J. R. Guzzo
Arrecadação dos impostos federais prova de que a economia brasileira voltou crescer, mas classes que tomam as decisões nem notaram o que está acontecendo: continuam falando das ‘ameaças à democracia’
Muito longe das importantíssimas preocupações do Brasil oficial de hoje, que vão e voltam entre a “CPI” da Covid e o último manifesto à nação do senador Renan Calheiros, do novo regime “semipresidencialista” à nova variante “Delta” do vírus chinês, mal se registrou um desses fatos da vida real que a mídia, a classe política e a elite meia-boca desse País acham insignificante – a arrecadação dos impostos federais, neste último mês de junho, passou dos R$ 135 bilhões, um aumento de quase 50% sobre junho de 2020. Há exatos 10 anos, desde 2011, não havia tanto dinheiro no mês de junho.
O resultado é tão forte que o Ministério da Economia liberou para todos os outros ministérios o uso das verbas que estavam retidas, pelas pressões de uma economia em covid. É, simplesmente, uma mudança fundamental de rumos – se o Estado voltou a arrecadar a níveis recorde, eis a prova de que a economia brasileira voltou a produzir, a vender e a crescer. Mas as classes que tomam as decisões nem notaram o que está acontecendo; continuam falando das “ameaças à democracia”, etc. etc. etc. ou, então, dizendo que esses números podem ser uma “bolha sazonal” e não significam coisa nenhuma. É um disparate.
Qual a importância de tudo isso para a Frente Unida da Covid, do Impeachment, do Genocídio, do “Roubo de “Vacinas”, dos “Atos antidemocráticos”, do Voto Eletrônico Para Sempre e outras questões que eles acham fundamentais para o Brasil? Zero sobre zero.
J.R.Guzzo, colunista - O Estado de S.Paulo