Lucro da Petrobras no 1º tri foi inflado por
"pedalada contábil"
Estatal
usou um evento ocorrido no dia 7 de maio, 37 dias
depois de encerrado o trimestre, para reduzir as despesas no
demonstrativo financeiro, diz jornal
A Petrobras usou um artifício contábil para inflar em 1,3 bilhão de
reais o lucro da estatal
no primeiro trimestre deste ano, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira. A companhia incluiu na conta um ganho obtido em evento do dia 7 de maio
- 37 dias depois do fim do trimestre -, chegando ao lucro de 5,3 bilhões de reais.
Na ocasião, o valor surpreendeu o
mercado que esperava um resultado menor.
Na semana passada, a Petrobras informou ter reavaliado o risco de receber um calote de 4,5 bilhões de reais do setor elétrico. As empresas elétricas têm uma dívida com a estatal referente ao fornecimento de gás e combustível para alimentar as usinas térmicas. A reconsideração de não receber os valores devidos do setor - que são incluídos na demonstração contábil como despesas - ocorreu por causa de um contrato assinado com a Eletrobrás. Nele, a estatal pedia para reverter 1,3 bilhão de reais da dívida oferecendo como garantia créditos do subsídio da conta de luz. Acontece que o contrato foi assinado no dia 7 de maio.
O estrategista chefe da corretora XP Investimentos, Celson Plácido, afirmou que a decisão não é errada, mas diminui a credibilidade da companhia. "A empresa perde confiança. Mexer em provisão de devedores é recorrente no setor bancário, mas não em empresas", disse. Questionada sobre por que usou um evento de maio para calcular o demonstrativo financeiro relativo ao primeiro trimestre, a Petrobras respondeu que apenas "trabalha para a recuperação da totalidade das dívidas de terceiros".
Hello! O trimestre da Petrobras tem mais de quatro
meses!
O trimestre da Petrobras tem mais de quatro meses. Para inflar em R$ 1,3 bilhão
o lucro trimestral que surpreendeu o mercado neste ano, a estatal registrou ganho
baseado em evento de 7 de maio, 37 dias depois do fim do trimestre. Foi o primeiro sob a gestão de Aldemir Bendine, o amigo íntimo da socialite Val “Hello” Marchiori.
Especialistas
ouvidos pela Folha fazem os
seguintes comentários:
a) “Um
evento que ocorre depois do fechamento do balanço deve ser registrado em nota
explicativa, mas não deve afetar o balanço.” (Eric Barreto)
b) A manobra
é uma “pedalada contábil”. “Não poderia ser feito, porque é um fato gerador
referente a outro trimestre. A CVM deve analisar a
legalidade da manobra. O caso pede esclarecimento”. (Marcos
Piellusch)
c) É “criatividade
pura”. “Não é ético e fere o princípio contábil pelo qual o fato de maio deve ter efeito no segundo trimestre”.
(Welinton Mota)
Eu fiz os cálculos. Pela matemática petista, o PT já está há mais de 16
anos no poder.
Hello!
É tempo demais para aturar essa gente.
Fonte: Veja OnLine