Governadores pedirão encontro com integrantes das cúpulas
militares, para a próxima semana, com o objetivo de discutir as
manifestações de 7 de setembro. PMs organizadores dos atos têm adotado
tom ameaçador contra instituições e a democracia [senhores governadores, cuidem dos assuntos estaduais, cuidem de cumprir a determinação que receberam de executar ações de combate à Covid - ações em que os senhores são as autoridades máximas, nem o presidente da República pode interferir, exceto para pagar as contas feitas pelos senhores.
Deixem as Forças Armadas com o presidente da República, que conforme determinação constitucional é o comandante supremo da Marinha, Exército e Aeronáutica.
Se os senhores se envolverem em assuntos da alçada federal , vão esquecer de governar seus estados - função para a qual foram eleitos.]
Governadores de vários estados do país
vão pedir uma reunião com a cúpula das Forças Armadas para falar sobre
as manifestações de 7 de setembro em favor do presidente Jair Bolsonaro e
contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Os gestores locais pretendem
diminuir as tensões e externar aos militares preocupações com o tom
ameaçador que os organizadores dos atos têm adotado contra as
instituições e a democracia.
A preocupação dos governadores com o 7 de Setembro
aumentou após a descoberta de que policiais militares estavam usando as
redes sociais para convocar os colegas de farda a participarem dos atos
do Dia da Independência — o regulamento da corporação proíbe
manifestações políticas de seus membros.
Na segunda-feira, o governador de São Paulo, João Doria, um dos principais adversários de Bolsonaro, anunciou o afastamento do coronel Aleksander Lacerda,
que chefiava o Comando de Policiamento do Interior-7 da PM do estado.
Além de convocar “os amigos” para as manifestações, o oficial dirigiu
ofensas ao próprio governador, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(DEM-MG) e ao STF.
Os gestores estaduais pretendem que a reunião com a
cúpula das Forças Armadas seja presencial e ocorra na próxima semana. A
ideia surgiu ontem, um dia depois da reunião do Fórum Nacional dos
Governadores. Durante o evento, com o mesmo objetivo de prevenir casos
de violência e outras perturbações, 25 chefes de Executivos estaduais e
do Distrito Federal decidiram pedir uma reunião com Bolsonaro e com os
presidentes do Congresso e do STF. [nos parece que os inúmeros compromissos do presidente da República para governar o Brasil, não permitem ao presidente participar de reuniões para as quais é convidado sem uma razoável antecedência.
Acreditamos que ele talvez responda aos senhores propondo a reunião para o próximo mandato.] O ofício que trata dessa solicitação diz que o objetivo
é “identificar e pautar pontos convergentes e estratégias visando
salvaguardar a paz social, a democracia e o bem-estar socioeconômico da
população brasileira”.