Em meio à
crise política, em que se destacam uma presidente de muito baixa popularidade e
uma base parlamentar instável, propostas de adulteração do Estatuto do
Desarmamento tramitam pelo Congresso sem chamar maiores atenções. Trata-se de
algo muito perigoso para a sociedade, pois o objetivo das alterações é
enfraquecer o Estatuto, sob a falsa ideia de que a população precisa de armas para se defender. [essa excrescência conhecida como ‘estatuto do desarmamento’ não deve
ser enfraquecida e sim sumária e totalmente revogada.] Ora, é o contrário.
Um
relatório com várias mudanças deletérias poderá ser votado em comissão especial
esta semana. Entre outras, a redução de 25 para 21 anos
do limite mínimo de idade para a compra de armas, [um policial militar ou civil, um bombeiro militar, militar das Forças
Armadas ou integrante de qualquer órgão ou empresa de segurança, com apenas 21
anos tem o DIREITO LEGAL E NECESSÁRIO de portar armas com grande poder
ofensivo.
Mas, ao término do serviço é obrigado
a se locomover desarmado, inclusive no trajeto casa x trabalho x casa pela
simples e estúpida razão de ter idade inferior a 25 anos, condição que o impede
de comprar uma arma, possuir legalmente uma arma.]
O aumento no número de categorias profissionais com acesso à posse e ao porte [o que justifica que os guardas municipais de pequenas cidades não possam portar armas livremente? São essas cidades que quadrilhas escolhem para realizar ocupações e arrastões, exatamente por possuir pequeno efetivo policial e os integrantes da guarda municipal não portarem armas.]
redução de exigências para a aquisição de armamentos [as exigências devem ser as menores possíveis não se justificando tornar a aquisição de uma arma uma verdadeira maratona para superar exigências absurdas e que buscam apenas dificultar a livre compra.]
e até mesmo a eternização do registro concedido pela Polícia Federal.[para que estabelecer prazo de validade para um mero registro? Mais burocracia que não leva a nada. Quem quer uma arma para assaltar, matar ou outros fins ilegais, não vai perder tempo comprando no comércio legalizado. Existem milhares de quilômetros de fronteiras que permitem o contrabando de armas.]
O aumento no número de categorias profissionais com acesso à posse e ao porte [o que justifica que os guardas municipais de pequenas cidades não possam portar armas livremente? São essas cidades que quadrilhas escolhem para realizar ocupações e arrastões, exatamente por possuir pequeno efetivo policial e os integrantes da guarda municipal não portarem armas.]
redução de exigências para a aquisição de armamentos [as exigências devem ser as menores possíveis não se justificando tornar a aquisição de uma arma uma verdadeira maratona para superar exigências absurdas e que buscam apenas dificultar a livre compra.]
e até mesmo a eternização do registro concedido pela Polícia Federal.[para que estabelecer prazo de validade para um mero registro? Mais burocracia que não leva a nada. Quem quer uma arma para assaltar, matar ou outros fins ilegais, não vai perder tempo comprando no comércio legalizado. Existem milhares de quilômetros de fronteiras que permitem o contrabando de armas.]
Equivaleria a eliminar a vistoria
de veículos,
oportunidade que as autoridades de trânsito têm para checar o pagamento de
multas, as suas condições de tráfego etc. No caso das armas, acabará qualquer
monitoramento sobre elas e seus donos. Será um cheque em branco. [a escolha do tema – defender que o cidadão não possa possuir/portar
armas não foi das mais felizes. E este parágrafo é de uma infelicidade total.
Comparar a desnecessária e inútil renovação periódica do registro concedido
pela PF com a extremamente necessária e útil vistoria do veículo é uma
verdadeira lição de SEM NOÇÃO.
O carro sofre desgaste natural e se
não for realizada vistorias periódicas teremos veículos circulando com pneus
carecas, sem faróis, sem dispositivos obrigatórios, furtados.
Uma arma não sofre desgaste prematuro
– qualquer um que possui um instrumento de defesa cuida bem do mesmo - se foi
roubada, o autor do roubo/furto não vai
tentar legalizar sua posse/propriedade.]
Caso o
projeto prospere no Congresso e venha a ser sancionado no Executivo, o Brasil
terá ido na contramão de um movimento contra a banalização no acesso a armas
que avança no paraíso delas, os Estados Unidos, onde se multiplicam os casos de
chacinas praticadas por pessoas desequilibradas, sem as mínimas condições
emocionais de ter armamentos. [o número
de pessoas mortas nos Estados Unidos, somando o que abrange as vitimadas em
situações e por motivações diversas e as vítimas de chacinas não chega sequer a
dez por cento do que se mata no Brasil. Aqui, a cada ano, ocorrem mais de 50.000 mortes e o número de
armas em poder da população dos EUA é várias vezes superior ao do Brasil.]
Cresce
entre os americanos a conscientização de algo simples: quanto mais disponíveis
estiveram as armas, maior o risco de tragédias. O próprio Estatuto comprovou a
regra, pois o ano em que passou a vigorar, 2003, registrou, segundo o Mapa da
Violência, a mais elevada relação entre mortos por armas de fogo por grupos de
100 mil habitantes: 22,2, pouco mais que o dobro do
índice a partir do qual, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
violência se torna endêmica. Com a lei, os índices caíram.
As diversas campanhas feitas para o recolhimento voluntário de armas têm sido acompanhadas pela redução no número de mortos e feridos nas regiões que melhor atendem às mensagens para o desarmamento. A queda no número de vítimas não apenas evita dramas familiares de difícil reparação, como tem impacto positivo no sistema público de saúde, quase sempre pressionado por falta de recursos. [a alegada redução no número de mortes após a entrada em vigor do famigerado ‘estatuto do desarmamento’, nunca é demonstrada de forma cabal, quando muito é citado alguns percentuais que nada provam.
As diversas campanhas feitas para o recolhimento voluntário de armas têm sido acompanhadas pela redução no número de mortos e feridos nas regiões que melhor atendem às mensagens para o desarmamento. A queda no número de vítimas não apenas evita dramas familiares de difícil reparação, como tem impacto positivo no sistema público de saúde, quase sempre pressionado por falta de recursos. [a alegada redução no número de mortes após a entrada em vigor do famigerado ‘estatuto do desarmamento’, nunca é demonstrada de forma cabal, quando muito é citado alguns percentuais que nada provam.
No Ceará, região Nordeste, dados
recentes mostram que o número de mortos, vitimas de armas de fogo, por 100.000
habitantes está próximo dos 50, o que demonstra a fragilidade do argumento dos
pró desarmamento.
Foram pinçados números ocasionais, em
áreas limitadas e apresentados como
nacionais e sustentáveis.]
É ilusório
achar que a pessoa armada está mais segura. [o
marginal sempre procura atacar aos que estão desarmados. Com raríssimas
exceções, eles evitam atacar àqueles que estão em condições de reagir = estão
armados.] Há
pesquisas que mostram o contrário. Segundo uma delas, divulgada em recente “Profissão Repórter”, da TV Globo, feita sobre casos de roubo a mão armada, 27%
evitaram o crime, 26% ficaram feridas e 46% morreram. Comprova-se que um cidadão
armado tem poucas chances diante de um bandido adestrado.
O projeto
de desmontagem do Estatuto surgiu da “bancada
da bala”, em que militam parlamentares cuja campanha é financiada pela
indústria do ramo. É tudo muito coerente.
Fonte: O Globo – Nossa opinião