Grupo diz ter resolvido mistério do voo MH370, sumido há quatro anos
Para especialistas, capitão promoveu massacre e sobrevoou cidade natal para se despedir
Mais de quatro anos depois do desaparecimento do voo MH370,
na rota entre Kuala Lampur e Pequim, um grupo de analistas de aviação
reunidos pela rede australiana "Nine Network" divulgou uma teoria sobre o
mistério. Especialistas do ramo e um oceanógrafo se uniram ao ex-chefe
do Escritório de Segurança em Transporte da Austrália, encarregado da
investigação oficial do sumiço, e chegaram à conclusão de que o piloto
da aeronave quis se matar e, para tanto, planejou um massacre com a
derrubada do avião.
A equipe do programa "60 Minutes" trata o caso como um plano de
suicídio do comandante Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, que acumulava
quase 20 mil horas de voo. A aeronave desapareceu em 8 de março de 2014.
A suspeita é de que tenha caído no Oceano Índico. Os governos da
Malásia, da China e da Austrália cancelaram as buscas em janeiro de
2017, sem resultados. De acordo com o estudo da equipe, o capitão Zaharie provocou a
despressurização do Boeing 777 para deixar as outras 238 pessoas a bordo
inconscientes e mudou o trajeto do avião. A estratégia explicaria o
silêncio na aeronave mesmo com a mudança brusca na rota: não houve
alerta de problemas a bordo, mensagens de adeus a parentes nem chamados
de emergência. "O ponto que é mais discutido é quando o piloto desliga o
transponder, despressuriza o avião, o que incapacita os passageiros. Ele
estava se matando. Infelizmente, ele estava matando todos a bordo. E
fez isso deliberadamente", destacou o investigador veterano da aviação
canadense Larry Vance.
A ação de Zaharie explicaria ainda a mudança na rota. Os
especialistas destacaram que o capitão levou a aeronave até se aproximar
de sua cidade natal, Penang, na Malásia. Antes do desaparecimento, a
aeronave fez uma curva para a esquerda e depois começou uma longa volta à
direita, como quem observa a área pela janela. "Deve ter sido um longo e emocionado adeus. Ou um curto e emocionado
adeus à cidade natal", frisou o piloto sênior e instrutor de Boeing 777
Simon Hardy no "60 Minutes".
A conclusão da equipe da rede australiana é uma teoria. Durante a investigação oficial, o piloto e o copiloto Fariq Abdul Hamid foram considerados suspeitos principais da tragédia. Entre as evidências contra Zaharie estavam sua experiência e a construção de um simulador de voo em sua casa, no qual teria planejado o massacre.
O Globo
A conclusão da equipe da rede australiana é uma teoria. Durante a investigação oficial, o piloto e o copiloto Fariq Abdul Hamid foram considerados suspeitos principais da tragédia. Entre as evidências contra Zaharie estavam sua experiência e a construção de um simulador de voo em sua casa, no qual teria planejado o massacre.
O Globo