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domingo, 11 de janeiro de 2015

Ministério testa habilidade política de Dilma

Equipe do segundo mandato repete contornos do primeiro governo Lula, com força antagônicas e em choque. 

A presidente terá de administrar conflitos

O método com que Dilma Rousseff preencheu os 39 postos de seu faraônico ministério foi, na essência, o de sempre sob o lulopetismo. Os cargos terminaram retalhados entre os principais partidos da eclética base do governo, na obtenção de apoio em troca de vagas e verbas públicas, puro fisiologismo. E, como ocorreu na gestão de Lula, partes da equipe estarão em estado de tensão constante, devido a diferenças profundas de visões entre alguns ministros. Disso resultará para a presidente o desafio da mediação política. Fácil para o presidente Lula, difícil para Dilma, devido às características pessoais de cada um. 

No primeiro mandato, não houve conflitos desse tipo, pois Dilma saciou os “nacional-desenvolvimentistas” do PT, ideologia que professa. Com um Guido Mantega e um Alexandre Tombini disciplinados, pôde exercitar o experimentalismo com o “novo marco macroeconômico”.  Não deu certo, e, no segundo mandato, teve de ceder não se sabe até quando — a condução da economia a um “fiscalista”, o ministro da Fazenda Joaquim Levy, tantos foram os problemas criados pelo “novo marco”inflação, déficit externo etc

Há pouco mais de doze anos, como o medo do PT no Planalto provocou uma corrida contra o real, o ainda candidato Lula não só se comprometeu formalmente a não quebrar contratos, por meio da Carta ao Povo Brasileiro, como assumiu nomeando para o BC o deputado eleito tucano Henrique Meirelles, havia pouco tempo saído da presidência de um banco globalizado, o BankBoston. Suprema heresia. Meirelles fez dupla com o hábil médico petista Antonio Palocci, ministro da Fazenda, enquanto Joaquim Levy, o ministro atual, cuidava de fechar guichês na Secretaria do Tesouro. E fizeram o ajuste de que a economia necessitava. 

Dilma deve torcer para que o mesmo se repita. Mas os decibéis dos conflitos talvez sejam mais elevados, a julgar pelo primeiro choque, logo em discursos de posse. O petista Patrus Ananias, católico de esquerda, ministro de Lula responsável pelo Bolsa Família, assumiu o Ministério do Desenvolvimento Agrário, reservado pelo PT a aliados do MST e similares. Assumiu atirando na ideia de que “não há mais latifúndios”, defendida pela colega Kátia Abreu, da Agricultura, senadora pelo PMDB de Tocantins. Patrus prefere relativizar o direito de propriedade, ao se alinhar à tese conhecida da “função social da terra”.[Patrus, a única terra que tem função social é a dos cemitérios, já que aceita qualquer tipo de cadáver; tentar impor função social na terra que é propriedade dos outros pode não ser saudável.]

Pelo menos a senadora terá de ser administrada pela própria Dilma, porque o PMDB credita a nomeação da líder do agronegócio à conta pessoal da presidente. Ter no mesmo ministério o agronegócio e prepostos do MST é um truque lulopetista para governar na divisão, com diversas forças políticas, antagônicas, representadas. Funcionou com Lula enquanto o mundo crescia de forma sincronizada. Sem ele e numa conjuntura global diferente, não se sabe o que acontecerá. Mas, até mesmo por isso e, como se viu no primeiro mandato de Lula, o ajuste precisa ser feito.

Fonte: Editorial - O Globo 
 

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

MST + Patrux Ananias x Kátia Abreu = dividir a miséria

Derrubar cercas

Patrus diverge de Kátia Abreu e diz que reforma agrária desafia o País

Com discurso oposto ao da nova ministra da Agricultura, titular do Desenvolvimento Agrário fala em 'derrubar cercas de latifúndios' e diz que direito de propriedade não pode ser 'inquestionável'

Diante de uma plateia lotada, composta por autoridades e movimentos sociais, o ministro Patrus Ananias assumiu nesta terça-feira, 6, o comando do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em Brasília. Em seu discurso, prometeu compromisso com o avanço da reforma agrária e se mostrou disposto a debater o direito à propriedade, que, segundo ele, não pode ser "inquestionável".

"Não se trata de negar o direito de propriedade, uma conquista histórica e civilizatória. E sim de adequar o direito de propriedade aos outros direitos fundamentais", afirmou. "O direito de propriedade não pode ser, em nosso tempo, inquestionável, que prevalece sobre os demais direitos", complementou. O novo ministro reconhece que o tema "desperta polêmicas" e, por isso, diz que a discussão deve envolver o Congresso, o Poder Judiciário e movimentos sociais. "Passa pelo Congresso, pelo Poder Judiciário, Ministério Público. Passa sobretudo pela sociedade, pelos meios de comunicação e pelos movimentos sociais. No limite, é uma escolha feita pela própria sociedade", afirmou. [esse tal de Patrus na realidade defende o direito de propriedade de um prisma muito comunista: tomar de quem tem e dar para os que não tem e assim todos ficam proprietários de nada = divisão da miséria.]
 
O discurso de Patrus vai em direção contrária ao posicionamento defendido pela nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Ligada ao setor ruralista, a ex-senadora, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, argumentou que não existem mais latifúndios no Brasil e que a reforma agrária pode ser "pontual" e não "em massa". A nova titular não compareceu à cerimônia. Já Patrus esteve na transmissão do cargo de Kátia, nessa segunda.
 
O novo ministro assume a pasta no lugar de Miguel Rossetto, que já tomou posse na Secretaria-Geral da Presidência da República. Ex-ministro do Desenvolvimento Social no governo Lula e responsável pela implantação do programa Bolsa Família, Patrus recorreu à Constituição Federal e ao Papa Francisco para justificar seu posicionamento em favor da "função social da terra" e da democratização do acesso aos bens e direitos. Para ele, as reformas agrária e urbana "desafiam" o País.
 
"Ignorar ou negar a permanência da desigualdade e a injustiça é uma forma de perpetuá-las. Por isso não basta derrubar as cercas dos latifúndios, mas derrubar as cercas que nos limitam a uma visão individualista e excludente do processo social", complementou. [até os dedos das mãos são desiguais, diferentes. A desigualdade sempre existiu, continua existindo e deve sempre existir.]
 
Prioridades
A exemplo do pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, no dia 1º, o novo ministro prometeu dialogar com os movimentos sociais. Além de programas relacionados à reforma agrária e à agricultura familiar, Patrus destacou entre suas prioridades à frente da pasta a implantação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).
 
A menção à estatal de inovação no campo, criada em 2013 pela presidente Dilma Rousseff, com a missão de oferecer assessoria técnica ao agricultor de pequeno porte, coloca Patrus em rota de colisão com a nova titular da Agricultura, Kátia Abreu. 
 Kátia Abreu sinalizou ontem, durante seu discurso de posse, que a Anater terá importante na sua pasta para “dobrar a classe média rural em quatro anos”. Ela destacou estatal como fundamental para promover uma “revolução do conhecimento no campo”. “Iremos de porteira em porteira para encontrar essas pessoas”, disse.

Fonte: Agência Estado