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domingo, 19 de janeiro de 2020

A banalidade do ódio - Nas entrelinhas

Ricardo Alvim procurou implantar uma política cultural reacionária, de inspiração — agora está comprovado — nazista”

Hannah Arendt (1906-1975), a filósofa judia de origem alemã que cunhou o conceito de “banalidade do mal” no livro Eichmann em Jerusalém, criou grande polêmica ao afirmar que a massificação da sociedade gerou uma multidão incapaz de fazer julgamentos, aceitando e cumprindo ordens sem questionar. Por essa razão, Adolf Eichmmann, raptado pelos serviços secretos israelitas na Argentina em 1960, e julgado em Jerusalém (caso que a filósofa acompanhou de corpo presente no tribunal, numa reportagem para a revista The New Yorker), não é tratado como um monstro. Ela o considerou apenas um funcionário zeloso que foi incapaz de resistir às ordens que recebeu, embora fosse um dos responsáveis pela execução da chamada “solução final”, o Holocausto.

Arendt escandalizou a comunidade judaica ao citar exemplos de judeus e instituições judaicas que se submeteram aos nazistas ou cumpriram as suas diretivas sem questionar. A autora de As origens do totalitarismo; A condição humana; Sobre a violência; e Homens em tempos sombrios merece ser revisitada nesses momentos nebulosos que a sociedade brasileira atravessa, a propósito da citação de trechos do ideólogo nazista Joseph Goebbels pelo dramaturgo Roberto Alvim, recém-exonerado do cargo de secretário de Cultura do governo Bolsonaro por esse motivo. [o objetivo, a meta, a obsessão da maldita esquerda - incluindo seus sequazes, adeptos e simpatizantes - é que o Governo Bolsonaro não seja um sucesso;

Para tanto, vale tudo. Até mesmo considerar um pronunciamento de alguns minutos, sem grande divulgação, como capaz de causar no Brasil os mesmos efeitos citados pela filósofa, no inicio desta matéria, incluindo a massificação da sociedade;

Goebbels levou muito tempo e centenas de horas para conseguir tal efeito e ao seu lado tinha a recuperação econômica da Alemanha, o orgulho ferido dos alemães ao perderem a 1ª Grande Guerra e outros fatores.

Havia na Alemanha daquela época uma grande desilusão, que com as medidas adotadas pelo  Chanceler do IIIº Reich e Führer da Alemanha, Adolf Hitler, produziram no povo alemão uma tendencia receptiva a novas doutrinas.
Situação que não ocorre no Brasil e nem combina com a índole dos brasileiros.]  

 Discípulo de Olavo de Carvalho, gozava de grande prestígio junto ao chefe do governo, a ponto de o presidente Jair Bolsonaro, numa live, na quinta-feira passada, ter afirmado: “Ao meu lado, aqui, o Roberto Alvim, o nosso secretário de Cultura. Agora temos, sim, um secretário de Cultura de verdade. Que atende o interesse da maioria da população brasileira, população conservadora e cristã”.

O vídeo de inspiração nazista de Alvim foi o auge de uma série de fatos nos quais o ex-secretário procurou implantar uma política cultural reacionária, de inspiração — agora está comprovado — nazista. Num vídeo institucional, o dramaturgo interpretou o papel do ministro da propaganda nazista, tendo a Cruz de Lorena como insígnia no cenário; como trilha sonora, a ópera Lohengrin, de Richard Wagner, compositor favorito de Adolf Hitler. O mais grave foi ter utilizado o conceito de cultura de Goebbels, num trecho de sua fala, na qual imitava o ar sisudo do político nazista: “A arte brasileira da próxima década será heróica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que é profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo — ou então não será nada”. [cada oportunidade que leio um texto do erudito, experiente e competente jornalista Luiz Carlos Azedo aprendo alguma coisa;
 mas, não consegui,  por mais que 'espremesse' minha mente, encontrar ligação entre a Cruz de Lorena - definição mais correta para a cruz que aparece no cenário do que a de Cruz Ortodoxa - e a Cruz Gamada, ou Cruz Suástica, esta sim, símbolo do Nacional Socialismo.]

Bagrinho
O texto original de Joseph Goebbels, reproduzido numa biografia do historiador alemão Peter Longerich, fica comprovada a citação sem referência ao autor, é claro, porque aí também já seria bandeira demais: “A arte alemã da próxima década será heróica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande pathos (potência emocional) e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”. Ocorre que, como sabemos, essas coisas não passam despercebidas no mundo da cultura. Goebbels foi o que seria hoje o marqueteiro de Hitler, montou uma máquina de propaganda formidável, responsável pela tal “banalização do mal”. Seu fanatismo era tanto que foi nomeado seu sucessor por Hitler, antes de se suicidar; Goebbels preferiu seguir o exemplo do chefe, mas antes matou a mulher e os seis filhos. [foi um ou outro esquerdista mais estudioso (é possível ser as duas coisas ao mesmo tempo?) que constatou a coincidência;

a grande maioria dos esquerdistas brasileiros estão ocupados na busca de difundir o que chamam 'cultura' e que inclui ofender JESUS CRISTO, a VIRGEM MARIA, a FAMÍLIA, a MORAL e outros valores que buscam destruir.]

Goebbels tinha o cargo de chefe de propaganda do Partido Nazista e foi protagonista da tomada do poder em 1933, ao conseguir convencer a opinião pública de que Hitler era a melhor opção para aquele momento. Como ministro da Informação e Propaganda, atuou para que os meios de comunicação social e as instituições culturais difundissem o ideal nazista, sendo responsável por convencer a sociedade alemã de que os crimes cometidos pelo nazismo, como a “noite dos cristais”, eram justificáveis. Na ocasião, em 1938, foram destruídas sinagogas, casas e lojas de judeus. E era o começo do Holocausto.

Voltando ao tema da banalidade do mal, Alvim nem de longe pode ser comparado a Goebbels. Chefiava o Centro de Artes Cênicas (Ceacen) da Funarte, quando declarou apoio ao então candidato do PSL. Com as devidas ressalvas, seu papel é mais semelhante ao de Adolf Eichmmann, o burocrata que mandava os judeus para os campos de extermínio. Faz parte do grupo de bagrinhos das mais diversas áreas que ocupam cargos importantes no governo por afinidade ideológica ou mero oportunismo, para cumprir ordens, mas descambou do conservadorismo dos costumes para o discurso do ódio. Quando estava na Funarte, Alvim costumava destacar a necessidade de se combater o “marxismo cultural”, uma expressão amplamente utilizada na Alemanha nazista. Viu seu prestígio com Bolsonaro aumentar ao atacar, com ofensas, a atriz Fernanda Montenegro. [um país que tem uma atriz como Fernanda Montenegro, que oculta o próprio nome =  Arlette Pinheiro - como ícone de sua cultura precisa rever o que é cultura.] 

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense



quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Os nadadores interceptados, o britânico assaltado e o francês vaiado



Três casos continuam a criar uma imagem negativa da Olimpíada que deveria ser celebração da alegria

[tudo bem! os gringos fizeram bobagem e mereciam, no mínimo, um bom susto: uns sopapos, algumas horas presos ou então serem colocados em uma viatura, levados para um passeios pelas ruas do Rio e depois liberados próximo a uma favela.
Mas, nada justifica o esforço da polícia do Rio para justificar a culpa dos gringos.

Se a Polícia Civil usasse 1% do empenho usado para descobrir que os atletas mentiam no sentido de identificar e prender assassinos de policiais com certeza muitos matadores de policiais estariam presos.

A propósito: os bandidos da favela do João, que assassinaram aquele jovem soldado da Força Nacional já foram identificados e presos?]

Nada como o esporte para incentivar o ódio entre os povos. Atenção: isso é uma ironia. Todo mundo  percebeu, mas no clima atual de espíritos olímpicos transformados em espíritos de porco, não custa esclarecer. E que clima! Do ponto de vista dos americanos, a intercepção dos nadadores Gunnar Bentze e Jack Conger, quando já estavam dentro do avião que os levaria para longe do Rio e da encrenca do assalto a ser esclarecido, lembra as cenas finais de Argo. 

É aquele filme com Ben Affleck sobre a saída clandestina dos americanos que haviam conseguido se esconder quando iranianos enfurecidos invadiram e ocuparam a embaixada dos Estados Unidos, em 1979. Aliás, é incontável a quantidade de filmes em que os mocinhos escapam num avião perseguidos pelos bandidos que invadem a pista, mal encarados, barbudos e quase que inevitavelmente do Terceiro Mundo. Daí a facilidade da identificação emocional.

Os nadadores americanos não escaparam e ainda está por ser esclarecido se são os mocinhos. Mas dificilmente seriam os bandidos, mesmo que apareçam outros desdobramentos sobre a história do assalto sofrido por eles, mais James Feigen e Ryan Lochte. Este é o mais conhecido e medalhado, daí o destaque maior ainda com que uma história dessas está sendo acompanhada. Desde que uma juíza pediu a apreensão dos passaportes dos quatro nadadores, até que o famoso esclarecimento” mostrasse se houve mesmo assalto ou foi uma falsa comunicação de crime para encobrir alguma atividade do ramo “proibidão”, desencadeou-se na imprensa americana uma espécie de “onde está Lochte”.

O tablóide Daily News deu a resposta: está de volta aos Estados Unidos, na companhia da namorada, Kayla Reid, que já posou para a Playboy. Kayla veio com ele para o Rio, mas não foi identificada em nenhum momento da festa antes do assalto que deu tanto o que falar. Aquele pessoal que vive de insinuar escapadas, várias delas depois comprovadas, levantou a hipótese, ajudado pela entrevista de Renzo Gracie a Veja.  Os pais de Lochte também acompanharam o filho na viagem. A mãe dele, Ileana, de origem cubana, foi quem divulgou pela primeira vez a história do assalto, depois desmentida, depois confirmada, depois contada pelo nadador de cabelos descoloridos numa entrevista a um canal de televisão. 


Formaram-se assim os campos em guerra. De um lado, na visão de muitos americanos, Lochte e os outros nadadores, vítimas de violência e depois de patriotadas. O jornal Los Angeles Times chegou a entrevistar um professor universitário que “estudou política latino-americana”, Lowell Gustafson. Disse ele: “Parece bastante comum que a polícia e a burocracia do Brasil contestem qualquer um que faça acusações. A ideia é dizer que essas coisas não acontecem no Brasil.” Ah, os professores universitários…

Do outro lado, está a turma dos brasileiros ofendidos pelas críticas e até pelos fatos, convencidos de que existe uma conspiração internacional para esculhambar com a Olimpíada. Como se o grande acontecimento esportivo não estivesse cercado de Brasil de todos os lados. Para não ofender sensibilidade acirradas, os responsáveis pela equipe britânica sequer identificaram o atleta que sofreu um assalto a mão armada ao voltar de uma balada no Rio, num caso parecido com o de Lochte, se é que o nadador foi mesmo roubado. Mas avisaram a todos os integrantes da equipe que “não vale o risco” sair da Vila Olímpica para cair na night. 

Quem, mesmo assim, insistir no que seria o melhor dos jogos fora das competições, a alegria e a farra da noite carioca, não deve usar roupas que os identifiquem como atletas, levar objetos de valor e nem tomar táxis. Ou seja, devem se comportar como brasileiros. Aqueles que, mesmo assim, insistirem em incursões perigosas, deve avisar a direção da equipe antes de sair. Alguma dúvida? “O Rio não oferece um ambiente seguro e o nível de criminalidade subiu nos últimos dias”, acrescenta o comunicado. “E o atleta que foi assaltado deveria cair fora logo, antes que a polícia prenda a vítima em vez de ir atrás dos suspeitos”, comentou um leitor do Daily Mail, dando o tom das reações.

Ou seja, além dos franceses, os batalhões virtuais americanos e ingleses também estão em pé de guerra. O caso de Renaud Lavillenie, o campeão de salto com vara vaiado,  continua a ser o mais comentado nos jornais europeus por envolver, de certa maneira, um choque de culturas. 

Nas primeira reações ao comportamento inadequado dos torcedores, Lavillenie reclamou do “público de m•••” e se comparou a Jesse Owens. Uma comparação errada: o campeão americano negro que venceu na Alemanha nazista foi aplaudido e não vaiado. [algumas versões relatam que Adolf Hitler, chanceler do IIIº Reich, se negou a cumprimentar Jesse Owens.
Nada disso. Ocorreu que quando Hitler começou a cumprimentar os atletas acarretou uma grande correria e confusão, já que todos procuravam se aproximar do líder. Uma imensa movimentação foi feita, em que os anfitriões cantavam o hino alemão "Deutschland, Deutschland über Alles" ("Alemanha acima de todos", em português), saudavam com um "Sieg Heil".
O Presidente do COI sugeriu que sendo Hitler convidado de honra teria que ou cumprimentar todos os atletas – aumentando ainda mais a confusão – ou não cumprimentar nenhum.
Hitler optou então por não descer mais da tribuna de Honra; quando Owens ganhou as medalhas, Hitler já tinha tomado a sua decisão. E ao contrário de ter-se mostrado indignado, abanou efusivamente para o atleta. Nas palavras do próprio Owens: "Quando eu passei, o chanceler se ergueu, e acenou com a mão para mim, eu respondi ao aceno." Lavillenie depois se desculpou. Suas lágrimas ao receber a medalha de prata deveriam comover o mais empatriotado dos corações brasileiros.

Incitar brigas xenófobas é um dos métodos clássicos dos tablóides. Se continuarem a ser alimentados com material negativo, os choques culturais vão azedar a imagem do Rio olímpico. Por enquanto, só nos resta esperar que Lochte tenha dado uma maquiada nos fatos. Uma perspectiva pouco animadora.

Fonte: Veja – Vilma Gryzinski - Mundialista