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sábado, 13 de abril de 2019

Temor de greve leva governo a atender pedidos de caminhoneiros

Ameaça de nova paralisação faz com que governo avalie todas as demandas dos caminhoneiros

A intervenção do presidente Jair Bolsonaro no reajuste do diesel é reflexo direto da pressão dos caminhoneiros. Nos dias que antecederam a decisão do presidente, o núcleo de governo recebeu relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que indicavam uma “preocupação” com uma possível greve dos caminhoneiros. Sem consultar o ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro foi aconselhado por assessores palacianos de que uma greve traria mais problemas políticos do que uma intervenção no preço do diesel.  

O monitoramento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência das movimentações de caminhoneiros, desde o mês passado, levou a equipe de governo a avaliar todas as demandas da categoria. Além de recuar em relação ao aumento de 5,7% no preço do diesel, o Planalto e o Ministério de Minas e Energia estudam atender outros pedidos, como a mudança no valor do frete.  O temor de uma greve como a de maio de 2018 já estava no radar da equipe de transição, no final do ano passado. Foi a partir dali que o grupo que hoje está no governo começou a formular a adoção de “medidas estruturantes”, que envolviam várias áreas, para verificar os problemas do setor e atender o que fosse possível. [medidas estruturantes é o novo nome para o gesto servil de ajoelhar o Brasil diante dos caminhoneiros;
ceder a grevista é pior que ceder a chantagem - o chantagista sempre que mais e o grevista é ainda mais guloso.
Os caminhoneiros se forem combatidos com rigor - como o que realmente são: inimigos do Brasil - eles cedem;

as empresas ainda tem alguma estrutura para aguentar uma paralisação = lockout (nada que multas pesadas e até mesmo prisão de empresário não resolva), mas, os caminhoneiros não aguentam, a maior parte deles deve prestações dos caminhões (e os bancos são implacáveis com os inadimplentes) possuem compromissos familiares etc.

A Venezuela se ferrou optando em ser uma república plebiscitária, o Brasil vai optar por se ferrar cedendo as caminhoneiros - cada vez que os caminhoneiros ganharem, outras categorias se sentirão estimuladas a brigar por aumentos = aumento dado por decreto, sem aumento de produtividade,  gera inflação.]

Na segunda-feira, Bolsonaro vai se reunir com ministros e pessoal da área técnica para discutir demandas dos caminhoneiros. O governo estuda apresentar à Petrobrás proposta de ampliar a rede de decisão de aumento de preços de combustíveis. Hoje, o gerente executivo de comercialização da Petrobrás tem autonomia para definir um reajuste de até 7%. 

Aumento

O Estado apurou que o alerta no Planalto foi aceso na tarde de quinta-feira, quando o reajuste de 5,7% foi publicado no site da Petrobrás. Precisamente às 19h40, Bolsonaro foi avisado por assessores do aumento. Ele ligou então para o presidente da Petrobrás, Roberto Castelo Branco, “preocupado com o porcentual em um nível sequer previsto para a taxa de inflação deste ano”. Diante das argumentações e ponderações de Bolsonaro, Castello Branco “suspendeu temporariamente” o reajuste. 

Justamente para atender a um problema do setor, desde o mês passado a Petrobrás já havia decidido estabelecer que o diesel não terá seu preço reajustado em período menor do que 15 dias. Além disso, a Petrobrás e a BR Distribuidora anunciaram a criação do “cartão caminhoneiro”, com objetivo de viabilizar a compra de diesel a preço fixo nos postos com a bandeira BR.

O Estado de S. Paulo

 

 

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O boicote é mais eficaz. Liminar não pode proibir ou suspender boicote. Já um TAC a Justiça pode suspender

TAC divulgada pelo Ministério Público vai limitar lucro da Cascol em 15,87%

O conselho nomeará um interventor para conferir a suposta combinação de preços nos postos de combustíveis da maior rede do Distrito Federal

A insistência dos postos de combustível do DF em manter uma alta margem de lucro e não baixar o preço da gasolina após a Operação Dubai comprovar a combinação de preço entre empresas do setor levou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a intervir na maior companhia do mercado, a Cascol — é a primeira vez que isso ocorre no país. O Cade anunciou ontem a nomeação um administrador temporário para a firma, com a missão de diminuir os valores praticados pelos postos. O gestor interino será escolhido pelo órgão a partir de uma lista com cinco nomes a ser apresentada pela Cascol em 15 dias. 

Também ontem, o Ministério Público do DF divulgou a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a mesma empresa, que terá de limitar o lucro em 15,87%, de acordo com o preço que adquire o produto.

 Apesar de não haver interceptação telefônica ou alguma prova cabal de que os empresários seguem combinando preços, o Cade entendeu que as últimas alterações nos valores são suficientes para intervir no setor. A prisão de sete empresários do ramo, em novembro, quando foi deflagrada a Dubai pela Polícia Federal, em parceria com o MP e o Cade, não constrangeu a atuação dos proprietários dos postos. Segundo o Cade, eles aproveitaram o reajuste do ICMS, no início do ano, para aumentar o preço da gasolina acima da média e elevar o lucro do suposto cartel.

O superintendente-geral do órgão de defesa, Eduardo Rodrigues, classificou a intervenção como a medida “mais adequada e proporcional a fim de restabelecer a concorrência”. “Nós verificamos um paralelismo de preço muito grande. Esperávamos que, depois da Dubai, ocorresse uma ausência de coordenação entre os estabelecimentos, e parece que isso não aconteceu”, explicou Rodrigues. Para ele, o reajuste do ICMS foi um termômetro para avaliar se o cartel seguia em atuação.

Ajuste de conduta
O TAC também poderá ajudar a baixar o preço do combustível em Brasília. O acordo, resultado de uma sentença de primeiro grau de uma ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), em 2007, terá validade de seis meses, sob pena de R$ 50 mil a cada situação de descumprimento. Paulo Roberto Binicheski, da Prodecon, defende a intermediação do MP. “Não interferimos, não estamos tabelando o lucro, como alguns querem dizer. Estamos limitando a margem de lucro”.

Todos os postos da Cascol com bandeira BR, equivalente a dois terços dos estabelecimentos da rede, serão administrados pelo novo gestor. “Os consumidores vão ter 60 postos nas mãos de uma administração independente, não alinhada com o suposto cartel. Acreditamos que isso vai permitir uma precificação independente”, argumentou Rodrigues. A ação se deu nessa empresa por ser a maior do DF. “Temos provas robustas de que a Cascol participa e é líder das combinações. Além disso, é sabido que são líderes de mercado e sempre acontece de os demais agentes seguirem o preço deles”, diz.

Fonte: Correio Braziliense

 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Boicote aos postos do DF: brasilienses prometem não abastecer nesta sexta



Cidadãos organizam evento para que os brasilienses não abasteçam os veículos hoje, a fim de mandar um recado para os donos de postos de combustível. Se os participantes cumprirem o prometido, prejuízo do setor pode chegar a R$ 5,7 milhões

[Sendo levado a sério o boicote funciona.

Mas, algumas regras precisam ser adotadas:
-boicote geral em todos os postos uma vez por semana – não vale encher o tanque no dia anterior ou no dia seguinte - abasteça no dia seguinte com o mínimo necessário. 

Caso precise abastecer no dia seguinte coloque a menor quantidade possível.
A cada dia, nos intervalos entre o boicote geral, boicotar uma rede e uma bandeira.
Sempre que for abastecer, abasteça com o mínimo possível e divida o abastecimento entre vários postos – tipo R$ 10,00, no máximo em cada posto – o objetivo é formar filas nos postos, mas, aquele tipo de fila que só tumultua, já que vinte ou trinta carros levam quase uma hora para abastecer e o que o posto fatura neste tempo é se muito R$ 300,00. É um pouco trabalhoso precisa de paciência, mas se for feito o boicote vai funcionar.]

Cerca de 32 mil moradores do DF prometem boicotar postos de gasolina hoje, em evento organizado nas redes sociais. De acordo com o combinado, nenhum deles pretende abastecer o tanque do carro. A partir de amanhã, o projeto permanece, mas os alvos serão apenas uma rede e uma bandeira BR específicas. A ideia é fazer com que os postos amarguem o maior prejuízo da história. Caso os internautas não comprem combustível nesta sexta, o setor pode deixar de faturar até R$ 5,7 milhões.

Eles querem que o preço da gasolina volte para a casa dos R$ 3,18 e que o etanol seja vendido por R$ 2,22. A diferença nos preços, segundo a criadora da página Boicote aos Postos de Gasolina DF, Alexandra Vasconcelos, 36 anos, seria o equivalente aos 20% “levados” pelo cartel, conforme apontado a Polícia Federal, em outubro do ano passado, na Operação Dubai. “Estava em um posto quando soube do aumento. Meu salário de professora era para aumentar, mas isso não aconteceu. Sustentar esses desvios de verba é rir da nossa cara. A sociedade está cansada”, contou. Três usuários se ofereceram para ajudar. Começou, então, a participação do empresário Oswaldo Marinho, 31; do administrador João Paulo Braga, 35; e do estudante Reinaldo de Paula, 34.  
Visite a página, acessando o endereço:  http://zip.net/bgsHBw
Para driblar a falta do carro, eles sugerem que o uso de transporte alternativo, como bicicletas, e os coletivos, como ônibus e metrô. Se não tiver jeito, estimulam que os colegas façam o uso de veículo compartilhado. “Para mim, funciona. Hoje (ontem), inclusive, estou dando carona. Preciso até ir embora, porque um cara que eu trouxe vai a um aniversário”, brincou outro administrador, Reinaldo de Paula, 34 anos. Os responsáveis pela manifestação pediram que os consumidores evitem “dar dinheiro”, como definiu Oswaldo, à rede Cascol e à bandeira BR. “Eles foram os envolvidos em suspeitas de cartel, que é roubo de dinheiro do contribuinte. Se fizerem isso, verão que a comunidade tem poder. O evento não é só hoje, ele continua” explicou Alexandra.

Prejuízo

Se a manifestação for um sucesso e todas as pessoas confirmadas no evento boicotarem os postos, o prejuízo poderá chegar a até R$ 5,7 milhões. O valor é estimado com base em 30 mil tanques de 48 litros cheios de gasolina abastecidos ao valor médio de R$ 3,967. Em apenas um dia, a Cascol, que é a principal rede investigada pela Operação Dubai, lucra aproximadamente R$ 800 mil, segundo a PF. O Correio ligou para a assessoria de imprensa da empresa, que preferiu não se manifestar. A assessoria de imprensa do Sindicato do Comércio Varejista de Combustível e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis-DF) afirmou que “cada um pode fazer o que quiser. Não acreditamos, porém, que essa seja é a maneira correta de conseguir com que os preços diminuam”.

Fonte: Correio Braziliense