O PT vai viver três dias de alta ansiedade. Cometeu um erro de leitura da conjuntura.
Perigoso. No domingo, saberemos se fatal. A que me refiro?
Para responder, começo por aquele que foi um acerto técnico: era mesmo
preciso colar a figura de Fernando Haddad à de Lula para que ele tivesse
a chance de ir ao segundo turno. Da oficialização da candidatura, no
dia 11, até a votação do primeiro turno, no dia 7, tem-se menos de um
mês. Vamos admitir: para um nome que exibia desempenho de nanico antes
de ser o “escolhido de Lula”, a marca atingida por Haddad é invulgar.
Basta comparar com o desempenho de alguns de seus colegas, em campanha
há bem mais tempo.
O PT vinha
ignorando Jair Bolsonaro, candidato do PSL, e a formidável máquina de
produzir memes e fake news movimentada por seus admiradores. O erro,
note-se, esteve menos em deixar Bolsonaro de lado do que em apostar que
cabia ao tucano Geraldo Alckmin o papel de enfrentar o “capitão” na
disputa pelos votos, para ser genérico, do terreno antipetista. E o
ex-governador de São Paulo até que se lançou, de cara, no enfrentamento
das fragilidades mais óbvias de seu oponente de extrema-direita no campo
da não-esquerda. [O PT é formado majoritariamente por pessoas que padecem da 'síndrome de excesso de falta de inteligência- popularmente conhecida como burrice, mas, para não ofender os muares, optamos por usar um termo médico.
Os portadores dessa síndrome - que também afeta o Alckmin - fazem coisas que contrariam a lógica. O tucano, devido a síndrome, cismou que estando em quarto teria que derrubar Bolsonaro para assumir, na pior das hipóteses, o segundo lugar = passe para o segundo turno.
Esqueceu que ao derrubar Bolsonaro, o segundo - no caso o capacho de Lula = Haddad - passaria ao primeiro, o terceiro - o invocado e desleal Ciro Gomes (que ontem se aproveitou da ausência de Bolsonaro - motivada por razões médicas - para assacar aleivosias contra o adversário que padece em um leito, se recuperando de uma perigosa facada e de duas cirurgias de grande porte.) permaneceria em terceiro (visto que se caísse, ocorreria uma troca de posições entre Bolsonaro e o poste-laranja do Lula, por óbvio entre o primeiro e segundo lugares) e os abaixo permaneceriam onde estavam antes da não ocorrida queda do capitão.]
Mas aí
veio aquela facada. E o evento fez de Bolsonaro, mesmo aos olhos de um
público que não lhe era especialmente sensível, uma espécie de vítima
reclusa que luta por sua vida e, como querem seus partidários, também
pelo Brasil. Foi preciso suspender os ataques diretos. Afinal, era
arriscado fazer um confronto político com quem não tinha chances plenas
de se defender. [covardemente atacaram o ausente Bolsonara, mas, cada ataque foi um tiro no pé do covarde agressor.]
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