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segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Antes respeitada, Polícia Federal atua hoje como a KGB do regime Lula-STF-PT - J. R. Guzzo

VOZES - Gazeta do Povo

 Até não muito tempo atrás, a Polícia Federal era um dos serviços públicos mais respeitados do Brasil.  
Seus agentes, num caso não muito comum quando se fala de polícia, eram tidos em geral como pessoas de bem, imparciais e cumpridores da lei. 
Se havia ou não motivos verdadeiros para justificar essa admiração, são outros 500 – mas o fato é que a PF tinha uma excelente imagem junto à população em geral. Não mais.
 
Em um ano de governo Lula, a instituição virou o contrário do que era; passou a funcionar como uma empresa particular de segurança a serviço do ministro da Justiça, dos líderes do Supremo Tribunal Federal e de qualquer peixe graúdo do governo ou nem tão graúdo assim.  
O sujeito tem uma carteirinha de lulista? 
Vira na mesma hora autoridade essencial para a salvação da “democracia” – e pode chamar “a Federal” para prender, indiciar e interrogar qualquer um que lhe passe pela frente. 
Se essa autoridade é o ministro Alexandre de Moraes, então o céu é o limite.

O caso Marielle nunca teve nada a ver com o processo legal em vigor no Brasil; é política, e por isso a PF, hoje transformada em KGB do regime, passou a cuidar dele.

O último exemplo da descida cada vez mais rápida da Polícia Federal para o submundo da ilegalidade é a declaração pública que o seu diretor-geral acaba de fazer sobre o caso da ex-vereadora carioca Marielle Franco, mártir há cinco anos da esquerda e da sua máquina de propaganda. 
O diretor, que age há um ano como um militante político sob as ordens do consórcio Lula-STF-PT, declarou estar convicto de que o assassinato de Marielle será concluído até o fim do mês de março.
 
Como assim – “convicto”? O inquérito corre em sigilo de Justiça; não tem o menor cabimento o chefe da polícia dizer o que disse. 
O caso, desde o primeiro dia, é uma bandeira política de Lula e do seu entorno, como o “golpe de Estado” de 8 de janeiro.
Ao assumir seu cargo, o ex-ministro da Justiça disse que era “uma questão de honra” descobrir os “mandantes” do crime – com certeza “bolsonaristas”, ou quem sabe o próprio presidente Jair Bolsonaro
Desde então, o caso vem sendo explorado como uma questão puramente política pelo governo Lula – e a PF usada como instrumento para atingir os objetivos desejados por ele. 
O diretor-geral, agora, passa um recibo público de que é isso mesmo.
 
O assassinato da vereadora é um crime que diz respeito unicamente à polícia e à Justiça do Rio de Janeiro pelo que está escrito na lei, o crime não tem nada de federal e, portando, a decisão de envolver da PF no inquérito é ilegal desde o começo. 
Não foi assim com o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, de Santo André, autoridade bem maior do que Marielle? 
O caso ficou restrito a São Paulo e qualquer tentativa de levar a questão ao nível federal, em busca de melhores investigações, será tratada pelo ministro Moraes e todo o resto do governo Lula como uma “ameaça à democracia”. É claro.
 
O caso Marielle nunca teve nada a ver com o processo legal em vigor no Brasil; é política, e por isso a PF, hoje transformada em KGB do regime, passou a cuidar dele. 
O objetivo, naturalmente, é usar a morte da vereadora como arma para atacar o “bolsonarismo”. 
Como disse, em editorial, o jornal O Estado de S. Paulo: “Tem-se o retrato de uma PF sem verdadeira autonomia, vista como submetida a interesses partidários, e não republicanos – e isso é evidentemente péssimo para o país”. A impressão é exatamente essa.
 
 
Conteúdo editado por:  Jocelaine Santos
 
 J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


segunda-feira, 30 de outubro de 2023

A KGB do governo Lula (parte 2) - Revista Oeste

Silvio Navarro

 

Flávio Dino coloca a Polícia Federal para investigar o governador Tarcísio de Freitas, divide a própria corporação e dá sinais de fraqueza no cargo

Nesta semana, o jornal O Estado de S. Paulo noticiou que o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) mandou a Polícia Federal investigar o governador do maior Estado do país, Tarcísio de Freitas. 
Segundo a reportagem, desde junho o governador paulista é o principal alvo de um inquérito sobre um tiroteio ocorrido numa favela durante a campanha eleitoral do ano passado. 
O caso foi apurado e concluído pela Justiça Eleitoral e pela polícia paulista há tempos
O próprio jornal informou que a corporação não achou nenhum motivo para a abertura de um novo inquérito. 
Mas a KGB do governo Lula continua em ação.

Oeste conversou com integrantes do Palácio dos Bandeirantes e da polícia paulista, que buscaram informações sobre o caso. Para eles, não há dúvidas de que se trata de uma tentativa de intimidação, nos mesmos moldes que Dino tem usado para perseguir adversários políticos — e Tarcísio desponta como principal nome da oposição depois da inelegibilidade de Jair Bolsonaro
Além de não haver fato novo para abertura de outra investigação, muito menos o episódio antigo requer o envolvimento da Polícia Federal.

O documento que determinou a abertura do inquérito, assinado pelo delegado Eduardo Hiroshi Yamanaka, da Polícia Federal, é completamente vago.  
O texto pede a apuração de uma eventual violação do Código Eleitoral. 
A eleição acabou há um ano, e o caso já foi julgado — Tarcísio foi absolvido.  
O despacho deixa uma enorme lacuna redigida exatamente assim: apurar “outras violações que, porventura, forem constatadas no curso da investigação”. Não responde, contudo, do que trata a investigação inicial. 
Aos fatos: no dia 17 de outubro do ano passado, um homem de 27 anos, com duas passagens pela polícia, morreu durante uma troca de tiros na Favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. 
Naquele horário, Tarcísio de Freitas cumpria agenda de campanha no Polo Universitário da favela. 
Estava cercado de jornalistas de dezenas de veículos de imprensa. 
A equipe do então candidato e os jornalistas precisaram se esconder e depois foram retirados do local às pressas. 
O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) investigou e concluiu o caso: um bandido foi morto ao disparar contra a polícia, que reagiu.

Desde então, há uma gritaria enorme de grupos de esquerda — como o Tortura Nunca Mais, que acionou o Ministério Público —, do PT, do Psol, do deputado Guilherme Boulos e de todas as entidades que acusaram a Polícia Militar de atirar contra moradores da favela que passeavam na garupa de motocicletas. Um detalhe: eles estavam armados e em bando.

A resposta do Palácio dos Bandeirantes à notícia foi direta: se o caso já foi julgado pela Justiça Eleitoral, encerrado pela polícia e não há fato novo, qual é a justificativa de Dino para acionar a Polícia Federal agora? “A Justiça Eleitoral realizou julgamento sobre o episódio em Paraisópolis e, após a manifestação do Ministério Público, oitiva de testemunhas e colheita de provas, foi concluído de forma unânime que o episódio tratou-se de uma ocorrência policial, sem qualquer ingerência política ou eleitoral”, disse o governo paulista em nota. “Uma vez que não há fato novo, não haveria outra questão a ser averiguada no inquérito da Polícia Federal mencionado.”
Mesmo sem nenhuma prova, Flávio Dino alimenta a tese de que Tarcísio forjou um atentado para se beneficiar eleitoralmente — ele derrotou o petista Fernando Haddad. A única “prova” do ministro comunista apresentada até hoje é o tuíte abaixo, no qual Tarcísio escreveu: “Fomos atacados por criminosos”.

Em primeiro lugar, estamos todos bem. Durante visita ao 1o Polo Universitário de Paraisópolis, fomos atacados por criminosos. Nossa equipe de segurança foi reforçada rapidamente com atuação brilhante da @PMESP. Um bandido foi baleado. Estamos apurando detalhes sobre a situação.— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) October 17, 2022

Nesse novo inquérito da PF, também aparece uma conversa entre um cinegrafista da Jovem Pan e um ex-assessor da campanha de Tarcísio sobre imagens apagadas no dia do tiroteio. 
A tese é de que a Polícia Militar teria atirado contra moradores para fingir um ataque ou de que um integrante da segurança de Tarcísio teria sido o autor do disparo fatal. 
Na ocasião, um agente da própria Polícia Federal, Danilo Campetti, também participava da segurança do candidato. 
Como estava armado e de folga naquela data, chegou a ser investigado e também foi absolvido no mesmo processo pela Justiça.

Fato é que, ao forçar o envolvimento da Polícia Federal
, o ministro espera encontrar qualquer coisa, como o próprio despacho do delegado deixa claro, para reabrir o caso nas cortes superiores em Brasília, onde tem aliados. 
Houve um desentendimento na própria Polícia Federal em São Paulo e com a Polícia Civil. 
A Corregedoria da PF afirmou que o episódio aconteceu quando ele era candidato, ou seja, a competência é exclusiva da Justiça Eleitoral, conforme jurisprudência do próprio Supremo Tribunal Federal (STF). 
Outra ala da PF, ligada a Flávio Dino, quer tirar o caso da seara eleitoral.

Na capital federal, Dino conseguiu trocar todos os comandos das delegacias e superintendências estaduais, principalmente das divisões de inteligência. Na quarta-feira, 25, por exemplo, levou o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, para escoltá-lo na audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados.

Outro nome de estrita confiança é o chefe da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Fernando Oliveira, que tem foto nas redes sociais usando quepe e fumando charuto, em alusão ao ditador cubano Fidel Castro. Dino também tem fotos similares nas redes durante blocos carnavalescos.

No ministério, quem dá as cartas é o seu trio de amigos: o número dois da pasta, Ricardo Capelli, militante da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do PCdoB; o ex-deputado petista Wadih Damous (secretário dos Direitos do Consumidor); e o ex-advogado da Odebrecht na Lava Jato, Augusto de Arruda Botelho (secretário Nacional de Justiça). Outro braço aliado é Rafael Velasco, secretário de Políticas Penais, um entusiasta do desencarceramento em massa no Brasil, com quem Dino trabalhava no Maranhão.Antônio Fernando Oliveira, chefe da Polícia Rodoviária Federal | Foto: Reprodução/Facebook
 
 
O ministro da Justiça, Flávio Dino [ao centro], posa ao lado de foliões, no Carnaval de São Luís (MA, 18/2/2023) | Foto: Reprodução/Instagram
 
Desgaste
Depois de dez meses de intensa exposição
, Flávio Dino foi à Câmara nesta semana enfrentando o primeiro desgaste real na cadeira. 
O principal motivo é a falta de um programa para a área da segurança pública, que registra cenas caóticas na Bahia e no Rio de Janeiro. 
Os dois Estados são calcanhares para o comunista: a Bahia é governada pelo PT há 16 anos, e qualquer crítica dele à gestão estadual termina em confusão com o partido do presidente. No caso do Rio, ele até agora não conseguiu explicar a visita à Favela da Maré, reduto do tráfico de drogas, quase sem escolta.
“Não sei por que há esse preconceito abjeto com um bairro do Rio de Janeiro. Os críticos deveriam assumir que não gostam de pobres, não gostam de povo”, afirmou o ministro nesta quarta-feira, em sessão marcada por confusão e intenso bate-boca.

As faltas sucessivas a audiências públicas e o sumiço das imagens do Ministério da Justiça no dia 8 de janeiro — imagens que foram requisitadas pela CPMI — deixaram parlamentares de várias bancadas engasgados

Ele só foi à audiência na quarta-feira porque havia faltado — de novo — a uma convocação no dia anterior. Enviou um ofício ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), alegando ​​“falta de capacidade e de isenção” dos integrantes da Comissão de Segurança Pública. No documento, afirmou que havia “elevado risco de agressões físicas e morais, inclusive com ameaças de uso de arma de fogo”. A oposição questionou se ele achava que poderia levar um tiro durante a sessão, mas ele não respondeu.

A péssima relação com o Congresso é exatamente o outro ponto de desgaste à frente do ministério. 
O maranhense foi eleito senador no ano passado, mas não assumiu o mandato. 
Não mantém contato com as grandes frentes temáticas — nem com a da agropecuária nem com a cristã (composta de evangélicos e católicos), além da rejeição da bancada da bala. Juntas, essas três bancadas detêm mais da metade do Congresso.

As faltas sucessivas a audiências públicas e o sumiço das imagens do Ministério da Justiça no dia 8 de janeiro — imagens que foram requisitadas pela CPMI — deixaram parlamentares de várias bancadas engasgados. É unânime a avaliação de que, se sua aposta pela vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) naufragar ou se ele perder o ministério, terá vida dura no Legislativo.
 
Sobre a pasta, nesta semana o presidente Lula admitiu pela primeira vez que deverá desmembrá-la. Provavelmente, Dino ficará somente com a Justiça. O PT quer assumir a área da segurança pública para justamente tirar o protagonismo político do ministro e aplacar crises no Nordeste, como na Bahia e no Rio Grande do Norte, Estados que foram tomados pelo crime organizado. “Esse debate tem décadas”, afirmou Dino. “O Ministério da Justiça tem 201 anos. Nesses 201 anos, em 200 anos ele foi integrado, e em um ano houve essa separação. Minha posição técnica é bastante conhecida. O presidente Lula não tocou nesse assunto. Na minha ótica, não é prioridade no momento.”

Quem acompanhou a agenda do ministro no Congresso pôde notar claramente a falta de apoio dos parlamentares. Já não é recebido com a mesma festa. Os tapinhas nas costas sumiram. Não dá um passo sem a escolta pesada de policiais. Dino ainda é o chefe da KGB do governo Lula. Mas parece estar a cada dia mais solitário.
 
 
 

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Defesa de Bolsonaro e Michelle diz que eles ficarão em silêncio na PF

Advogado alega que STF não tem competência para julgar o ex-presidente

 SEGREDOS - Bolsonaro: investigadores da PF acreditam que informações do ex-auxiliar podem comprometer o ex-chefe

 Jair Bolsonaro: silêncio na PF (Silvio Avila/AFP)

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua esposa, Michelle Bolsonaro, afirma, em petição enviada ao Supremo Tribunal Federal, que seus clientes permanecerão em silêncio durante depoimento marcado para esta quinta-feira, 31, na sede da Polícia Federal, em Brasília.

A alegação é que o STF, que investiga o caso das joias e outros presentes comercializados no exterior, não tem competência para julgar o assunto. “Os peticionários, no pleno exercício de seus direitos (…) optam pela prerrogativa do silêncio”.

A petição, assinada pelo advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, afirma que Bolsonaro já prestou os devidos esclarecimentos em abril deste ano, fornecendo todas as informações que foram solicitadas.

 Leia aqui a íntegra do comunicado enviado ao STF.

 


Blog Maquiavel - Revista VEJA

 

 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Vandalismo A justiça exige que saibamos tudo sobre o 8 de janeiro - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

Operação Lesa Pátria


Polícia Federal buscou oito envolvidos em cinco estados nos atos de 8 de janeiro na nova fase da Operação Lesa Pátria.| Foto: André Borges/EFE

Nesta terça-feira a Polícia Federal fez mais prisões por causa do 8 de janeiro. Eram oito mandados e foram presas seis pessoas, não sei se já encontraram as outras duas. À exceção de três, da cidade de São Paulo, eram todos gente do interior: do Paraná, de Goiás, de Sergipe e de Minas Gerais. Foram denunciadas mais 139 pessoas e o total já chega a 835. Diz a Procuradoria-Geral da República, que montou um grupo especial para ir atrás dessas pessoas, que 137 manifestantes estavam dentro dos palácios, dois deles com explosivos, rojões e material para fazer coquetel molotov. [o atual chefe da PGR é o Dino ou continua o Aras?]

Há muitas queixas sobre falta de contato com os advogados, pessoas que nem sabem de que são acusadas, sobre gente detida sem nenhum indício de que estava realmente promovendo destruição de patrimônio público. 
Eu queria ver, por exemplo, o rosto de quem furou seis vezes a tela As mulatas, do Di Cavalcanti. 
Nós já vimos o rosto de quem quebrou aquele relógio de 1800, que agora uma empresa suíça se ofereceu para recuperar.

Todas essas são questões que precisam ser esclarecidas, em nome da justiça. E uma CPI no Congresso Nacional seria muito boa para elucidar tudo, todas as responsabilidades
- de quem abriu a porta do palácio, de quem permitiu a entrada, de quem sabia mas não fez nada, de quem realmente estava lá dentro
Saber quem são as pessoas que quebraram, saquearam e depredaram. 
E quem são as pessoas que estavam no acampamento, nem saíram de lá e mesmo assim estão presas – há 360 mulheres no presídio feminino; em geral, donas de casa que moram no interior, que estão desesperadas e que nunca estiveram num ambiente de presídio, e vão levar um ônus para o resto da vida. Temos de pegar os responsáveis, aqueles que estavam lá, que nós vimos rasgando cortinas, derrubando painéis, jogando cadeiras no chão, quebrando móveis... Esses temos de punir severamente porque destruíram patrimônio que é nosso, é do povo brasileiro.
Veja Também:

    Será que Alexandre de Moraes conhece a Lei Antiterrorismo?
 
     O “soltador” Gilmar Mendes joga a pá de cal sobre a Lava Jato


Tribunais superiores continuam desmontando o que a Lava Jato construiu
O Superior Tribunal de Justiça reduziu pela metade a pena de José Dirceu na Lava Jato, que era de oito anos e passou para quatro. E ele nem está preso, estava no aniversário de 43 anos do PT. 
A pena de 23 anos pelo mensalão já acabou também, foi extinta pelo ministro Barroso. 
Difícil é anular a pena do Daniel Silveira, essas outras são mais fáceis. [que em nossa opinião, tal pena já foi anulada pelo Decreto de Graça, assinado pelo então presidente Bolsonaro e em rigorosa concordância com os termos estabelecidos pela Constituição Federal.] Por exemplo, terça-feira o ministro Lewandowski simplesmente cancelou o processo sobre a doação de R$ 4 milhões da Odebrecht para o Instituto Lula, que estava pegando Antônio Palocci e Paulo Okamoto.
 
Supremo ignora competência estadual para derrubar lei contra linguagem neutra
O Supremo também derrubou a lei estadual de Rondônia que proibia linguagem neutra nas escolas públicas e nos documentos públicos estaduais. O STF derrubou, mas não entrou no mérito; apenas alegou que legislar sobre educação é competência da União. Acho que eu não sei ler, virei analfabeto, porque procurei isso na Constituição e não achei. Achei foi o artigo 24, que diz o seguinte: “Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente [ou seja, conjuntamente] sobre (...) educação, cultura, ensino e desporto”. Bom, o Supremo deve ter suas razões e eu é que sou o ignorante... [do alto de nossa NOTÓRIA IGNORÂNCIA JURÍDICA, ousamos lembrar que tem outro caminho para  impedir a criação de qualquer norma que estabeleça a tal linguagem neutra = o artigo 13 da CF estabelece ser a língua portuguesa o idioma oficial do Brasil. Qualquer norma que estabeleça outra linguagem, já nasce morta por inconstitucionalidade.]
 
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 18 de dezembro de 2022

 O Ato-5 está na praça - O Estado de S.Paulo

J. R. Guzzo

Moraes comanda um inquérito perpétuo, sem limites e ilegal

Está em pleno funcionamento no Brasil um novo Ato Institucional no. 5, o instrumento de força usado pelo regime militar para impor ao Brasil uma ditadura que durou mais de dez anos só que mais destrutivo, mais perverso e com propósitos piores que os do modelo original
O AI-5 de hoje é o inquérito perpétuo, sem limites e absolutamente ilegal que o ministro Alexandre de Moraes comanda contra “atos antidemocráticos”, usando como seu braço armado uma Polícia Federal que não cumpre mais a lei e obedece às cegas a todas as suas ordens.
 
  “Ato antidemocrático”, muito simplesmente, é tudo aquilo que o ministro diz que é antidemocrático, como eram os “atos subversivos” do regime dos generais. É o pé de cabra que ele inventou para dar a si próprio o direito de agir fora da lei.  
Por conta da necessidade de defender “a democracia”, aboliu a exigência elementar de que um cidadão só pode ser acusado por crimes que estejam previstos no Código Penal e no resto da legislação brasileira – e dentro de processo legal, perante a justiça.
O resultado é que o inquérito está servindo, unicamente, para Moraes perseguir quem cai na lista de inimigos do seu projeto político.

Está em pleno funcionamento no Brasil, e antes mesmo de começar o novo governo Lula, o maior esquema de corrupção que este país já viu – perto do que vem por aí, a ladroagem alucinada dos treze anos em que o PT esteve no poder vai parecer assunto para o juizado de pequenas causas. 
A primeira grande ordem de “avançar” é a infame mudança na Lei das Estatais uma safadeza armada no submundo da Câmara, e apoiada em massa pelo PT, que permitirá a Lula enfiar até 600 serventes políticos na direção das empresas do governo.  
É daí para pior. 

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

domingo, 23 de outubro de 2022

domingo, 13 de janeiro de 2019

Incompetência + falta de noção = característica inerente as defesas de Lula e de qualquer criminoso esquerdista

Defesa de Battisti pede habeas corpus preventivo ao STF

Medida busca impedir a extradição do italiano

O advogado de defesa de Cesare Battisti, Igor Tamasaukas, informou que entrou com um pedido de habeas corpus preventivo para tentar evitar a extradição do italiano, que estava foragido há um mês e foi preso na Bolívia. Na nota, ele pede que o pedido seja analisado por Marco Aurélio Mello.  

[o competente advogado só esqueceu que o STF não possui jurisdição sobre  a Bolívia nem sobre a Itália - assim o terrorista vai ficar o resto de sua vida, que esperamos seja de pelo menos  mais 30 anos, preso.]

"Diante da notícia que Cesare Battisti irá retornar ao Brasil, os advogados de Defesa impetraram um Habeas Corpus preventivo, contra o ato do ministro Luiz Fux , visando evitar que Battisti seja extraditado para a Itália", informa a defesa. "Com o fato de os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux estarem impedidos, a defesa entende que o caso deva ser resolvido pelo ministro mais antigo, Marco Aurélio Mello, já que o decano Celso de Mello se declarou impedido."  

Brasil e Itália divulgaram informações diferentes em relação ao trajeto de extradição de Battisti. A passagem pelo Brasil indica, na prática, a possibilidade de atuação da defesa de Battisti no País, de acordo com Tamasaukas. Em nota logo após a prisão do italiano, o advogado fala que não pode fazer nada enquanto o italiano estiver fora do País.
"A respeito da prisão do Cesare Batistti temos a informar que, como as notícias dão conta de que ele não se encontra no Brasil, seus advogados brasileiros não possuem habilitação legal para atuar em outra jurisdição que não a brasileira", informou o advogado antes de o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, informar que o italiano seria extraditado depois de passar pelo Brasil. 

Heleno disse que um avião da Polícia Federal buscaria Battisti na Bolívia, onde foi preso e então o italiano mudaria de aeronave em solo brasileiro. Ele estava foragido foi preso pela Interpol na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra. 

Matéria Completa em Terra


 

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Garotinho é levado para prisão domiciliar pela Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quarta-feira, 13, por volta das 10h30, o ex-governador Anthony Garotinho (PR). Ele se encontrava na Rádio Tupi, em São Cristóvão, na zona norte do Rio, onde apresenta seu programa. A Justiça condenou Garotinho por compra de votos e determinou que ele cumpra prisão domiciliar.

Segundo a sentença, assinada pelo juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral, o ex-governador terá de usar tornozeleira eletrônica, está proibido de usar telefones celulares e só pode ter contato pessoal com advogados e familiares próximos – mãe, netos, filhos e a mulher, a ex-governadora do Rio Rosinha Garotinho. A medida será cumprida em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, na casa que ele mantém no bairro da Lapa.

Além da medida cautelar, Garotinho foi condenado à prisão em regime fechado por corrupção eleitoral, associação criminosa e supressão de documentos públicos. No entanto, essa condenação precisa ser confirmada em segunda instância para que a reclusão passe a vigorar.

A assessoria do ex-governador foi procurada pela reportagem, mas ainda não havia se manifestado até a publicação desta matéria. O advogado de Garotinho, Carlos Azeredo, divulgou a seguinte nota: “A defesa do ex-governador Anthony Garotinho repudia os motivos apresentados para a prisão do ex-governador e entende que a decisão de mantê-lo preso em casa, em Campos, tem a intenção de privá-lo de seu trabalho na Rádio Tupi e em seus canais digitais e, com isso, evitar que ele continue denunciando políticos criminosos importantes, alguns deles que já foram até presos. A defesa nega as acusações imputadas a ele e informa que ele nunca nem foi acusado de roubo ou corrupção. O processo fala de suspeitas infundadas de compra de votos, o que por si só não justifica prisão”.
“A defesa afirma que a prisão domiciliar, além de não ter base legal, causa danos à sua família já que o impede de exercer sua profissão de radialista e sustentar sua família. A defesa do ex-governador irá recorrer da decisão”, finaliza o advogado.

Fonte: Isto É 

 

sábado, 29 de julho de 2017

Contra o feiticeiro

Agentes da Polícia do Senado denunciaram que a instituição desativou escutas legais em residências de senadores investigados na Lava Jato. Agora são perseguidos

No Brasil, quem se dispõe a seguir a vida corretamente enfrenta todo tipo de dissabor. Quem decide  denunciar coisas erradas, então, acaba sendo punido. É o que acontece no Senado, onde o feitiço se volta contra os feiticeiros. Dois agentes da Polícia do Senado denunciaram, em outubro do ano passado, que a organização utilizava maletas antigrampo para localizar e retirar escutas ambientais instaladas pela Polícia Federal sob ordens do Judiciário em gabinetes e residências de senadores. Ou seja, a Polícia do Senado estava obstruindo a Justiça, uma vez que essas escutas objetivavam flagrar senadores encrencados na Lava Jato. As maletas foram apreendidas pela PF, mas, ao invés de penalizar quem obstruía a Justiça, os agentes é que estão sendo perseguidos: não conseguem promoções e respondem a inquérito na Polícia do Senado.
FALA QUE EU TE ESCUTO A PF apreendeu maletas antigrampo usadas no Senado para desativar escutas determinadas pela Justiça (Crédito: Pedro Ladeira/Folhapress)
 
Enquanto a investigação para saber se servidores do Senado agiam para obstruir a Lava Jato está parada, continuam correndo as apurações contra os funcionários da Casa que decidiram ser informantes da PF e revelaram a existência das maletas. Um inquérito da Polícia do Senado foi aberto contra os dois delatores – Paulo Igor Silva e Carlos Alfama – , acusados de “subtração de documentos”. Quais documentos? Os que foram usados “a fim de subsidiar informações sobre o crime de obstrução que estava sendo cometido”. “Ressalte-se que nos documentos subtraídos de forma ilícita constam informações sensíveis de senadores da República”, afirma o boletim de ocorrência do inquérito da Polícia do Senado.

Maletas antigrampo
As maletas antigrampo foram apreendidas pela PF e eram usadas sempre que os parlamentares desconfiavam serem alvos de escutas instaladas em seus gabinetes ou em suas residências, algumas após ações de busca e apreensão da Lava Jato.  


Coincidentemente, no 19 de maio de 2017, um dia depois da busca e apreensão da PF nos endereços do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pediu que o STF devolvesse as maletas. Mas Eunício disse à ISTOÉ que a data do ofício foi apenas “coincidência”.

Fato é que, passados cerca de nove meses desde a deflagração da investigação, o STF continua com a apuração suspensa até decidir se a ação contra agentes da Polícia do Senado também atinge senadores, que têm direito ao benefício do foro privilegiado. As maletas antigrampo estão lacradas no STF e ainda não foram periciadas.

Enquanto isso, os denunciantes do esquema só enfrentam reveses. A Polícia do Senado chegou a pedir a quebra de sigilo telefônico de Alfama e Paulo Igor para descobrir se foram eles que fizeram cópias dos documentos entregues à PF. O juiz Jaime Travassos, da 10ª Vara Federal de Brasília, negou a medida, considerada “desproporcional”. Ele concordou com o procurador Frederico Paiva, que afirmou à Justiça ser claro que os documentos “subtraídos” foram usados pela PF e que não seria preciso quebrar sigilo para descobrir isso. E indicou que há “retaliação” contra os agentes denunciantes.

Fonte: Isto É

 

terça-feira, 30 de maio de 2017

Polícia Federal não pode ser manipulada pelo governo

Nomeação de Torquato Jardim para a Justiça tem a intenção evidente de controlar a PF, sonho antigo de todo político envolvido em casos de corrupção

Enquanto a crise política atinge o Congresso e prejudica as maquinações legislativas contra a Lava-Jato e o combate à corrupção de um modo geral, as ameaças avançam em duas outras frentes.  Uma está no Supremo, onde há quem pretenda rever o veredicto, com cláusula vinculante para ser seguido por todos os tribunais —, de que pena pode ser cumprida na confirmação da sentença pela segunda instância; e a outra frente o presidente Michel Temer abriu no domingo, com o movimento audacioso de substituir, no Ministério da Justiça, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) pelo advogado Torquato Jardim, tirando este do Ministério da Transparência, antiga Controladoria-Geral da União (CGU). Jardim não esconde desgostar da Lava-Jato. 

Também ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é provável que o presidente o veja como alguém que possa ajudá-lo no julgamento da sua chapa com Dilma Rousseff, pelo tribunal, a partir de 6 de junho. O presidente parece apostar no trânsito de Jardim nos meios jurídicos. Um objetivo evidente, porém, é controlar, enfim, a Polícia Federal, sonho de todo político implicado em malfeitos. Não por acaso, em uma das gravações feitas por Joesley Batista de conversa com Aécio Neves, o tucano dirige pesadas críticas a Serraglio, por ele não interferir na distribuição de inquéritos, para entregá-los a delegados confiáveis. Inclusive, ensina como se faz. 

No Legislativo, tenta-se livrar políticos investigados ou denunciados na Justiça com a aprovação de algum tipo de anistia. Algo difícil. Há ainda a manobra de se usar projeto contra o abuso de autoridade, para se criminalizarem juízes e procuradores. O plano, se realizado, tende a ser contestado no Supremo. Já a audácia de Temer está no fato de esta intervenção na PF ser esboçada depois que, a pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Edson Fachin, do Supremo, instaurou inquérito para investigar o presidente, a partir das delações de Joesley Batista.


É como se Michel Temer se preparasse para manipular a PF, a fim de não ser investigado como estabelecem os melhores protocolos policiais: isenção, rigor, obediência à lei.  Por sinal, é o que vem demonstrando Leandro Daiello, diretor-geral da PF desde 2011, ao conduzir de maneira competente investigações importantes sob os governos Lula, Dilma e, agora, Temer. Neste sentido, Torquato Jardim não precisaria ter dito, no domingo, que ouviria Temer sobre mudanças na Polícia. Afinal, ela tem dado demonstrações de seriedade e correção durante todo este tempo. A não ser que queiram mudar este padrão, o que seria desastroso.

A Polícia Federal, um dos organismos de segurança do Estado, tem subordinação administrativa ao Executivo, mas não pode ser usada como guarda pretoriana dos governantes de turno. [a Polícia Federal precisa de liberdade para trabalhar, ser isenta, rigorosa e obediente à lei, mas, não pode ser olvidado o mandamento do artigo 84, da Constituição Federal vigente: 

"Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;"

E tais nomeações e exonerações são 'ad nutum."]


Fonte: Editorial - O Globo


domingo, 23 de abril de 2017

‘Se tiver, você destrua’

Até Sérgio Moro julgar Lula, essas quatro palavras dividirão opiniões

Até o dia em que o juiz Sérgio Moro vier a encerrar o julgamento de Lula, quatro palavras dividirão opiniões. Disse? Não disse? Nessa queda de braço com seu ex-amigo e empreiteiro Léo Pinheiro, sócio da OAS, Lula joga sua liberdade. O prestativo mandarim acompanhou uma visita do casal Silva ao apartamento do edifício Solaris, no Guarujá. 

Segundo ele, em “abril ou maio” de 2014, Lula disse-lhe que destruísse quaisquer anotações relacionadas com suas transações com o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Lula nega, e não há testemunha dessa conversa. Lula também nega que seja o proprietário do apartamento, cuja reforma acompanhou. Até bem pouco tempo Léo Pinheiro negava que a OAS distribuísse capilés e operasse políticos pelo caixa 2. É difícil saber quando qualquer um dos dois diz a verdade.

A Polícia Federal e o Ministério Público poderão levantar detalhes que ajudem a esclarecer o mistério das quatro palavras. (O da serventia do apartamento nunca foi um enigma respeitável.)  Passaram-se três anos e a ordem dos fatos embaralhou-se na memória de quem é obrigado a cuidar da própria vida. Tomando-se “abril ou maio” como referência, percebe-se que estranhas coisas estavam acontecendo e poderiam justificar a recomendação. No dia 17 de março a Polícia Federal prendera o operador Alberto Youssef. No dia 20, caiu Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Dias depois Nestor Cerveró, outro ex-diretor, foi para a Europa, em férias.

Em seu escritório, o advogado Márcio Thomaz Bastos prenunciava uma tempestade. Em 2011 ele conseguira uma vitória espetacular das empreiteiras sobre a Polícia Federal e o Ministério Público, anulando a Operação Castelo de Areia no Superior Tribunal de Justiça. A tempestade chegou em junho, quando um procurador suíço bloqueou US$ 23 milhões depositados por Paulo Roberto Costa. Ele havia sido libertado, e um juiz pouco conhecido mandou prendê-lo de novo. Era Sérgio Moro. Percebia-se que se estabelecera uma colaboração entre Curitiba e Genebra. Se essa colaboração vazou em “abril ou maio”, não se sabe. Sabe-se, porém, que Lula chamou Léo Pinheiro ao seu instituto. Estava “preocupado” e fez uma pergunta “muito objetiva, muito clara”: “Se a OAS tinha feito algum pagamento no exterior para João Vaccari”. Depois, tratando de eventuais anotações contábeis de Léo Pinheiro com o PT, disse-lhe: “Se tiver, você destrua”.  Abre-se uma questão. É provável que Pinheiro e a OAS tivessem anotações. Se elas existiram seria razoável que fossem destruídas ou, pelo menos, transferidas para um lugar seguro.

Marcelo Odebrecht só mandou “higienizar” os “apetrechos” de suas “operações estruturadas” em novembro de 2014, quando diretores da empreiteira foram presos. Essa circunstância mostra a extensão da onipotência dos mandarins das empreiteiras. Apesar disso, o caso de Léo Pinheiro é diferente. Ele recebeu a recomendação de Lula, um ex-presidente da República, padrinho da titular do cargo e comissário-chefe do PT.
A defesa de Lula sustenta que Léo Pinheiro inventou essa história para salvar a própria pele. Se ele mostrar quais provas destruiu, como e quando, fortalece sua denúncia.

TEM CAIXA DOIS, ESTÁ AQUI
As investigações haverão de esclarecer se Lula disse a Léo Pinheiro que deveria destruir suas anotações, mas a polícia e o Ministério Público poderão verificar um episódio onde deu-se o inverso: a Odebrecht diz que enviou a Dilma Roussef as provas da corrupção de sua campanha na eleição de 2014. O portador dos papéis teria sido o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.  São dois os testemunhos da Odebrecht. Um, de Marcelo, seu presidente, outro de João Nogueira, um dos seus templários. Os documentos teriam sido levados a Dilma depois de 17 de novembro e antes de 29 de dezembro. A manobra poderia ser chamada de chantagem ou, numa versão bem educada, ameaça: Me ajude, senão você morre comigo.

A empreiteira estava desesperada pois tinha vários diretores trancados em Curitiba. Já não se tratava de buscar a nulidade da Lava-Jato numa manobra tipo Castelo de Areia 2.0. Era desespero mesmo. Passados os feriados de fim de ano, a Advocacia-Geral da União defendeu o recurso a balsâmicos acordos de leniência, para evitar que empresas fossem prejudicadas por causa da conduta de funcionários. Já a Controladoria-Geral defendeu a cobrança de multas às empresas, deixando-se as coisas no âmbito administrativo. A casa continuou caindo, e, em fevereiro, a Camargo Corrêa acertou sua colaboração com o MP.
Emílio Odebrecht escreveu um artigo intitulado “Uma agenda para o futuro” e ensinou: “Corrupção é um problema grave, mas é fundamental dedicar nossas energias para o debate sobre o que é preciso fazer para mudarmos o país”.

Um mês depois, em junho de 2015, Marcelo Odebrecht foi preso. Desde então, pai e filho dedicam suas energias a revelar o que fizeram, como fizeram e com quem fizeram.

MADAME NATASHA
Madame Natasha quer pedir ajuda ao Ministério Público para combater o caixa 2, por onde trafegam expressões da língua inglesa que acabam enfiadas no cotidiano nacional.
Quando a senhora ouviu pela primeira vez a palavra “empoderamento” pensou em suicídio. Passou o tempo e ela reconhece que, assim como o caixa 2 das empreiteiras, o seu uso disseminou-se.
Natasha orgulhosamente anuncia que o uso dessa maldita palavra ganhou um ilustre patrono. Marcelo Odebrecht revelou que mantinha uma política de “empoderamento” de seus principais executivos, “empoderando-os” para tratar da distribuição de capilés.

MÁ NOTÍCIA
Para quem acha que o poder das empreiteiras foi abalado, aqui vai uma má notícia:
Está na Câmara, depois de ter sido aprovado pelo Senado, um projeto que esburaca a Lei das Licitações, permitindo que o poder público contrate obras com valor abaixo de R$ 20 milhões a partir de simples anteprojetos.
Os deputados poderiam aproveitar o embalo fixando um teto para o percentual das propinas dos prefeitos, governadores e ministros.

BOA NOTÍCIA
Em janeiro 6 alunos do ensino médio do Rio foram aceitos para o torneio de Matemática da Universidade Harvard e do Massachusetts Institute of Technology. Precisavam de R$ 44 mil para a viagem até Boston e recorreram a uma vaquinha eletrônica. Conseguiram a grana e embarcaram. (Uma boa alma doou R$ 10 mil).

Numa das competições a equipe tinha 1h para formular dez problemas difíceis. Os brasileiros ficaram em 45º lugar, numa disputa em que havia representantes de cem países.
Fonte: O Globo - Elio Gaspari,  jornalista

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Contra reforma, Polícia Federal ameaça entrega coletiva de armas

Contra reforma da Previdência, PF ameaça entrega coletiva de armas

Delegados, peritos e outros agentes federais fazem assembleias pelo país e anunciam pressão para manter aposentadoria especial para as atividades de risco 

São Paulo - A Polícia Federal decidiu entrar em estado de alerta contra a reforma da Previdência - 05/05/2017 (Flickr/Polícia Federal/Divulgação)

[a principio, a atitude da Polícia Federal merece total discordância - fica aquela sensação de pressão indevida a um dos Poderes da República, haja vista que pretende impedir o Poder Legislativo de legislar, deixando a impressão até mesmo de uma ação buscando retirar de um dos Poderes da República sua função = extinção.

Mas, não pode ser esquecido que a atividade policial - especialmente a dos agentes - exige vigor físico, agilidade e uma série de outras características não presentes em um idoso e essa limitação impõe sérios riscos ao exercício da atividade policial. A atividade policial pode e deve ser equiparada a dos militares das Forças Singulares, sujeita as mesmas limitações que a idade impõe aos integrantes daquelas Forças.

Se o policial idoso permanecer na ativa duas situações poderão ocorrer:                    
- o policial procura agir da forma adequada, evitando o uso desnecessário da força, e corre o risco de ser assassinado;
- ou então, para preservar sua vida, inicia qualquer ação policial de arma na mão, pronto a atirar a menor ameaça (haja vista suas limitações físicas, típicas da idade,  impedirem sua atuação sem o uso da arma) e com isso mais mortes ocorrerão.

Portanto, a forma da PF pretender fazer valer seus direitos é incorrera mas a motivação para sua ação existe e deve ser considerada.

O Governo não pode deixar de lado a importância do trabalho policial e tem o DEVER de ser sensato e atender as limitações que a idade impõe aos profissionais da Segurança Pública.

Óbvio - sem intenção de diminuir a importância do trabalho dos peritos, escrivães, papiloscopistas e assemelhados - que é possível uma diferenciação entre as atividades dos delegados e agentes (linha de frente) das exercidas pelas demais categorias da PF.]

Delegados, peritos, agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal decidiram em assembleias nesta quarta-feira entrar em estado de alerta para pressionar o presidente Michel Temer (PMDB) e o Congresso a manter a aposentadoria especial para atividades de risco e ameaçam, caso não consigam, entregar as armas ao governo.

Atualmente, policiais e outras categorias que exercem atividades de risco podem se aposentar com 30 anos (homens) e 25 anos (mulheres), mas, caso seja aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, da reforma da Previdência, eles passarão a ser enquadrados como a maioria dos profissionais, com aposentadoria apenas aos 65 anos de idade e ao menos 25 anos de contribuição.

A decisão de entrar em estado de alerta veio após vários atos e assembleias em frente às superintendências regionais da PF pelo país e no mesmo dia que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que policiais, de qualquer categoria, não podem fazer greve.
Para o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Sobral, que esteve no ato em Brasília, a reforma “põe em risco o justo tratamento previdenciário aos policiais”.
“A proposta retira da Constituição Federal a expressão ‘atividade de risco’, o que é um absurdo dado os riscos e desgastes sofridos pelo policial ao longo de sua carreira. Além disso, impõe ao policial que se aposente com no mínimo 65 anos, sendo que a expectativa de vida deste profissional varia entre 56 e 59 anos”, afirma.

Como a greve de policiais foi vetada pelo Supremo, a categoria considera, durante o estado de alerta decretado nesta quarta-feira, fazer uma entrega coletiva de armas. “O STF reconheceu a vedação da greve aos policiais. É um reconhecimento também da importância da atividade policial. Vamos buscar outras formas de manifestar nossa insatisfação com a entrega das armas caso o governo entenda que a atividade policial é uma atividade que não oferece risco”, disse Sobral.



Eles disseram que irão pressionar o relator da PEC, deputado federal Arthur Maia (PPS-BA) a manter na reforma da Previdência a aposentadoria especial para quem exerce atividade de risco. Além dos policiais federais ligados à ADPF, o movimento tem o apoio da União dos Policiais do Brasil (UPB), composta por cerca de 30 entidades representativas do segmento da segurança pública, como policiais civis estaduais e agentes penitenciários.

Fonte:  Revista VEJA





 

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Número de fuzis apreendidos pela polícia no estado subiu 60% em nove anos

Armas de guerra alimentam o poder de fogo de traficantes e milicianos

Na semana passada, dois homens, um deles com uma metralhadora, tentaram assaltar um ônibus na Avenida Brasil. Um acabou assassinado por um passageiro, que também estava armado e reagiu. A dentista Priscila Nicolau, de 37 anos, foi morta na segunda-feira por traficantes que fizeram 17 disparos, alguns de fuzis, contra o seu carro. Armas de guerra chegam cada vez mais ao estado para alimentar o poder de fogo de traficantes e milicianos. As apreensões de fuzis, por exemplo, saltaram de 214, em 2007, para 344, em 2015. Um aumento de 60% em nove anos. E não houve trégua em 2016: até setembro, foram retirados das mãos de criminosos 234 fuzis. 

Armas circulam cada vez mais no estado Foto de 06/06/2016 - Pedro Kirilos / Agência O Globo

A presença de um grande número de armas circulando no estado apareceu numa pesquisa inédita que o Instituto Sou da Paz acaba de concluir. Com informações das secretarias de Segurança dos estados do Sudeste, o levantamento revelou que, em 2014, o Rio teve a maior quantidade de fuzis recuperados pela polícia: 279. Em São Paulo, a polícia apreendeu 142; em Minas Gerais, 26; e no Espírito Santo, 31. 

DADOS PODEM ORIENTAR POLÍTICAS DE PREVENÇÃO
Os dados do levantamento “De onde vêm as armas do crime apreendidas no Sudeste?” poderão ser usados para orientar as políticas públicas de prevenção. — É um dado bastante significativo. Isto preocupa, pois essas armas e munições permitem que o crime enfrente a polícia e gere muita vitimização policial, de suspeitos e de terceiros não envolvidos, no que fica conhecido como “bala perdida’’. Principalmente pelo uso de armas que podem disparar rajadas e ter potência suficiente para atravessar paredes, sendo inapropriadas para uso em áreas populosas. Vale lembrar que o Rio é o estado em que mais morrem policiais afirmou Bruno Langeani, coordenador do Instituto Sou da Paz.

O estudo revelou ainda que quase a metade das armas apreendidas no Estado do Rio é de revólveres (47%), seguidos por pistolas (36%) e espingardas (9%). — Proporcionalmente, o Rio também lidera no Sudeste com o número de apreensões de pistolas. Elas representam um terço (35,9%) de todas as armas recolhidas na ilegalidade. Em São Paulo, esse percentual é de 27,8%; em Minas, de 9,9%; e no Espírito Santo, 14,2% — disse Langeani.

Em todos os estados, o calibre mais comum é o 38, de revólveres. Como há uma grande apreensão de pistolas, os segundos e terceiros lugares são ocupados pelos calibres 9mm e o 380. A grande quantidade de fuzis apreendidos no Rio não pode ser atribuída à eficiência policial. Em termos de números absolutos, Minas e São Paulo foram os estados com maiores apreensões de armas em geral: 18.560 e 17.932, respectivamente. Os pesquisadores também analisam os números relativos, ou seja, comparam a quantidade de armas apreendidas com a população. Nesse aspecto, Espírito Santo e Minas estão no topo do levantamento, com 108 armas e 89 armas para cada grupo de cem mil habitantes, respectivamente. O Rio ficou em terceiro, com a taxa de 52 armas por cem mil, e à frente de São Paulo, com 41.

Ao analisar a série histórica de apreensões, o Instituto Sou da Paz verificou que Rio e São Paulo têm tendências muito parecidas. O número de apreensões em 2003 (antes de o Estatuto do Desarmamento ser aprovado) era o dobro do que é registrado hoje. De lá para cá, os dois estados reduziram não só o número de armas recolhidas, mas também as taxas de homicídios. Minas e Espírito Santo têm um outro perfil. Os dois tiveram quedas menores depois da aprovação do Estatuto do Desarmamento e, a partir de 2007, vêm apreendendo mais armas.— No Espírito Santo, esse período de alta das apreensões também coincidiu com uma queda importante nos índices de homicídios — afirmou Langeani.

Uma face cruel da banalização do uso de armas pode ser verificada na estatística de balas perdidas no Estado do Rio: foram 846 mortos ou feridos este ano, uma média de três por dia, segundo dados da Polícia Civil. Uma das vítimas mais recentes foi Bruna Lace de Freitas, de 21 anos, que morreu na semana passada ao ser atingida dentro de casa, no Engenho da Rainha.

O novo secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, disse ao GLOBO que pretende criar um grupo de policiais para investigar como os fuzis estão chegando às mãos dos traficantes:
O número de apreensões de armas é tão grande e o número de fuzis apreendido no Rio é tão expressivo que prejudicam a imagem da cidade no mundo inteiro. São armas que aumentam o poder letal, aumentam a ousadia. Então, eu encomendei à polícia uma estratégia para dar dedicação exclusiva para os fuzis. Qual vai ser essa estrutura, eu não sei ainda. Eles podem me dizer que será a mesma que existe hoje, mas o que eu preciso é que se tenha um cuidado especial, específico, com relação aos fuzis. Temos que interromper a rota de fuzis para os traficantes.

RELATÓRIO PEDE CRIAÇÃO DE DRAE
O deputado estadual Carlos Minc (sem partido), que presidiu a CPI das Armas na Assembleia Legislativa, informou ontem que o relatório aprovado pelos deputados será entregue na próxima semana ao novo secretário. O documento destaca 47 recomendações e sugestões para reduzir o número de armas em circulação no estado. Uma delas é a recriação da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae). A unidade especializada é considerada pelos deputados fundamental para reprimir e investigar o roubo de armas no município. — Defendemos a recriação da Drae, especializada em investigar o tráfico de armas no estado. Também estamos sugerindo que a Secretaria de Segurança do Rio tenha acesso ao Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal. O novo secretário de Segurança disse, corretamente, que o foco dele será o controle de armas — afirmou Minc.

O relatório da CPI também cita o fim do controle manual das armas dos paióis da PM, com a informatização de todo o sistema, a instalação de câmeras de segurança nas unidades das forças de segurança, e que armas e munições compradas pelas polícias tenham numeração e códigos para eventual rastreamento, em caso de roubos ou desvios.  A rotina de tiroteios também se abastece desse mercado paralelo. Ontem, um novo confronto entre policiais e bandidos interrompeu o trânsito na Linha Amarela por meia hora. 

Fonte: O Globo