Revista Oeste
Lula e seus 37 ministros não apenas não fazem nada que preste. Não fazem, sobretudo, o que prometeram — e destroem, com o rancor de fanáticos religiosos, tudo aquilo que veio do governo anterior
Rodrigo Pacheco, Lula e outros parlamentares | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock/Pedro Gontijo/Senado Federal
O
Brasil, após sete meses de governo Lula, está se transformando no maior
produtor mundial de embuste político em estado bruto. Desde o dia 1º de
janeiro, quando voltaram a dar as ordens, Lula e o cardume gigante de
parasitas, refugiados do Código Penal e notórios perdedores de eleição
que carregou com ele para Brasília conseguiram um fenômeno talvez sem
precedentes na história da administração pública brasileira: não
entregaram à população, nesse tempo todo, um único átomo de tudo aquilo
que têm a obrigação mínima entregar.
Qualquer governo marca barbante, em
qualquer época ou lugar, sempre arruma alguma coisinha ou outra para
dar impressão de serviço no começo do mandato — até Dilma Rousseff, para
se ter uma ideia, conseguiu. Com Lula, não está dando.
Está parado no
mesmo lugar, como a Serra da Mantiqueira, desde que se sentou na cadeira
de presidente, com seus 37 ministros e mais a nuvem de gafanhotos,
incapazes e extremistas que veio junto.
Não apenas não fazem nada que
preste. Não fazem, sobretudo, o que prometeram — e destroem, com o
rancor de fanáticos religiosos, tudo aquilo que veio do governo
anterior.
Lula e Alckmin com todos os ministros empossados no dia 1º de
janeiro de 2023 | Foto: Ricardo Stuckert
Não é uma questão de ponto de vista. É a observação clínica dos fatos que são do conhecimento geral. Há um teste simples, aqui: olhe à sua volta, para qualquer direção que quiser, e veja se consegue encontrar alguma coisa, qualquer coisa, que tenha sido feita neste primeiro semestre de governo Lula e que possa ser descrita como útil. Educação?
Não é uma questão de ponto de vista. É a observação clínica dos fatos que são do conhecimento geral. Há um teste simples, aqui: olhe à sua volta, para qualquer direção que quiser, e veja se consegue encontrar alguma coisa, qualquer coisa, que tenha sido feita neste primeiro semestre de governo Lula e que possa ser descrita como útil. Educação?
De concreto, até agora, o
governo fechou as 200 escolas cívico-militares que atendiam, com
excelentes resultados, a 200 mil alunos — todos de origem modesta.
Cortou 330 milhões da verba federal para a educação, dois terços no
ensino básico. Está sabotando a Reforma do Ensino Médio, aprovada por
lei, um instrumento fundamental para melhorar um pouco a posição do
Brasil como um dos piores países do mundo em ignorância escolar e
capacidade de fazer cálculos simples ou de entender um texto elementar
em português. “Orçamento dos Pobres”?
O aumento que Lula deu para o salário mínimo foi de R$ 18 por mês. Os benefícios do vale-gás, odiado porque veio de Bolsonaro, foram cortados em R$ 260 milhões.
O programa do “carrinho popular”, que aliás já acabou, não rendeu nada para um único pobre — apenas deu carros de R$ 80 mil para a classe média e um dinheirinho para as montadoras. [aliás, foi até esquecido - até nós que somos ligados em política, já tínhamos esquecido o tal programa.]
Saúde? A única realização visível do Ministério da Saúde, até agora, foi baixar regras para a repressão ao “racismo”, à “homofobia” etc. etc. entre os funcionários da Casa.
Amazônia? As queimadas, no primeiro semestre de 2023, foram maiores que no mesmo período de 2022.
Os lordes do PT, o STF e os grandes pensadores do Palácio do Planalto, como Janja, o ministro da Justiça e outros do mesmo bioma, pensam há sete meses em “desencarceramento”, aborto e liberação das drogas — em “pequenas doses”, é claro
Os lordes do PT, o STF e os grandes pensadores do Palácio do Planalto, como Janja, o ministro da Justiça e outros do mesmo bioma, pensam há sete meses em “desencarceramento”, aborto e liberação das drogas — em “pequenas doses”, é claro
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Não é possível localizar, nos 8,5 milhões de quilômetros quadrados do Brasil, um palmo de novas estradas feitas pelo governo federal — rodovia, ferrovia, caminho de bicho, nada.
Não é possível localizar, nos 8,5 milhões de quilômetros quadrados do Brasil, um palmo de novas estradas feitas pelo governo federal — rodovia, ferrovia, caminho de bicho, nada.
Em compensação, impedem a aplicação da lei que ia ressuscitar a navegação de cabotagem no Brasil, um passo vital para o transporte de cargas no país. De novo, é “coisa do Bolsonaro”; tem de ser destruída. O governo não foi capaz de aumentar em 1 metro a rede de esgotos, que só atende a 50% da população brasileira. Em compensação, não deixa que entrem em funcionamento efetivo os progressos da nova Lei do Saneamento Básico. Diz, de cinco em cinco minutos, que está salvando o Brasil da violência com o fechamento dos clubes de tiro. Em compensação, até hoje não tirou sequer um estilingue do arsenal de guerra do crime organizado, ou desorganizado, ou de qualquer tipo. Ninguém encontra nenhuma medida que possa ajudar algum brasileiro de carne e osso, de forma minimamente compreensível para ele, em nada do que o governo Lula propôs de janeiro para cá.
Como é possível imaginar que o brasileiro
que trabalha como um burro de carga para ficar vivo de um dia para outro
esteja querendo que o Brasil dê dinheiro para Cuba, ou para a
Venezuela, Nicarágua e outros casos perdidos da “política externa” de
Lula?
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O Brasil até que não estaria tão vendido se as “políticas públicas” do governo em termos de petróleo ficassem na Refinaria Abreu e Lima.
O pior
é a conversa de que a Petrobras, em vez de funcionar como uma empresa,
de acordo com o que diz a lei, tem de servir “à população”.
É mentira: a
única maneira que a Petrobras tem de realmente servir aos interesses
dos brasileiros, e não de quem está no governo, é entregar dividendos
aos seus maiores acionistas. Eles são, justamente, esses mesmos
brasileiros — e não “o Estado”. O governo Lula faz o contrário. Segura
os preços dos combustíveis para fazer demagogia, como se o Brasil não
tivesse, todo santo dia, de importar petróleo na cotação do mercado
internacional, e acaba vendendo o seu produto por menos do que pagou
para comprar. O resultado é que a Petrobras tem prejuízo a cada litro
que vende — quanto mais vende, mais perde.
Esse prejuízo não pode ser
eliminado como “ato antidemocrático” por uma portaria do STF, nem por
gritaria em reunião da UNE.
Vai ser pago, até o último centavo, pelos
que o governo diz que está ajudando — e, como sempre acontece com as
contas que são divididas por todos, sofre mais quem ganha menos.
Grande
negócio para “os pobres”, não é mesmo?
É o retrato perfeito do Brasil de
Lula, que já arrecadou quase R$ 2 trilhões em impostos de janeiro para
cá — isso mesmo, 2 trilhões — e até hoje não melhorou em rigorosamente
nada a situação do brasileiro que trabalha.
É o país da farsa, onde o
governo inventa as realidades — e a conversa oficial deixou de fazer
sentido.
O ângulo reto tem menos graus que o ângulo torto.
Os números
primos são filhos do seu tio.
Em vez de Esaú e Jacó, é Esaó e Jacu.
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