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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Segurança ilusória – o cidadão desarmado estimula o assaltante



Em meio à crise política, em que se destacam uma presidente de muito baixa popularidade e uma base parlamentar instável, propostas de adulteração do Estatuto do Desarmamento tramitam pelo Congresso sem chamar maiores atenções. Trata-se de algo muito perigoso para a sociedade, pois o objetivo das alterações é enfraquecer o Estatuto, sob a falsa ideia de que a população precisa de armas para se defender. [essa excrescência conhecida como ‘estatuto do desarmamento’ não deve ser enfraquecida e sim sumária e totalmente revogada.] Ora, é o contrário.

Um relatório com várias mudanças deletérias poderá ser votado em comissão especial esta semana. Entre outras, a redução de 25 para 21 anos do limite mínimo de idade para a compra de armas, [um policial militar ou civil, um bombeiro militar, militar das Forças Armadas ou integrante de qualquer órgão ou empresa de segurança, com apenas 21 anos tem o DIREITO LEGAL E NECESSÁRIO de portar armas com grande poder ofensivo.
Mas, ao término do serviço é obrigado a se locomover desarmado, inclusive no trajeto casa x trabalho x casa pela simples e estúpida razão de ter idade inferior a 25 anos, condição que o impede de comprar uma arma, possuir legalmente uma arma.]    
O aumento no número de categorias profissionais com acesso à posse e ao porte [o que justifica que os guardas municipais de pequenas cidades  não possam portar armas livremente? São essas cidades que quadrilhas escolhem para realizar  ocupações e arrastões, exatamente por possuir pequeno efetivo policial e os integrantes da guarda municipal não portarem armas.]  

 redução de exigências para a aquisição de armamentos [as exigências devem ser as menores possíveis não se justificando tornar a aquisição de uma arma uma verdadeira maratona para superar exigências absurdas e que buscam apenas dificultar a livre compra.]  

e até mesmo a eternização do registro concedido pela Polícia Federal.[para que estabelecer prazo de validade  para um mero registro? Mais burocracia que não leva a nada. Quem quer uma arma para assaltar, matar ou outros fins ilegais, não vai perder tempo comprando no comércio legalizado. Existem milhares de quilômetros de fronteiras que  permitem o contrabando de armas.]

Equivaleria a eliminar a vistoria de veículos, oportunidade que as autoridades de trânsito têm para checar o pagamento de multas, as suas condições de tráfego etc. No caso das armas, acabará qualquer monitoramento sobre elas e seus donos. Será um cheque em branco. [a escolha do tema – defender que o cidadão não possa possuir/portar armas não foi das mais felizes. E este parágrafo é de uma infelicidade total. Comparar a desnecessária e inútil renovação periódica do registro concedido pela PF com a extremamente necessária e útil vistoria do veículo é uma verdadeira lição de SEM NOÇÃO.
O carro sofre desgaste natural e se não for realizada vistorias periódicas teremos veículos circulando com pneus carecas, sem faróis, sem dispositivos obrigatórios, furtados.
Uma arma não sofre desgaste prematuro – qualquer um que possui um instrumento de defesa cuida bem do mesmo - se foi roubada,  o autor do roubo/furto não vai tentar legalizar sua posse/propriedade.]

Caso o projeto prospere no Congresso e venha a ser sancionado no Executivo, o Brasil terá ido na contramão de um movimento contra a banalização no acesso a armas que avança no paraíso delas, os Estados Unidos, onde se multiplicam os casos de chacinas praticadas por pessoas desequilibradas, sem as mínimas condições emocionais de ter armamentos. [o número de pessoas mortas nos Estados Unidos, somando o que abrange as vitimadas em situações e por motivações diversas e as vítimas de chacinas não chega sequer a dez por cento do que se mata no Brasil. Aqui,  a cada ano,  ocorrem mais de 50.000 mortes e o número de armas em poder da população dos EUA é várias vezes superior ao do Brasil.]

Cresce entre os americanos a conscientização de algo simples: quanto mais disponíveis estiveram as armas, maior o risco de tragédias. O próprio Estatuto comprovou a regra, pois o ano em que passou a vigorar, 2003, registrou, segundo o Mapa da Violência, a mais elevada relação entre mortos por armas de fogo por grupos de 100 mil habitantes: 22,2, pouco mais que o dobro do índice a partir do qual, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a violência se torna endêmica. Com a lei, os índices caíram. 

As diversas campanhas feitas para o recolhimento voluntário de armas têm sido acompanhadas pela redução no número de mortos e feridos nas regiões que melhor atendem às mensagens para o desarmamento. A queda no número de vítimas não apenas evita dramas familiares de difícil reparação, como tem impacto positivo no sistema público de saúde, quase sempre pressionado por falta de recursos. [a alegada redução no número de mortes após a entrada em vigor do famigerado ‘estatuto do desarmamento’, nunca é demonstrada de forma cabal, quando muito é citado alguns percentuais que nada provam.
No Ceará, região Nordeste, dados recentes mostram que o número de mortos, vitimas de armas de fogo, por 100.000 habitantes está próximo dos 50, o que demonstra a fragilidade do argumento dos pró desarmamento.
Foram pinçados números ocasionais, em áreas limitadas  e apresentados como nacionais e sustentáveis.]    

É ilusório achar que a pessoa armada está mais segura. [o marginal sempre procura atacar aos que estão desarmados. Com raríssimas exceções, eles evitam atacar àqueles que estão em condições de reagir = estão armados.] Há pesquisas que mostram o contrário. Segundo uma delas, divulgada em recente “Profissão Repórter”, da TV Globo, feita sobre casos de roubo a mão armada, 27% evitaram o crime, 26% ficaram feridas e 46% morreram. Comprova-se que um cidadão armado tem poucas chances diante de um bandido adestrado.

O projeto de desmontagem do Estatuto surgiu da “bancada da bala”, em que militam parlamentares cuja campanha é financiada pela indústria do ramo. É tudo muito coerente.

Fonte: O Globo – Nossa opinião