Advogada CATTA PRETA dá
entrevista estranha em que não revela nada
A advogada Beatriz Catta Preta, ao se apresentar no
Jornal Nacional
Não se
fala em outra coisa. Responsável por firmar nove acordos de delação premiada de
réus da Operação Lava Jato, a advogada Beatriz Catta Preta disse ao “Jornal Nacional” que deixou o caso e
decidiu abandonar a advocacia porque se sentiu ameaçada. “Depois de tudo que está
acontecendo, e por zelar pela minha segurança e dos meus filhos, decidi
encerrar minha carreira”, afirmou.
Segundo
reportagem da Folha, ela disse que a pressão aumentou após um de seus
clientes, o lobista Julio Camargo, mencionar em depoimento que pagou US$ 5
milhões em propina ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). “Vamos dizer que [depois do depoimento de
Julio Camargo] aumentou essa pressão, essa tentativa de intimidação a mim e à
minha família”, disse, se referindo à insistência de a CPI ouvi-la.
AMEAÇAS
CIFRADAS?
Mas a
advogada não revelou como seriam essas intimidações. “Não recebi ameaças de morte, não recebi ameaças diretas, mas elas
vêm de forma velada, elas vêm cifradas.”
Questionada
sobre a origem das supostas tentativas de intimidação, Catta Preta respondeu que elas vinham de integrantes da CPI que
votaram a favor de sua convocação. Disse também que não podia afirmar se
Eduardo Cunha integrava esse grupo. Acerca
do valor de R$ 20 milhões que teria
recebido por seus honorários na Lava Jato, Catta Preta afirmou que o número é “absurdo”. “Não chega perto da metade
disso”, disse.
A
advogada explicou que os pagamentos foram feitos no Brasil por meio de
transferência bancária ou em cheque, com emissão de nota fiscal e recolhimento
de impostos. A criminalista também negou
que tenha cogitado mudar de país. Ela afirmou que passou o último mês nos
Estados Unidos de férias com a família.
TRADUÇÃO
SIMULTÂNEA
Muito estranha esta entrevista da advogada, a ponto
de necessitar de tradução simultânea.
1)
Não
fugiu, foi apenas tirar férias, abandonando os clientes em fase decisiva dos
inquéritos.
2)
Não diz
quem a ameaçou.
3)
Não houve
ameaças diretas, “mas elas vêm de forma velada, elas vêm cifradas”.
4)
Como
foram as tais ameaças? Por telefone, por e-mail, por Facebook, redes sociais ou
bilhetinhos?
5)
Se tirou
férias exatamente quando Júlio Camargo deu o depoimento, como pôde ser
encontrada para ser “ameaçada”?
6)
Por que
não denunciou as ameaças?
7)
Não pode
atribuir a Eduardo Cunha as ameaças.
8)Tem medo de quê, de quem?
Sinceramente,
a fraqueza da entrevista-denúncia de
Beatriz Catta Preta diminui sua importância como advogada. Imaginem se todo
advogado for se curvar a esse tipo de ameaça
cifrada, que se resume na verdade apenas a uma convocação para prestar depoimento, em que ela nem precisaria dizer
nada. Como
advogada, nota zero. Deveria devolver a carteira da OAB e os
honorários dos clientes que ela abandonou sem justa causa.
Fonte:
Tribuna da
Internet - Carlos Newton