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domingo, 15 de agosto de 2021

O “CHARLATÃO/CURANDEIRO” tem razão sobre o covid-19 - Sérgio Alves de Oliveira

No mês de março do ano fluente de 2021,infelizmente, também fui um dos acometidos com o novo coronavírus. A essa altura dos acontecimentos, de certo modo apavorado pelas notícias correntes nos jornais,rádio e televisão, comecei a pesquisar hospitais no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, onde atualmente resido, ou mesmo em Porto Alegre para, caso necessário, buscar o socorro médico e hospitalar adequados.

Mas toda a rede hospital estava lotada, sem vagas, com os hospitais expelindo doentes do novo coronavírus pelas suas “janelas”, seja pelo SUS, plano de saúde, ou mesmo particular. Ouvindo e lendo os conselhos médicos atrelados à “voz” oficial da saúde pública, “obedientes” cegos às orientações da “suspeitaOrganização Mundial de Saúde, deveria eu necessariamente esperar até que minha situação se agravasse, e talvez se tornasse irreversível, para então buscar o devido atendimento médico-hospitalar.

Mas as informações que me chegavam não eram nada otimistas, quais sejam, a de que cerca de 20% dos hospitalizados não mais tinham oportunidade de voltar para casa, e que 80% dos casos de internação em UTI (respiração artificial,oxigênio,etc) ,também resultavam em óbito.

O que fazer?
Cheguei à preocupante conclusão de que eu teria que me “virar” sozinho, sem qualquer apoio dos recursos que seriam necessários, mesmo que pagos à parte. É claro que eu teria que fazer alguma coisa para evitar que chegasse ao extremo da necessidade de hospitalização, com um “pé” já no cemitério. Era uma questão de “legítima defesa”. De vida ou morte !!!

Acessei informações médicas “rebeldes”,desatreladas do órgão que deveria cuidar da saúde mundial, e das suas “filiais” brasileiras, mas que não o fazem, a OMS, e me deparei com o que chamaram de “tratamento precoce”, com uma espécie de “coquetel” de medicamentos já existentes, embora em princípio receitados à tratamento e cura de outras doenças. E as informações médicas sobre o poder de “cura”, ou ao menos de “ajuda”, desses remédios alternativos na prevenção e cura do Covid-19, não se resumiam a uma só fonte, porém a várias, havendo inclusive serviços médicos de prefeituras municipais do interior do Brasil recomendando seu uso.

Saliente-se que nessa época as vacinas contra essa doença nem estavam disponíveis para aplicação.  Creio ter sido essa a principal razão pela qual o Presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, resolveu “chutar-o-balde” do establishment médico-hospitalar brasileiro e mundial, acreditando no tratamento alternativo, na verdade fora da sua competência profissional, mas ”receitando-o” para a população acometida pela doença, logo no início e antes do agravamento do estado de saúde e necessidade de internação hospitalar, UTI, etc.

No “coquetel” que me curou do novo coronavírus, cuja receita “formal” para comprar obtive com muita dificuldade, conseguindo “arrancá-la” do meu médico, praticamente na “marra”, constava a ... também “receitada” por Jair Bolsonaro,a quem agradeço o que considero mero “conselho”. E ”conselho” esse que eu também repasso a qualquer um, ontem e hoje. Também terei a “honra” de ser chamado como réu da CPI?  Por esse motivo causou-me indignação e perplexidade o “indiciamento” do Presidente da República pela CPI do Covid -19, onde os parlamentares  que a integram acusam-no da prática dos crimes de “charlatanismo e curandeirismo”.

Será que os “picaretas” da CPI Covid-19 também acusarão de charlatanismo todas as autoridades que assinaram embaixo da “garantia” que deram aos diversos imunizantes que andam por aí contra o novo coronavírus? Apesar de estarem morrendo uns após os outros pessoas que foram vacinadas com as duas doses exigidas? Como aconteceu hoje com o ator Tarcísio Meira,que morreu? E com Silvio Santos,que teve que ser internado às pressas em UTI? [Nota do Blog Prontidão Total:  consideramos oportuno reiterar nosso entendimento favorável às vacinas - grande parte dos membros mais 'antigos' do Blog, foram beneficiados por vacinas que receberam, algumas  século passado . Nossa vasta experiência nos leva a recomendar, com veemencia, o recebimento da vacina contra a Covid-19 e também das  destinadas a prevenir outras moléstias.  Silvio Santos recebeu alta hospitalar, ontem, dia 14. Sugerimos ler:
Veja o que se sabe sobre a 3ª dose e sobre perda de eficácia de vacina - Matéria do Estadão.]


Sérgio Alves de Oliveira  - Advogado e Sociólogo


terça-feira, 7 de abril de 2020

Militares respaldaram Mandetta - Merval Pereira

O Globo

Mandetta pede paz - Sem tinta 

Funcionou, não sem um estresse desnecessário, a tutela branca dos ministros militares que ocupam os gabinetes do Palácio do Planalto. Foram eles, mais o Congresso e o Supremo, que deram respaldo à permanência do ministro Luiz Henrique Mandetta no ministério da Saúde, depois que o presidente mandou aprontar um decreto demitindo-o.

[Presidente Bolsonaro! Por favor, para o BEM do Brasil e o do Senhor DEMITA o Weintraub - ele não soma, desagrega e não prima por ser competente.

Quanto ao ministro MANDETTA, por favor, MANTENHA-O - ele pode não ser um primor de disciplina, até mesmo de respeito, mas, agora, sua manutenção, é um,  "MAL" NECESSÁRIO.
A ocasião de demiti-lo, sem 'bagunçar' o coreto, já passou.
O isolamento, por ele corroborado,  é algo que só o tempo dirá se funciona - alguns efeitos negativos para o abastecimento (um deles a falta do GLP) já surgem.
O atual ministro da Saúde é um NORTE na condução sensata das medidas de contenção da Covid-19.

Quanto a atribuir ao Congresso e ao Supremo a permanência do ministro - algo que pode ser interpretado como redução da  autoridade presidencial - se fundamento tivesse ou venha a ter, significa pode vir a significar,  a ruptura do tão louvado 'estado democrático de direito", que se rompido provocará situações que são fáceis de imaginar.]


Mais uma vez o presidente Bolsonaro criou um clima de instabilidade no país a troco de nada. Ou melhor, a troco de demonstrar infantilmente o poder de sua caneta presidencial, e o que conseguiu foi explicitar que lhe falta tinta para usar a caneta, como havia ameaçado na véspera. O presidente tantas fez que acabou perdendo as condições práticas de governar. Seus desejos, no mais das vezes voltados para seu beneficio pessoal, não do país, encontram cada vez mais barreiras pela frente. Só são respeitados entre seus filhos, e naquele núcleo radicalizado que alimenta as redes sociais com intrigas e difamações, além de falsificações, como fizeram com o ministro Mandetta.

Criaram um perfil falso na internet onde o ministro da Saúde criticava o presidente Bolsonaro, dando motivos para sua quase demissão. O mais curioso é que Bolsonaro parece até mesmo acreditar nas falsidades criadas pelo “gabinete do ódio”, que trabalha dentro do Palácio do Planalto sob o comando de seu filho 02, o vereador Carlos Bolsonaro, que abandonou sua função no Rio para aboletar-se em um gabinete palaciano para aconselhar seu pai.

Volta e meia Bolsonaro tem que retirar de seu twitter notícias que lá publicam e se revelam mais tarde mentiras. [Presidente, pode parecer intromissão, caso seja a sugestão adiante é um 'mal' necessário', além de pecar pelo excesso de obviedade. Troque a senha do seu Twitter e não revele para ninguém, ninguém mesmo.] Durante todo o dia de ontem os mercados financeiros registraram a instabilidade provocada por palavras do próprio presidente desde a noite de domingo. Se não fossem as instituições funcionando, e os militares atuando nos bastidores, teríamos agora uma mudança radical na conduta do ministério da Saúde no combate à Covid-19, que causaria uma crise institucional grave, das muitas que já foram armadas pelo próprio Bolsonaro, contra seu próprio governo.

O presidente do Senado David Alcolumbre telefonou para o Palácio do Planalto para avisar que a demissão de Mandetta provocaria uma reação do Congresso. Na noite de domingo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deu uma entrevista dizendo que Bolsonaro seria responsabilizado pessoalmente por mudanças no combate à Covid-19 que não obedecessem às orientações da Organização Mundial de Saúde.
Vários ministros do Supremo, inclusive seu presidente Dias Toffoli, deram declarações a favor do isolamento horizontal. O que poderia ser um motivo de satisfação para Bolsonaro, ter montado um ministério com algumas pessoas técnicas de valor reconhecido pela opinião pública, que é o caso de Luiz Henrique Mandetta, torna-se um tormento quase infantil, uma inveja do sucesso de seus ministros poucas vezes vista.

Um exemplo recente foi o de Itamar Franco, que, depois de várias tentativas, acertou na escolha de Fernando Henrique para o ministério da Fazenda. Mesmo aconselhado por vários assessores contra aspectos do Plano Real, Itamar sempre acabou respeitando a orientação técnica da equipe, mesmo que às vezes fosse preciso que o próprio Fernando Henrique interviesse para desfazer intrigas e maledicências. A relação de Itamar e Fernando Henrique sempre foi tumultuada, especialmente quando o sucesso do Planalto Real era atribuído a Fernando Henrique, e não a ele. A ponto de Itamar, tendo sido eleito governador de Minas Gerais, dar um calote na dívida, quase desmontando o Plano Real no início do segundo governo de Fernando Henrique.

Hoje estamos em uma crise mundial de saúde, e somos obrigados a assistir a picuinhas de um presidente que já não tem condições plenas de governar porque toma decisões estapafúrdias, sem base técnica ou legal. Ao insistir no uso da cloroquina sem que haja comprovação científica de sua validade, e colocar no seu gabinete de crise técnicos que pensam diametralmente oposto ao que a Organização Mundial de Saúde recomenda, o presidente Bolsonaro está apenas criando uma nova crise na saúde, que pode dificultar a luta contra a Covid-19. Como diz o ministro Mandetta, é preciso ter paz para enfrentar essa guerra” .

Merval Pereira, jornalista - O Globo

Clique aqui e leia em O GloboSaiba quais são os cuidados necessários para fortalecer a imunidade


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Derrotas sucessivas no combate ao mosquito

Emergência internacional contra a microcefalia

A Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não aceita como fato cientificamente comprovado a relação entre a epidemia de zika (uma das doenças provocadas pelo Aedes aegypti) e o preocupante aumento da incidência de microcefalia no Brasil. Dos 462 casos confirmados pelo Ministério da Saúde, na sexta, de crianças nascidas com esse tipo de má-formação do cérebro, comprovou-se que apenas 41 foram consequência da exposição das mães ao vírus espalhado pelo mosquito.

Essa (por enquanto) baixa associação, no entanto, não reflete o que as evidências mais do que sugerem: a primeira semana de fevereiro fechou com o espantoso registro de quase cinco mil notificações de suspeita de vítimas de microcefalia (3.600 ainda permaneciam sob investigação dos organismos de saúde).

A gravidade da situação se mede, entre outros fatores, pela decisão da OMS de, mesmo sem comprovação, ter decretado uma incomum emergência de saúde internacional. O paradigma dessa medida se encontra na dimensão de episódios em que o organismo recorreu à convocação da excepcionalidade. Desde a reformulação do Regulamento Sanitário Internacional, em 2007, o mundo confrontou-se com três grandes ameaças de ordem sanitária: em 2009 (vírus H1N1) e em 2014 (poliovírus selvagem e ebola). O simbolismo da mobilização proposta pelo organismo internacional fala por si: a zika e sua virtualmente provável associação mais grave, a microcefalia, constituem uma ameaça palpável à saúde de boa parte do planeta. E, por descaso e incompetência do poder público do país, o Brasil comparece como indesejável protagonista dessa situação.

As evidências são que, sem uma mobilização internacional que junte ações de colaboração entre os governos e iniciativas no âmbito interno de cada país ameaçado pelo mosquito, o Brasil em especial, o caminho rumo a uma pandemia parece incontornável. Visto pelo ângulo dos números, o quadro é ainda mais assustador. Para além dos casos (zika e microcefalia) já registrados em diversos países, a OMS estima que, deixando-se a situação no curso atual, o vetor contaminará 4 milhões de pessoas nas Américas (1,5 milhão no Brasil). [Enquanto o maldito governo petista planejava se perenizar no poder, conseguiu perenizar além da miséria - retorno as classes D e E da chamada nova classe C, criada por Lula e Dilma, baseada no crédito fácil, a ser pago por pessoas sem renda, exceto as bolsas esmolas - a microcefalia, já que um mais de um terço dos atingidos na América Latina, se localiza em Banânia.]

Isso, sem contar os casos de dengue, variação ainda mais forte de mal transmitido pelo Aedes. Segundo o Ministério da Saúde, a doença atingiu ano passado 1,65 milhão de brasileiros, um recorde desde a primeira grande epidemia, nos anos de 1980. Convém lembrar que ambas, zika e dengue, são manifestações que podem levar à morte. Desde 2015, o número de óbitos atribuídos à zika, cujos registros são mais recentes, se aproxima de 80; já a dengue tem sido bem mais letal: entre 1990 e 2015, a febre hemorrágica e outras complicações dela decorrentes mataram mais de cinco mil pessoas no Brasil — quase 900 somente no ano passado, um recorde.

A decretação de emergência internacional pela OMS reflete a tibieza dos esforços do poder público brasileiro para controlar o mosquito depois de ele ter sido erradicado na década de 50. Mas, uma vez que se trata de situação de fato, em que importa mais agir que lamentar o que até aqui deixou de ser feito, a iniciativa do organismo deve ser vista pelo seu aspecto positivo. Ao recorrer a essa medida extrema, a instituição sinaliza que o problema, ainda que agravado pela leniência de um Estado-membro, passa a ser de todos, o que implica redobrar a mobilização para além dos limites de cada país a fim de conter o Aedes e reduzir os danos provocados pelo vetor.

A sinalização para o Brasil é inequívoca: o país, por meio do poder público, e, também, com a imprescindível colaboração da população, precisa fazer a sua parte nos procedimentos que inibam a reprodução do mosquito. O país precisa mostrar que é capaz de executar mais do que fez até agora. Afinal, está em jogo a vida de milhões de pessoas. [levar o 'poder público' a entender que tem que ser o protagonista no combate ao mosquito Aedes aegypti, é algo impossível.
Foi amplamente divulgada as entrevistas da ainda presidente - realizadas no seu idioma, o 'dilmês' -  em que a mesma intercalava asneiras com bobagens, mas, precariamente, deixou o recado que a responsabilidade é da população.
É a população que tem que reservar tempo para combater o mosquito. O governo tem mais o que fazer - na ótica da microcefalocrata Dilma Rousseff - envidar esforços para que a cérebro baldio não seja expulsa da cadeira presidencial e o apedeuta do seu criador não seja preso.]
Os pontos-chave
1
Por determinação da OMS, as notificações de zika/microcefalia precisam ser
aperfeiçoadas e padronizadas
2
Também por orientação do organismo de saúde, gestantes expostas ao zika devem ser acompanhadas antes e depois do parto
3
Estima-se que uma pandemia de zika atinja até 4 milhões de pessoas nas Américas,
1,5 milhão só no Brasill
4
Em 2015, o Brasil bateu o recorde de vítimas da dengue (1,65 milhão) e de mortes provocadas pela doença (854)

5
O Rio registra em média duas notificações de casos suspeitos de zika por hora,
número que pode estar subestimado



Fonte: Editorial - O Globo



terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

"Atletas preocupados com o zika devem considerar não ir às Olimpíadas", diz comitê dos EUA



Comitê Olímpico dos EUA fez alerta a seus atletas 

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos disse a federações desportivas americanas que atletas e funcionários preocupados com sua saúde devido ao vírus zika devem considerar não comparecer aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em agosto deste ano. A informação foi dada pela Reuters nesta segunda-feira (8).


A mensagem foi entregue em uma conferência envolvendo autoridades do comitê e líderes de federações desportivas em janeiro, de acordo com duas pessoas que estiveram presentes. As federações foram alertadas que "ninguém deve ir ao Brasil se não se sentir confortável em ir", disse o presidente da federação de esgrima dos EUA, Donald Anthony.

>> Ninguém está imune ao zika

A Reuters lembra que o país ganhou a maioria das medalhas nas Olimpíadas de Londres em 2012, "portanto qualquer desfalque na sua presença seria importante para os jogos do Rio".
Autoridades mundiais de saúde suspeitam que o mosquito causador do zika vírus seja responsável por um surto de microcefalia no país, o que fez com que a Organização Mundial de Saúde decretasse estado de emergência global no dia 1º de fevereiro deste ano.


Segundo a reportagem, o diretor da Federação Equestre dos EUA, Will Connell , ressaltou que a decisão é individual. "Eles disseram que não aquele que tem razões para se preocupar não deve se sentir obrigado a ir", acrescentou.

No entanto, funcionários do comitê também expressaram otimismo em relação à época em que será realizada a competição, no inverno, e ao risco minimizado devido à cooperação entre as agências de saúde e os esforços de controle do mosquito. A orientação do comitê deve ser atualizada à medida que as Olimpíadas se aproximarem.

Continue lendo em Época.................................   

http://epoca.globo.com/tempo/filtro/noticia/2016/02/atletas-preocupados-com-o-zika-nao-devem-ir-olimpiadas-do-brasil-dizem-autoridades-dos-eua.html

 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Perdendo feio

A crise do vírus zika, com epicentro no Brasil, internacionalizou-se na semana passada. O presidente Barack Obama reuniu funcionários da área da saúde e pediu urgência nas pesquisas sobre as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O governo dos Estados Unidos, do Reino Unido e de outros países europeus alertaram seus cidadãos contra os riscos de viagens ao Brasil. Em reunião de emergência convocada pela Organização Mundial de Saúde, em Genebra, o representante da Organização Pan-Americana de Saúde, Marcos Espinal, previu uma expansão explosiva de pessoas infectadas nas Américas, chegando a 3 ou 4 milhões, 1,5 milhão das quais no Brasil.  

Nos meios políticos brasileiros, enquanto isso, crucificava-se o ministro da Saúde, Marcelo Castro, por ter declarado que estamos “perdendo feio” a guerra contra o Aedes aegypti. A máquina de moer ministros, com motor instalado no interior do Palácio do Planalto, entreviu aí uma oportunidade e pôs-se a espalhar que a presença de Castro no governo estava com os dias contados.

Não há razão para crer que Marcelo Castro seja um bom ministro. Pelo contrário, ele e todos os demais ministros do governo Dilma Rousseff são por definição ruins, dadas as motivações e circunstâncias de sua nomeação. Ocorre que, no caso, ele estava certo. “O vírus zika, por causa da microcefalia e da síndrome de Guillain-Barré, provocou esse alvoroço e o desespero para a implantação de medidas que já deveriam ter sido tomadas há mais de vinte anos”, disse ao colunista o infectologista José Luís Baldy, professor aposentado da Universidade Estadual de Londrina. Nesse tempo todo, lembra o doutor Baldy, nunca se falou de medidas simples de prevenção, como repelentes ou mosquiteiros. Só se começa a falar nelas agora. “Depois dos 7 a 1, resolvemos mudar a estratégia.”

Curioso é que o Brasil já teve êxito em campanhas passadas contra o Aedes aegypti, no tempo em que o problema era a febre amarela, também transmitida pelo mosquito. Em 1955, ao final de um esforço articulado pela Organização Mundial de Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde, cobrindo toda a América Latina, o mosquito foi declarado erradicado no país. No fim da década de 60 houve uma ressurgência. 

Desencadeou-se nova campanha e, em 1973, de novo o Aedes aegypti foi declarado erradicado. Nos anos 1980 ele ressurgiu ainda uma vez, em toda a sua glória, agora trazendo de presente a dengue, que desde então assola o país. Nota-se nesse vaivém um padrão característico da nacionalidade: esforço/vitória/relaxamento. Assim como no caso das obras públicas, manutenção não é o nosso forte.

A Organização Mundial de Saúde programou para segunda-feira nova reunião, para decidir se é o caso de declarar uma “emergência internacional de saúde”, tal qual se fez no caso do vírus ebola, em 2014. A medida facultará à organização recomendar restrições de viagens e mobilizar mais recursos no combate ao problema. A internacionalização da crise tem o lado bom, para o Brasil, de abrir a perspectiva de ajuda vinda de fora. Não se espera nada de parecido com o que ocorreu nos anos 1920-1930, quando o governo brasileiro entregou à Fundação Rockefeller a exclusividade do combate ao Aedes aegypti nas regiões Norte e Nordeste, mas a colaboração em pesquisas e o compartilhamento de experiências podem nos ser benéficos. 

O lado mau é que a internacionalização joga mais pressão sobre o Brasil. Nossa seriedade e nossa competência estarão à prova, num jogo em que até agora, como bem assinalou o ministro, o placar nos é amplamente desfavorável. Merece reprise, em benefício de quem não leu no Globo, o exercício do colunista Jorge Bastos Moreno para pôr na ordem correta a declaração de honestidade da alma viva Luiz Inácio Lula da Silva. Moreno inspirou-se no que fez Millôr Fernandes com uma frase de José Sarney, ao assumir a Presidência. “O destino não me trouxe de tão longe para ser o síndico da catástrofe”, dissera Sarney. Millôr reorganizou-a para: “A catástrofe não me trouxe de tão longe para ter o destino de síndico”. Lula agora disse: “Não há uma alma viva que seja mais honesta do que eu”. Moreno revirou-a para: “Não há alma honesta que seja mais viva do que eu”.

Fonte: Edição impressa da Revista Veja - Roberto Pompeu de Toledo:



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Zica, quando usada como gíria que significa algo muito ruim, se refere a Dilma Rousseff



A zica do Planalto
[com o surgimento do vírus zika, extremamente nocivo, a palavra ZIKA passou a ser utilizada,  quase que exclusivamente, para designar ser, que também significa “toxina” ou “veneno”.
Mas a palavra ZICA  possui  outros significados, todos ruins e que inclui maldição, baixo astral, mau agouro, pessoa enrolada ou azarada.
Como é fácil perceber, todos,  coincidentemente,  se aplicam à Dilma – dado o fato de ser a presidente uma pessoa enrolada, azarada, uma verdadeira ZIQUIZIRA.]

Cada fala de Dilma sobre a zika vira uma festa para humoristas e um constrangimento para a população
Zica com “c” é uma gíria brasileira que significa mau agouro, azar, maldição, momento de baixo-astral, quando tudo dá errado. A origem da palavra não se sabe ao certo, mas há quem jure que seria uma contração da palavra ziquizira. Faz sentido. Não tem nada a ver com a zika, triste doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Triste porque infecta o cérebro de bebês no útero materno, triste porque atesta nossa incompetência de país subdesenvolvido diante do mosquito que também transmite a dengue, triste porque pode atingir 1,5 milhão de pessoas no Brasil neste ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Cada fala da presidente Dilma Rousseff sobre a zika vira uma festa para humoristas e um constrangimento para a maioria da população não, claro, para os militantes dilmistas, que a perdoam sempre e atribuem esses lapsos à pressão da dieta argentina ou da “inquisição medieval” contra ela e contra Lula. Dilma já chamou o mosquito de vírus. Dilma já chamou a zika de vetor. Dilma já disse que a doença é transmitida por ovos infectados por vírus. Dilma já inventou um outro inseto que seria especializado em zika, e que não seria o mesmo da dengue. 

Dilma também disse que “o Brasil não parou e nem vai parar”e não vai mesmo parar de piorar enquanto ela achar que o inferno são os outros. A microcefalia do Planalto não permite que criatura e criador caiam na real. [no que se refere a Lula e Dilma, os dois estão seriamente afetados pela microcefalocracia saber mais clique aqui.]  Dilma e Lula estão juntos na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Juntos no idioma maltratado. Juntos na solidariedade a Zé Dirceu, o consultor-modelo que mais voou em jatinhos de empreiteiros e lobistas, abastecidos por propinas. Juntos no discurso de perseguição da “mídia”, da Lava Jato e dos delatores premiados.

Pode continuar a trocar o ministro da Saúde, o ministro da Fazenda, o ministro do Planejamento, o ministro da Educação (aliás, por onde anda Aloizio Mercadante, qual será seu bloco escolar este ano?). De nada vai adiantar essa dança das cadeiras ministeriais para agradar a um ou outro partido. Não são eles os mosquitos vetores que contaminaram o Brasil com uma ziquizira da qual será muito difícil sair. O da Saúde, Marcelo Castro, formado em psiquiatria, depois de espalhar piadinhas de mau gosto com mulheres grávidas, cometeu o pecado fatal: foi sincero. Marcelo Castro disse que o Brasil “está perdendo feio” a guerra contra o mosquito – e isso é o fim da picada, não é, presidente?

Dilma não convive com a sinceridade. Seu governo não erra. Aliás, “se erra”, como admitiu há alguns meses, erra pouco e sem maldade – e tudo tem conserto. Erra porque foi vítima. Suas amigas, do gênero Erenice Guerra, também sempre acertam. Se erram, é por ingenuidade ou por falta de memória. A ex-ministra Erenice é ingênua, dá para sentir. E nem lembra quem pagou viagens aéreas dela. Dilma também já se esqueceu de muitas canetadas nessa roda-viva de Petrobras, Casa Civil, Presidência da República. Seu problema não foi o mosquito, mas a mosca azul.

Para a mosca azul não há antídoto nem vacina. A mosca, num passe de mágica, tira as contas do vermelho num gráfico ilusório, com a sua, a nossa ajuda. Uns bilhões do FGTS aqui, outros da CPMF ali, e pronto. O país fica cor-de-rosa, a cor dos programas eleitorais do PT. Só que não, a conta não fecha mesmo assim, porque o Estado brasileiro é voraz e gigantesco. Não há foco na redução do tamanho. Só no aumento de taxas, impostos e contas de serviços públicos. A dívida pública federal terminou 2015 em R$ 2,793 trilhões. A dívida – assim como o Brasil – não vai parar.

Diante do Conselhão de quase uma centena de empresários, empreendedores, banqueiros e autoridades – sem a presença incômoda da imprensa –, Dilma lançou um plano de sete medidas para liberar R$ 83 bilhões em crédito para habitação, agricultura, infraestrutura, pequenas e médias empresas. A maior parte desse dinheiro viria do FGTS. Crédito para um país em recessão, que não acredita na capacidade do governo para enfrentar a crise. Dilma disse que, para “a travessia a um porto seguro”, a CPMF é “a melhor solução disponível”.

Não existe nem espaço para o crédito moral, quando se vê Lula, o fiador de Dilma, acuado por delações que o envolvem em reformas milionárias e obscuras de imóveis como o tríplex do Guarujá ou o sítio de Atibaia – hoje amaldiçoados. Na vida real, os juros batem recorde e famílias endividadas precisam refinanciar seus débitos porque não podem lançar mão do dinheiro alheio. O Solaris não nasce para todos. A zica que contaminou o país tem origem na Capital.

Fonte: Revista Época – Ruth de Aquino


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Segurança ilusória – o cidadão desarmado estimula o assaltante



Em meio à crise política, em que se destacam uma presidente de muito baixa popularidade e uma base parlamentar instável, propostas de adulteração do Estatuto do Desarmamento tramitam pelo Congresso sem chamar maiores atenções. Trata-se de algo muito perigoso para a sociedade, pois o objetivo das alterações é enfraquecer o Estatuto, sob a falsa ideia de que a população precisa de armas para se defender. [essa excrescência conhecida como ‘estatuto do desarmamento’ não deve ser enfraquecida e sim sumária e totalmente revogada.] Ora, é o contrário.

Um relatório com várias mudanças deletérias poderá ser votado em comissão especial esta semana. Entre outras, a redução de 25 para 21 anos do limite mínimo de idade para a compra de armas, [um policial militar ou civil, um bombeiro militar, militar das Forças Armadas ou integrante de qualquer órgão ou empresa de segurança, com apenas 21 anos tem o DIREITO LEGAL E NECESSÁRIO de portar armas com grande poder ofensivo.
Mas, ao término do serviço é obrigado a se locomover desarmado, inclusive no trajeto casa x trabalho x casa pela simples e estúpida razão de ter idade inferior a 25 anos, condição que o impede de comprar uma arma, possuir legalmente uma arma.]    
O aumento no número de categorias profissionais com acesso à posse e ao porte [o que justifica que os guardas municipais de pequenas cidades  não possam portar armas livremente? São essas cidades que quadrilhas escolhem para realizar  ocupações e arrastões, exatamente por possuir pequeno efetivo policial e os integrantes da guarda municipal não portarem armas.]  

 redução de exigências para a aquisição de armamentos [as exigências devem ser as menores possíveis não se justificando tornar a aquisição de uma arma uma verdadeira maratona para superar exigências absurdas e que buscam apenas dificultar a livre compra.]  

e até mesmo a eternização do registro concedido pela Polícia Federal.[para que estabelecer prazo de validade  para um mero registro? Mais burocracia que não leva a nada. Quem quer uma arma para assaltar, matar ou outros fins ilegais, não vai perder tempo comprando no comércio legalizado. Existem milhares de quilômetros de fronteiras que  permitem o contrabando de armas.]

Equivaleria a eliminar a vistoria de veículos, oportunidade que as autoridades de trânsito têm para checar o pagamento de multas, as suas condições de tráfego etc. No caso das armas, acabará qualquer monitoramento sobre elas e seus donos. Será um cheque em branco. [a escolha do tema – defender que o cidadão não possa possuir/portar armas não foi das mais felizes. E este parágrafo é de uma infelicidade total. Comparar a desnecessária e inútil renovação periódica do registro concedido pela PF com a extremamente necessária e útil vistoria do veículo é uma verdadeira lição de SEM NOÇÃO.
O carro sofre desgaste natural e se não for realizada vistorias periódicas teremos veículos circulando com pneus carecas, sem faróis, sem dispositivos obrigatórios, furtados.
Uma arma não sofre desgaste prematuro – qualquer um que possui um instrumento de defesa cuida bem do mesmo - se foi roubada,  o autor do roubo/furto não vai tentar legalizar sua posse/propriedade.]

Caso o projeto prospere no Congresso e venha a ser sancionado no Executivo, o Brasil terá ido na contramão de um movimento contra a banalização no acesso a armas que avança no paraíso delas, os Estados Unidos, onde se multiplicam os casos de chacinas praticadas por pessoas desequilibradas, sem as mínimas condições emocionais de ter armamentos. [o número de pessoas mortas nos Estados Unidos, somando o que abrange as vitimadas em situações e por motivações diversas e as vítimas de chacinas não chega sequer a dez por cento do que se mata no Brasil. Aqui,  a cada ano,  ocorrem mais de 50.000 mortes e o número de armas em poder da população dos EUA é várias vezes superior ao do Brasil.]

Cresce entre os americanos a conscientização de algo simples: quanto mais disponíveis estiveram as armas, maior o risco de tragédias. O próprio Estatuto comprovou a regra, pois o ano em que passou a vigorar, 2003, registrou, segundo o Mapa da Violência, a mais elevada relação entre mortos por armas de fogo por grupos de 100 mil habitantes: 22,2, pouco mais que o dobro do índice a partir do qual, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a violência se torna endêmica. Com a lei, os índices caíram. 

As diversas campanhas feitas para o recolhimento voluntário de armas têm sido acompanhadas pela redução no número de mortos e feridos nas regiões que melhor atendem às mensagens para o desarmamento. A queda no número de vítimas não apenas evita dramas familiares de difícil reparação, como tem impacto positivo no sistema público de saúde, quase sempre pressionado por falta de recursos. [a alegada redução no número de mortes após a entrada em vigor do famigerado ‘estatuto do desarmamento’, nunca é demonstrada de forma cabal, quando muito é citado alguns percentuais que nada provam.
No Ceará, região Nordeste, dados recentes mostram que o número de mortos, vitimas de armas de fogo, por 100.000 habitantes está próximo dos 50, o que demonstra a fragilidade do argumento dos pró desarmamento.
Foram pinçados números ocasionais, em áreas limitadas  e apresentados como nacionais e sustentáveis.]    

É ilusório achar que a pessoa armada está mais segura. [o marginal sempre procura atacar aos que estão desarmados. Com raríssimas exceções, eles evitam atacar àqueles que estão em condições de reagir = estão armados.] Há pesquisas que mostram o contrário. Segundo uma delas, divulgada em recente “Profissão Repórter”, da TV Globo, feita sobre casos de roubo a mão armada, 27% evitaram o crime, 26% ficaram feridas e 46% morreram. Comprova-se que um cidadão armado tem poucas chances diante de um bandido adestrado.

O projeto de desmontagem do Estatuto surgiu da “bancada da bala”, em que militam parlamentares cuja campanha é financiada pela indústria do ramo. É tudo muito coerente.

Fonte: O Globo – Nossa opinião