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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Governadores querem reunião com cúpula das Forças Armadas

Governadores pedirão encontro com integrantes das cúpulas militares, para a próxima semana, com o objetivo de discutir as manifestações de 7 de setembro. PMs organizadores dos atos têm adotado tom ameaçador contra instituições e a democracia [senhores governadores, cuidem dos assuntos estaduais, cuidem de cumprir a determinação que receberam de executar ações de combate à Covid -  ações em que os senhores são as autoridades máximas,  nem o presidente da República pode interferir, exceto para pagar as contas feitas pelos senhores.
Deixem as Forças Armadas com o presidente da República, que conforme determinação constitucional é o comandante supremo da Marinha, Exército e Aeronáutica.
Se  os senhores se envolverem em assuntos da alçada federal , vão esquecer de governar seus estados - função para a qual foram eleitos.]
 
Governadores de vários estados do país vão pedir uma reunião com a cúpula das Forças Armadas para falar sobre as manifestações de 7 de setembro em favor do presidente Jair Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Os gestores locais pretendem diminuir as tensões e externar aos militares preocupações com o tom ameaçador que os organizadores dos atos têm adotado contra as instituições e a democracia.

A preocupação dos governadores com o 7 de Setembro aumentou após a descoberta de que policiais militares estavam usando as redes sociais para convocar os colegas de farda a participarem dos atos do Dia da Independência — o regulamento da corporação proíbe manifestações políticas de seus membros.

Na segunda-feira, o governador de São Paulo, João Doria, um dos principais adversários de Bolsonaro, anunciou o afastamento do coronel Aleksander Lacerda, que chefiava o Comando de Policiamento do Interior-7 da PM do estado. Além de convocar “os amigos” para as manifestações, o oficial dirigiu ofensas ao próprio governador, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e ao STF.

Os gestores estaduais pretendem que a reunião com a cúpula das Forças Armadas seja presencial e ocorra na próxima semana. A ideia surgiu ontem, um dia depois da reunião do Fórum Nacional dos Governadores. Durante o evento, com o mesmo objetivo de prevenir casos de violência e outras perturbações, 25 chefes de Executivos estaduais e do Distrito Federal decidiram pedir uma reunião com Bolsonaro e com os presidentes do Congresso e do STF. [nos parece que os inúmeros compromissos do presidente da República para governar o Brasil, não permitem ao presidente participar de reuniões para as quais é convidado sem uma razoável antecedência.
Acreditamos que ele talvez responda aos senhores propondo a reunião para o próximo mandato.] O ofício que trata dessa solicitação diz que o objetivo é “identificar e pautar pontos convergentes e estratégias visando salvaguardar a paz social, a democracia e o bem-estar socioeconômico da população brasileira”.
 
 Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA