Renan é
senador da República e tem o direito, até mesmo o DEVER, de defender a instituição de acusações tipo as proferidas pela
mulher do ‘assaltante de aposentado’
O que o
presidente do Senado, Renan Calheiros, disse causa
estranheza porque ele não teria como interferir num processo no Supremo.
Ele precisa se explicar. O caso da senadora Gleisi Hoffmann está com o ministro
Dias Toffoli, e nada foi levado ainda para a turma
do STF para ser discutido um indiciamento ou não dela. Se o senador fez
um procedimento formal, ele precisa dizer qual foi o instrumento e a que
título.
A
senadora está sendo investigada no caso Consist, que foi o primeiro
desdobramento da Lava-Jato. Seu marido Paulo Bernardo
foi preso na fase “Custo Brasil”, da Lava-Jato. Mas em nenhum dos
dois casos a presidência do Senado poderia interferir. Nada do que é apurado
ali tem a ver com a atuação de Gleisi como parlamentar. Não caberia, então,
a interferência de Renan. Portanto, o que Renan Calheiros precisa fazer agora é
se explicar.
‘Renan é que manda no Supremo?’, questiona Kátia Abreu
após senador citar o não indiciamento de Gleisi
Aliados
de Dilma Rousseff reagem com surpresa a intervenção do presidente do Senado
Os
aliados da presidente afastada Dilma Rousseff reagiram com surpresa e
indignação à intervenção feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que
ao criticar a senadora Gleisi Hoffmann por ter dito que o Senado não tem moral
para julgar a presidente, afirmou que ele teria
conseguido suspender, no Supremo Tribunal Federal (STF), que o indiciamento
dela seja feito pela Polícia Federal.
A ex-ministra de Dilma, senadora
Kátia Abreu (PMDB-TO), criticou duramente o colega de partido. Segundo ela, em
vez de acalmar os ânimos, Renan opta por uma atitude de agressão ao Supremo e
ao Senado. — O que o Renan fez não tem nome. Ele é o presidente do
Senado. Pega a palavra e toma uma atitude dessas, de agressão? É ele quem manda
no Supremo? Ele quem decide sobre indiciamento, que tira indiciamento? Foi uma
agressão ao Judiciário e ao Senado — afirmou Kátia Abreu. [no entender da traidora Kátia Abreu – ela só
conseguiu ser eleita em 2010, por ter sido peça importante na derrubada da
maldita CPMF em 2007, mas logo que reeleita se bandeou para os lados da Dilma,
a Afastada – ela pode falar asneiras nas sessões do Senado, valendo o mesmo
para o Lindbergh e outros da corja lulopetista, mas, o Renan não pode ter uma
posição individual, de senador, desvinculada da que adotaria na como
presidente. Se a posição de Renan agradou ou desagrado, os que foram analisar
devem ter em conta que ele também tem direito a ter opinião independente.]
Renan, ao
tomar a palavra, criticou Gleisi e afirmou “que o presidente do Senado
conseguiu no Supremo desfazer seu indiciamento feito pela Polícia Federal”. O
advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, evitou se pronunciar sobre o bate-boca
em plenário e a fala de Renan. Mas garantiu que a presidente virá se defender
na segunda-feira: — Ela virá! Vamos acalmar as coisas.
Para os
aliados de Dilma, a tensão está aumentando desde ontem
quando conseguiram a suspeição da principal testemunha de acusação, o
procurador Júlio Marcelo de Oliveira. Eles acreditam que os aliados de Michel
Temer aumentaram as críticas porque perceberam que estão perdendo "a
narrativa". — Eles querem diminuir o tempo do julgamento porque
está causando constrangimento nacional!
Assim que
a sessão foi suspensa, os aliados de Dilma foram se reunir na Liderança do
PT para traçar a estratégia. A senadora Gleisi deixou o plenário, mas não
quis dar declarações sobre o ocorrido. Afirmou que falará com a imprensa após
essa reunião. O senador petista Paulo Rocha (PT-PA), resumiu: — Desandou,
agora desandou. Desde ontem eu procurei o Renan, o Aloysio para conversarmos e
não deixarmos as coisas desandarem. Ele como presidente faz uma fala para
conciliar e dá nisso. Renan perdeu a cabeça!
A
senadora Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou que o que todos querem é acalmar os
ânimos: — O presidente foi tentar acalmar os ânimos e acabou incendiando.
Não temos intenção de manter o incêndio!
Clima
esquentou quando o presidente do Senado criticou a senadora petista
A
sessão de julgamento do impeachment foi suspensa pela segunda vez nesta
sexta-feira depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou
o microfone para reclamar dos colegas, afirmar que a sessão era um "hospício".
O clima esquentou quando Renan criticou a senadora
Gleisi Hoffmann (PT-PR) por ela ter dito que o Senado não tinha moral para
julgar a presidente Dilma. O presidente do processo, Ricardo
Lewandowski, em meio a gritos, antecipou o almoço, suspendendo mais uma vez a
sessão. — Eu não quero tocar fogo não, mas como uma senadora pode dizer uma
decisão dessas? Chegou ao cúmulo de dizer aqui que o Senado não tinha moral
para julgar a presidente. Uma senadora que o presidente do Senado conseguiu no
Supremo desfazer seu indiciamento feito pela Polícia Federal — disse Renan,
exaltando e recebendo vaias.
— Vossa
Excelência sendo obrigado a presidir um julgamento num hospício!
Ele
chamou a lei do impeachment de "excrescência", afirmando que a
lei permite que a todo momento haja problemas. — O Senado está perdendo,
está perdendo a oportunidade de se afirmar como uma instituição verdadeiramente
democrática. Queria até pedir desculpar ao professor Belluzzo pelo
constrangimento — disse Renan, acrescentando: — Aprovamos essa
excrescência que é a lei do impeachment. Se for assim, teremos que cancelar o
depoimento da presidente da República na segunda-feira. Fico muito triste de
que essa sessão é a demonstração de que a burrice é infinita.
Foi
quando Lewandowski, agradeceu a interferência do senador, e diante de novas discussões,
desta vez entre Gleisi e Renan, suspendeu a sessão. — Que baixaria, Renan,
trazer isso da Gleisi — dizia Lindbergh.
O
problema começou com bate-boca de Ronaldo Caiado e Lindbergh Farias. Caiado e Lindbergh voltaram a
trocar ofensas em plenário no segundo dia do julgamento do impeachment. Após
ser chamado de "desqualificado", Caiado
afirmou que Lindbergh era "pior que Beira-Mar" e tinha uma "cracolândia"
no seu gabinete. O petista voltou a
atacar o colega afirmando que o bicheiro Carlinhos Cachoeira era quem sabia da
vida dele.
Logo após
Renan se exaltar chamando a Casa de "hospício", o senador
Lindbergh Farias (PMDB-RJ) disse que o peemedebista
está "descompensado e perdeu a chance de "ficar calado". —
Renan surpreendeu a todo mundo, parecia descompensado. Não há dúvidas para
ninguém que o Senado está desmoralizado, pesam acusações sobre inúmeros
senadores. Renan, como bombeiro, tocou fogo no plenário — disse Lindbergh.
Fonte: O Globo