Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador bexiga. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador bexiga. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 31 de maio de 2023

A juíza condenada e violentada por desafiar Hugo Chávez


María Lourdes Afiuni em sua prisão domiciliar: ao ousar desafiar Hugo Chávez, sua vida foi tomada pela ditadura venezuelana -  Foto: AFP

A vida de María Lourdes Afiuni mudou completamente no dia 10 de dezembro de 2009.  
Ao decidir pela liberação de um desafeto de Hugo Chávez, ela saiu do tribunal onde trabalhava em Caracas, capital da Venezuela, diretamente para um presídio, onde viveria um pesadelo em vida. 
Nem o promotor que a algemou sabia por que ela estava sendo presa. “Eu ainda não sei, vou ver”, disse ele. A ordem de prisão, no entanto, tinha vindo diretamente de Hugo Chávez.

Na prisão feminina INOF (Instituto de Orientação Feminina), Afiuni foi submetida a todo tipo de indignidade.

Foi espancada pelas outras detentas, o que gerou lesões na bexiga e no peito.

Foi estuprada por homens identificados com cartões do Ministério do Interior.

Sofreu um sangramento grave, resultado de um aborto espontâneo que Afiuni teve na prisão.

Sua pele ficou cheia de marcas por queimaduras de cigarro que seus agressores fizeram. “Meu útero teve que ser retirado. Minha bexiga, vagina e ânus foram destruídos,” disse Afiuni em um áudio filtrado durante uma audiência de seu julgamento em 2015.

O suplício da juíza Afiuni foi usado pela ditadura para amedrontar outros magistrados que ousassem ir contra a ditadura.

Anos mais tarde, a juíza que ordenou a detenção do líder opositor Leopoldo López em 2014, Ralenis Tovar, relatou que quando ela pediu tempo para analisar o caso, um funcionário da Inteligência Militar lhe perguntou se "ela queria ser a segunda juíza Afiuni.” “Me senti aterrorizada e decidi como queria o governo. Não queria passar pelo que a juíza Afiuni sofreu.”

A história completa da juíza Afiuni foi contada especialmente para a Gazeta do Povo pela escritora venezuelana Valentina Issa Castrillo, ela própria uma exilada que hoje vive nos Estados Unidos. 

LEIA MAIS: De juíza a presidiária: a história de María Lourdes Afiuni,condenada e violentada por desafiar Hugo Chávez


Gazeta do Povo - Ideias

 


terça-feira, 10 de dezembro de 2019

''Impressionante dar espaço para uma pirralha'', diz Bolsonaro sobre Greta

A ativista sueca afirmou, no domingo (8/12), que os povos indígenas do Brasil estão sendo assassinados por proteger as florestas


O presidente Jair Bolsonaro demonstrou sensibilidade em relação a dois caciques indígenas da etnia Guajajara assassinados no sábado (7/12), no Maranhão, mas criticou a ativista sueca Greta Thunberg. “Aquela menina lá, a greta, já falou que os índios morreram para defender a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí”, comentou, na saída do Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (10/12). No domingo (8/12), a jovem comentou em uma rede social que os dois indígenas foram mortos protegendo a floresta amazônica.



Os caciques Firmino Silvino Guajajara e Raimundo Bernice Guajajara foram mortos em um ataque a tiros na BR-225, região do município de Jenipapo dos Vieiras, localizado a 506km de São Luís. Outros dois índios, Nico Alfredo Guajajara e  Nelsi Guajajara, ficaram feridos no ataque a tiros e foram socorridos para a Unidade de Pronto-Atendimento de Jenipapo dos Vieiras. Eles estavam junto ao grupo atacado quando uma caminhonete se aproximou e disparou contra os nativos. Nico está internado em estado grave, com lesões no intestino e na bexiga. Ele não tem previsão de alta. Nelsi se recupera bem e não corre risco de morte.   

Ao comentar sobre as mortes, Bolsonaro disse que os assassinatos preocupam o governo. “Preocupa, qualquer morte preocupa. Queremos cumprir a lei, somos contra o desmatamento ilegal, contra a queimada ilegal. Tudo que for contra a lei somos contra”, destacou, após as críticas feitas a Greta. A jovem de 16 anos se tornou um dos principais nomes entre os ativistas mundiais que denunciam as mudanças climáticas. “Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentar proteger as florestas do desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso”, publicou em uma mídia social, junto a uma notícia da rede de TV Al Jazeera sobre o atentado no Brasil.  

Força Nacional
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou na segunda-feira (9/12) o uso da Força Nacional de Segurança Pública para atuar na Terra Indígena Cana Brava Guajajara, no Maranhão, onde dois índios foram assassinados no último fim de semana após ataques a tiros - outros dois ficaram feridos. O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira traz a Portaria do Ministério da Justiça que autoriza o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio à Funai na Terra Indígena. 

Correio Braziliense - Política