O sedizente
jornalista aceita alegremente a CENSURA que o STF lhe enfia, suporta
caladinho a perseguição, silenciamento e prisão de colegas que se
atrevem a fugir do script progressista, morde a fronha vermelha de
sangue do totalitarismo para, ao final, chamar de golpista o movimento
mais legítimo, espontâneo, pacífico e sóbrio que esta nação já viveu.
Em primeiro
lugar, é preciso saber que um golpe de estado pressupõe que o golpeado
seja legitimo. É condição necessária. Vale dizer, sem ser legitimo,
nenhum governo pode sofrer golpe, seria um contrassenso, uma contradição
em termos. Em segundo, observe-se que a discussão é exatamente esta: Há
legitimidade na eleição do ex-presidiário? Sim, dirão seus eleitores,
já que o número de votos contados pelas urnas eletrônicas é superior ao
do seu adversário.
Não se garante, dirão os manifestantes, já que a
caixa preta de contagem apresenta, segundo relatórios já espalhados aos
montes, inúmeras inconsistências estatísticas e várias violabilidades.
Há, portanto, incertezas justificáveis que devem ser resolvidas.
O cidadão
que está na rua há mais de quinze dias, sob sol e chuva, não quer
destituir nenhum governo legítimo, então não pode ser golpista, ele quer
a chance de provar que o processo não foi legítimo e, para isto, basta
que permitam o processo de auditagem integral. Pelo menos três elementos
graves de suspeição foram apresentados pelo Ministério da Defesa: O
código-fonte não foi disponibilizado; houve inserções não auditadas de
bibliotecas de terceiros e não há garantias de que o programa
disponibilizado corresponde ao efetivamente utilizado.
Caso seja
impossível a auditagem, fica desprovido de segurança o resultado
proclamado e escassa a sua legitimidade já fragilizada por vários
relatórios estatísticos ainda não contestados.
O que os manifestantes
não admitem é a concretização de um processo cuja lisura não possa ser
absolutamente declarada.
Queira ou não o Sistema e o jornalista
militante, o direito à livre expressão está indelevelmente cravado na
Constituição Federal brasileira, apesar dos constantes ataques que sofre
de quem deveria protegê-la.
As gentes
todas que o “jornalista” chama de golpistas, sem olhar para o próprio
rabo onde estão atados regimes totalitários que prendem e matam por
crime de opinião, tem todo o direito e o dever cívico de pedir ou lutar a
favor ou em contrário do que quiserem e, neste caso, estão
desconfiadas, amedrontadas e acuadas.
Caminhoneiros não são vagabundos,
eles não param no meio da estrada para tirar folga ou porque sejam
criminosos golpistas, mas para avolumar e fortalecer a expressão de uma
insatisfação legítima.
Se há excessos, que sejam apurados e corrigidos
na forma da lei, mas não criminalizados em uma espécie de sanção da
censura.
Penso que uma boa leitura de Ruy Barbosa lembraria ao militante
que “Um país de imprensa degenerada ou degenerescente é, portanto, um
país cego e um país miasmado, um país de ideias falsas e sentimentos
pervertidos, um país que, explorado na sua consciência, não poderá lutar
com os vícios que lhe exploram as instituições “.
Tomemos
como exemplo a situação atual nos EUA, onde, após a retomada da maioria
na Câmara, os republicanos pretendem levar adiante investigações sobre
os podres do Joe Biden
escondidos durante as eleições, com o já confessado acumpliciamento da
imprensa para que ele fosse eleito. Lá aconteceu algo semelhante a
“absolvição” do ex-presidiário pelo consórcio de cá, ou seja, esconderam
os crimes do candidato. As acusações contra os Biden são severíssimas,
ao ponto de incluir tráfico humano. Quem teve acesso ao conteúdo do
computador de Hunter Biden (filho de Joe Biden) sabe a que me refiro.
Como
costumava dizer Ulysses Guimarães, eterno ícone da redemocratização,
nada é mais sanitário na política do que iluminar os fatos. O verdadeiro
crime em curso é o de censura, praticado às escancaras de cima a baixo,
do topo à planície, tendo como alvo uma visão conservadora do mundo, o
respeito à vida, tradições, família, religião, propriedade e liberdade. O
progressismo anda a passos largos, de mãos dadas com a censura calando
os oponentes.
Parece que o
autoritarismo que o combate à COVID acoitou não quer sair da sala. Não
se podia dizer que a vacina era experimental, logo, um tanto insegura, e
agora não se pode dizer que as urnas eletrônicas são passíveis de
ataques à sua integridade.
Mais tarde será proibido questionar o
alarmismo climático e, de uma em uma, a censura se normalizará perante a
sociedade.
Você, leitor, dirá apenas o que eles permitirem que você
diga.
Infelizmente, a outrora nobre imprensa, cuja essência é a verdade,
dá sobradas mostras de submissão, fazendo com que a mediação entre a
realidade fática e o cidadão se mude em definitivo para as sinuosas
plataformas e mídias sociais. Infelizmente, ao negar a verdade e se
tornar militante de causas e projetos, a imprensa cava seu próprio
sepulcro.
Valterlucio Bessa Campelo escreve todas as sextas-feiras no ac24 horas e, eventualmente, em seu blog e no site Conservadores e Liberais do jornalista Percival Puggina.