O Globo
Indicado por Dilma Rousseff, novo presidente do STM é considerado mais reservado e ‘neutro’ que o seu antecessor no cargo
De saída do STM, Gomes Mattos é um general alinhado aos interesses do Palácio do Planalto. Na semana passada, ele compareceu à controversa reunião em que o presidente Bolsonaro levantou suspeitas infundadas contra as urnas eletrônicas – um sistema eletrônico de votação que está em vigor desde 1996, sem nenhuma acusação de fraude comprovada.
Gomes Mattos foi o único presidente de tribunal superior que aceitou o convite do governo para a reunião com embaixadores, minimizando o isolamento do mandatário. [isolamento só existente nas 'narrativas' da mídia militante. Um exemplo da 'imparcialidade' daquela imprensa: - ontem no noticiário de uma Rede de TV foi narrada a queda da inflação, prévia deste mês (em alguns estados houve deflação) só que o apresentador, precisando do emprego, teve que dar destaque a possíveis repiques da inflação em função da queda de agora e usou o fatos do século passado a justificar seu raciocínio contra o 'despiora'.] Não por acaso, o general Braga Netto, companheiro de chapa de Bolsonaro, fez questão de marcar presença e prestigiar a solenidade de sua despedida ontem em Brasília.
O STM, convém ressaltar, não tem qualquer ingerência sobre a organização das eleições e a atuação dos militares no pleito. O próprio Gomes Mattos fez questão de ressaltar isso ontem. "Nós temos uma Justiça Eleitoral e ela é a responsável pelo funcionamento real daquilo. Nossa missão é diferente", disse o general a jornalistas. "Não temos que nos envolver… temos que garantir que o processo seja legítimo e tudo. Essa é a missão das Forças Armadas."
Generais ouvidos reservadamente pela equipe da coluna [nossos 'dois leitores' já conhecem nosso pensamento sobre a citação do 'ouvidos reservadamente' - é sempre a forma da mídia militante = militância formada por jornalistas a favor da censura. Mesmo assim, vamos ser recorrentes: = sustentar alguma narrativa.] avaliam que, ao contrário de Gomes Mattos, Barros Góes teria declinado o convite.
“Barros Góes é pernambucano, discreto, preparado, conciliador e de
fácil trato. Não é fanático”, disse um general [sic] à equipe da coluna. A aposta é a de que o novo presidente do STM fique “equidistante” em relação à cruzada bolsonarista contra as urnas. Gomes Mattos, por outro lado, já demonstrou reservadamente [sic] que, assim
como Bolsonaro, também tem desconfianças sobre o sistema eletrônico de
votação. Para militares, ao aceitar o convite para a reunião sobre as
urnas, o general acabou assumindo o lado do chefe do Executivo.[talvez militares 'melancia - são poucos, mas tem alguns. As regras de agora, que os inimigos do presidente = inimigos do Brasil, tentam impor, torna cabível que ficar ao lado do presidente Bolsonaro seja caso de corte marcial.]
Aquela não foi a primeira demonstração de alinhamento do agora ex-presidente do STM com o atual ocupante do Palácio do Planalto. Em entrevista à revista Veja publicada no ano passado, Gomes Mattos saiu em defesa de Bolsonaro e do ex-ministro Eduardo Pazuello e chegou a chamar o presidente da República de “democrata”. Quando foi indagado sobre a candidatura de Lula ao Palácio do Planalto, respondeu que “o brasileiro precisa saber votar”.
Gomes Mattos também provocou polêmica ao dizer que a divulgação pelo GLOBO de áudios com relatos de tortura durante a ditadura era “notícia tendenciosa” com o objetivo de “atingir as Forças Armadas”.
O tema da tortura também veio à tona em 2012, na sabatina de Barros Góes pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que aprovou a indicação de seu nome por unanimidade. Naquela ocasião, o futuro presidente do STM disse que é “absoluto e bem protegido” pela Constituição o direito do ser humano não ser torturado.
Apesar das mudanças de perfil entre os dois generais, há quem adote a postura de cautela e prefira aguardar os próximos acontecimentos.
Isso porque o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, também era visto como um nome mais técnico e equilibrado, até assumir o comando da pasta, mudar de postura – e reforçar a narrativa bolsonarista contra as urnas.“Não tenho bola de cristal”, resume um conhecido de Barros Góes. A conferir.
Malu Gaspar, jornalista - Blog em O Globo
[Aos nossos dois leitores:
- buscando informar o necessário para ser indicado ministro do STM, com destaque para as vagas reservadas a 10 oficiais generais, quatro estrelas, transcrevemos a biografia do general Mattos, competência e dedicação são essenciais e nos currículos dos indicados não há espaço para reprovações em cursos e concursos.
Fonte: site oficial Corte Castrense.]