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terça-feira, 1 de agosto de 2023

Narrativa, confissão e censura - Sílvio Munhoz

 

         Na última crônica da série de oito sobre censura, nas quais busquei atacar a busca do Governo em regular as redes sociais, afirmei: “Não se deixem enganar, a busca dos atuais detentores do poder é CENSURAR.

Para conseguir o desesperado e urgente intento criam o que dizem buscar impedir Fake News ou Falsas Narrativas na tentativa de comover a população e pressionar parlamentares para aprovação da absurda PL 2630 (PL da Censura), para ganharem o poder de Censurar o que será dito, por intermédio de algum Conselho Autônomo, com membros indicados pelo Governo e outras regras que permitem controle, quase absoluto, sobre as redes.

Tática antiga e sempre usada – quando a informação era centralizada – aconselhada, aliás, pelo personagem que quer urgência na regulamentação a conhecido Ditador, quando afirmou ser necessário a criação de “narrativa” para melhorar a visibilidade de seu País perante o mundo!..

A tática foi utilizada pelo Ministro da Justiça, ao defender o PL da Censura, chegando ao extremo de ameaçar os responsáveis de aplicativo de mensagem com a Polícia, pois, na “narrativa” criada para comover o povo, as redes sociais seriam responsáveis pelo massacre de crianças – fato ocorrido dias antes em uma creche em Santa Catarina: “não posso acreditar que alguém vai dizer que a suposta liberdade de expressão usada de modo fraudulento, [que] é uma falcatrua, se sobrepõe a uma vida de uma criança morta a machadadas na cabeça”.

A culpa de massacres públicos com múltiplas vítimas seria das redes sociais... nada mais falso e enganoso. Peguemos como exemplo os EUA, País em que tais fatos ocorrem com muito mais frequência que no Brasil, aqui não temos tradição deste tipo de fato:

"Poucos eventos geram tanta cobertura nacional e mundial nos noticiários como aqueles onde diversas pessoas são alvejadas e mortas num local público. Alguns exemplos altamente divulgados vem de imediato à mente. Colin Ferguson matou seis pessoas num tiroteio de fúria na ferrovia de Long Island em 1993. Um único atirador matou indiscriminadamente 22 cidadãos na cafeteria Luby’s no Texas em 1991, Um segurança fora do horário de trabalho matou 21 pessoas na escola Columbine em Littleton, Colorado em 1999” (aqui, pág. 126).

Qual o aspecto comum em todos? Foram praticados nos idos de 90, ou seja, muito antes do boom da internet e das redes sociais que, no Brasil, ocorreu em torno de 2010, quando já ocorriam tais fatos no mundo.

O autor, analisando pesquisa científica aponta: “A tabela 6.5 indica que as Leis de porte oculto de armas curtas reduzem significativamente os tiroteios públicos de múltiplas vítimas” (pág. 144). 
Crimes com múltiplas vítimas têm a ver com o desarmamento do cidadão e a criação de Gun free zones (zonas livres de armas). 
Nada incentiva mais o criminoso que saber de antemão que vai atacar um local só com crianças e professores, todos desarmados.[condição que o projeto do atual presidente - que felizmente foi ignorado, desprezado define melhor,  pelos governadores -  de fechar as escolas cívico-militares contribui para facilitar ação dos assassinos.] Mormente se o bandido for dotado de “personalidade criminosa”. Como afirmou Samenow, outro pesquisador Americano:

“As respostas de meu público incluíram ataques pessoais (até fui denunciado como perigoso) porque desafiei as teorias quase sagradas sobre o que causa o comportamento criminoso, além de ter afirmado que uma ‘personalidade criminosa’ existe, de fato.” (aqui, pág. 12).

O Ministro, porém, ao perceber que tal “narrativa falaciosa” não se sustentaria acabou por confessar o real objetivo da regulamentação das redes ao admitir que as “redes sociais devem ser reguladas por causa das ideias da DIREITA”, ou seja, como afirmei, CENSURA PURA E SIMPLES (no mesmo congresso, propício às confissões, onde um iluminado supremo lascou “vencemos o bolsonarismo”).

Será a tal “democracia relativa”? Com opinião única, partido único e, quiçá, “extirpar” quem pensa diferente!.. A liberdade de expressão é fundamental para a democracia, segundo a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos.

 “[...] ao se obstaculizar o livre debate de ideias e opiniões, limita-se a liberdade de expressão e o efetivo desenvolvimento do processo democrático.”

Que Deus tenha piedade de nós!..

Conservadores e liberais - Silvio Munhoz

 

sábado, 20 de julho de 2019

Onde estão os empregos

Mesmo com a incerteza na economia e o alto índice de desemprego, o mercado de trabalho está em recuperação e traz oportunidades. Em especial, setores como saúde, tecnologia e agronegócio

Com a aprovação parcial da Reforma da Previdência, a atenção se volta para ações concretas que possam retomar a atividade econômica, que ainda patina e impede a expansão dos empregos, a face mais visível da crise. Mas há boas notícias para quem procura uma colocação mesmo em um momento difícil, como o atual. Existem atualmente áreas com carência de profissionais por deficiências históricas — como o segmento de saúde —, e outras que estão em transformação por causa de novas tecnologias — como marketing e finanças. Além disso, um novo cenário se desenha para o mercado de trabalho. A busca das companhias por maior produtividade será desafiadora para os profissionais, mas também pode trazer oportunidades.

Enquanto o futuro se descortina no horizonte, as empresas que lidam diretamente com recrutamento detectam aumento na procura por profissionais. A
Catho, que conta com um dos maiores sites de classificados de empregos do País, confirma o aumento nas vagas. “A partir de 2018, depois de alguns anos de quebra, as contratações voltaram a aumentar. Registramos um aumento de 5% neste ano”, diz o CEO Fernando Morette. As regiões Sul (7%) e Sudeste (6%) puxam o aumento de posições ofertadas entre janeiro e maio, na comparação com mesmo período do ano passado, segundo a Catho. Agropecuária é o setor que mais cresceu, seguidade construção e serviços.

A boa notícia é confirmada pelos números oficiais. Ainda que a alta taxa de desemprego (12,3%) atinja 13 milhões de brasileiros, segundo o IBGE, foram criados 474 mil empregos formais nos últimos 12 meses no País, de acordo com o Caged. O maior avanço em postos se deu no Sudeste (227 mil), e proporcionalmente o maior crescimento ocorreu no Centro-Oeste (+1,93%) e no Sul (+1,48%). “O mercado é um organismo que responde às demandas da sociedade”, diz Ricardo Basaglia, diretor geral da companhia de recrutamento Michael Page. Para ele, a tecnologia vem transformando todas as funções, e não só as ultraqualificadas. Um exemplo é a saúde, que passa por um momento de consolidação na gestão de hospitais, laboratórios e equipamentos médicos. Outro é o varejo, em que o ambiente digital era um diferencial, e hoje passou a ser uma questão de sobrevivência. A era do marketing offline também ficou para trás.

As mudanças ocorrem em várias áreas. “As multinacionais acham que é fácil contratar por causa da grande base de desempregados. Mas a resposta não está ligada aos números. A qualificação da mão de obra não aconteceu. Quando começou a retomada, os mesmos problemas de antes da crise voltaram”, diz Raphael Falcão, diretor da Hays, empresa de recrutamento e seleção que atua em 33 países. “O ponto positivo é que o mercado de forma geral está mais aberto. É o que acontece com tecnologia, em que se busca um perfil comportamental adequado, e não só técnico.” Segundo ele, o Rio de Janeiro está vivendo um “boom” de petróleo e gás. Em São Paulo, há uma demanda enorme para profissionais bem formados com conhecimento de marketing, principalmente de ferramentas digitais. “Outra área de destaque é o RH, que precisa orquestrar os novos profissionais. Não existem mais os longos ciclos das marcas nas empresas. O RH é peça fundamental para catalisar a mudança da sociedade, como diversidade. É o primeiro a ser impactado. Deixa de ser assistencialista e precisa ter visão de performance.”

(...)

 Empresas geradas pela economia disruptiva, como Uber, Rappi e outras, estão absorvendo uma grande parte dos que não conseguem colocação em suas áreas de origem. “Essas novas formas de trabalhar estão incorporando profissionais de todos os níveis, mas não se pode dizer que estão contribuindo para reduzir o desemprego”, diz Pastore. Com a crise, já chega a quase 18 milhões o número de brasileiros que ganham dinheiro por meio de aplicativos, segundo o Instituto Locomotiva. Para a Fipe, eles levaram a um número maior nos serviços de entregas nas grandes cidades e ampliaram as oportunidades de trabalho e geração de renda. Isso beneficia empreendedores individuais e empresas, incluindo startups, que podem disputar espaço com companhias já estabelecidas, criando a reboque novos empregos formais para segmentos menos favorecidos. O cenário de empregos abundantes ainda está distante, mas os exemplos acima demonstram que oportunidades existem — e podem ser alcançadas.

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