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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Crime, castigo e desforra - Folha de S. Paulo

Bruno Boghossian

Petista está preso há quase 500 dias, mas opositores ainda buscam revanche

As decisões dos juízes de São Paulo e do Paraná animaram a militância bolsonarista. “O presidiário pode ficar em cela coletiva!”, comemorou a deputada Carla Zambelli (PSL). Lula está preso há quase 500 dias, mas alguns de seus opositores ainda estão em busca de revanche. A discussão sobre uma possível transferência do petista de uma sala da Polícia Federal para uma penitenciária comum resume a contaminação do debate público no Brasil. O episódio conseguiu desgastar ainda mais as relações políticas e institucionais dos dois lados do fosso. [a condenação é a prova incontestável de que qualquer condenado, especialmente quando confirmada em segunda instância,  é um criminoso, portanto, um bandido; qual a razão de um bandido merecer prisão especial?]



O ex-presidente estava na superintendência da PF em Curitiba por determinação da Justiça. Quando mandou prendê-lo, Sergio Moro afirmou que, em razão do cargo que havia ocupado, Lula deveria começar a cumprir sua pena “separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física”. [quanto a preservar a integridade física é justo, se trata de um idoso, já na casa dos 70 e merece atenção especial - igual a que qualquer outro idoso, na faixa de idade dele, deve receber na prisão;
mas, falar de integridade moral? o presidiário petista sabe ao menos o que é ser moralmente íntegro?]



Um subordinado de Moro achou que isso deveria mudar. O superintendente Luciano Flores disse que a presença do ex-presidente mudou a rotina do prédio e que apoiadores do petista passaram a se aglomerar na região, demandando a presença constante de policiais. Isso acontece há 16 meses, mas só agora o órgão pediu a transferência do preso. Ao saber que o ex-presidente poderia ser levado para o sistema prisional de seu estado, João Doria (PSDB) tentou passar a mão no troféu. “Ele será tratado como todos os outros presidiários”, escreveu. “Se desejar, terá a oportunidade de fazer algo que jamais fez na vida: trabalhar!” [João Doria está certo; ele, governador  do estado, tem o DEVER de zelar para que TODOS os presidiários sejam tratados com igualdade, sem privilégios, regalias, etc.]



O tom de vingança provocou reação de deputados de vários partidos. Na Câmara, um tucano foi ao microfone e disse que a decisão era absurda. Parlamentares pediram ao Supremo que julgasse o assunto no plenário. Os ministros suspenderam a transferência por 10 votos a 1. [os parlamentares, não todos, se preocupam por muitos estarem sendo investigado e sujeitos a serem presos e receber tratamento rigoroso;
deveriam se manter atentos e perceber que todos os parlamentares presos, alguns ainda sem a condenação ter transitado em julgado, estão presos em penitenciárias - por que só o presidiário petista tem tratamento especial?]



O STF pôs de pé uma resposta institucional. A imagem de Moro se deteriorou um pouco mais, tanto no tribunal quanto no Congresso. De outro lado, os apoiadores do ex-juiz e de Bolsonaro tomam fôlego para atacar essa aliança. O fosso aumenta.

Bruno Boghossian - Folha de S. Paulo