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segunda-feira, 5 de março de 2018

Bandidos explodem carro forte e atiram com armas de alto calibre na BR-040

Os assaltantes levaram malotes de dinheiro, além de duas carabinas .12 dos funcionários, quatro revólveres e coletes à prova de balas. Tudo aconteceu entre 16h08 e 16h38 desta segunda-feira (5/2)

Fortemente armados, quatro criminosos assaltaram um carro-forte na tarde desta segunda-feira (5/2) na BR-040, em Cristalina (GO), distante 152 quilômetros do Distrito Federal. Para parar o veículo, os ladrões explodiram uma granada e atiraram com armas de .50 e 762 contra o veículo. Quatro pessoas que estavam no carro-forte foram rendidos. Os bandidos levaram malotes de dinheiro, além de duas carabinas .12 dos funcionários, quatro revólveres e coletes à prova de balas. Tudo aconteceu entre 16h08 e 16h38.
Assalto aconteceu na BR-040, em Cristalina (GO) (foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os assaltantes estavam em um veículo Toyota Hilux SW4 e tiveram a cobertura de um Renault/Duster para cometer o roubo. O segundo veículo fechou a rodovia para que nenhum outro motorista interrompesse a ação. Assim que viram o carro-forte, os criminosos atiraram. Eles abordaram o automóvel em um trecho de subida. 

O carro-forte seguia de Paracatu (MG) para Cristalina (GO).  Ainda não há informação dos valores levados pelo grupo, mas, segundo a corporação, os vigilantes contaram que não havia muito dinheiro dentro dos malotes. O motorista do carro-forte ficou levemente ferido no rosto por causa dos estilhaços de vidro. Depois da ação, os assaltantes abandonaram a Toyota Hilux SW4 e fugiram no outro veículo. Policiais rodoviários federais estiveram na Delegacia de Polícia Civil de Cristalina para registrar ocorrência. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.
 
Correio Braziliense

 

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

PCC já opera 150 postos de combustíveis em São Paulo, diz Fecombustíveis

De acordo com o presidente da entidade, crime organizado usa estabelecimentos para lavar dinheiro de roubos

'Ilegal, e daí?': Seminário sobre ilegalidade, pirataria e contrabando. Na foto, o presidente da Fecombustíveis Paulo Miranda - Roberto Moreyra / Agência O Globo

O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, disse nesta quinta-feira que o setor enfrenta em São Paulo a concorrência desleal de, aproximadamente, 150 postos de combustíveis comandados pela facção criminosa PCC. De acordo com Soares, o crime organizado coloca os preços dos combustíveis abaixo da média do mercado para aumentar as vendas e maquiar a lavagem de dinheiro. A informação foi divulgada durante o seminário "Ilegal, e daí?", sobre ilegalidade, pirataria e contrabando, realizado pelo GLOBO, em parceria com Extra, Valor e Época, no Hotel Prodigy, no Centro do Rio. — Começamos a mapear, com ajuda de grandes distribuidoras, que postos que praticavam concorrência predatória haviam mudado de dono mas continuavam usando as suas bandeiras, mesmo comprando de outras companhias. Receptavam caminhões com combustível roubado e, quando as autoridades iam até lá, as ameaçavam. É uma fiscalização muito difícil de ser feita, porque estamos tratando com bandidos — explica Soares.

A descoberta foi feita a partir de uma reclamação sobre concorrência predatória feita por um associado em relação a um determinado posto. Segundo o presidente do sindicato, a principal finalidade dos postos comandados pelo PCC é a lavagem de dinheiro: — O crime organizado joga os preços dos combustíveis lá embaixo, as vendas disparam e, para fins de tributação pela Receita Federal, ela passa do regime de lucro real, no qual você tem de apresentar suas despesas, para o presumido, que dispensa essa apresentação porque a tributação ocorre em cima do faturamento bruto. Ele joga o faturamento lá em cima e fala que posto deu lucro enorme sem ter dado lucro nenhum e está lavando dinheiro ali, de roubo a banco, de assalto a carro forte.


A descoberta desses postos irregulares levou à criação de uma força-tarefa no estado, numa parceria entre a Secretaria de Justiça, o Ministério Público (MP-SP), o Instituto de Pesos e Medidas e Associação Nacional do Petróleo, para investigar essa rede ilegal. Segundo Soares, no entanto, o setor ainda não sentiu nenhum resultado "palpável":  A crise dos últimos três anos aumentou muito essas irregularidades.
O seminário é uma realização patrocinada por Enel, Light, Sindicom e Souza Cruz.

O Globo