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quinta-feira, 6 de abril de 2023

Projeto de lei quer barrar mulheres trans em competições esportivas femininas - VOZES

Gazeta do Povo - Fabio Calsavara

No Paraná

Imagem ilustrativa| Foto: Claudio Bianchi / Pixabay

Está tramitando na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) um projeto de lei que busca definir o sexo biológico como o único critério de definição de gênero em competições esportivas oficiais no Estado. 
Desta forma, estaria barrada a participação de mulheres trans nessas competições. 
O texto, que não tramita em regime de urgência, foi protocolado na casa em 2019, e desde maio de 2021 aguarda um parecer da Secretaria Estadual de Esportes.

Na justificativa do projeto, o deputado Alexandre Amaro (Republicanos) explica que apesar de existirem tratamentos hormonais e cirurgias para que pessoas nascidas com o sexo biológico masculino possam integrar equipes esportivas femininas, a formação orgânica corporal da pessoa trans não passa por mudanças. “É fato comprovado pela medicina que homens foram formados com testosterona durante anos; já as mulheres não têm esse direito em momento algum da vida, uma vez que são monitoradas constantemente por exames antidoping. Caso sejam pegas com alto nível de testosterona no sangue, podem ser punidas até mesmo com a perda de títulos conquistados anteriormente”, justifica o autor.

Na sequência, após apresentar uma série de dados, o deputado aponta que essas alterações fisiológicas e estruturais das atletas trans “adquiridas às custas da testosterona não podem ser ignoradas no dia a dia dos competidores”. O texto, redigido em 2019, cita as discussões que já havia à época a respeito do que chama de “peculiaridade científica”, e aponta a necessidade de se “resguardar a paridade fisiológica entre os competidores e atletas nas competições oficiais”.

O projeto tem coautoria do deputado Fabio Oliveira (Podemos)
. Ele reitera a necessidade de proteção das mulheres que competiriam em condições de "desvantagem em relação a atletas trans", segundo destaca o parlamentar.
Veja Também:
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    Grupo LGBT de Wyoming paga manifestantes para criticar lei que impede homens biológicos de competir em categorias femininas


Federação Internacional de Atletismo proibiu mulheres trans de disputar provas femininas
No último dia 23 de março, a World Athletics (Federação Internacional de Atletismo) anunciou que mulheres transgênero que passaram pela puberdade masculina estão proibidas de disputar eventos internacionais na categoria feminina a partir de abril de 2023. De acordo com a entidade, treinadores, atletas e grupos representativos de direitos humanos e transgêneros participaram de uma pesquisa cujo resultado foi priorizar a justiça e a integridade das competições femininas antes de buscar a inclusão. “As decisões são sempre difíceis quando envolvem necessidades e direitos conflitantes entre diferentes grupos, mas continuamos a ter a visão de que devemos manter a justiça para as atletas femininas acima de todas as outras considerações. Seremos guiados nisso pela ciência em torno do desempenho físico e da vantagem masculina que inevitavelmente se desenvolverá nos próximos anos. À medida que mais evidências estiverem disponíveis, revisaremos nossa posição, mas acreditamos que a integridade da categoria feminina no atletismo é fundamental”, declarou o presidente da World Athletics, Sebastian Coe.

Ciclista multicampeã se aposentou após derrotas para mulheres trans

No mesmo dia, a ciclista norte-americana Hannah Arensman, que venceu por 35 vezes o circuito nacional de Ciclocross nos Estados Unidos, anunciou ter se aposentado após terminar em quarto lugar em uma competição em dezembro de 2022 – uma das ocupantes do pódio naquela ocasião era uma mulher trans. Eu nasci em uma família de atletas. Sempre fui encorajada pelos meus pais e pelos meus irmãos, competi nos esportes desde muito pequena. Tive que conquistar com muito esforço um lugar na elite das corridas de ciclocross. Só que com o passar dos anos eu fui obrigada a correr com ciclistas homens em eventos femininos. Conforme isso foi se tornando cada vez mais frequente, eu fui me sentindo cada vez mais desestimulada a treinar duro como eu sempre fiz. Eu iria me esforçar ao máximo, para no final perder para um homem, graças a um corpo masculino que lhe daria essa vantagem injusta”, ela disse.

A ex-atleta contou que na sua última competição oficial, em dezembro de 2022, sua irmã e outros familiares choraram ao ver ela chegar em quarto lugar, com uma mulher trans chegando em terceiro e outra em quinto. Arensman disse ter tido “várias interações físicas” com as atletas durante a corrida. “Eu sinto pelas jovens atletas que estão começando a competir e que vão crescer sem ter chances reais de vencer provas, quebrar recordes ou serem campeãs no ciclismo porque os homens querem competir na nossa categoria. Eu me sinto profundamente irritada, desapontada, desprezada e humilhada por aqueles que criam e aceitam essas regras, porque para eles não é algo necessário garantir que mulheres participem de competições apenas contra outras mulheres”, desabafou.
 
Fabio Calsavara - colunista -  Gazeta do Povo - VOZES
 
 

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Seguidoras de Trump ignoram escândalo por declarações ofensivas às mulheres



Comentários lascivos sobre as mulheres? É só papo de vestiário. Acusar o ex-presidente Bill Clinton de abuso sexual? Ele precisou fazer isso. Queda nas pesquisas? Os institutos de pesquisa mentem.  As seguidoras de Donald Trump parecem alheias à gravidade dos escândalos que cercam o candidato republicano à presidência, assim como as deserções que ocorrem em campanha de figuras e legisladores de seu partido.

E se mostram mais apaixonadas do que nunca para votar no magnata do setor imobiliário.  Os eleitores indecisos podem descartar Trump, o Grand Old Party (GOP, Partido Republicano) pode ter abandonado toda esperança de vencer a eleição de 8 de novembro, mas há poucos sinais de que os seguidores do ex-astro dos reality shows estejam desertando. Trump! Trump!, vocifera uma multidão enquanto espera o candidato em seu primeiro comício desde que explodiu o escândalo da divulgação de uma gravação de 2005 na qual se gaba de utilizar sua condição de celebridade para abusar sexualmente das mulheres.  Seus seguidores se dirigiram à arena de Wilkes-Barre, um ex-povoado minerador governado por um prefeito democrata no estado chave da Pensilvânia.

Hillary Clinton acumula uma vantagem de 9,4 pontos percentuais neste estado, de acordo com uma média das pesquisas do RealClearPolitics. “Posso estar mancando na linha de chegada, mas vamos cruzar a meta”, disse Trump na segunda-feira depois de receber boas-vindas dignas de um astro do rock de seus defensores incondicionais, embora o recinto, com capacidade para 10.000 pessoas, não estivesse lotado.

Seguidores que faziam fila – inclusive desde sete horas antes do início do comício – estimaram que a gravação de 2005 na qual Trump faz suas declarações escandalosas sobre as mulheres mostra apenas que tem a aspereza necessária para olhar fixamente nos olhos de homens como o russo Vladimir Putin. “Não significa nada para mim”, disse Lynae Kuntz, que há 30 anos trabalha no setor de saúde. Ela considerou que o democrata Bill Clinton foi um bom presidente e tolerou suas infidelidades, assim como também tolera as de Trump. “Isso não tem nada a ver com a presidência”, afirmou. “O que quer que tenha feito, não gosto de julgar as pessoas, só quero alguém que faça com que as coisas melhorem para nós”, disse.
Os democratas e os indecisos não estão de acordo. Uma pesquisa recente da NBC-The Wall Street Journal mostra Hillary Clinton com uma vantagem de dois dígitos, enquanto 41% dos eleitores consideram os comentários de Trump “completamente inaceitáveis”.  Uma pesquisa recente da Universidade de Quinnipiac revelou que as mulheres apoiam Hillary por uma margem de 53% contra 33%.

E, embora Trump tenha um bom desempenho entre a população operária branca, havia entre a multidão um bom número de mulheres profissionais de classe média.  – Muito impressionado –  Sua atratividade como outsider político, suas promessas de criar postos de trabalho e colocar fim à imigração ilegal, assim como a forma como desafia a correção política, atraíram milhões de americanos fartos dos políticos de carreira.

Frequentemente ignoram ou desculpam seus insultos – contra as mulheres, os mexicanos, os muçulmanos e os deficientes – no âmbito da agressiva campanha que polarizou o país.  “Estamos realmente excitados”, disse Kim Herron, de 44 anos, de Wyoming, Pensilvânia, que trabalha em marketing, enquanto estava na fila com o namorado. Disse que admirou o desempenho de Trump no debate, e destacou como ponto alto quando afirmou que enviaria Hillary à prisão. Minimizou suas declarações lascivas sobre as mulheres como “provavelmente nada que uma mulher ou um homem não tenha dito”.

Defendeu seus ataques contra Bill Clinton a quem Trump acusou de ser “abusivo” com as mulheres como justos, considerando que pode voltar a ocupar a Casa Branca como primeiro-cavalheiro, algo que “não seria bom”. Bev Rose, uma dona de casa que no ano passado se mudou à Pensilvânia com seu marido depois de permanecer por 13 anos na Grã-Bretanha, disse que nada poderia dissuadi-la de votar em Trump.

E embora tenha estimado que o magnata apresentou bons pontos no debate de domingo, se preocupa com a possibilidade de que não vença as eleições em menos de um mês.  “Qualquer outra pessoa que tivesse cometido apenas uma parte de tudo o que ela (Hillary Clinton) fez estaria presa agora mesmo, e ela se lança à Casa Branca”, algo que “nunca deveria ter sido permitido”, lamentou Rose.

Neil, seu marido britânico, um engenheiro aposentado, considerou que Trump redefiniu o republicanismo.  “O GOP parece estar fora de linha”, considerou apenas algumas horas após o titular da Câmara de Representantes, Paul Ryan, dizer que não podia defender Trump.  “Olhe as pessoas aqui hoje, é uma corrente tão popular”, considerou enquanto apontava a enorme fila. “Estou fortemente impressionado, é chocante”.

Fonte: AFP