Alexandre Garcia - Gazeta do Povo
Hoje eu quero falar desse menino que eu não posso chamar de criminoso.
Ele é autor de um ato infracional análogo a homicídio. Dezesseis anos.
Ele foi dirigindo até a escola, saiu de uma escola e foi para outra.
Já
tem quatro mortes. Feriu 12, tem duas crianças em estado grave.
Três
professoras e uma aluna de 12 anos morta, em Aracruz, Espírito Santo. O
mesmo estado da deputada Rita Camata, que foi a líder do movimento que
fez o Estatuto da Criança e do Adolescente - e que estabeleceu que um
jovem de 16 anos que já pode escolher o presidente da República, pode
decidir uma eleição, é inimputável.
O suspeito dos ataques a tiros em duas escolas de Aracruz, no Espírito
Santo, é um adolescente de 16 anos que já foi aluno da Escola Estadual
Primo Bitti.| Foto: Reprodução/Youtube
Está na Constituição, artigo 228, ele é inimputável até os 18 anos. Agora, por quatro mortes e ferimentos em crianças, ele não pode ficar preso, é internado até os 21.
Depois dos 21, não tem nem ficha criminal, é ficha limpa igual ao candidato Lula. Não dá para dizer que é assassino, tanto que o nome dele nem aparece. Quem está pagando por isso até é o pai dele.
No dia 23 agora, fez 29 anos que na Inglaterra dois meninos de 10 anos de idade que haviam assassinado uma de criança de 2 anos foram condenados à prisão perpétua.
No dia da condenação, eles tinham 11 anos. Prisão perpétua: significa afastar da sociedade porque foi constatada uma cabeça criminosa, tanto que um deles voltou a praticar crimes.
“Tudo na cabeça do Lula”
Vejam só que coisa estranha: na sexta-feira, Fernando Haddad, que está cotado para ser ministro da Fazenda, mas ninguém sabe, porque está na cabeça de Lula... (Engraçado que tem 300 na equipe de transição, mas está tudo na cabeça de Lula. O que os 300 disserem, se Lula "desdizer" está "desdito". Por exemplo, falou-se na reforma tal, não vai ter mais - vai ter imposto sindical, vão desfazer a reforma trabalhista e a reforma da Previdência.
Agora o Alckmin disse que não, nenhuma reforma vai ser desconstruída, nem mesmo o imposto sindical. É o que disse o coordenador da equipe.
Mas essa semana Lula está chegando a Brasília supostamente para impor a PEC do fura-teto, a PEC da gastança – é o que diz o noticiário comportado de hoje, que me deixa envergonhado.
Tenho 51 anos de jornalismo institucional com diploma e uns 60 e tantos com jornalismo mesmo e sempre vi jornalista defendendo as liberdades, a Constituição e contra a censura, só que agora não)...
Mas, enfim, voltemos ao assunto: Haddad vai lá e fala na Febraban sobre equilíbrio fiscal e quando perguntaram sobre planos econômicos ele disse: “está tudo na cabeça do Lula”.
Aí o real afundou e as ações que representam o capital de empresas brasileiras na bolsa caíram também.
Daí você se dá conta de que 60 milhões de eleitores brasileiros votaram sem saber no que estavam votando, votaram por simpatia, por propaganda. [só nos resta,mais uma vez dar razão ao genial Pelé: "o povo brasileiro não sabe votar."]
Programas de governo, quais foram? Cadê o programa econômico?
Só que 60 milhões impõem um poder de Estado a 215 milhões. Menos de um terço se impõe aos outros dois terços, então fica esquisito. Mas, enfim, a gente fica esperando para saber o que vai acontecer, porque não se sabe. A campanha eleitoral não foi transparente, também faltou transparência que todo mundo está cobrando na apuração.
Por que não entregar logo o código-fonte e acabar com isso? Por que não queriam um comprovante impresso, tão simples? Não teriam todo esse desgaste. E agora estamos aí diante de um seríssimo impasse, em que está em jogo o poder original, que está no 1.º artigo da Constituição: todo poder emana do povo.
[Alexandre, desculpe contestá-lo, porém estamos no XANDEQUISTÃO, cuja constituição tem dois artigos:
XANDEQUISTÃO
Constituição:
Artigo 1º - Todo poder emana do Xandão;
Artigo 2º - No caso de divergências, dúvidas e omissões, vale o artigo 1º]
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES