pelo Brasil. Lula engoliu sem engasgos os desaforos. Há meses, Dilma não deu um pio sobre a busca policial no avião em que o ministro da Defesa Celso Amorim, na pista do aeroporto de La Paz, aguardava autorização para a decolagem.
A procissão de atrevimentos e afrontas vai acabar tão logo for sepultada a política externa da canalhice, uma das abjeções que tornam incomparavelmente repulsiva a era lulopetista. Evo Morales vai baixar a voz (ou emudecer de vez). E a Bolívia será tratada pelo Brasil como mais um grotão que teima em enxergar um enviado dos deuses incas onde existe apenas outro embusteiro autoritário destinado à lata de lixo da História.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes

domingo, 17 de maio de 2015

"Dilma, a Petrobras e o Titicaca"

Em mais um discurso cheio de som e fúria, a presidente Dilma Rousseff prometeu manter dois erros muito custosos da política do petróleo - a exigência de conteúdo nacional nos insumos e equipamentos e a participação da Petrobrás em todas as concessões. Os fãs da presidente podem, portanto, ficar sossegados, pois assim ela parece demonstrar coerência com o que prometeu na campanha pela reeleição. Dilma só descumpriu promessas eleitorais, aceitando um programa de ajuste das contas públicas, por incontornável necessidade. Mas nunca reconheceu a péssima gestão financeira de seu governo e continua atribuindo os males do Brasil a fatores externos. Com a mesma coerência perversa, insiste no equívoco de sobrecarregar a Petrobrás, dificultando o cumprimento de suas missões essenciais como empresa petrolífera e como instrumento da política energética.
Para começar, a estatal nem tem respeitado os índices de nacionalização impostos por lei, como admitiu seu novo presidente, Aldemir Bendine, em depoimento no Senado no fim de abril. Membros da antiga diretoria já haviam reconhecido esse fato, mas o governo jamais cuidou da questão com pragmatismo. Os limites da capacidade técnica e operacional dos fornecedores são só uma parte do problema. Também seria preciso dar atenção aos custos, sempre importantes e ainda mais no caso de uma empresa envolvida na complexa e caríssima exploração do pré-sal. Todo gasto além do necessário pode atrapalhar o plano de investimentos na verdadeira função estratégica da Petrobrás. A estatal foi convertida em instrumento da política industrial por iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso beneficiou alguns grupos empresariais, mas tem atrapalhado, claramente, a atividade essencial de uma petroleira.
Essa política incluiu a preferência a estaleiros nacionais na compra de navios-tanque e de sondas. Nunca se deveria esquecer a história do navio João Cândido, batizado por Lula e Dilma em maio de 2010 e recolhido imediatamente ao estaleiro, por incapacidade para navegar. O barco só foi para o mar dois anos mais tarde, depois de reparos demorados e custosos. A presidente Dilma Rousseff talvez tivesse na memória esse episódio, quando se referiu, no discurso de quinta-feira, aos problemas encontrados quando um país se dispõe a ser "pioneiro em uma indústria". Mas seria uma bobagem enorme e grotesca falar do Brasil como pioneiro na indústria naval, em 2010 ou agora. Foi temerário comprometer dinheiro público na Sete Brasil, criada para produzir sondas, hoje atolada em dívidas e incapaz de atender às encomendas.
Mas a mãe de todos os equívocos, no caso do conteúdo nacional, foi a confusão entre os objetivos da Petrobrás, com uma complicadíssima agenda de exploração, e as metas de uma política industrial. Foi um caso exemplar de incompetência administrativa. Além de atrapalhar a Petrobrás, também prejudicada pelo controle de preços, o governo foi incapaz de abrir uma nova etapa de desenvolvimento industrial, como prova a estagnação do setor, sem condições de competir e atolado em crise.
Da mesma forma, nada pode justificar a obrigação da Petrobrás de participar de todas as concessões. Não há dinheiro para isso. Esse dado é amplamente conhecido, mas a presidente Dilma Rousseff ainda parece desconhecê-lo. Sem se comprometer muito, o presidente Aldemir Bendine admitiu a incapacidade da empresa de participar de licitações pelo menos neste ano. Ele seria mais informativo se admitisse a incompatibilidade entre essa obrigação, os interesses da estatal e os objetivos nacionais na área energética. Com mais clareza, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, indicou em depoimento no Senado, em abril, possíveis mudanças na política de conteúdo nacional e no papel da Petrobrás como operadora no pré-sal.
A presidente, no entanto, mais uma vez se mostrou impermeável ao bom senso. Mas, pensando bem, ninguém deveria admirar-se. No mesmo discurso, ela explicou por que a Petrobrás foi premiada em recente evento internacional nos Estados Unidos: por "ter sido capaz de extrair petróleo de uma profundidade extremamente elevada". Profundidade elevada? Talvez no Lago Titicaca.
 
Fonte: O Estado de São Paulo - Editorial