Lewandowski adverte para risco de golpe, enquanto Mello constata que não há governo no Brasil em crise
[no Brasil não há risco de golpe; pode, e, se necessário, deve haver - e a necessidade já existe - é intervenção militar constitucional.]
A cúpula do
Judiciário brasileiro confirma que tem visões bem diferentes, até conflituosas,
sobre a dimensão da crise estrutural que afeta, negativamente, as instituições.
Enquanto o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, adverte
sobre o risco de um golpe institucional, outro experiente ministro e
ex-presidente da Corte Suprema, Marco Aurélio de Mello, reclama que não existe
governo no Brasil e denuncia que a crise tem origem na falta de harmonia entre
os poderes, principalmente o Executivo e o Legislativo.
Ricardo
Lewandowski só pode estar brincando seriamente ao pedir que o Brasil tenha
paciência durante os próximos três anos e não embarque no que chamou de golpe
institucional que, na visão dele, pode colocar em risco as instituições
democráticas. [o que coloca em risco o Brasil como NAÇÃO SOBERANA e destrói as instituições democráticas é Dilma Rousseff, a patroa do Lewandowski, permanecer mais três anos no poder; no poder não, já que ela não manda mais nada, apenas Lula manda e ela faz de conta que a ideia foi dela.] Lewandowski, amigo pessoal do chefão Lula, [ nomeado para o Supremo por influência da Marisa 'botox', esposa de Lula] palestrou a tese de
que "o STF não está se deixando envolver emocionalmente por estes percalços
que estamos vivendo".
Lewandowski
demonstrou, publicamente, o temor concreto de que possa ocorrer, no Brasil, um
movimento institucional mais brusco, no estilo do movimento militar de 1964. As
palavras dele foram claras: "Com toda franqueza, devemos esperar mais um
ano para as eleições municipais. Ganhe quem ganhe as eleições de 2016, nós
teremos uma nova distribuição de poder. Temos de ter a paciência de aguentar
mais três anos sem nenhum golpe institucional".
Na sequência
de tal pregação, a manifestação concreta de um medo: "Estes três anos
poderiam cobrar o preço de uma volta ao passado tenebroso de 30 anos. Devemos
ir devagar com o andor, no sentido de que as instituições estão reagindo bem e
não se deixando contaminar por esta cortina de fumaça que está sendo lançada
nos olhos de muitos brasileiros". Lewandowski citou que a crise atual
seria mais política que econômica e aproveitou para criticar o amadorismo dos
congressistas em investigar, diante de inúmeras CPIs infrutíferas.
O argumento de
Lewandowski beira o mais puro besteirol. A crise brasileira é estrutural - e
não conjuntural -, como ele, a Presidenta Dilma Rousseff e muitos outros
governistas sem visão cometem um gritante erro de avaliação. Da mesma forma,
como pode o supremo magistrado afirmar, erroneamente, que "as instituições
estão reagindo bem à crise"? Tanto não estão, na maior crise institucional
nunca antes vista na História do Brasil, que Lewandowski se vê forçado (por
amigos ou pela pressão das circunstâncias) a alertar para "o risco de
golpe". Tal golpe já foi dado pelos integrantes do desgoverno do crime
organizado que promovem o Estado de Ilegalidade no Brasil. Brinca não,
ministro...
Se Lewandowski exagerou na dose da defesa da gestão da Dilma, o
ministro Marco Aurélio Mello deve ter deixado a impopular Presidenta muito pt
da vida: "Precisamos reconhecer, com desassombro, que hoje não há governo
no Brasil. Não se consegue tocar medidas econômica e financeiras indispensáveis
à suplantação da crise mais séria, que é econômica e financeira. Precisamos
deixar os interesses políticos paroquiais em segundo plano". Mello deu
suas cutucadas no Insper, em São Paulo, durante palestra sobre "liberdade
de expressão".
Marco Aurélio fuzilou o principal instrumento usado pelo
desgoverno petista para fazer demagogia e se perpetuar no poder, enquanto se
descuida da explosão demográfica: "Em 1970, a população brasileira era de
90 milhões e desde então aumentou 128%. Saúde, educação e mercado de trabalho
não aumentaram nesta porcentagem. E aí surge a confusão e grassa a pobreza e a
delinquência de toda ordem. Se disse muito nesses últimos 12 anos que é preciso
incrementar as bolsas, as diversas bolsas e benesses. Ledo engano: a correção
de rumos não está aí. As bolsas acabam provocando um aumento populacional e
causar um desequilíbrio ainda maior. Mais do que isso, se não voltamos os olhos
para criar oportunidades para os jovens, com as bolsas, acabamos criando uma
casta de acomodados".
No confronto de visões conflitantes entre dois experientes
ministros do Supremo Tribunal Federal, enquanto somos obrigados a suportar
instituições em desacerto e descontrole, fica valendo a perguntinha provocativa
que este Alerta Total fez em um artigo recente: Judiciário, cadê você?
Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão