Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador cidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cidade. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

O discreto poder das eleições - Fernando Gabeira

In Blog

Outrora tão animadas, as eleições municipais, coitadinhas, foram bombardeadas, este ano, por vários mísseis adversos: pandemia, as próprias eleições americanas e o crescente desencanto com a política. Estávamos certos, no passado, quando dávamos a elas uma atenção maior que à escolha por cargos federais. Reuniões diárias, comícios domésticos, sabíamos que, mais do que todas, elas podem transformar nosso cotidiano. [as eleições municipais, para escolha de prefeitos e vereadores perdem totalmente o sentido diante dos imensos gastos que provocam - de  dinheiro público, cada vez mais escasso e o pouco que tem necessita ser usado em despesas de maior importância para o POVO, razão primeira da existência da NAÇÃO.

Imagine quantos bilhões de reais foram gastos nas eleições deste ano - dinheiro que poderia ser utilizado em finalidades mais importantes para a população, começando pelo combate à covid-19.

Para poupar esse rio de recursos públicos, seria necessário apenas  prorrogar o mandato dos atuais vereadores e prefeitos por dois anos, mudando para 2022 as eleições municipais e estabelecendo a coincidência com as eleições marcadas para  2022 =  que passariam a gerais. Não fizeram, mas se o bom senso e o cuidado com o dinheiro público prevalecerem, as de 2024 irão para 2026 = autênticas eleições gerais.  

Se os que se consideram donos do Brasil não concordarem, tenham pelo menos a decência de aproveitar as eleições 2022 para realizar um plebiscito com uma simples pergunta: as eleições de 2024 devem ser transferidas para o ano 2024?]

É hábito usar as eleições municipais para checar a força dos líderes nacionais. Bolsonaro mostrou-se um cinturão de chumbo, mas seus candidatos nas duas grandes cidades são náufragos vocacionados: Russomano populista pelo consumidor e Crivella tentando estrangular uma metrópole cosmopolita, com sua mediocridade administrativa e rígidos princípios religiosos.[Bruno Covas é realmente um fantástico administrador = no inicio da pandemia  'criou engarrafamentos artificiais' e comprou 38.000 urnas funerárias, como forma de combater a covid-19.

Quanto ao Crivella, é melhor defender e estabelecer rígidos princípios religiosos do que propagar a imoralidade, a destruição da FAMÍLIA - os contrários aos princípios defendidos pelo Crivella terão muito a lamentar com a não realização do Carnaval em 2021.]

A cidade onde vivo por amor passa por um perigoso momento de decadência. Algumas pessoas talentosas já a deixaram ou se preparam para isso. A pandemia nos atingiu em cheio. Tenho o hábito de documentar os moradores de rua do meu bairro, na esperança de reter com as imagens os únicos rastros de sua passagem pelo mundo. Muitos desapareceram e, no seu lugar, veio uma multidão: famílias inteiras com seus animais domésticos e alguns trapos para cobrir a cama de papelão.

Nesta eleição, em vez de discutir candidatos, conversei sobre programas com pessoas que gostam e entendem do Rio. Minha expectativa inicial foi plenamente satisfeita por eles: não é hora de partir, temos uma grande chance de encontrar a vocação da cidade e de transformá-la numa das mais atraentes para viver no planeta. Bonita e situada entre o mar e a Mata Atlântica, o Rio pode ser um lugar onde a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente impulsionam a economia. Quem diz isso é Arminio Fraga, que conhece o mundo, o Rio e a economia.

Empresários do turismo estão prontos para oferecer um calendário de eventos que ocupe o ano, no pós-pandemia. De um carnaval mais bem explorado ao Rock in Rio, a cidade pode fervilhar durante um ano inteiro. Quem diz isso é Roberto Medina, que realizou, depois do carnaval, nosso maior espetáculo. O Rio é uma cidade de gente que estuda e pesquisa. Tem tudo para ser, além de bonita, uma cidade inteligente. A Coppe/UFRJ já está avançando na busca das ferramentas que permitam à cidade ser administrada com uma racionalidade jamais vista, articulando políticas urbanas, sabendo o que pensam moradores das áreas de intervenção. [se o Rio precisar do Carnaval e do Rock in Rio para se sustentar, é melhor desistir.]

Ser dermos voz ao morro, toda a cidade vai cantar. Bastou uma conversa com Celso Athayde para compreender que o quarto da população que vive nos morros já tem seu próprio impulso. Ele seria multiplicado se as pessoas tivessem um endereço, título de propriedade, orientação arquitetônica nas suas reformas, serviços públicos e, sobretudo, saneamento. [como e onde ficaria a bandidagem? os bandidos concordar com esse repaginação? afinal, os morros, favelas e assemelhados  se tornaram,  por  decreto do STF, áreas em que ações policiais sofrem restrições.]  Sei que a esquerda condena o Novo Marco do Saneamento. Mas é a única esperança no horizonte para vencer um atraso secular.

Aprendi com Claudia Costin que a educação pode dar grandes passos porque já viveu momentos melhores no Rio. E com a Dra. Margareth Dalcolmo que o próprio drama da saúde pública, agravado pela pandemia, revelou inúmeros aspectos positivos da cidade, na articulação público-privada, nas iniciativas nos morros, campanhas humanitárias na classe média. O Rio tem gente pensando seriamente no uso racional e democrático do solo. Gente sonhando não só em transformar a cidade num centro de esportes aquáticos, mas em abrir, com isso, oportunidades para milhares de crianças pobres.

O fim de pandemias pode resultar em renascimento. A chegada de uma vacina eficaz e segura nos trará uma chance de recomeçar em novas bases, explorar o potencial que sempre esteve diante de nós e sistematicamente o destruímos nos últimos anos. E teremos diante de nós um novo Plano Diretor. Não sei quem será o prefeito. Eduardo Paes foi o mais votado no primeiro turno. Ele é sensível a todos os temas de reconstrução do Rio.

Fomos adversários em 2008, jamais inimigos. Alguns colaboradores de nossa campanha foram ajudá-lo em temas vitais para seu governo. Discordo dos rumos de seu governo, da natureza de suas alianças, das concessões. Mas isso é outra história. Qualquer prefeito que se disponha a canalizar essa imensa energia positiva que ainda existe no Rio, sobretudo na euforia do pós-coronavírus, poderá conduzir a cidade ao seu papel real no planeta. As eleições municipais talvez tenham sido uma das mais discretas da história e, paradoxalmente, as que mais importância terão na história do Rio.

Blog do Gabeira - Fernando Gabeira, jornalista

Artigo publicado no jornal O Globo em 16/11/2020

 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Melhores dicades do Brasil = Um pouco de esperança, de otimismo, no meio de tanta notícia ruim

Istoé e Austin Rating divulgam o ranking de todos os municípios brasileiros

Levantamento inédito mostra como cada uma das 5.565 cidades do país foram classificadas em indicadores sociais, fiscais, econômicos e digitais

Depois de premiar as melhores cidades brasileiras, a Revista Isto É e a consultoria Austin Rating divulgam o ranking completo de todos os 5.565 municípios do país. 

Em uma levantamento inédito, com base em mais de 500 itens de informação, a lista mostra a posição de cada município de acordo com indicadores sociais, fiscais, econômicos e digitais. Para saber em que posição está uma cidade basta acessar o ranking e pesquisar pelo nome do município.

Clique no link abaixo para saber em que posição está sua cidade: