Numa noite de outubro, dois anos atrás, ela convocou uma cadeia
nacional de rádio e televisão para comunicar:
“Passamos a garantir, para
o futuro, uma massa de recursos jamais imaginada para a Educação e para
a Saúde.”
Enlevada num tom de realismo mágico, anunciou a alquimia: “A fabulosa
riqueza que jazia nas profundezas dos nossos mares, agora descoberta,
começa a despertar. Desperta trazendo mais recursos, mais emprego, mais
tecnologia, mais soberania e, sobretudo, mais futuro para o Brasil.”
Arrematou, com esmero ilusionista: “Começamos a transformar uma riqueza
finita, que é o petróleo, em um tesouro indestrutível, que é a Educação
de alta qualidade. Estamos transformando o pré-sal no nosso passaporte
para uma sociedade mais justa.”
Para gerenciar a riqueza submersa a mais de quatro mil metros no
Atlântico, Dilma Rousseff criou a estatal Empresa Brasileira de
Administração de Petróleo e Gás Natural S.A.(PPSA). Deu-lhe amplos
poderes para defender os interesses da União, o que inclui a gestão dos
contratos de partilha, controle dos custos e das operações de exploração
e produção de todo petróleo extraído da camada pré-sal.
Não é pouco. A combalida Petrobras, que nesses campos já produz mais de
um milhão de barris, planeja concentrar investimentos numa área de
tamanho equivalente a 150 mil campos de futebol, a 170 quilômetros de
distância do litoral do Estado do Rio. Libra, como é conhecida nos mapas
marítimos, é uma das maiores áreas do planeta reservada à exploração de
petróleo. Foi leiloada a uma sociedade composta pela Petrobras, a
anglo-holandesa Shell, a francesa Total e as chinesas CNPC e CNOOC.
Dilma continua com o seu discurso surrealista, com toques de
absolutismo groucho-marxista: “Eu represento a soberania nacional, do
pré-sal, a defesa dos 30%, a defesa do conteúdo nacional... Esse golpe
(o processo de impeachment) não é contra mim, é contra o que eu
represento, contra a soberania, contra o modelo de partilha do pré-sal”—
disse semanas atrás a uma plateia de sindicalistas aliados do governo.
Longe do espelho d’água do Palácio do Planalto, sobram certezas sobre o
desgoverno na condução dos negócios do pré-sal. A empresa estatal
(PPSA) criada para recolher a “massa de recursos jamais imaginada” para
Saúde e Educação mal começou e já está sucateada. Tem 15 empregados, acumula prejuízos e patrimônio líquido negativo. Sem
dinheiro, atravessou 2015 sobrevivendo da caridade privada.
Fornecedores cederam-lhe licenças temporárias gratuitas de software.
Perplexos, auditores do Tribunal de Contas da União registraram: “Há
sérios riscos de se comprometer ou até inviabilizar a realização de
importantes tarefas técnicas, tais como: a) interpretação sísmica e
modelagem geológica; b) construção de modelos estáticos e dinâmicos para
simulação de fluxo em reservatórios petrolíferos; c) análise de dados
de perfuração de poços e de desempenho petrofísica; d) testes de
modelagem de escoamento.”
É real a ameaça aos resultados econômicos para a União, adverte o tribunal.
Com 28 meses de existência, a estatal do pré-sal pode ser vista como
novo símbolo do governo Dilma. Parecia que ainda era construção, mas já é
ruína.
Fonte: José Casado, jornalista - O Globo
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terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Já é ruína
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José Casado
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