Um dos alvos é o chefe do tráfico dos morros da região da Praça Seca
A Polícia Civil faz uma operação desde a madrugada desta segunda-feira
para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra seis
envolvidos no estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos no
Morro do Barão, na Praça Seca, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. A
ação é coordenada pela delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da
Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), e Ronaldo de Oliveira, diretor
do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).
Procurados pela polícia: (da esquerda para a direita): Sérgio Luiz da
Silva Junior, Marcelo Miranda da Cruz Correa, Raphael Assis Duarte Belo,
Michel Brasil da Silva, Lucas Perdomo Duarte Santos e Raí de Souza - Divulgação
Os agentes, com apoio de outras unidades da Polícia Civil, estiveram
em comunidades como a Cidade de Deus e Rola, além dos bairros do Recreio
dos Bandeirantes, Taquara e Praça Seca. Os procurados são Sérgio Luiz
da Silva Júnior, conhecido como Da Russa; Marcelo Miranda da Cruz
Correa; Raphael Assis Duarte Belo; Michel Brasil da Silva; Lucas Perdomo
Duarte Santos; e Raí de Souza. Da Russa é o chefe do tráfico do Morro
do Barão, na Praça Seca.
No domingo, o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, disse que o
laudo do exame de corpo de delito, que será divulgado nesta
segunda-feira, poderá surpreender. — Não há vestígio de sangue nenhum que se possa perceber pelas
imagens que foram registradas (um rapaz filmou a jovem nua,
desacordada). Eles (peritos) já estão antecipando, alinhando algumas
conclusões quanto ao emprego de violência, quanto à coleta de
espermatozoides, quanto a práticas sexuais que possam ter sido
praticadas com ela ou não. Então, o laudo vai trazer algumas respostas
que, de certa forma, vão contrariar o senso comum que vem sendo formado
por pessoas que sequer assistiram ao vídeo — disse Veloso.
Na noite deste domingo, a advogada Eloísa Samy informou que não está
mais atendendo a adolescente vítima de estupro. [essa advogada é uma baderneira, esteve inclusive envolvida com os bandidos 'black blocs' durante as passeadas, tendo sido até presa por vandalismo.] Eloísa orientava a jovem
desde o início do caso. Ela informou que a avó da jovem agradeceu o
trabalho e disse que a menina entraria para o Programa de Proteção a
Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM).
TROCA DE DELEGACIA
Após críticas envolvendo a investigação sobre o estupro da adolescente, a Polícia informou neste domingo que a delegada Cristiana Bento, da Dcav, assumiu a coordenação do inquérito,
que estava, até então, nas mãos do delegado Alessandro Thiers, titular
da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
A Polícia disse, em nota, que “a medida visa a evidenciar o caráter
protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar
futuros questionamentos de parcialidade no trabalho”. A nota acrescenta
ainda que a delegada Cristiana está analisando as provas colhidas até o
momento no inquérito policial, incluindo depoimentos e outras
diligências já realizadas, para definir os próximos passos da
investigação.
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Fonte: O Globo