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quinta-feira, 30 de junho de 2022

Pedro Guimarães também assediava homens - Ruth de Aquino [ESCLARECIMENTO]

O Globo

Não é só questão de gênero

[ESCLARECIMENTO: A bem da clareza da matéria, especialmente da manchete, informamos não ser de natureza sexual o assédio a homens referido no título da matéria, supostamente realizado pelo ex-presidente da CEF. 
Esse esclarecimento não muda a opinião do Blog Prontidão Total, contrária a qualquer tipo de assédio - reconhecemos que os homens, vale o mesmo para as mulheres,  podem e devem tentar a conquista quando atraídos, mas qualquer conquista, ou tentativa,  deve  priorizar aceitação, respeito e a reciprocidade.]

Pedro Guimarães pediu demissão da Caixa Econômica Federal mas nega todas as acusações

Toda forma de assédio faz mal à saúde e precisa ser denunciada. Os constrangimentos relatados por funcionárias da Caixa dão nojo maior em mulheres. Porque sentimos, como se fosse em nós, o bafo, o braço, a mão, o pênis. Mas há o assédio moral, que transcende gênero e vitima também os homens. Tem a ver com poder. Era o que acontecia com funcionários da Caixa.

Gravações, obtidas com exclusividade por Rodrigo Rangel, do portal de notícias Metrópoles, revelam os acessos de fúria e os termos de baixo calão do agora ex-presidente Pedro Guimarães, em reuniões de diretoria ou com subordinados. “Porra, eu acho que quem está torcendo pro Lula tem que se fuder. Tem que voltar a Caixa ser estuprada por aqueles ladrões e vocês se fuderem”.

Ameaças a quem vazasse o conteúdo da reunião. “Quem for responsável vai deixar de ser. O (fulaninho) é pau mole. Quero o CPF de todo mundo”. Revoltado com uma decisão do banco não submetida a ele, grita. “Não é aceitável! E de novo: caguei para a opinião de vocês. Porque eu é que mando! Isso aqui não é uma democracia”. “Ah, mas o vice-presidente (aprovou)... Foda-se. Manda todo mundo tomar no cu”. 

Pedro Guimarães promovia acareações quando alguém divergia de suas ordens, segundo funcionários. Ameaçava demitir, rebaixar. Isso explicaria a alta rotatividade nas chefias. Uma subordinada disse ao Metrópoles: “A gente tem 37 cargos de dirigentes e mais de 100 pessoas passaram por esses cargos desde que ele (Guimarães) chegou”. Esse deveria ser um sinal amarelo para as empresas. Quando diretores não são demitidos por discordar, não aguentam a pressão, adoecem. Ou são perseguidos e asfixiados. “Você chega no nível máximo e de repente despenca. Vira um técnico bancário”, disse a funcionária ao portal de notícias.

Murros na mesa ou em aparelho de TV com som ruim. Irritação com problemas técnicos numa apresentação dele no YouTube. Ameaças de “mandar todo mundo embora”. Exortação aos chefes para “arregaçar”. Porque gostar do chefe depõe contra, significa que é péssimo gestor. Não basta ser respeitado, precisa inspirar medo.

Engana-se quem acha que esse comportamento é só de maluco ou do Pedro Guimarães. Não é só dele. Alguns chefes se tornam assediadores quando acumulam poder. Humilham entre quatro paredes e em público. Acham todos incompetentes. Costumam ser extremamente inseguros e por isso enxergam conspirações por todo lado. 

Chefes, diretores, presidentes como Pedro Guimarães promovem ambiente tóxico. Uma competição pouco saudável. Quem quer se dar bem e ser promovido se alia ao comando, torna-se informante. Quem enfrenta e não suporta ver colegas humilhados vira alvo. Muitos decidem, portanto, silenciar e tornar-se invisíveis. Quem é assediado sente vergonha. Por isso as vítimas, mulheres e homens, pedem para não ser identificadas. O nome é fictício, com asterisco, o depoimento se faz na sombra, com silhuetas e vozes distorcidas. A vergonha é o primeiro sentimento a combater. 

O assédio sexual dá mais audiência, por ser picante. A reação é mais estridente. Normal. Com mulheres, é duplo e dói mais. O assédio moral é mais difícil de provar e, por isso, mais insidioso. Atinge a todos abaixo na hierarquia. É uma relação de poder que pode amputar a vida e a carreira de um profissional, se ele ou ela não tiver uma carreira prévia consolidada. Ou se não tiver voz, equilíbrio, autoestima e autoconfiança.

É preciso mudar a cultura empresarial, não só na teoria. Se não for em nome da ética, que seja em nome da reputação e da saúde da empresa. Se assédio sexual é crime, assédio moral também é. E os homens também são vítimas. 

Ruth de Aquino, jornalista - Coluna em O Globo


sexta-feira, 19 de março de 2021

Nas entrelinhas - Covid-19 traumatiza o Congresso

Bolsonaro continua sabotando os esforços de governadores e prefeitos para reduzir a propagação do vírus com medidas mais rígidas de isolamento social

A morte do senador Major Olimpio (PSL-SP) traumatizou o Congresso, principalmente o Senado, cujo presidente, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decretou luto oficial de 24 horas no Legislativo. Na Câmara, o presidente Arthur Lira (PP-AL) restringiu ao máximo o funcionamento da Casa: proibiu reuniões presenciais das comissões e ampliou o trabalho em home office dos funcionários. Com a morte do terceiro senador por covid-19, a pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro para uma mudança na política sanitária aumentou muito. Mesmo na base do governo, a insatisfação é generalizada.

Major Olimpio foi o terceiro senador a falecer vítima da doença, com a diferença de que, aos 58 anos, era bem mais jovem do que Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que faleceu em outubro, aos 83 anos, e José Maranhão, de 87 anos, que morreu em fevereiro passado. Dois senadores também contraíram a covid-19, provavelmente na mesma reunião com prefeitos da qual participou Major Olimpio: Lasier Martins (Podemos-RS), que teve alta do Hospital São Lucas, em Porto Alegre, ontem, após 13 dias de internação; e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que deve receber alta hoje, depois de ser internado na semana passada.

Com a falta de empatia que o caracteriza, o presidente Jair Bolsonaro deu novas declarações colocando em dúvida as informações sobre ocupação de leitos de hospitais, além de criticar, mais uma vez, a política de isolamento social. Suas declarações geraram reações de governadores e prefeitos, ainda mais porque os hospitais, por causa das UTIs lotadas, estão começando a esgotar os estoques de oxigênio e medicamentos usados na intubação de pacientes. Numa live, Bolsonaro anunciou que a nomeação de Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde será publicada hoje no Diário Oficial da União. O novo ministro está tendo dificuldades para montar sua equipe de trabalho e terá de atuar com o grupo de militares que assessoravam o general Eduardo Pazuello, até que encontre colegas dispostos a assumir a responsabilidade de combater a pandemia.

Bolsonaro continua sabotando os esforços de governadores e prefeitos para reduzir a propagação do vírus com medidas mais rígidas de isolamento social: “Tem um pessoal que continua insistindo no fique em casa e outros que querem trabalhar por necessidade. Eu acho que ficar em casa é uma coisa bacana, quem não quer ficar de férias em casa aí? Mas pouquíssimas pessoas têm poder aquisitivo para ficar sem trabalhar”, disse. Insiste em responsabilizar as medidas sanitárias pela crise econômica: “Temos no Brasil servidores públicos, civis e militares, que podem ficar em casa, que, por enquanto, não veem sua remuneração, proventos, aposentadorias, pensões ameaçadas. Agora, uma grande parte dos brasileiros, os que vivem na formalidade, com carteira assinada, perde emprego, tem redução de salário.”  Chegou a dizer que recorreria ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra as medidas de isolamento, o que será mais um fator de tensão institucional, em nada contribuindo para o enfrentamento da crise sanitária.

 [Temos grande apreço pelo competente colunista, mas temos percebido que sua adesão a mídia militante o torna capaz de ver nos comentários do presidente Bolsonaro uma capacidade de aglutinação dificil de ser encontrada.
Notório que aglomerações, especialmente acompanhada do não uso de máscaras, facilitam em muito a propagação da maldita peste.
 
É sabido  que a tendência de redução da aceitação das medidas de distanciamento/isolamento, começou a se materializar com os comícios, realizados em função do primeiro turno das  eleições 2020, sendo o  pontapé inicial para facilitar a difusão do coronavírus.
Os comícios que antecederam  o segundo turno eleitoral, mantiveram a tendência de aumento das aglomerações.
Veio o Natal, Ano Novo, mais aglomerações, mais viagens, e chegamos à realidade atual, extremamente grave.
 
De uns tempos para cá, se percebe que todas as matérias do ilustre Luiz Carlos Azedo, apresentam uma responsabilização do presidente da República, sem se dar ao trabalho de fundamentar. 
Tudo na base do presidente "disse isso", "disse aquilo" e  a multidão o seguiu.
Tudo sem a fundamentação, que caracterizava seus comentários de antanho. Sua fundamentação se limita em atribuir ao presidente Bolsonaro tudo de ruim que acontece no Brasil ao presidente Bolsonaro e pronto.
Será uma volta aos tempos do PCB? se afirmativo, lamentamos.
O mais complicado para os que odeiam o capitão, é que se ele realmente possuir o poder de magnetizar multidões será fácil atingir em 2022 mais de 100.000.000 de votos ainda no primeiro turno!!!
Talvez seja oportuno reduzir os 'poderes' que atribuem ao presidente Bolsonaro, ou perderão mais uma.]

Banco do Brasil
O presidente do Banco do Brasil (BB), André Guilherme Brandão, entregou o cargo ontem, por discordar da interferência do presidente Jair Bolsonaro na instituição. É mais uma baixa importante na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, cada vez menos liberal e mais pragmática. É o segundo presidente do banco a deixar o cargo por divergências com o chefe do Executivo. Para evitar especulações sobre o perfil do novo presidente do banco, o Ministério da Economia anunciou que o cargo será assumido pelo atual diretor do BB Consórcios, Fausto de Andrade.

Bolsonaro quer reforçar o papel social do Banco do Brasil, sendo contrário ao fechamento de agências, apesar da informatização cada vez maior do sistema bancário. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, tem o perfil desejado por Bolsonaro, que não cansa de elogiá-lo pelo desempenho na distribuição do auxílio emergencial, apesar do alto número de fraudes já identificadas. Fausto de Andrade será o terceiro presidente do Banco do Brasil em pouco mais de dois anos do governo Bolsonaro. Antes de Brandão, ocupou o cargo Rubem Novaes. O mercado e os funcionários temem a instrumentalização do banco para fins eleitorais.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista