O Brasil tem um compromisso consigo mesmo: tentar se acertar nos
próximos seis meses. Antes da troca de guarda. A instabilidade política
em virtude da eleição, a paralisia econômica alimentada por temores e
expectativas negativas, além da apatia congressual que emperra a
aprovação de reformas precisam ceder lugar a ação. Em nome do País, os
agentes necessitam seguir adiante. Atuar, em suas respectivas áreas,
para que o Brasil não perca o bonde da retomada. Todos precisam entender
que esse é o caminho em prol do bem geral e de cada um que aqui vive.
Esperar um novo governo, um novo parlamento, os futuros ocupantes do
Executivo, os salvadores da pátria, os arrivistas vendedores de sonhos
tem sido uma prática que faz a Nação perder um tempo precioso. A cada
quatro anos se repete a sina de uma sociedade que pisa no freio no
aguardo de orientações do futuro comando ou para se dedicar à torcida
por vitórias em outro campo.
Uma parada fatal. Como se pudéssemos nos
dar ao luxo de perder um ano inteiro envolto em discussões de sucessão,
na vibração por um bom desempenho na Copa e nas investigações da Lava
Jato que seguem e seguirão seu curso independentemente de nos atermos a
elas. Soluções para problemas estruturais como o desemprego, por
exemplo, estão a exigir discussões e execução já. Sem delongas. Não há
que se aguardar por passes de mágica do futuro ocupante do Planalto. Que
razões levam empresas a engavetar projetos de expansão, de
investimentos, de consolidação dos seus negócios, por exemplo? Quais
motivos fazem deputados e senadores deixarem de lado os afazeres
básicos, essenciais, do cargo que ocupam para mergulharem em um
perrengue político que, para além das meras disputas partidárias por
hegemonia nas urnas, castiga de morte o projeto de desenvolvimento
nacional? Há de se ter grandeza nesse momento. Verdadeiros líderes tomam
a frente das batalhas nos momentos mais difíceis, nas situações
adversas. Encaram a urgência dos desafios como se cada minuto contasse
contra. E é esse sentimento que ainda não foi despertado naqueles que
pretensamente imaginam liderar ou aspiram tal posição.
Anda escasso
nessas paragens e no espírito dos desbravadores que lutam pelo poder de
Brasília. Candidatos à presidência, postulantes às vagas do parlamento,
futuros governadores estaduais e os atuais ocupantes de cada um desses
respectivos postos deveriam se unir em torno da causa de recuperação do
Brasil hoje. Agora! Porque ninguém pode mais esperar. A desesperança e o
desânimo que tomam conta dos brasileiros em meio ao maior evento
esportivo da humanidade é um sinal eloquente de como os cidadãos passam
por uma espécie de depressão coletiva, um desalento geral e perigoso.
Por um lado, estão focados na busca de saídas urgentes para as suas
vidas. Por outro, enxergam baixas perspectivas de virada do quadro de
crise. Não suportam os seguidos golpes de retrocesso. Estão apáticos.
Uma pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, mostra que ao menos
72% dos brasileiros acreditam em piora do cenário econômico. Outros 53%
não demonstraram qualquer interesse na Copa. [Importante: para se ganhar uma Copa é necessário que se tenha uma seleção de brasileiros e não um timinho de 'estrangeiros', alguns, ilustres desconhecidos no Brasil.] que não podemos. Nunca se viu nada
parecido. Jamais a autoestima nacional esteve tão no chão.
Os escândalos
seguidos do Mensalão e do Petrolão, que desbarataram uma extensa rede
de larápios dos cofres públicos, decerto contribuíram para o estupor e
frustração da maioria. Como seus comandantes foram capazes de tamanha
ignomínia? O Rio de Janeiro vivendo no limite da intervenção militar e
da violência sem controle; Brasília que passa os dias entregue às moscas
– com as plenárias do Congresso sem reunir o mínimo de quórum
necessário para votações urgentes – e o bombardeio incessante ao Governo
Federal, com denúncias e tentativas de deposição, às vésperas das
eleições não colaboram em nada para a revisão desse estado de ânimo. E
ao final e ao cabo fica a questão: para quê isso? [Temer, especialmente devido à ação de maus brasileiros, dos que em busca de vantagens pessoais, até mesmo de aparecerem, esqueceram os interesses maiores do Brasil (e tentam induzir o maior número possível de brasileiros a fazer o mesmo), não está sendo um ótimo presidente - impressão que transmitiu no inicio do seu mandato - mas, precisamos ter presente que é ele que o Brasil tem para concluir este governo e substitui-lo será pior do que suportar sua presença e ajudar no que for possivel, ou pelo menos não atrapalhar.] Quem lucra com a
desmotivação disseminada? Por que não rever atitudes e incutir esperança
em dias melhores? É possível e factível a qualquer país se tomar de
virtudes e de uma onda de reação, mesmo nos mais dramáticos momentos. A
Alemanha e o Japão do pós-guerra, dizimados moral e estruturalmente, são
casos clássicos de revitalização. Hoje nações desenvolvidas como a
Suíça habitam o imaginário coletivo como modelo ideal de organização
social onde as instituições funcionam, a justiça e a igualdade imperam
em todos os campos e, principalmente, o povo vive feliz, levado por uma
fórmula simples que pressupõe o bem-estar do próximo. Seria aconselhável
tomar por empréstimo de vez em quando semelhante postura. E por que não
já?
Logo agora, na mais difícil das circunstâncias? Se cada um se
convencer desse movimento proativo muito poderá ser conquistado. Nada de
aguardar os desdobramentos de fatos futuros, de ficar a reboque de
decisões das urnas, de acordos, conchavos e alianças por governabilidade
mais adiante. Diria o poeta/compositor Geraldo Vandré, na música que
arrastou multidões: “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Uma
corrente positiva, uma torcida pela vitória em um campo muito mais
decisivo para a qualidade de vida de cada um, é capaz de transformações
inacreditáveis. De revoluções que fazem história. E o Brasil tem todas
as condições de construí-la. Aqui e já. Um ponto de inflexão importante
nesse processo é o fim do vale-tudo no plano das lideranças. Elas
precisam assumir a responsabilidade de conduzir uma espécie de pacto
pela reconstrução.
Não há espaço para golpes baixos, mesquinharias ou
falta de dever cívico nessas circunstâncias. Quem insiste na
beligerância com o mero intuito de incitar o caos, o “quanto pior,
melhor” perde o respeito. Não deve ser digno de comandar. Jamais será
capaz de grandes realizações. Verdadeiros líderes, que mostrem grandeza
de objetivos, podem ajudar a substituir o desânimo geral pela motivação,
o sentimento do “não tem jeito” pelo “vamos conseguir”, “somos capazes”
– não como mera promessa de campanha, fundamentalmente por meio das
atitudes. O futuro mandatário também precisa trazer tais princípios no
seu DNA. E assim contaminar os demais. Empreendedores, representantes de
classe e chefes comunitários, líderes de quaisquer setores e níveis de
influência possuem igual missão. O movimento de reativação da estima
nacional começa em cada um e aos poucos vira coletivo. É necessário
apenas se engajar na corrente, sem compromisso de exigir do outro o
mesmo, mas acreditando que ele também o fará. Esse é o verdadeiro
significado da expressão “a força de um povo”. E se crermos nela temos
que fazê-la valer na prática. Você já pensou em contribuir com a sua
parte hoje? Não olhe para o lado e espere que o outro comece. Dê a
partida. Siga em frente. Reaja. Servirá de exemplo e outros virão atrás.
É desse lampejo de ânimo que o Brasil precisa se alimentar. E por que
você não pode ser o arauto dessa chama? Ao invés de reclamar, passe a
agir.
Carlos José Marques, diretor editorial da Editora Três
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Mostrando postagens com marcador chamado à reação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador chamado à reação. Mostrar todas as postagens
sábado, 16 de junho de 2018
Um chamado à reação
Marcadores:
Alemanha e Japão,
chamado à reação,
DNA,
Geraldo Vandré,
Suíça
Assinar:
Postagens (Atom)