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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Arbítrio do TSE é destaque na imprensa americana - Alexandre Garcia

Vozes  - Gazeta do Povo

Censura

Judiciário

O TSE aprovou resolução sugerida por Alexandre de Moraes e que dá à corte o poder de polícia para remover da internet, sem provocação, conteúdo que já tenha sido considerado pela maioria dos ministros como “sabidamente inverídico” ou “gravemente descontextualizado”. 
Olha só quem escreveu isso: “O presidente da Justiça Eleitoral é um juiz notoriamente anti-Bolsonaro e que usa seu poder para amordaçar os críticos de Lula”.  
Vocês acham que eu estou repetindo algum bolsonarista? 
Algum militante de direita? Alguma propaganda? Não, eu estou lendo o mais importante jornal dos Estados Unidos, o The Wall Street Journal, que entra em um assunto que o New York Times já havia abordado dois dias antes: a censura ilegal e inconstitucional imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
 
Segundo o New York Times, a Justiça Eleitoral decide o que os brasileiros podem ou não podem ouvir no debate eleitoral. 
Isso é absolutamente inconstitucional. 
Eu espero que o novo Senado, a partir de fevereiro de 2023, trate desse assunto com seriedade, para que essas coisas não passem impunes. Afinal, a Constituição é a nossa lei maior. Se ela não for respeitada por quem deveria ser o guardião e dar o exemplo, desanda toda a estrutura jurídica, do direito e da Justiça no nosso país.

Roberto Jefferson no centro da disputa presidencial

A campanha eleitoral está cheia de ataques de um lado e de outro, agora, com o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) no centro das argumentações. Um está “empurrando” o Roberto Jefferson para o outro. Ele ofendeu a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármem Lúcia, mas qualquer juiz de Direito sabe que o Supremo não pode reagir porque o juiz não pode agir em causa própria. 
Se o Supremo foi ofendido, não é o Supremo que tem de decidir. Mas está valendo tudo nesses dias.

Veja Também:
Decisões absurdas constrangem ministros do STF


Chama a atenção o fato de que uma “explosão mental” precedeu a explosão de uma granada lançada por Roberto Jefferson e que atingiu dois policiais federais, o que é lamentável e inadmissível. 
Aliás, a imprensa descobriu que é inadmissível atirar em policial. 
Tinha muita gente na imprensa festejando toda vez que um bandido atirava em policial. Agora, pelo menos, os jornalistas não festejaram; acharam que isso é crime também.

Setembro foi de recorde em investimentos

Mês passado foi o melhor mês de setembro dos últimos cinco anos em investimentos no Brasil. Cada vez mais, os investidores estrangeiros estão percebendo que aqui tem futuro. Este ano, o investimento estrangeiro já equivale a US$ 73,8 bilhões. A previsão no boletim Focus de segunda-feira – que ouve cerca de cem pessoas do mercado financeiro – aponta para uma inflação de 5,6% neste ano, o que significa metade da inflação europeia. [a mídia militante, especialmente a da TV Funerária, está festejando, tentando maximizar ao máximo o fato da prévia da inflação brasileiro ser de 0,16% - menos de 1/5 de 1%. 
Só que deram azar,  na sequência do noticiário surgiu a notícia  que a inflação do Reino Unido, a maior em 40 anos, e que está sendo chamada de INFLAÇÃO GALOPANTE.]
 
Quando é que nós iríamos imaginar que, mesmo depois de uma pandemia em que os “marqueteiros” da Covid fizeram todo mundo se trancar em casa, fechar empresas e fábricas, fechar empregos e renda, nós iríamos ter uma inflação menor que metade da inflação da zona do euro? 
É o Brasil e os brasileiros surpreendendo.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 9 de julho de 2021

Senador Aziz, o senhor preside uma comissão natimorta, sendo velada já em decomposição e será sepultada em caixão lacrado

E lhe falta competência - institucional e intelectual - para interpelar, cobrar, o presidente da República. Exigimos que O respeite.

Bolsonaro dobra a aposta e volta a desdenhar a CPI da Covid

As acusações que o presidente Jair Bolsonaro levantou contra o senador Omar Aziz (PSD-AM) em conversa com apoiadores, sem apresentar provas, serviram de motor para a carta enviada ao Palácio do Planalto, em que a CPI da Pandemia cobra [?] uma posição do capitão em defesa do líder do governo, Ricardo Barros. Até aqui, o chefe do Planalto vinha sendo poupado [?] de um pedido de explicação [?] oficial. Agora, diante da carta, a CPI acreditava ter colocado o presidente numa sinuca de bico: se defendesse o líder e chamasse o deputado Luis Miranda de mentiroso, poderia ser confrontado com uma gravação da conversa entre ele e Miranda. Se atacasse o líder, brigaria com uma parcela expressiva do Centrão.

Ocorre que Bolsonaro chutou essa granada para fora do campo. A resposta do presidente, “caguei”, dita na live desta semana, indica que o presidente vai continuar tratando a CPI como algo feito apenas para desgastar o governo. [caguei = resposta adequada e merecida, para uma CPI que extrapola suas funções ao questionar o presidente da República, ao ter como único objetivo desautorizar a maior autoridade da Nação brasileira. 
Uma comissão desautorizada por governadores de estado, desautorização que se concretiza quando a ela se recusam comparecer, recusa devidamente avalizados pela Suprema Corte.
Uma CPI que ao ser presidida pelo senador Omar, relatada pelo senador Calheiros, na vice-presidência o senador Rodrigues e como 'ajudantes' os e senadores Humberto Costa - vulgo 'drácula' e Barbalho o primeiro senador da República a ser preso e algemado, abriu mão de qualquer pretensão de ser respeitada.] Porém, diante dessa inflexibilidade e de ataques aos senadores, fica mais difícil para os governistas encontrarem algum espaço capaz de quebrar a hegemonia do G7 na CPI da Pandemia, chamados, inclusive, de patifes e picaretas pelo presidente. O problema é que, nesse cenário, quanto a Barros, o risco é essa granada que Bolsonaro atirou para fora cair no colo do líder. Barros, por sua vez, já percebeu e, ontem mesmo, foi à tribuna da Câmara se defender. Enquanto não for chamado à comissão, é ali que ele apresentará a sua defesa.

Em tempo: com o presidente irredutível, a estratégia da CPI, agora, é jogar Ricardo Barros contra Jair Bolsonaro. Daqui para a frente, serão muitas as declarações de integrantes da CPI no sentido de levar o líder a cobrar publicamente do presidente se é verdadeira ou falsa a versão do deputado Luis Miranda, de que Bolsonaro citou o nome do seu líder na Câmara quando recebeu de Miranda a denúncia de que havia esquema de corrupção em gestação na Saúde. É um jogo de truco de final, até aqui, imprevisível.

O jogo de Bolsonaro
A frase “ou fazemos eleições limpas ou não temos eleições” não foi dita por mero acaso. Faz parte de uma estratégia engendrada no Planalto para impor a vontade de aprovar o voto impresso, ou voto auditável, para as eleições do ano que vem. A proposta, porém, depende da aprovação de uma emenda constitucional em debate no Congresso e, hoje, não há 308 votos a favor. [são sem noção, os que rejeitam uma medida que apenas e tão somente permitirá  que o eleitor brasileiro tenha a certeza de que o candidato que escolheu na urna eletrônica (que permanece, não está sendo cogitada sua substituição) escolha confirmada ao teclar 'CONFIRMA', receberá o seu voto. Que se uma urna eletrônica tiver 100 votos impressos para o candidato nº 1, todos os cem irão realmente para o candidato nº 1 - nenhum será desviado para outro candidato.

(.....)

Até aqui…
As denúncias de suspeita de corrupção no Ministério da Saúde estão nas costas da raia miúda que foi exonerada, Roberto Dias e Laurício Monteiro Cruz, respectivamente, diretores do Departamento de Logística e de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

(...........)

Na área dele/ Depois do Rio Grande do Sul, Bolsonaro irá, na semana que vem, ao Amazonas, estado do presidente da CPI, senador Omar Aziz. A ideia é mostrar que tem apoio no território do inimigo.

Enquanto isso, no Congresso…/ A corrida para aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ainda não está ganha. A tendência, por enquanto, é de recesso branco. [se sabe que o recesso branco é ilegal, é apenas uma forma de burlar a norma que impede o recesso legal (porém, vergonhoso, imoral) sem a LDO estar aprovada.]

Denise Rothenburg, Correio Braziliense

 

 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Desigualdade de renda trava o IDH - Míriam Leitão

O Globo

Na imagem, a favela de Paraisópolis e o bairro vizinho, em São Paulo


resultado do Índice de Desenvolvimento Humano de 2018 mostrou um país estagnado nesse aspecto. O dado ajuda a encontrar os caminhos para melhorar. Saber isso é um bom ponto de partida. Há muito o que avançar na Educação e na Saúde. Mas principalmente é preciso trabalhar para melhorar a desigualdade de renda que trava o nosso avanço no IDH. [a melhora da desigualdade de renda, nos parece ser uma consequência da melhora na educação, na saúde, na infraestrutura e na segurança pública - estão tentando acabar  (muitos inimigos do presidente Bolsonaro, e do Brasil, consideram que atacar os órgãos de segurança é atacar o presidente) com a segurança pública no Brasil. Qualquer incidente entre polícia e população, a polícia já é acusada, julgada e condenada, sem direito a defesa.
A polícia está sujeita a erros pontuais, só que estão generalizando - o policial só não é acusado quando tomba morto, mas, mesmo assim, encontram uma forma de reduzir a importância daquela morte.]
O indicador foi desenvolvido pela ONU com o auxílio do economista indiano Amartya Sen. O IDH é mais amplo que o PIB, pois leva em consideração os dados sociais. No cálculo do desenvolvimento humano entram alguns indicadores sínteses. A expectativa de vida, por exemplo, indica as condições da saúde em determinado país, se a mortalidade infantil está caindo. A educação entra no índice, com a indicador dos anos de estudo da população.

O dado revelado nesta segunda-feira vai até 2018. A nota do país melhorou um milésimo, para 0,761. No ranking, caímos uma posição e agora ocupamos a 79ª. Estamos atrás de Granada, na América Central, atrás da Tailândia e do México. Cuba também está à frente do Brasil, porque investiu muito em educação e saúde.
A renda e a distribuição dela também impactam o IDH. O Brasil tem um problema grande aí. O que aumenta a vergonha é que o país está sempre entre os 10 primeiros lugares na economia.

O país é considerado como de alto desenvolvimento humano, na comparação com o mundo inteiro. A renda caiu na crise. Mas o que faz o Brasil travar no ranking é a desigualdade. A nota, que na média é de 0,761, despenca para 0,574 pontos nesse quesito. O país perde 23 posições na distribuição da renda. Os dados são conhecidos. O grupo do 1% mais rico detém 28,3% da renda. Os 10% mais ricos concentram 41,9%. E há a ressalva de que a desigualdade de renda não é tão bem medida no Brasil. Os indicadores ficavam restritos aos ganhos no mercado de trabalho. É recente o esforço de economistas e sociólogos que buscam os dados na declaração do imposto de renda, como Marcelo Medeiros e Pedro Ferreira de Souza, cujo livro ganhou o Prêmio Jabuti. A desigualdade pode ser até maior.

O IDH do Brasil vinha melhorando de 1990 até 2013. Depois ficou estabilizado porque veio a crise e a renda caiu. Mas nesse período a expectativa de vida subiu de 65 anos em 1990 para 75,7 anos. Os brasileiros estão vivendo mais, mesmo com todas as dificuldades no setor da Saúde. A mortalidade infantil tem caído sistematicamente.
Na Educação, em 1990 a média era de apenas quatro anos de estudo. Hoje está em oito anos. As novas gerações estudaram mais que seus pais, um sintoma de que o Brasil está progredindo. Mas sabemos o quanto ainda falta avançar nesse tema e em outros temas.

Blog da Míriam Leitão, colunista - Economia - O Globo


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Intervenção militar, o próximo passo?

Após entrega de ajuda à Venezuela fracassar, opção de ação militar pode ressurgir

Por volta de 11 horas de sábado, quatro caminhões, cada um carregado com 20 toneladas de alimentos, suprimentos médicos e produtos de higiene pessoal, chegaram às pontes Simón Bolívar e Francisco de Paula Santander, que ligam a cidade fronteiriça colombiana de Cúcuta com a Venezuela.  

Na passagem Simón Bolívar, no sul da cidade, usada por milhares de pessoas em um dia normal, a polícia colombiana instalou a barricada de metal que havia sido erguida e milhares de venezuelanos passaram, na esperança de liberar uma via para que os suprimentos chegassem à Venezuela. Cantando "liberdade", eles foram em direção à polícia antimotim, que se abrigou atrás de escudos transparentes no lado venezuelano da ponte. Minutos depois, a primeira granada de gás lacrimogêneo caiu sobre os venezuelanos. Eles fugiram. E muitas pessoas 
ficaram feridas. 

A tentativa de entregar ajuda humanitária à Venezuela, orquestrada pelo líder opositor Juan Guaidó, que foi reconhecido como presidente interino do país pelo Legislativo controlado pela oposição e pela maioria das democracias ocidentais e latino-americanas, tinha três objetivos: o primeiro era publicamente envergonhar o regime de Nicolás Maduro. Sua corrupção e incompetência infligiram anos de dificuldades aos venezuelanos; o segundo era aliviar essas dificuldades, entregando cerca de 600 toneladas de ajuda, a maior parte fornecida pelos Estados Unidos; o terceiro e mais importante era derrubar o regime, criando uma barreira entre seus líderes e as várias forças armadas que o mantêm no poder.   

 
A operação teve sucesso em sua primeira meta, mas até agora não conseguiu alcançar os outros dois. O movimento começou no dia anterior com um concerto no estilo Live-Aid em Cúcuta, patrocinado por Richard Branson, um empresário britânico. Maduro contra-atacou com o seu próprio show, pouco frequentado, do outro lado da fronteira. As pessoas na plateia dizem que foram levadas até lá de ônibus e recompensadas com arroz e feijão por aparecerem.  No próprio dia da entrega da ajuda, Guaidó, formalmente impedido de deixar a Venezuela, juntou-se em Cúcuta com os presidentes de Colômbia, Chile e Paraguai (os figurões passaram o dia monitorando os eventos de um prédio perto da ponte Tienditas, sem uso, entre as duas outras passagens). Centenas de jornalistas chegaram para acompanhar os acontecimentos. Um mês depois de assumir o cargo de presidente interino da Venezuela em um comício em Caracas, Guaidó novamente chamava a atenção do mundo.

Mas pouca ou nenhuma ajuda passou. Houve relatos de que alguns suprimentos chegaram à Venezuela pela fronteira sul com o Brasil, onde a ajuda também estava armazenada. A maior parte sequer avançou até um posto de controle aduaneiro no lado venezuelano. Na fronteira colombiana, as forças venezuelanas repeliram as entregas. Dois caminhões conseguiram entrar na Venezuela através da ponte Francisco de Paula Santander, mas foram detidos no lado venezuelano. Algo, talvez uma granada de gás lacrimogêneo, os incendiou. Os defensores do governo afirmam que os manifestantes foram responsáveis. Depois que os primeiros cartuchos de gás lacrimogêneo foram disparados pelos guardas na fronteira, alguns manifestantes correram em direção ao Rio Táchira, seco em grande parte, e arremessaram pedras contra eles. Mais gás lacrimogêneo foi lançado. A maioria dos manifestantes recuou, mas algumas centenas continuaram a atirar pedras contra os guardas venezuelanos, que foram posteriormente substituídos pela polícia nacional.

Logo após o recuo dos manifestantes, as forças venezuelanas começaram a atirar gás lacrimogêneo contra o território colombiano, atacando manifestantes, jornalistas e observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), que pensavam estar em segurança. Os manifestantes que mais se aproximaram da Venezuela foram recebidos com balas de borracha e munição real. Eles dizem que foram atacados por grupos paramilitares leais ao regime (conhecidos como coletivos), e não pela polícia antimotim, que não carregava armas.
A polícia colombiana, os paramédicos e os médicos cuidavam das vítimas na ponte Simón Bolívar e nas tendas médicas bem atrás dela. Os médicos confirmaram que alguns foram baleados com munição real. Os mais gravemente feridos foram transferidos para hospitais. Ao todo, quase 300 pessoas ficaram feridas nas travessias de Cúcuta. Quatro pessoas teriam morrido na fronteira da Venezuela com o Brasil.

The Economist viu quatro membros das forças armadas venezuelanas cruzando a ponte Simón Bolívar e o próprio rio para se unir ao governo interino de Guaidó. Eles foram saudados como heróis e correram para a segurança da polícia. Até o final do dia, mais de 60 membros das forças armadas e da polícia haviam desertado, de acordo com o serviço de migração da Colômbia. Mas eram exceções. A maioria permaneceu fiel ao regime de Maduro. Os coletivos parecem ser os mais comprometidos e os mais perigosos. Victor Navas, um participante, disse que quando os manifestantes desafiaram a polícia de choque, os coletivos estacionados no lado venezuelano do rio dispararam gás lacrimogêneo e tiros. Um desertor cruzando a ponte Francisco de Paula Santander disse que o governo havia ordenado que os paramilitares "massacrassem as pessoas". Habitantes de San Antonio del Táchira, no lado venezuelano do rio, dizem que esses grupos atacaram os manifestantes e invadiram apartamentos. Há relatos não confirmados de que eles fizeram reféns entre as famílias de alguns desertores.


Em  Caracas, capital da Venezuela, Maduro não deu qualquer sinal de rendição. Em uma manifestação pró-regime no sábado, ele dançou com a muçher, Cilia Flores, e insistiu repetidamente que continua como o presidente legítimo da Venezuela. A maioria dos observadores independentes acha que sua reeleição em maio passado foi fraudulenta. A única pista de que ele poderia ter alguma preocupação era o colete à prova de balas, que parecia estar usando sob sua camisa vermelho escura. A Venezuela agora rompeu relações diplomáticas com a Colômbia. Fechou suas fronteiras com a Colômbia e o Brasil e sua fronteira marítima com três ilhas do Caribe, incluindo Curaçau, onde está localizado outro estoque de ajuda. A Venezuela, portanto, cortou suas principais conexões de transporte de superfície com seus vizinhos.

Guaidó e a oposição dizem que continuarão buscando meios de obter ajuda. Quantas sanções ainda serão necessárias, além das impostas pelos Estados Unidos ao petróleo da Venezuela, para que sua principal fonte de divisas estrangeiras comece a causar problemas? Guaidó apoia as sanções como forma de forçar o fim do regime. Até agora, eles tiveram pouco efeito visível. Mas espera-se que agravem uma situação já desesperada. "Se essas sanções forem implementadas em sua forma atual, estamos olhando para a inanição", disse Francisco Rodríguez, do Torino Capital, um banco de investimentos, ao New York Times.
Com poucos sinais de que o regime esteja preparado para ceder, crescem especulações de que a oposição da Venezuela e os Estados Unidos adotarão medidas mais drásticas. Guaidó tuitou que, depois dos acontecimentos de sábado, ele "proporá formalmente à comunidade internacional que mantenha todas as opções em aberto" para libertar a Venezuela. Marco Rubio, senador americano influente na formulação da política dos Estados Unidos em relação à Venezuela, afirmou que "os graves crimes cometidos hoje pelo regime de Maduro abriram as portas para várias potenciais ações multilaterais que não estavam na mesa antes. 

Estas soam como ameaças para dar apoio a algum tipo de intervenção militar na Venezuela, opção que o presidente Donald Trump descartou repetidamente. A hashtag #IntervencionMilitarYA (intervenção militar agora, em tradução livre) ficou em destaque no Twitter, mas seria uma medida extremamente arriscada. Muitos venezuelanos podem encarar como libertadores soldados estrangeiros com a ajuda e a promessa de uma democracia restaurada. Mas muitos outros certamente consideram a sua chegada como uma confirmação das declarações de Maduro de que a oferta de ajuda é um disfarce para uma conspiração "imperialista" contra o país. A crise da Venezuela está longe de terminar.

The Economist - Tradução de Claudia Bozzo  - O Estado de São Paulo

domingo, 4 de novembro de 2018

“Desta água beberei” e outras notas de Carlos Brickmann

Gente ligada aos alvos da Lava Jato já proclama que Moro "perseguia Lula". Quem prendeu o chefão foi o TRF-4, mas não faz mal: o pau é nele


Para Bolsonaro, foi ótimo: Sergio Moro é um homem respeitado, de alto nível, e agrega prestígio a ele que, embora eleito com esplêndida votação, ainda enfrenta problemas de credibilidade, e bem nos setores em que Moro é totalmente aceito. Para o futuro Governo Bolsonaro, Moro é muito bom: estudioso, eficiente, habituado a trabalhar com a Polícia Federal. E, chefiando um superministério, tem tudo para estender a Lava Jato a setores que nunca pôde investigar. Outra vantagem: com Moro ministro, morrem os pesadelos de caça às bruxas (que já incluíram em listas de comunistas a ser boicotados o jornalista Reinaldo Azevedo e até, creia!, Delfim Netto).

Mas, para Sérgio Moro, a coisa não é tão boa. Gente ligada aos alvos da Lava Jato já proclama que ele “perseguia Lula” para evitar que derrotasse Bolsonaro; quer acusá-lo naquele tal conselho da ONU de usar a toga com fins partidários; e o responsabiliza por, em duas ocasiões a liberação da delação premiada de Palocci, dias antes da eleição, e a famosa gravação de Lula com Dilma, aquela do Bessias, em que ficava claro que seria nomeado ministro para ter foro privilegiado antes do impeachment, para favorecer Bolsonaro. Quem prendeu Lula foi o TRF-4, mas não faz mal: o pau é nele.  Acusa-se também Moro de ter dito que jamais entraria na política. Isso ele disse mas acha que, como Adib Jatene, é um ministro técnico que não vai disputar votos, ou mudou de ideia. Quem jamais nunca mudou de ideia?

Estranho vingador
Há também quem acuse Moro de mover uma cruzada contra Lula. Mas é esquisito: dentro de dez dias, Lula deve ser ouvido no processo sobre o sítio de Atibaia. Um vingador perderia a chance de condenar seu alvo mais uma vez? Ao aceitar o convite do presidente eleito, deixa de ser juiz. E o caso fica com uma juíza substituta, até que o novo titular seja escolhido.

Sem choradeira
Ao deixar a magistratura para ser ministro, Moro não viola lei nenhuma.

Retrato futuro
O perfil do Governo Bolsonaro já começa a ser traçado: três ministros fortes, Sergio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia) e general Augusto Heleno, que comandou as tropas brasileiras no Haiti (Defesa). Os três controlam totalmente a área e escolhem os auxiliares que quiserem, sem que ninguém, nem Bolsonaro, se intrometa. Os três são competentes mas nenhum jamais negociou com políticos profissionais tipo Renan Calheiros.

Prioridades
Outros setores que estão na agenda presidencial: a defesa da propriedade privada, de crítica ao avanço dos costumes, apoio aos inovadores e empreendedores, força ao agronegócio e à exploração (responsável, dizem) das riquezas naturais. Para a Agricultura, estão em pauta duas mulheres notáveis: a senadora Ana Amélia (PP), vice de Alckmin, e a deputada Tereza Cristina (DEM), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária.

Adeus
O Ministério do Trabalho, há anos sem função, deve ser extinto ou reduzido a secretaria, subordinada a Guedes. Para, como hoje, exercer só o trabalho de informar uma vez por mês o número de empregos com carteira assinada, ao custo de R$ 2 bilhões por ano, virar secretaria é bom demais.

Sem fantasia
É normal que o mercado tenha recebido bem a derrota do PT. É previsível que a escolha de Paulo Guedes, com bom trânsito na área da economia, estimule estudos sobre investimentos. Mas as notícias que surgem nas redes sociais, sobre bilhões de dólares que virão para o país graças à eleição de Bolsonaro, não são bem assim. Os investimentos foram mesmo anunciados, mas já estavam na pauta ou virão (se vierem) bem mais tarde. Ninguém decide em poucos dias investir milhões de dólares, por mais que goste de Bolsonaro ou tenha apreciado sua vitória. Dilma também escolheu um ministro com prestígio no mercado e os dólares não vieram.

A literata
Dilma, depois de se mudar para Minas acreditando que seria facilmente eleita para o Senado, resolveu ficar no Rio Grande do Sul. Seu plano atual, diz O Globo, é escrever um livro de memórias. Este prestativo colunista sugere um título para o livro de memórias de Dilma: Vaga Lembrança.

Los Hermanos
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que é preciso dar novo impulso à ALBA Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América, organização regional fundada por Fidel Castro e Hugo Chávez. Quais são as nações que funcionarão como contraponto à derrota do PT no Brasil?
Por ordem alfabética: Antígua y Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Granada, Nicarágua, San Cristóbal y Nevis, Santa Lucia, San Vicente y Granadinas, Suriname, Venezuela. Ah, agora vai. Es nosotros en la fita!

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann



segunda-feira, 5 de março de 2018

Bandidos explodem carro forte e atiram com armas de alto calibre na BR-040

Os assaltantes levaram malotes de dinheiro, além de duas carabinas .12 dos funcionários, quatro revólveres e coletes à prova de balas. Tudo aconteceu entre 16h08 e 16h38 desta segunda-feira (5/2)

Fortemente armados, quatro criminosos assaltaram um carro-forte na tarde desta segunda-feira (5/2) na BR-040, em Cristalina (GO), distante 152 quilômetros do Distrito Federal. Para parar o veículo, os ladrões explodiram uma granada e atiraram com armas de .50 e 762 contra o veículo. Quatro pessoas que estavam no carro-forte foram rendidos. Os bandidos levaram malotes de dinheiro, além de duas carabinas .12 dos funcionários, quatro revólveres e coletes à prova de balas. Tudo aconteceu entre 16h08 e 16h38.
Assalto aconteceu na BR-040, em Cristalina (GO) (foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os assaltantes estavam em um veículo Toyota Hilux SW4 e tiveram a cobertura de um Renault/Duster para cometer o roubo. O segundo veículo fechou a rodovia para que nenhum outro motorista interrompesse a ação. Assim que viram o carro-forte, os criminosos atiraram. Eles abordaram o automóvel em um trecho de subida. 

O carro-forte seguia de Paracatu (MG) para Cristalina (GO).  Ainda não há informação dos valores levados pelo grupo, mas, segundo a corporação, os vigilantes contaram que não havia muito dinheiro dentro dos malotes. O motorista do carro-forte ficou levemente ferido no rosto por causa dos estilhaços de vidro. Depois da ação, os assaltantes abandonaram a Toyota Hilux SW4 e fugiram no outro veículo. Policiais rodoviários federais estiveram na Delegacia de Polícia Civil de Cristalina para registrar ocorrência. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.
 
Correio Braziliense

 

domingo, 23 de abril de 2017

Os efeitos da demagogia

Governos do PT entenderam que justiça social é ato de vontade. O resultado da insanidade está aí

Dos perversos efeitos da irresponsabilidade fiscal dos governos lulopetistas, os mais significativos foram a reversão da queda da desigualdade e a estagnação do desenvolvimento humano, constatadas por estudos recém-publicados. Tal cenário indica o grau de deterioração do bem-estar da atual geração de brasileiros e, especialmente, as perspectivas sombrias para as próximas, algo que não pode ser modificado por medidas triviais. Se era preciso alguma prova de que a promessa demagógica de felicidade instantânea e sem sacrifícios pereniza a mediocridade e compromete o futuro do País, a prova aí está.

O mais recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostrou que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, com dados de 2015, ficou estagnado pela primeira vez desde 2004. Isso significa que as políticas de Lula da Silva e, principalmente, de Dilma Rousseff, a título de fazer “justiça social” e “incluir o pobre no Orçamento”, como gostam de alardear os ex-presidentes petistas, na verdade tiveram o efeito exatamente oposto ao pretendido – isto é, em vez de ajudar os mais pobres, interromperam o processo de melhoria da qualidade de vida do conjunto da sociedade.

O IDH leva em conta renda, educação e saúde. Vai de 0 a 1 quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento. Em 2015, o Brasil obteve IDH de 0,754, o mesmo de 2014. Entre 188 países, o Brasil ficou estacionado em 79.º lugar, ao lado de Granada. Continua entre os países considerados de “alto desenvolvimento humano”, mas encontra-se abaixo de Cuba (68.º) e Venezuela (71.º).

Quando o índice é ajustado se levando em conta a desigualdade – de renda, de saúde e de educação –, o Brasil cai 19 posições. Pelo Coeficiente de Gini, que mede especificamente a desigualdade de renda, o Brasil aparece como o 10.º mais desigual entre 143 países. Esse aspecto aparece em outro estudo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), segundo o qual em 2016 houve o primeiro aumento da disparidade de renda domiciliar per capita em 22 anos. Isso significa que o ganho proporcionado pela estabilização da economia com o Plano Real, implementado há 23 anos, foi comprometido pelos governos de Lula e Dilma.

A façanha da dupla é espantosa. A partir de meados dos anos 1990 o Brasil começou a caminhar para reduzir a afrontosa desigualdade de renda que marca sua sociedade desde sempre. O controle da inflação deu o primeiro impulso para isso, pois permitiu que os mais pobres parassem de pagar, na forma do chamado “imposto inflacionário”, o custo do endividamento inconsequente do governo. Foi necessário ainda um grande esforço para levar escolaridade às classes mais baixas, aumentando suas possibilidades no mercado de trabalho. Além disso, os programas de transferência condicionada de renda foram importantes para ajudar a mitigar a miséria. Tudo somado, esperava-se que, no ritmo verificado a partir do início dos anos 2000, o Brasil já tivesse erradicado a pobreza extrema por volta de 2016. Mas isso não ocorreu. Ao contrário, em 2015 voltou a crescer o número de famílias com rendimento per capita inferior a 25% do salário mínimo, chegando a 9,2% da população, contra 8% em 2014, de acordo com dados do IBGE. Um ano depois, em 2016, a desigualdade cresceu 1,6% em relação a 2015, conforme o estudo da FGV, anulando os ganhos dos anos anteriores.

Os indicadores de desigualdade são especialmente significativos porque refletem os efeitos de longo prazo das políticas econômicas. A redução da renda dos mais pobres e o consequente aumento do abismo destes em relação aos mais ricos, depois de um período em que essa diferença parecia fadada a diminuir em razão da maturidade econômica e institucional do País, não resultam de erros pontuais, mas sim de decisões que respeitaram uma visão totalmente equivocada do papel do Estado no desenvolvimento. Mas os governos petistas entenderam que justiça social não é o resultado de um processo econômico de longo prazo, e sim um ato de vontade. O resultado dessa insanidade está aí.

Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo 

 

 

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Estão metendo a mão no dinheiro das Olimpíadas - Serviço de raios-X de estádios olímpicos ainda não funciona



Instalações olímpicas ainda não têm serviço de revista
Empresa contratada por R$ 17,3 milhões não tem qualquer experiência no serviço e Comitê Rio-2016 precisou chamar outra firma para fazer checagem de bens


No Engenhão, tendas fechadas porque não há operadores para as máquinas de raio-X (Leslie Leitão/VEJA)

Em qualquer sistema de segurança do mundo seja em aeroportos ou grandes eventos – forma-se uma fila para a checagem de malas, bolsas, mochilas e sacolas. No jargão dos profissionais da área, o processo chama-se Mag & Bag, a revista por raios-X (magnética ou mag) e de bolsas (bag). Os especialistas consideram estas as barreiras mais importantes para evitar ataques terroristas ou mesmo a entrada de armas, facas ou objetos cortantes.
Para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a responsabilidade desta operação ficou a cargo da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos (Sesge). Há um ano a secretaria vem arrastando a contratação da empresa que ficaria com a missão. A licitação só foi concluída no início do mês. E a desconhecida Artel Recursos Humanos, empresa de Navegantes, em Santa Catarina, foi quem venceu o pregão e abocanhou o contrato de 17,3 milhões de reais.


No centro de mídia, Artel não ocupou os postos e obrigou o Comitê Rio-2016 a contratar uma outra empresa temporariamente (Leslie Leitão/VEJA)


A Artel não tem qualquer experiência no ramoIsso é perceptível. As entradas de algumas das principais instalações olímpicas estão sem fiscalização. O site de VEJA fez o teste ontem, no quarto dia em que as áreas da Olimpíada estão oficialmente liberadas. Tanto no Maracanã, palco da cerimônia de abertura, no próximo dia 5, quanto no Estádio do Engenhão, onde a maior estrela dos Jogos, o jamaicano Usain Bolt, correrá em busca de mais medalhas, a Artel não tinha um funcionário sequer nos checkpoints.Também quero saber onde eles estão”, dizia um soldado da Força Nacional, que tem a missão de auxiliar essa operação de revista em cada instalação olímpica.

Em ambos os estádios alguns equipamentos de raio-x foram colocados debaixo de tendas, mas não havia ninguém para operar: “Não nos ensinaram nada. Não temos o equipamento. Apenas dois detectores foram instalados”, desabafou um outro integrante da Força Nacional.  Um integrante da equipe de segurança do Comitê Rio-2016 explicou a VEJA a complexidade da situação: “É preciso entender como funciona o sistema. Para um leigo, uma maçã pode parecer uma granada olhando pelo monitor. Então, se não houver profissionais treinados e capacitados para o serviço, essa operação, além de causar filas intermináveis, vai deixar as instalações absolutamente vulneráveis”, diz.

 No Maracanã, Força Nacional faz a revista de quem entra e sai, enquanto funcionários da Artel não aparecem para trabalhar nas máquinas de raio-X (Leslie Leitão/VEJA)


Esta preocupação acendeu o sinal de alerta dentro da própria organização. Na terça-feira, o delegado federal Luiz Fernando Corrêa, diretor de segurança da Rio-2016, enviou um e-mail para os envolvidos no tema alertando para o risco de um colapso da operação, já que a cada dia o número de revistas vai aumentando consideravelmente, à medida que mais e mais atletas, jornalistas e funcionários frequentam as áreas olímpicas.

Nos centros de mídia no Parque Olímpico, por onde circularão mais de 20 000 profissionais credenciados, esse colapso já aconteceu. Na semana passada, a Artel admitiu não ter condições de enviar profissionais treinados para o Mag & Bag nesta primeira semana pré-jogos.

A solução encontrada pelo Comitê Organizador foi buscar às pressas uma empresa com mais experiência no ramo. A escolhida foi a Sunset Vigilância, que trabalhou na Copa do Mundo de 2014 e até hoje é a responsável pela operação do Maracanã em jogos dos clubes cariocas. O acordo, no entanto, só vale até sexta-feira: “Não sabemos o que acontecerá a partir daí”, diz o oficial de segurança.

A escolha da Artel surpreendeu a todos que trabalham na área. Em seu site, a empresa apresenta-se como especializada em “serviços de recrutamento e seleção de efetivos, locação de mão-de-obra temporária e terceirizados de apoio”. Não há uma menção sequer sobre segurança. E o próprio item de recrutamento de pessoas não indica vagas para a função para a qual foi contratada no último dia 1º de julho.

A reportagem de VEJA procurou o secretário da Sesge, Andrei Rodrigues, mas não houve resposta. O dono da Artel, o jovem Deivison Scheffer Jacinto, de 25 anos, também não atendeu aos questionamentos da reportagem. Na semana passada, o jornal Folha de S. Paulo revelou que a Artel Recursos Humanos havia contratado a Simetria Serviços Empresariais, do Rio de Janeiro  ela seria a responsável por preencher as quase 6 000 vagas para a função de operar o sistema Mag & Bag. O jornal revelou ainda que alguns candidatos se inscreveram via internet e acabaram aprovados, recebendo um certificado com a assinatura do secretário da Sesge.

Não dá para entender porque isso não foi definido há tempos. Havia 6 000 posições para ocupar, contrataram uma empresa que jamais fez esse serviço e até agora ninguém decidiu como a operação será realizada”, afirma o dono de uma empresa de segurança.

Para se ter uma ideia da complexidade da operação, este serviço para a Olimpíada de Londres foi assinado um ano antes dos Jogos, em 2012. Ainda assim, às vésperas da competição, a empresa vencedora declarou-se incapaz de dar conta de toda a inspeção. Com isso, militares das forças armadas foram obrigados a executar a missão.

Para os Jogos de Tóquio, em 2020, os contratos estão começando a ser licitados agora. “É preciso treinar os funcionários. É um serviço específico demais, que exige treinamento e prática. E, sinceramente, eu imaginava que ao menos nessas áreas olímpicas, teríamos um sistema de segurança superior. Não é o que estamos vendo”, diz Vinícius Cavalcante, diretor da Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança.  Nesta manhã, a reportagem encontrou alguns poucos funcionários da Artel fazendo a checagem dos pertences de atletas e funcionários que chegavam à Vila Olímpica.

Fonte: Revista VEJA