A presença do presidente do Supremo, Dias Toffoli, num encontro do
Conselho de Ministros Evangélicos, no Rio de Janeiro, causou grande incômodo em
ministros de tribunais superiores. O blog conversou com dois colegas de
Toffoli. Um deles, do STJ, declarou-se "chocado". Outro, do próprio
Supremo, disse ter ficado "pasmado".
Também estiveram no encontro
Jair Bolsonaro e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Os dois ministros
realçaram que um dos organizadores do evento, o pastor Silas Malafaia, é
investigado pela Polícia Federal na Operação Timóteo. Ele é suspeito de ceder
contas bancárias de instituição religiosa sob sua influência para um esquema de
cobranças judiciais supostamente fraudulentas de royalties da exploração
mineral. Malafaia nega as acusações. Para os colegas, Toffoli constrangeu o
Judiciário ao encostar sua autoridade de presidente do Supremo nas pendências
judiciais de Malafaia. "Para além do caráter religioso, esse encontro foi
um evento político", disse o ministro do STJ. "E o Toffoli estava lá.
A pergunta que todos estão se fazendo é: Por quê?"
Ao discursar,
Toffoli enalteceu os evangélicos: "Após momentos tão difíceis nos últimos
quatro, cinco anos, com crise econômica agudíssima, com decréscimo do PIB,
afetando principalmente as periferias, lá onde até o Estado não está muitas
vezes, está uma igreja evangélica", afirmou. "Nada contra os
evangélicos", disse um dos críticos de Toffoli. "Mas desconheço
precedente em que um presidente do Supremo tenha comparecido e discursado numa
assembléia da CNBB, num evento de umbandistas ou numa conferência de espíritas.
Isso é inteiramente inadequado. Imagine se um presidente da Suprema Corte
americana ou de qualquer país digno de admiração se prestaria a um papel
desses.
É constrangedor."
A presença do
presidente do Supremo, Dias Toffoli, num encontro do Conselho de
Ministros Evangélicos, no Rio de Janeiro, causou grande incômodo em
ministros de tribunais superiores. O blog conversou com dois colegas de
Toffoli. Um deles, do STJ, declarou-se "chocado". Outro, do próprio
Supremo, disse ter ficado "pasmado". Também estiveram no encontro Jair
Bolsonaro e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Os dois ministros
realçaram que um dos organizadores do evento, o pastor Silas Malafaia, é
investigado pela Polícia Federal na Operação Timóteo. Ele é suspeito de
ceder contas bancárias de instituição religiosa sob sua influência para
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