Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Cleriston
estava preso há quase onze meses no presídio da Papuda,sem julgamento,
por força de uma prisão preventiva que nunca foi encerrada. Precisava
de cuidados médicos urgentes, com internação em hospital, pelo menos
desde o fim de fevereiro; uma médica de Brasília, em laudo oficial,
informou à autoridade, no dia 27 daquele mês, que o preso corria “risco de morte” se continuasse na prisão.
Seu advogado, com base nesse atestado, pediu que fosse liberado para
fazer tratamento urgente de saúde. O próprio Ministério Público, enfim,
pediu no dia 1º. de setembro a soltura de Cleriston, alarmado com a
deterioração do seu estado de saúde.
O relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes,
ignorou o laudo, o pedido da defesa e a solicitação do MP.
Na última
segunda-feira, aos 45 anos de idade e com duas filhas, Cleriston morreu
no pátio da Papuda.
Existe
algo profundamente errado numa sociedade quando um cidadão morre num
cárcere da Suprema Corte de justiça. Ela não poderia ter cárcere nenhum,
nem estar envolvida, nunca, num episódio como esse.
Mas o STF se tornou
responsável pela gestão do Código Penal, comanda o processo de cidadãos
que legalmente não pode processar e decide se um preso tem ou não tem
problemas de saúde – ou se deve ou não ir para o hospital. Fica também
responsável, aí, pela sobrevivência física dos seus presos, como se
fosse uma diretoria de presídio.
Como
poderia ser diferente?
A única pessoa no mundo que pode tomar qualquer
decisão sobre os mais de 1.000 réus do quebra-quebra de janeiro,
transformado pelo STF em “tentativa de golpe de Estado”, é o ministro
Alexandre de Moraes – nem o Papa Francisco pode fazer alguma coisa a
respeito.
O resultado obrigatório de uma situação dessas é que a culpa
por tudo o que acontecer de errado com qualquer pessoa sob a sua
custódia vai ser unicamente do STF, sempre.
É uma aberração – a mais
chocante que o Poder Judiciário já impôs ao Brasil.
A
tentativa de defesa do STF neste caso é mais um rompimento flagrante
com o raciocínio lógico – algo que se tornou comum, aliás, no julgamento
das perturbações que o Supremo vem causando há anos na ordem do país.
Os argumentos, basicamente, se resumem a sustentar que a culpa pela
morte de Cleriston é do próprio Cleriston.
Ao participar dos “atos
golpistas” - coisa jamais demonstrada, pois ele nunca chegou a ser
julgado – a vítima “assumiu os riscos” de morrer na prisão.
Como
assim? Cleriston não morreu por ter sido acusado de tomar parte na
baderna de Brasília, ou porque foi preso.
Morreu porque o STF não deixou
que ele saísse da cadeia para fazer tratamento médico indispensável.
Também não estava pedindo privilégio nenhum: bicicleta ergométrica
privada, menu especial, home theater na cela, nada disso.
Só
queria ir para o hospital, com base num laudo médico oficial- o que era
seu direito e obrigação dos carcereiros.
Alexandre de Moraes não deu
permissão; ninguém mais poderia ter dado, no mecanismo de demência
criado no Brasil de hoje pelo STF.
A
sociedade brasileira está tomadapor uma doença séria – a convicção de
que os “bolsonaristas” não são seres humanos, ou cidadãos como os
demais, e, portanto, não devem ter direitos civis.
Ninguém diz que é
assim, mas é exatamente assim que muita gente pensa, e é com essas
crenças que age. A própria palavra foi transformada num insulto. No caso
de Cleriston, o procedimento-padrão foi dizer: “Morreu um
bolsonarista”. Não morreu um cidadão brasileiro a quem o STF estava
obrigado a prestar atendimento médico de emergência.
Foi só mais um
“bolsonarista”, ou “fascista”, ou “golpista”. Aí vale tudo, e nada está
errado. Um país que aceita como normal esse tipo de deformação está, de
fato, precisando de tratamento urgente.
Lula agora quer devolver, simbolicamente, o mandato presidencial de Dilma, destituída em 2016.| Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert
Como fazem o tempo todo, Lula, o PT e a esquerda em geral estão querendo, mais uma vez, transformar a História do Brasil num despacho a ser publicado no Diário Oficial da União.
O
que vale não tem nada a ver com o que aconteceu na vida real. Para o
presidente e seu “sistema”,história é unicamente aquilo que o governo
conta, como manda fazer o catecismo básico das ditaduras – desde a Rússiade Stalin até essas cópias bananeiras que há na Venezuela, Nicarágua, Cuba e coisas parecidas.
A fraude da vez é a anulação do impeachment deDilma Rousseff, deposta da Presidência da República por ter praticado crime de responsabilidade. No mundo dos fatos, adecisão foi tomada livremente, e com a supervisão do STF,
pelos votos de 367 deputados federais contra 157, e de 55 senadores
contra 22; foi uma das maiorias mais arrasadoras que já se formou no Congresso Nacional. No mundo do “Sistema L”, Dilma sofreu um “golpe de Estado”.
O
projeto é fabricar uma decisão “oficial” qualquer declarando que o
impeachment não existiu, ou que a decisão do Congresso foi “ilegal”.
Essa ficção vem sendo sustentada há sete anos pela esquerda nacional, estrelas de Hollywood, ou pelo menos do Projac, e o papa Francisco.
É como dizer que Pilatos foi condenado por Jesus Cristo, mas a regra
deles é essa mesmo: diante de qualquer crime cometido pelo nosso lado,
temos de inventar que toda a culpa é de quem aplicou a lei contra nós.
Querem cassar o juiz que condenou Lula por corrupção passiva e lavagem
de dinheiro. Não apenas livraram todos os milionários corruptos que
confessaram seus crimes e devolveram dinheiro roubado – agora querem
abrir de novo o Tesouro Nacional para eles.
Nessa balada, é claro, vão criar um passado novinho em folha para o próprio Lula.
Dilma
Rousseff se transformou numa ideia fixa para a esquerda brasileira em
geral e para Lula em particular. O presidente se refere sistematicamente
a uma decisão constitucional do Poder Legislativo deste país,
plenamente sancionada pelo STF, como um “golpe” – como se ela fosse uma reencarnação de João Goulart, ou algo assim.
No
mundo de Lula e do PT, naturalmente, não se perde viagem – assim que
algum peixe gordo recebe o selo de mártir, ganha junto a entrada para o
paraíso do Erário Público. Dilma já levou a sua:um emprego na
presidência do Banco dos “BRICS”, com pelo menos 300.000 dólares de
salário anual, na vez de o Brasil indicar o ocupante do cargo.
É
um fenômeno: a capacidade real de Dilma para administrar um banco é a
mesma que teria para guiar uma nave espacial.
Não vão deixar que decida
nada de relevante, é claro, mas os 300.000 estão garantidos. Só que isso
ainda não está bom – o projeto, agora, é fabricar uma decisão “oficial”
qualquer declarando que o impeachment não existiu, ou que a decisão do Congresso foi “ilegal”, ou alguma outra miragem da mesma família.
Nessa
balada, é claro, vão criar um passado novinho em folha para o próprio
Lula. A ideia é eliminar os fatos e ficar socando em cima da população a
doutrina suprema da sociedade PT-Rede Globo:“O senhor não deve nada à
justiça”. História, para o “campo democrático”, é isso.
Eles não plantam nem colhem, mas comem. E falam mal do agro - Foto: Michel Willian/Arquivo/Gazeta do Povo
Nesta segunda-feira (1.º) abre a maior feira de tecnologia do agro, em Ribeirão Preto. Oitocentos expositores e centenas de milhares de visitantes esperados.
O crescimento do agro no Brasil, a explosão do agro, teve duas causas. Uma:construção de Brasília, que trouxe o Brasil do litoral para o Grande Centro-Oeste.E a outra foi a tecnologia que foi aplicada numa agricultura tropical, porque a agricultura era de país temperado.
A agricultura tropical deu certo. E hoje somos campeões do mundo em produção de grãos, de carne, de proteínas de proteínas nobres, de carboidratos,enfim, um sucesso, graças à tecnologia, graças ao agro.
E está cheio de gente que tem preconceito contra o agro. Eu faço um certo plágio de Mateus:eles não plantam nem colhem, mas comem – e falam mal do agro.
Pois, com esse preconceito, acabou que a direção do Agrishow cancelou a sua solenidade de abertura. Vai abrir e vai começar assim, por quê? Porque parece que tem gente que só fala em diversidade. Mas na hora da prática da diversidade, não vai.
Como assim, não pode o ministro da Agricultura de Lula conviver com o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro?
E sendo que o ministro foi presidente da Aprosoja, a maior associação de produtores de grãos deste país, ele próprio é produtor rural de Mato Grosso, Carlos Fávaro.
Ah, vão cobrar dele sobre o MST? Não vão não, ele está contra as invasões. Quem está a favor das invasões é o presidente da República – e a favor do MST. Então foi noticiário preconceituoso que causou essa fofoca. Bolsonaro chegou ontem a Ribeirão Preto, teve recepção calorosa, foi uma indicação de volta dele aos braços do povo, quatro meses depois.
O primeiro evento público que se viu foi no aeroporto, recebido pelo povo, pelo governador Tarcísio. [saibam que enquanto o presidente petista concedeu aumento de R$ 18,00 ao salário minimo (resultando a partir de hoje em R$ 1.320,00)o Governador Tarcisio reajustou o salário mínimo de São Paulo para R$1,550,00;
Relaxem pois vem mais coisa ruim e vai doer mais - afinal o Lula, apesar do Biden, diz ter tesão de de jovem de 20 anos.]
E o ministro da Agricultura dizendo que não foi, que foi desconvidado. Não foi, a direção do Agrishow reafirmou o convite.
Ele não foi talvez preocupado que o presidente da República achasse que ele estava do lado de Bolsonaro, talvez tenha sido isso.
Porque diversidade é isso, é juntar os diferentes.
Agora, no fundo, é o preconceito né, principalmente entre meus coleguinhas.
Que não plantam nem colhem, mas comem.
Papa Francisco disse que ideologia do gênero é a mais perigosa das colonizações ideológicas
Eu queria salientar aqui o que eu ouvi do papa Francisco em Budapeste, Hungria, no sábado.
Ele falou que a ideologia do gênero é a mais perigosa das colonizações ideológicas, porque pretende tirar as diferenças, as belíssimas diferenças entre homens e mulheres.
Falou defendendo a vida contra o aborto, e falou em defesa dos valores da família.
Falou para a juventude em Budapeste, fazendo um apelo para que os jovens de todo mundo se dirijam, convirjam a Lisboa, onde vai ser realizado mais um encontro mundial anual da juventude.
Censura nas redes sociais: poderosos que tinham monopólio descobriram que o povo ganhou voz E sobre censura nas redes sociais, os poderosos que tinham um monopólio da voz agora descobriram que o povo ganhou o voz com as redes sociais.
Agora todo mundo tem voz. Todo mundo tem uma voz universal, que vai para toda parte. E os poderosos que dominavam o povo pelo monopólio, de serem os poucos que têm voz, estão querendo censura.
Só que a Constituição impede. Artigo 220. Veda a censura em qualquer plataforma, ideológica, artística, política. É vedado, não pode.
Felizmente bancadas estão se manifestando. A bancada evangélica já se manifestou contra, a Associação de Juristas Conservadores também, mostrando a lei, mostrando a Constituição.
Eu sei que tem muita gente que deveria ser guardiã da Constituição e passa por cima dela, aproveita-se da proximidade para fazer uma Constituição própria. Isso é terrível para o país.
Em entrevista que foi ao ar na última quinta-feira, o Papa Francisco questionou a condenação de Lula, dizendo que não existiam provas contra ele. O trecho com pouco mais de três minutos sobre o assunto, um dos tópicos de uma longa entrevista, pode ser conferido a partir do minuto 40. O papa Francisco é uma das principais lideranças cristãs e religiosas do mundo. Neste artigo, para além de expressar meu profundo respeito ao papa, apresento as informações que o papa não conhecia ao fazer seu comentário.
Primeiro, ser cristão e discípulo de Jesus me faz nutrir um profundo respeito pelo Papa. Eu me esforço para aprender diariamente com Jesus, meu maior mestre e inspiração. Busco fortalecer minha fé e minha prática todos os dias com exame de consciência, oração e leitura espiritual.
Jesus me ensinou que o propósito central da vida é amar a Deus e ao próximo. E foi por amor que entrei na Lava Jato e trabalhei manhãs, tardes e noites, com dedicação incansável e permanecendo firme mesmo diante de ameaças, ataques e retaliações.
Quem acha que meu objetivo na Lava Jato era prender pessoas está enganado.
Meu propósito sempre foi defender os brasileiros que sofrem com o desvio de dinheiro público: com mortes em hospitais, uma educação pobre, falta de segurança e poucas oportunidades. Ao lutar por justiça, meu combustível sempre foi a compaixão.
Compaixão e indignação são duas faces da mesma moeda.
Foi por compaixão que Jesus expressou sua indignação contra a corrupção dos governantes, virando as mesas do templo, o centro do governo judaico, por ter se transformado num covil de ladrões. Essa foi a única vez que a Bíblia descreve Jesus usando a força física contra a injustiça.
E foi por amor que entrei na Lava Jato e trabalhei manhãs, tardes e noites, com dedicação incansável e permanecendo firme mesmo diante de ameaças, ataques e retaliações
O primeiro grande opositor da corrupção política brasileira foi um cristão, padre Antônio Vieira. Ele foi muito corajoso em confrontar os governantes corruptos brasileiros, debaixo do risco de vinganças e retaliações. Para ele, a corrupção era a origem das nossas doenças e o verdadeiro ladrão não era o de galinhas, mas o governante que roubava e despojava os povos.
A dor desses povos despojados, especialmente dos pobres, faz pulsar o coração de muitos cristãos como o do papa Francisco. Quando foi escolhido para ser o novo papa, dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, abraçou-o e disse “não se esqueça dos pobres”. Como o papa conta, esse se tornou o seu sonho, o de uma igreja que cuide dos pobres, o que foi a razão da escolha de seu nome papal, inspirado na vida de Francisco de Assis.
O cuidado dos pobres passa necessariamente pelo combate à corrupção.
Políticos corruptos que sequestram o Estado usurpam os direitos de todos, mas quem mais sofre com isso são os pobres, justamente por dependerem mais dos serviços estatais de saúde, educação e segurança. Petrolão e Mensalão tiravam o dinheiro do povo que corria para farras de guardanapos, contas no exterior, malas em apartamentos, festas e triplex. É uma ilusão achar que quem rouba o país cuida dos pobres.
Justamente por isso o próprio papa Francisco afirmou, em 2017, que “a corrupção deve ser combatida com força. É um mal baseado na idolatria do dinheiro que fere a dignidade humana”. Em 2021, ele endureceu as regras contra a corrupção no próprio Vaticano.
No ano passado, o papa sublinhou que os cristãos não podem ser indiferentes à corrupção num mundo cheio de “condutas desonestas, políticas injustas e egoísmos que dominam as escolhas dos indivíduos e das instituições”. Somos chamados a fazer o bem, disse ele. Eu não poderia concordar mais.
Tendo expressado meu imenso respeito ao papa e que compartilho dos mesmos valores e princípios bíblicos que levam os cristãos a lutar contra a corrupção, devo dizer: o que existiu contra Lula foi um processo correto que fez valer a lei contra a corrupção, porque encontrou um caminhão de provas de que Lula era culpado de um esquema de desvios e lavagem de dinheiro.
Eu tenho certeza absoluta de que não foram levadas ao papa Francisco todas as informações que constam nas acusações e condenações, por isso vou retratar um pouco do conteúdo da Lava Jato que é de conhecimento público, mas é essencial para entender o caso Lula.
Acredito que não contaram ao papa que há provas do desvio de dezenas de bilhões de reais da Petrobras e de outros órgãos e ministérios por parte de pessoas nomeadas diretamente por Lula, que criminosos confessos devolveram 15 bilhões de reais e que as empreiteiras beneficiadas nos esquemas deram benefícios milionários para Lula.
Creio que o papa não soube, por exemplo, das adulterações documentais e provas que demonstraram, segundo a Justiça, que o triplex foi dado pela OAS para Lula como contrapartida de benefícios que este concedeu à empreiteira quando era presidente. Aposto que o papa não sabe, ainda, que a empreiteira OAS colocou cozinhas caríssimas no triplex e no sítio usados por Lula sem cobrar um real por isso de ninguém.
Será que informaram o papa de que as empreiteiras que investiram milhõesna reforma do triplex e do sítio usado por Lula não faziam esse tipo de serviço pequeno para ninguém, mas sim construíam grandes obras de engenharia como pontes, usinas e estradas?
Soube o papa que as condenações de Lula mostraram que o dinheiro para essas obras que beneficiaram Lula não saiu do seu bolso, mas foram pagas por meio de obras cartelizadas, superfaturadas ou irregularmente concedidas pelo governo petista?
Contaram para o papa que havia planilha para controlar os valores das propinas devidas e pagas ao governo?
Será que o papa sabe que Lula e seu partido jamais expulsaram José Dirceu, que era braço direito de Lula quando o esquema de corrupção Mensalão aconteceu e foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, não só no Mensalão, mas também na Lava Jato?
Será que o papa sabe que Lula elogiou recentemente Dirceu no aniversário do Partido dos Trabalhadores, como se fosse um político modelo?
Talvez não tenham contado ao papa que o apartamento do lado de onde Lula morava em São Bernardo do Campo foi comprado com dinheiro da Odebrecht e que ele quebrou a parede e passou a usar o apartamento como seu, conforme o Ministério Público apontou no terceiro processo contra Lula.
Creio que o papa não soube, por exemplo, das adulterações documentais e provas que demonstraram, segundo a Justiça, que o triplex foi dado pela OAS para Lula como contrapartida de benefícios que este concedeu à empreiteira quando era presidente
Será que contaram ao papa que mais de duzentos criminosos confessaram seus crimes e devolveram valores que variaram entre poucos milhões até bilhões? Que um gerente da Petrobras e um ex-governador do Rio tinham 100 milhões de dólares cada em contas no exterior?
Será que o papa soube que dezessete empreiteiras reconheceram seus crimes, incluindo as que pagaram propinas a Lula, como a OAS que assinou acordo no valor de 1,9 bilhão de reais, e a Odebrecht que se comprometeu a devolver 2,7 bilhões de reais? E tomou conhecimento de que esse trabalho envolveu centenas de agentes públicos?
É importante contar para o papa que os processos contra Lula não foram uma armação. Foram movidos por um conjunto de quinze a vinte procuradores só na primeira instância, todos concursados, com grande experiência e respeitados pelos trabalhos que fizeram ao longo de sua história no Ministério Público.
E será que o papa sabe que vários desses procuradores que acusaram Lula e pediram sua condenação por crimes haviam votado em Lula, mas apresentaram a acusação para cumprir o seu dever com a verdade e a justiça? Será que o papa tem conhecimento de que dentre os procuradores havia vários progressistas?
Acredito que não relataram ao papa que Lula não foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro apenas por Moro, mas também por outra juíza, a Gabriela Hardt. E será que tem conhecimento de que quatro desembargadores mantiveram as condenações e de que quatro Ministros do Superior Tribunal de Justiça já haviam confirmado a primeira delas?
Será que o papa sabe que o Supremo Tribunal Federal não absolveu Lula nem analisou o mérito do seu caso,mas anulou o processo por questões formais, em uma decisão de 7 votos contra 4? E será que tomou conhecimento de que, dentre os 7 ministros vitoriosos, 4 foram nomeados pelo próprio Lula?
Papa Francisco é uma pessoa boa, correta e tenho certeza de que não sabe disso tudo. Na disputa de narrativas, as pessoas sofrem a influência de quem grita mais e mais alto. Lula e o PT sabem que uma mentira gritada mil vezes vira “verdade” e conseguiram iludir muita gente – até o papa.
E se você ficou chateado e quer parar de ir à igreja por conta disso, você está errado. Primeiro, porque a solução é outra: a disseminação das informações verdadeiras e o exercício da cidadania. O próprio papa disse em 2013 que “devemos estar sempre em guarda contra o engano”.
Segundo, porque a razão que nos une em igreja não é uma discussão sobre um caso criminal, mas o compromisso último da existência, a nossa fé em Cristo. O que nos une em igreja no fundo não são pessoas, mas Deus.
Meu propósito é amar e servir a Deus e aos homens, fazendo o meu melhor.
Acredito no amor, na compaixão, na indignação santa e na justiça.
Por isso, seguirei lutando com perseverança e com todas as forças pelo que eu amo e acredito, levando informações a todos para que o bem, a verdade e a justiça possam, no fim, prevalecer.
"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.
Comunista? [Aqui no Blog Prontidão Total, um Blog político, temos a norma de envidar todos os esforços quando algum tema busca criar confusão sobre a Igreja Católica Apostólica Romana. O comunismo é incompatível com o Catolicismo, sendo calúnia mais que ofensiva, desprezível, a mais leve insinuação do tipo. Mais abaixo nos estenderemos sobre o assunto.] O Papa Francisco não é um oráculo das coisas mundanas.
De acordo com o Google Trends, os assuntos do fim de semana foram o Dia do Autismo, os jogos do Ajax e da Lazio, o pai de não-sei-quem falando sobre o bissexualismo do filho, a corrida de stock car e, last but not least, a presença de Jack Black na estreia do filme Super Mario Bros.
Ao meu redor, porém, o assunto mais discutido foi outro: as declarações do Papa Francisco sobre Lula e Dilma.
Você já sabe, mas que fique registrado para a posteridade: antes de ser internado por problemas respiratórios, o Papa Francisco, 266º homem a assumir o Trono de São Pedro, deu uma entrevista na qual declarou que Lula foi condenado sem provas e que Dilma Rousseff tem“as mãos limpas”. Não sei a quantas anda a higiene da ex-presidente, mas sobre a primeira afirmação agradeço ao Papa pela oportunidade de poder repetir que Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. E hoje está lá, todo pimpão, presidindo o Brasil.
Diante das palavras do Sumo Pontífice para uma rede de TV argentina, a reação variou entre “o Papa é comunista” e “o Papa é muito comunista”. Sendo o comunismo incompatível com a Doutrina Católica, é um tanto quanto surpreendente que tantas pessoas, como o filho de Noé, tenham corrido para acusar a nudez do pai. Isto é, que tenham se apressado em pregar nas costas do Papa o martelo e a foice escarlates.
Outros foram além e de suas mentes soberbamente criativas pulularam teorias segundo as quais o Papa é, no mínimo, o anticristo. No máximo, um infiltrado de George Soros cuja missão é nada mais nada menos do que destruir a Igreja por dentro. A necessidade de estar vivendo um momento histórico, definidor e de consequências imponderáveis é uma constante em nosso tempo. E olha eu aqui dando uma de filho de Noé apontando a nudez do pai.
Até onde consegui entender, a revolta e a ira nada santa se originam num equívoco:a de que a opinião do Papa sobre a prisão de Lula e a honestidade de Dilma Rousseff é de ouro. É a verdade inquestionável.
É, com efeito, um veredito maior do que o dado por Sergio Moro, TRF4 e STJ.
É uma opinião que representa não só a absolvição dos petistas; é praticamente uma concordância com os métodos dessa política corrupta que nós, infelizmente, conhecemos bem.
Mas me esclarecem os mais versados nesses assuntos eclesiásticos que não é nada disso. A infalibilidade do Papa se aplica apenas a questões de fé e moral. [Qualquer apreciação sobre um pronunciamento de Sua Santidade, o Papa Francisco, impõe que se diferencie, - como bem expõe, ainda que em apertada síntese, o nosso ilustre Polzonoff Jr., autor deste excelente Post - quando Sua Santidade se manifesta em situação de INFALIBILIDADE PAPAL,em manifestações "Ex-Cathedra" = quando o Papa fala definitivamente como Pastor Supremo da Igreja.
A INFALIBILIDADE PAPAL ocorre: "A infalibilidade se exerce quando o Romano Pontífice, em virtude da sua
autoridade de supremo Pastor da Igreja, ou o Colégio Episcopal em
comunhão com o Papa, sobretudo reunido num Concílio Ecumênico, proclamam
com ato definitivo uma doutrina referente à fé ou à moral, e também
quando o Papa e os bispos, em seu Magistério ordinário concordam em
propor uma doutrina como definida. A esses ensinamentos todo fiel deve
aderir com o obséquio da fé"(cf. Compêndio do Catecismo da Igreja
Católica, nº. 185).
Quando o Papa se manifesta de forma privada, ele tem uma opinião pessoal - certamente foi o caso da opinião pessoal em que criticou as punições impostas ao "ex-presidiário" e à "presidente escarrada."
No que diz respeito a assuntos mundanos – e nada mais mundano do que a política – o Papa Francisco é um homem comum, dado a conclusões equivocadas.Só não convém presumir má-fé. É a ignorância a que todos estamos sujeitos, dependendo da nossa fonte de informação.
Para além da contrariedade ideológica sem maiores consequências que não o prazer de se indignar, outra preocupação que notei nos interlocutores foi o efeito das palavras do Papa Francisco sobre os fieis. Claro que aqueles que meu amigo Marcio Campos chama de “coroinhas do Lula” usarão a opinião do Papa como argumento irrefutável da inocência dele; visão que tentarão impor aos demais.
Já os que hesitam na fé encontrarão nas palavras à toa, essas ou quaisquer outras de que discordem, uma justificativa para o afastamento.
Mas, como bem lembrou minha amiga Denise Dreschel, me preocupam mais aqueles que, perdidos num mundo marcado pela corrupção e violência de todos os tipos (sintomas do salve-se quem puder em que se transformaram as democracias liberais), buscam no Papa uma espécie de oráculo capaz de se imiscuir nas questões mundanas, ditando como os fieis devem se comportar em questões políticas e econômicas.
Não por acaso, esses me parecem os mais revoltados com as palavras do Papa Francisco.
Quanto a mim, sei que alguns leitores exigirão do cronista uma conclusão acachapante, de preferência com aforismo ou trocadilho dignos da imortalidade fugaz dos memes. E o mais rápido possível! Não quero, porém, ceder à tentação de atiçar humores indignados em troca de aplausos fáceis. Me restam, portanto, o registro(✓), a observação (✓) e a impressão de que vivo num mundo perigoso e hostil, ávido por reduzir o outro (até o Papa!) à sua porção ideológica e por transformar todas as relações numa guerra na qual são permitidos apenas os papéis de aliado ou de inimigo. Medo.
É preciso esfregar a constituição na cara de quem censura e na cara de quem se omite da obrigação de denunciar o desrespeito
A Nicarágua de Daniel
Ortega acaba de suspender relações com o Vaticano, porque o papa
comparou o regime de Ortega com o comunismo soviético e o nazismo de
Hitler."Ditaduras grosseiras" — postou o papa Francisco, sugerindo
"desequilíbrio" de Ortega. Imediatamente, o ditador mandou fechar a
Nunciatura Apostólica. A nota oficial nicaraguense anunciando a
suspensão usou palavras conhecidas por aqui: "Terrorismo golpista que
divulga notícias falsas". Na escalada totalitária, a primeira liberdade
que Ortega suprimiu foi a de expressão, antes de tirar as outras
liberdades. Assim fizeram Stálin e Hitler. Assim fazem todos os regimes
totalitários.
Os nossos constituintes de
1988, marcados pelo AI-5, trataram de preservar a liberdade de
expressão. Na cláusula pétrea que é o artigo 5º, está o inciso IV, que
estabelece:"É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato". O art. 220, que trata da comunicação social, garante que"a
manifestação do pensamento, a criação, a expressão, e a informação, sob
qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição…". A
seguir, o §2º veda qualquer tipo de censura política, ideológica e
artística.
Por que
insistir com esse óbvio, que é o respeito à Constituição? Porque ela não
está sendo respeitada.
É preciso esfregar a Constituição na cara de
quem censura e na cara de quem se omite da obrigação de denunciar o
desrespeito.
Teríamos um regime de liberdade de expressão — portanto
democrático — se a Constituição fosse praticada, mas muita gente defende
sua própria liberdade de expressão, mas não a de quem discordam.
Carregam ideias totalitárias, pelas quais as pessoas são livres para
pensar, desde que pensem como se lhes impõem.
São censores a policiar
seus concidadãos. Assim agem Hitler, Stálin e totalitários políticos e
religiosos de todos os tempos. Isso já foi questão de vida ou morte.
Durante a pandemia, censuraram informações que poderiam salvar milhares
de vidas.
No nosso
país grassam modismos disfarçados de libertadores, que na realidade são
liberticidas. Quem já leu o 1984 de George Orwell identifica bem essa
ditadura que começa com o controle da expressão do pensamento e pretende
desembocar em outra Revolução dos Bichos.
Já existe um virtual
Ministério do Pensamento, impondo e criando palavras e conceitos, ainda
que contrariem a lógica e o conhecimento científico.
A justiça e o
mérito são sacrificados ante verdades inventadas — e quem expõe o
ridículo dessas teses é denunciado como infectado por alguma neofobia.
As pessoas estão sendo de tal forma patrulhadas que têm medo de resistir
e mostrar que não querem ser enganadas, se encolhem com medo da
opressão.
É um processo em que a opinião está sendo criminalizada para
formar seres acríticos e inermes. Até quem faz a propaganda disso
acabará sem liberdade para decidir como a propaganda. Quando esse
acólito da seita perceber que foi usado, já será tarde; o regime já
passou da fase primária de dominar a liberdade de expressão, e já terá
controlado as liberdades de ir e vir, de se relacionar e, sobretudo, de
pensar.
Então vai ser tarde, já não serão livres, porque seus neurônios
já terão sido algemados.
O Papa Francisco ao chegar à Praça da Revolução para celebrar a missa dominical em Havana, Cuba, em 20 de setembro de 2015.| Foto: EFE/Alejandro Ernesto
Não há nada de“progressista”, de “consequente” e de politicamente “correto”que o papa Francisco não apoie neste mundo de Deus.
Ele gosta da Palestina, do Irã e de organizações“muçulmanas”que se dedicam ao combate ao “imperialismo” e à “reparação” das “injustiças históricas” que foram cometidas pelo cristianismo nos últimos 20 séculos. Ama a CNBB. É a favor da igualdade, da diversidade e da “reforma agrária”; é contra a fome, pobreza e os “agrotóxicos”.
Está convencido que os regimes de esquerda na América Latina são forças positivas na “libertação” do continente – e por aí vamos.
É extraordinário, assim, que esse mesmo papa tenha tomado a decisão de denunciar a ditadura e o ditador da Nicarágua; deve ter achado que passaram de qualquer limite, na sua conduta como malfeitores.
Quer dizer que até o papa está reclamando? Sim, até o papa está reclamando.
Durante a campanha, a mídia e os candidatos foram expressamente proibidos pelo TSE de dizer que Lula era a favor da ditadura da Nicarágua. Hoje isso é parte da política externa do Brasil.
O papa Francisco denunciou a Nicarágua como uma“ditadura grosseira”. Disse que o ditador Daniel Ortega sofre de desequilíbrio. [para tudo há um limite: - até mesmo para a tolerância cristã de Sua Santidade, o Papa Francisco.] Manifestou, enfim, a sua indignação contra um dos últimos atos de delinquência da ditadura nicaraguense – a condenação do bispo Ronaldo Alvares a 26 anos de prisão pelo crime de “fake news” e por “desobedecer ao Estado”. Nem o STF, no Brasil, sonhou com tanto até agora.
O pontífice fez, ainda, uma comparação sombria. “É como trazer de volta a ditadura de Hitler em 1935”, disse Sua Santidade.
É pesado, e é uma das piores críticas que Ortega já recebeu – mas a verdade é que ele parece mais decidido do que nunca a chutar o pau da barraca.
Uma das suas últimas realizações é banir da Nicarágua as freiras da organização de Madre Teresa de Calcutá.
Sério? Sim, é isso mesmo: nem a Madre Teresa escapou. [com todo o respeito devido a Sua Santidade, Papa Francisco, discordamos dele não ter usado como exemplo a ditadura do tirano comunista, Joseph Stalin - que matou mais de 100.000.000 de inocentes - o que o coloca na liderança de todos os genocídios.
Aliás, o trio satânico de genocidas, é formado por comunistas:
- Stalin mais de 100 milhões de vítimas;
- Mao Tse Tung, matou entre 50 a 80 milhões de chineses;
- Pol Pot, matou mais de 2,5 milhões no Camboja.
Oportuno lembrar para se ter atenção e cuidado, que o comunismo no Brasil, especialmente Stalin,tem admiradores, estando a comunista Jandira Feghali entre eles, inclusive com o jargão, publicado nas redes sociais no aniversário do genocida: "“Olha pro céu, meu amor, vê como ele Stalindo”,postou a parlamentar, com uma foto de Stalin ao fundo.
É um escândalo de baixa qualidade que o Brasil, enquanto isso, continue dando todo o seu apoio à ditadura –acaba de recusar-se a assinar um documento de condenação à Nicarágua subscrito por 50 das maiores democracias do mundo.
Como rebaixar a política externa brasileira a esse grau de marginalidade e de isolamento perante o mundo democrático?
O PT e a esquerda, até outro dia, denunciavam histericamente que o Brasil, por não se alinhar mais com ditaduras como a de Daniel Ortega, tinha se tornado um “pária na comunidade internacional”.
E agora? Durante a campanha, a mídia e os candidatos foram expressamente proibidos pelo TSE de dizer que Lula era a favor da ditadura da Nicarágua.
Hoje isso é parte da política externa do Brasil. Sempre se pode reclamar ao papa, é claro – mas não vai adiantar nada.
Mais uma vez se posicionando sobre a comunidade LGBTQIA+, o papa
Franciscodestacou que a homossexualidade não é crime, mas seguiu a
linha doutrinária da Igreja Católica ao reforçar que é "pecado". A fala
ocorreu em entrevista à Associated Press.
Segundo o papa, é
necessário distinguir a ideia de crime e pecado no caso da
homossexualidade.“Não é crime. Sim, mas é pecado",afirmou. "Também é
pecado não ter caridade uns com os outros”, acrescentou ele.
O
pontífice reconheceu que existem bispos da Igreja em várias partes do
mundo que apoiam leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam
a comunidade LGBTQIA+, mas atribuiu as atitudes a origens culturais e
destacou que "os bispos precisam passar por um processo de mudança para
reconhecer a dignidade de todos".
É a primeira vez que o papa fala sobre as
leis. As afirmações são condizentes com a linha de pensamento já exposta
por ele em outras entrevistas, em que destaca que membros da comunidade
LGBTQIA+ devem ser acolhidos. "Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama
como somos e pela força que cada um de nós luta pela nossa dignidade”,
disse Francisco, disse.
Dados da Human Dignity Trust
indicam que 67 países têm leis que criminalizam relações sexuais e
consensuais entre pessoas do mesmo sexo.Onze delas podem impor ou
diretamente declaram morte para a intimidade sexual de homossexuais.
O pontífice vai conduzir o funeral do papa emérito no dia 5 de janeiro, na Praça de São Pedro
Junho de 2018 - Francisco, um dos mais assíduos na casa do papa emérito: vida reclusa e limitada ao Vaticano Vatican Media/AFP
O papa Francisco prestou uma homenagem ao papa emérito Bento XVI, que morreu neste sábado, 31, aos 95 anos. O pronunciamento foi feito na homilia de Ano-Novo, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, segundo o jornal The Guardian. “É de forma emotiva que me lembro dessa pessoa, tão nobre, tão gentil. E sentimos em nossos corações a gratidão. Gratidão a Deus por ter dado ele de presente à igreja e ao mundo”, disse o pontífice sobre o alemão Joseph Ratzinger.
Francisco assumiu o lugar de Bento XVI após a renúncia do alemão em 2013. Opostos em ideias e posturas, os dois papas se tornaram amigos e Francisco o visitava com frequência no mosteiro Mater Ecclesiae, que fica nos jardins do Vaticano. O funeral de Ratzinger acontecerá na Praça de São Pedro na próxima quinta-feira, 5 de janeiro, a partir das 5h30 (horário de Brasília) e será conduzido pelo papa.
Está cada vez mais complicado escrever tendo que medir as
palavras, coisa que nunca pensei que fosse precisar fazer como jornalista
vivendo em uma democracia. Mas vamos lá.
Faca usada no atentado contra Bolsonaro em 2018, em Juiz de Fora| Foto: Reprodução
Salvo
engano, esta é a primeira vez desde o fim da ditadura militar que um
filme é censurado pela Justiça. O documentário “Quem mandou matar Jair
Bolsonaro?”, da Brasil Paralelo, teve sua exibição proibida pelo TSE até
o dia 31 de outubro, dia seguinte ao segundo turno da eleição para
presidente.
Além disso, o canal da produtora no
Youtube foi desmonetizado. Segundo foi noticiado, a proibição atendeu a
um pedido do PT – Partido dos Trabalhadores.
Mais detalhes no vídeo abaixo, postado pela Brasil Paralelo na forma de um comunicado aos seus assinantes:
A
justificativa da sentença que determinou a censura foi a seguinte:
evitar que “tema reiteradamente explorado pelo candidato Jair Bolsonaro
em sua campanha receba exponencial alcance, sob a roupagem de
documentário que foi objeto de estratégia publicitária custeada com
substanciais recursos da pessoa jurídica Brasil Paralelo”. O tema, no
caso, é o atentado a faca sofrido por Bolsonaro, na cidade de Juiz de
Fora, em 2018.
COMUNICADO
Eu nem acho que a facada seja um tema
reiteradamente explorado pela campanha do presidente. Mas, ainda que
fosse, por que diabos a Justiça Eleitoral deveria agir para evitar que
um tema explorado na campanha de um candidato recebesse exponencial
alcance?
Pelo fato de ser objeto de estratégia publicitária?
Pela
presunção antecipada de que o documentário contém fake news? Não seria recomendável assistir antes de proibir?
E
que relevância tem o fato de o documentário ter sido custeado com
substanciais recursos da pessoa jurídica Brasil Paralelo para embasar
uma decisão tão grave e, repito, inédita desde a redemocratização do
país?
Que
legislação proíbe que se produza um documentário com substanciais
recursos(privados, diga-se de passagem)?E que legislação se sobrepõe à
liberdade de expressão garantida pela Constituição, impondo censura
prévia a um filme que ninguém viu?
O estranho voto da ministra Por tudo isso, parece que estamos diante de uma interferência que, primeiro, fere a liberdade de expressão; segundo, prejudica um candidato e beneficia outro; terceiro, sinaliza para o cidadão comum parcialidade por parte do órgão que deveria ser o fiador da neutralidade do processo eleitoral.
“Ah, mas o documentário é baseado em uma teoria da
conspiração que contraria a investigação da Polícia Federal”, argumenta quem
defende a censura. Não
importa. Ainda que o documentário afirmasse que quem mandou matar
Bolsonaro foi o Papa Francisco ou a Beyoncé, seria justificável
censurá-lo previamente?
O problema é que sequer saberemos qual é a tese
do filme até depois de fechadas as urnas –pelo simples fato de que ele
está proibido.
Ninguém sabe, porque ninguém viu. Proibir depois de ver já seria algo controverso, no mínimo:o que dizer de proibir sem ver?
Mas esse documentário circula livremente em plataformas de streaming, sem que a Justiça Eleitoral demonstre qualquer incômodo ou preocupação.
Veja
bem, leitor, é justo e certo que o documentário que afirma ter sido a
facada uma farsa circule livremente, mesmo que a tese que ele defende
soe absurda – e também contrarie, aliás, a investigação da Polícia
Federal.
O que não parece certo nem justo é a liberdade de expressão só
valer para um lado, muito menos o órgão responsável pela lisura do
processo eleitoral passar a imagem de parcialidade.
Ou
bem o documentário viola alguma lei, e a proibição neste caso deve ser
permanente, ou ele não viola lei alguma – e não pode ser proibido em
momento algum
Pois bem, em seu voto ratificando a proibição do documentário, a ministra Carmen Lúcia declarou o seguinte:“O caso é extremamente grave. Não se pode permitir a volta
de censura sob qualquer argumento no Brasil. Esse é um caso específico. Estamos
na iminência de ter o segundo turno das eleições. A proposta é a inibição até o
dia 31 de outubro, dia subsequente ao segundo turno, para que não haja o
comprometimento da lisura, higidez e segurança do processo eleitoral e dos
direitos dos eleitores”.
Mas de que forma a livre
circulação de um documentário comprometeria a lisura, higidez e
segurança do processo eleitoral?Não fica claro no voto da ministra.
Se
ainda é permitido ter opinião, a mim parece que o que pode comprometer a
lisura da eleição é proibir a exibição de um documentário até que se
realize o segundo turno.
E, se não se pode permitir a volta da censura sob qualquer argumento no Brasil,
por que a ministra votou a favor da proibição?
Não parece uma
contradição?
Qual é o nexo lógico entre as palavras("Não se pode
permitir a volta da censura") e o voto (a favor da censura)? Sintoma de
uma época em que as narrativas perderam totalmente a conexão com a
realidade...
E por que o fato de a “inibição” ter
prazo de validade determinado pelo calendário eleitoral tornaria a
censura menos censura?
Ora, ou bem o documentário viola alguma lei, e a
proibição neste caso deve ser permanente, ou ele não viola lei alguma – e
portanto não deve ser proibido em momento algum.
Por
que algo seria ilegal até 31 de outubro e passaria a ser legal a partir
desta data?
O caso do governador de Alagoas A titulo de comparação: há pouco menos de duas semanas, a ministra do STJ – Superior Tribunal de Justiça Laurita Vaz determinou o afastamento do cargo do governador de Alagoas, Paulo Dantas, do MDB, que concorre à reeleição.
Aliado do senador Renan Calheiros e do candidato do PT à presidência, Dantas foi afastado em razão de um inquérito que apura um esquema de desvio de R$ 54 milhoes na Assembleia Legislativa do estado. A decisão da juíza, embasada em provas robustas, foi ratificada pelo plenário do STJ.
A ministra
Laurita foi acusada por aliados do candidato do PT à presidência de ter
agido com motivação política. Ela deveria, argumentaram, ter esperado
passar a eleição antes de determinar o afastamento do governador. O
argumento até pode fazer algum sentido na percepção do eleitor petista,
mas a resposta da ministra é exemplar e cristalina: “Se
eu tivesse me curvado a essa expectativa de retardo, se tivesse, como
se diz por aí, 'sentado em cima dos autos' em razão das eleições, aí sim estaria agindo com viés político
porque estaria esperando fato estranho aos autos de um inquérito em
regular andamento para adotar medidas cautelares necessárias e urgentes
para conclusão das investigações e ainda, mais ainda, para estancar a
sangria desatada do dinheiro dos cofres públicos do Estado de Alagoas".
Duas visões da Justiça De certa forma, o encaminhamento dos dois casos – a censura ao documentário e o afastamento do governador de Alagoas – traduz duas visões paralelas da Justiça.
Na primeira visão, a
Justiça deve agir de forma preventiva, proibindo a circulação de um
filme em função da avaliação de que ele poderia conter fake news
e beneficiar a campanha de um candidato.
Mas como, rigorosamente, tudo
em uma campanha é feito para beneficiar um candidato em detrimento do
outro - inclusive pesquisas com 15% de margem de erro, que seguramente
influenciaram muitos votos no primeiro turno -essa lógica cai por
terra:ou então se abre um precedente para se proibir literalmente
qualquer coisa.
Na segunda visão, o comportamento da
Justiça não pode ser afetado por elementos estranhos a ela, como a
contingência do calendário eleitoral. Inquéritos não devem ser adiados
em função do risco de beneficiar um candidato e prejudicar outro -
justamente porque esse adiamento, por si só, também beneficiaria um
candidato e prejudicaria outro.
E, na prática, a lógica da decisão do TSE ao proibir o filme foi:“Para que esse documentário, que pode conterfake news, não beneficie um candidato, vou proibir sua exibição".
O
problema é que, ao proibir, o orgão beneficia o outro candidato.
É este
o papel da justiça Eleitoral?
Tomar uma medida drástica em função de
uma hipótese?
Na segunda visão da Justiça, soa ainda
mais absurda a censura com prazo de validade, porque se explicita a
conexão entre a censura e a eleição.
Se um filme pode
circular depois do dia 31 de outubro,por que não poderia circular
antes? Se ele não pode circular antes do dia 31, por que poderá circular
depois?
O
problema está no conteúdo do documentário ou na possibilidade de
influenciar votos?
Mas desde quando é proibido um documentário, ou mesmo
uma peça de campanha, explorar temas polêmicos em busca de votos?
Ou a
facada não existiu e tudo não passa de uma alucinação coletiva que deve
ser apagada da memória?
Qual das duas visões da
Justiça irá prevalecer?
A que julga que a liberdade de expressão deve
ser condicionada ao calendário eleitoral?
A que determina que uma mesma
obra artística pode ser proibida antes da eleição e liberada depois?
A
que aparenta abrir mão do papel de fiadora da isenção para assumir um
lado no processo eleitoral?
Ou a que age da mesma maneira, com efetiva
neutralidade, independentemente do lado beneficiado e do calendário?
Um
fantasma ronda a democracia brasileira: o fantasma da censura.
É
assustador que muitas pessoas achem isso normal ou minimizem a gravidade
do episódio do documentário da Brasil Paralelo– ou, pior ainda, que
justifiquem a censura como uma forma de defender a democracia.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, afirmou que a Igreja
Na Igreja Católica"tudo é imposto, é uma ditadura perfeita, é uma tirania perfeita (...) Quem elege os padres, quem elege os bispos, quem elege o papa, os cardeais, quantos votos, quem vota?", questionou o presidente na quarta-feira, em um momento de relações tensas de seu governo com a instituição. "Se vão ser democráticos que comecem a eleger com o voto dos católicos o papa, os cardeais, os bispos", insistiu durante um discurso exibido na quarta-feira à noite, por ocasião do 43º aniversário da polícia nacional. [perguntas que só um ateu, um energúmeno, quem não conhece nada sobre Cristianismo precisa fazer. Ele e o ladrão petista são amigos e Luladrão o tem como mentor.]
Ortega voltou a chamar os bispos e padres de "assassinos" e "golpistas" pelo apoio que, segundo o seu governo, os templos deram aos protestos da oposição em 2018.
Os manifestantes "saíram das igrejas, não de todas, armados para lançar os ataques contra as delegacias de polícia (...) e alguns padres convocando o povo (para) atirar em mim", criticou Ortega.
Ele também censurou os religiosos por terem apoiado a proposta da oposição de reduzir seu mandato, quando atuaram como mediadores de um diálogo que buscava uma solução para a crise. "Uma instituição com a Igreja Católica utilizando os bispos aqui na Nicarágua para dar um golpe de Estado", disse.
O arcebispo auxiliar de Manágua, Silvio Báez, que está exilado nos Estados Unidos, questionou no Twitter "as lições de democracia" de Ortega, que governa desde 2007, após três reeleições sucessivas.
As relações entre o governo e a Igreja Católica se deterioraram desde os protestos de 2018, que o presidente vinculou a uma suposta tentativa fracassada de golpe de Estado planejada pela oposição com o apoio de Washington.
O conflito se agravou em agosto com a detenção - em prisão domiciliar - do arcebispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, um grande crítico do governo.
Ao menos quatro padres e dois seminaristas também foram detidos e as acusações contra os religiosos não foram divulgadas.
A polícia proibiu recentemente as procissões religiosas.
Em março, o Vaticano informou que o núncio apostólico Waldemar Sommertag foi expulso da Nicarágua.
No mês de julho, o governo proibiu a associação Missões de Caridade, criada pela madre Teresa de Calcutá,e suas freiras tiveram que deixar o país.
O papa Francisco anunciou um "diálogo" com a Nicarágua a respeito da detenção de vários membros da Igreja Católica, mas a evolução das conversas não foi revelada. Ortega, que governou o país pela primeira vez durante a revolução da década de 1980, obteve em 2021 o quarto mandato consecutivo, com seus adversários presos ou no exílio.
A comunidade internacional exige que o governo liberte mais de 200 opositores, incluindo sete ex-candidatos à presidência que foram condenados este ano a penas de entre oito e 13 anos de prisão por "minar a integridade nacional" e outras acusações.