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quinta-feira, 30 de maio de 2019

Barbárie - Crianças foram agredidas por pedirem comida a vizinho

Crianças foram espancadas porque estavam presas e pediram comida a vizinho

As três meninas e o menino vítimas das agressões estavam trancados em casa. Eles apanharam depois que o morador do imóvel ao lado chamou a atenção dos tios, autores do crime

A adolescente de 17 anos e o jovem de 19 detidos suspeitos de espancar quatro crianças em Planaltina (GO) cometeram as agressões porque as vítimas tinham fome e pediram comida a um vizinho, segundo a polícia. Uma delas, uma menina de cerca de 6 anos, morreu devido a um traumatismo crânio-encefálico e um trauma no pescoço provocados pelos golpes sofridos. As demais um menino de 8 anos, uma menina de 4 e uma bebê de 1 — apresentavam diversas marcas de violência pelo corpo.

Os jovens confessaram as agressões e, agora, aguardam posicionamento da Justiça. O adulto foi indiciado e, se denunciado, deve responder pelos crimes de homicídio qualificado e tortura qualificada. A pena pode chegar a 30 anos de prisão. A adolescente deve responder por fato análogo a tortura qualificada e a homicídio qualificado. Ela pode ficar internada por até três anos. De acordo com a Polícia Civil de Goiás, a jovem é tia das crianças e morava com o namorado e os sobrinhos em uma casa no Setor Aeroporto, no município goiano a cerca de 48km de Brasília. Os seis moravam no endereço havia cinco meses, segundo vizinhos. O adulto foi preso em flagrante e a adolescente, apreendida.

O delegado Antonio Humberto Soares Costa, coordenador do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Planaltina, afirmou que o Conselho Tutelar não tinha registros de ocorrências relacionadas à família até essa quarta-feira (29/5). "Eles (conselheiros) estiveram na residência porque as crianças haviam chorado à noite. O casal, no entanto, não os deixou entrar. Enquanto eles saíram para pedir auxílio da Polícia Militar, a menina, de aproximadamente 6 anos, passou mal e teve uma convulsão. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) esteve no local e constatou o óbito, além de vários sinais de violência", detalhou Antonio Humberto.
 
Pedaços de madeira e um vergalhão de aço 
O delegado acrescentou ainda que os investigadores encontraram pedaços de madeira e um vergalhão de aço que, segundo depoimentos das vítimas, teria sido usado durante as agressões. A polícia de Goiás ainda investiga por que o casal de namorados estava responsável pelas crianças. "Ainda não sabemos se os autores tinham alguma espécie de autorização por parte dos órgãos constituídos para ter a guarda sobre elas. Suspeitamos que não, a princípio. A informação que temos é de que os pais delas foram presos no DF por tráfico, mas ainda não tivemos tempo de checar isso", explicou o coordenador da GIH.

Antonio Humberto também comentou que o casal relatou as agressões com "muita frieza" e que elas aconteciam "havia algum tempo". "A violência de ontem teria ocorrido em razão de as crianças terem ficados sozinhas, trancadas e com fome; por isso, pediram comida a um vizinho. Quando os tios chegaram, esse vizinho chamou a atenção do casal", contou o delegado. "Elas foram brutalmente espancadas. É uma barbaridade. Como se não bastasse o que a criança de 6 anos sofreu, os tios ainda haviam deixado ela passar a noite no quintal, ao relento", acrescentou. O laudo completo com as causas da morte sai nesta quinta-feira (30/5). Em seguida, o corpo deve ser liberado para os familiares.
 
 
 
 

quarta-feira, 16 de maio de 2018

INsegurança Pública no DF - Policial civil de Goiás mata empresário em briga de bar em Taguatinga

Crime aconteceu na tarde de sábado (12/5). A vítima tinha uma loja de autopeças em Vicente Pires. O policial o matou com um tiro na QNL 9/11, em Taguatinga Norte

Um policial civil de Goiás matou um jovem empresário brasiliense, em um bar de Taguatinga, e feriu, a tiro, um amigo da vítima. Apesar de o crime ter ocorrido na tarde de sábado (12/5), ganhou repercussão na noite de terça-feira (15), por meio de publicações nas redes sociais de amigos e familiares dos baleados. Indignados, eles organizam uma passeata em Taguatinga para o próximo sábado. Gustavo Gero Soares, 25 anos, era engenheiro civil e dono de uma loja de autopeças em Vicente Pires. O policial o matou com um tiro na QNL 9/11, em Taguatinga Norte. O rapaz estava com o amigo e bancário Carlos Augusto Moreira Galvão, 26. Ambos toparam com o agente goiano em frente a uma distribuidora de bebidas. 
Em depoimento na delegacia, Carlos Augusto contou que o policial advertiu ele e o amigo por urinar em via pública. Ambos reconheceram o erro e pediram desculpas, afirmando que não repetiriam o ato, mas, segundo, Carlos, o policial proferiu injúrias racistas contra ele. Entre outras coisas o chamou de “neguinho”. A ofensa provocou uma reação violenta. Gustavo acertou o rosto do policial com um soco. Ele caiu no chão, se levantou, foi ao carro, pegou uma pistola calibre 40 e colocou na cintura. “Você tá ficando louco? Você vai atirar?”, perguntou Gustavo, ainda segundo Carlos Augusto em depoimento. Gustavo recebeu três tiros e morreu na hora. Ao ver o amigo ferido, Gustavo partiu para cima do policial, que atirou de novo, atingindo de raspão o braço esquerdo do homem. Depois, levou uma coronhada na cabeça. Mesmo ferido, ele conseguiu desarmar o agente e desmaiá-lo, com outro soco. 
Quando policiais militares chegaram ao local do crime, Gustavo estava morto, Carlos Augusto havia dado entrada no Hospital Regional de Ceilândia e Paulo Roberto Gomes Bandeira, o policial acusado, estava no Hospital Regional de Taguatinga, onde foi preso em flagrante por homicídio e tentativa de homicídio.

Afastamento

As polícias civis de Goiás e do Distrito Federal não divulgaram o nome do assassino confesso, mas o Correio teve acesso à ocorrência do caso e constatou se tratar de Paulo Roberto Gomes Bandeira, 51 anos. Há 27 na corporação, ele está afastado para “tratamento de ansiedade” no Núcleo de Proteção a Saúde do Servidor, mas “estava à disposição” da entidade em caso de necessidade, segundo a Polícia Civil do estado. O agente também ficou afastado do trabalho por 17 dias em 2013, acusado de envolvimento em uma fuga de presos em uma penitenciária de Goiás.
Apesar de afastado, Paulo Roberto continuava com a pistola automática da Polícia Civil de Goiás, a mesma usada no crime. Também em nota, a corporação alegou que o servidor estava “em fase de avaliação”, portanto, a arma dele não foi recolhida. “A arma do policial só é retirada quando a perícia médica determina e a coordenação de proteção ao servidor não tem médicos, apenas psicólogos. Ele não estava com transtorno psicológico, mas fazendo terapia”, diz o texto.
Na delegacia, Paulo Roberto contou que estava em um bar, onde bebeu “cinco latas de cerveja”. Confirmou ter advertido a dupla. “Vocês estão errados, tem um monte de banheiro por aqui”, teria dito aos rapazes. Depois, os dois entraram no bar comprar cerveja. Paulo Roberto admitiu a ofensa racial, mas alegou ter atirado em legítima defesa, por ter levado um soco. A Divisão de Comunicação da Polícia Civil do DF se limitou a informar, por meio de nota, que o caso foi registrado na 12ª DP (Taguatinga Centro) e as investigações serão conduzidas pela 17ª DP. Sobre o assassino confesso, enviou apenas as iniciais (PRGB), dizendo que ele foi “levado à DP e após os procedimentos legais, conduzido à carceragem da Delegacia de Polícia Especializada e que se encontra à disposição da Justiça”.

 Correio Braziliense